23 setembro 2003

Quero ser carente

Estava eu lendo o caderno de informatica d`O Dia na ultima quarta (17/9), e deparei-me com uma materia sobre inclusao digital, uso de informatica nos morros cariocas, CDI, etc. Ate ai, legal, o link pra materia taqui, e lembrei-me de um amigo quando li essa aqui, ja que ele trabalhou no DEGASE.
Ate ai nada. Mas me deparei com o seguinte: Rio ganha laboratório de áudio e vídeo digital para jovens carentes. Laboratorio de video digital? Se voce for ler a materia, voce vai ver que eles tem acesso a uma tecnologia de ponta, com filmadoras digitais que custam milhares de reais, e um monte de outros bagulhos (uma ilha de edicao da Pinnacle e MUITO caro).
Ai eu pergunto: Isto eh inclusao digital? Na minha opiniao NAO E, alguem vai dizer que e, que eu estou sendo preconceituoso, etc. Mas para que serve um jovem carente de favela fazer documentarios digitais? Pombas, eu quero ser carente tambem, para eu ter acesso a esse equipamento terei que pagar CARO num estudio de edicao para poder "brincar" de fazer videos... No momento eu faco com um MSX Turbo-R com um HBI-V1 (digitalizador da Sony) e uma camera de seguranca (colorida). A imagem e' tristemente feia, mas eu tive que pagar por isso.
Isso realmente e' inclusao digital? Na minha opiniao e' massagem de ego naqueles cidadaos que ficam achando que por tecnologia avancada na mao de gente pobre inclui. Inclui e' ensinar a ele coisas q poderao fazer parte da formacao dele. E' ensinar a pescar e fazer sua vara, nao dar a ele uma vara de pescar com ultra-som, molinete turbinado e radar para localizacao de peixes.




Podem falar o que quiserem, mas para mim isso nao inclui ninguem. Em contrapartida, deixa eu dar a mao a palmatoria e citar um exemplo de inclusao digital... Em Sao Paulo.

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