02 julho 2005

Semana dos infernos

Essa semana foi insuportável... Pretendo amanhã ir nadar pela 1a vez em 2 semanas, já que não tenho conseguido fazer isso. Vale pelo menos uma explicação sobre a confusão da escola, narrando a novela desde o início.

No início de junho, os professores da informática estavam insatisfeitos com a situação caótica na qual trabalhamos: Quadros brancos (de laboratório) que estão impossíveis de serem usados, canetas Pilot compradas pelos professores, computadores dando (muito) problema, etc. Então, decidimos tomar a atitude correta: Vamos falar com os pais e os alunos sobre a situação, pois do jeito que está não dá para ficar.

Poucos dias antes, o Jaime, do DGI (departamento responsável por computadores na FAETEC) teve lá na escola, conversou com os professores, prometeu mundos e fundos: máquinas novas, servidores novos, muitas mudanças, inclusive a promessa de migração no futuro para software livre (os Window-maníacos tiveram que roer o dedão do pé). O próprio Jaime, um quarentão (eu ousaria dizer na casa dos 50) é entusiasta do Linux, e disse que a maioria dos estágios que estão sendo pedidos, pedem alunos que tenham noção do sistema do pinguim. Bom, né? É, mas promessa não enche barriga. Continuamos esperando.

No dia 8 de junho foi realizada uma reunião com os pais, que decidiram ir naquele mesmo dia reclamar. Ou seja, foram encher os ouvidos do departamento responsável, na pessoa do Jaime. Na confusão toda, turmas foram tiradas de sala para participar de um protesto, inclusive a minha turma. Tirada no meio de uma explicação, por uma colega professora. Ou seja, tirou a minha autoridade com a turma. Nem precisa dizer que eu fiquei irado com ela, o que rendeu uma discussão no meio do corredor, logo depois do incidente.

Mas voltando, o Jaime recebeu a turba furiosa e prometeu máquinas novas para breve. Depois prometeu que elas viriam até o dia 24 de junho.

No dia 24, nada das máquinas, e a equipe da rede se preparando para o pior: a chegada de máquinas novas, e a retirada imediata das velhas, sem nem um papinho para quebrar o gelo. E o pior, numa época ruim: Todos os quatro membros da equipe estão cursando uma 2a graduação em faculdades, e aí estaríamos em provas... E o bicho pega.

Veio dia 24, foi-se o dia 24... Nada de máquinas. Dia 27 estão lá as mães fazendo barulho nos ouvidos do Jaime. Ele repassa o problema à presidente da FAETEC, Teresinha Lameira, que ouve as mães e promete resolver isso logo.

Na 3a, dia 28 chega uma Comunicação Interna anunciando que os computadores chegariam no dia seguinte de manhã. Como estavam vindo máquinas alugadas novas, a nossa intenção seria ficar com o maior número possível de máquinas alugadas velhas.

Dia 29, eu e mais um chegamos na escola às 7 da manhã. Desmontamos o laboratório com máquinas da escola (patrimônio), trocamos mouses e teclados nossos por mouses e teclados alugados, mas pifados. As máquinas não chegam, e nós lá, como um bando de patetas. E eu com sono, visto que não funciono direito às 7 da manhã.

Dia 30, vou resolver coisas relativas à MSXRio, e nesse meio-tempo, chegam 80 monitores na escola. Todos LG, 15 polegadas, num total de 1300 kg de peso e ao custo de R$ 319 cada um (temos uma cópia da nota fiscal). Como serão alugados, com 2 a 3 meses o conjunto (micro+monitor+teclado+mouse) todo será pago, se fosse comprado. Sim, é revoltante saber que o dinheiro público é desperdiçado dessa forma. Mas isso não vem ao caso.

Aviso que não poderei ir naquele momento, mas instruo o pessoal da rede a não deixarem pegar nenhum dos servidores, ou mais nada. No dia anterior, eu já tinha conectado e executado o backup de tudo.

Ficamos sabendo que as máquinas virão com Windows 2000, Office 2000 e o AVG instalados, e que estarão licenciados. Um dos meus amigos da rede, o sujeito mais metódico que conheço (e por isso, muitas vezes alguém extremamente chato de se lidar) fala que não poderemos instalar nada por imagem.

Agora, imaginem instalar algo em torno de 20 a 30 programas em cada uma das 80 máquinas? Tarefa de corno. Não, não fiquei claro. Será uma tarefa de corno. Acho que agora a ênfase fez jus ao trabalho. E isso me deixando tenso com o fato.

Hoje de manhã, 1 de julho, sou arrancado da cama com um telefonema dele, dizendo que as máquinas novas chegaram, para eu ir correndo para lá. Logo hoje que:


  1. Era o meu dia de folga;
  2. Decidi dormir até mais tarde;
  3. Queria ir nadar;
  4. Ia ver se comprava placa-mãe e processador novos;
  5. Tinha um trabalho de Psicologia 2 para acabar.

Esquece tudo, vamos para lá. Tomo um copo de leite e saio correndo. Chego lá e vejo que não era preciso correr tanto assim (sujeito apavorado, ele), mas resolvo tomar à frente e ir conversar com os responsáveis sobre a questão da imagem.

As máquinas foram todas instaladas por imagem, via Norton Ghost. Logo, o número de série é o mesmo em todas elas. O que vamos fazer? Simples: Pegar uma máquina, instalar todos os programas, configurar tudo, testar tudo e depois fazer uma imagem, mandando para o servidor, via G4U, PartImage ou qualquer outra coisa. Depois é só baixar a nova imagem de volta nas máquinas.

Sem contar os desentendimentos dele comigo, que diz que consegue fazer na mão tudo que o Protect XP faz, essas coisas. Ora, se o administrador antigo não conseguia, mesmo sabendo de Windows 2000, ele vai conseguir? Duvido.

Ou seja, hoje saí de lá, vim para casa para poder fazer o trabalho, ir na UFRJ entregá-lo e voltar para casa. Na semana que vem, iremos fazer isso e reinstalar todas as máquinas, dessa forma. Redefinir o mapeamento dos endereços IP da rede também, e implementar muuuuitas mudanças, espero que para melhor. Mas a semana foi realmente horrível, o problema é que nem tudo está terminado. O trabalho está começando, apenas.

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