05 junho 2005

"Mochileiro" - eu vi, com toalha e tudo!

Como não consegui ver o filme do Mochileiro na estréia (comentei aqui embaixo), fui ver hoje, com a Rosangela. Obviamente levei uma toalha. Mas foi uma toalha de mão. Não queria chocá-la com a nerdice do namorado. Afinal, o relacionamento está no início, e com o tempo certas liberdades (como meleca, flatulências e coisas mais repugnantes) vão ficando mais visíveis.

Logo, levei minha toalha, coloquei num bolso da calça. Ela viu e riu um bocado. A Ro é do tipo compreensiva (pelo menos até aqui) com a minha nerdice (ela diz que eu sou mais interessante desse jeito. Deve ser porque ela é psicóloga), e não reclamou, pelo contrário, se divertiu com o fato. Inclusive a toalha foi útil para aquecer as mãos dela no cinema, e para secar as mãos no banheiro (aqueles sopradores não secam nada). Mas vamos falar do filme.

ADOREI! O filme é talvez um dos mais fiéis a um livro que eu já vi. Claro que algumas percepções ficaram diferentes, como a segunda cabeça do Spy, ops, Zaphod Beeblebrox, o terceiro braço, o formato da Coração de Ouro, faltou um pouquinho de explicação da Dinamite Pangaláctica, etc. Alguns personagens novos, como o Humma Kavula (John Malkovitch tá perfeito!), a vice-presidente e a Arma de Ponto de Vista, cuja explicação está sensacional (as donas de casa que encomendaram a arma), não comprometeram.

O filme está ótimo nos mínimos detalhes. Claro, não é igual ao livro. Mas nem a série de rádio, nem a de TV são iguais ao livro, mesmo sendo criações do Douglas Adams. Quem leu o livro vai adorar o filme: O Giovanni, ops, Marvin tá ótimo (Rosangela achou ele uma graça), o Zaphod tá conforme o esperado (um saco), o Arthur, a Trillian, Ford Prefect, os Vogons, o Pensador Profundo, Magrathea... Tudo lá! Alan Rickman tá ótimo como a voz do Marvin, os Vogons são realmente repugnantes, atiram mal, e a poesia deles... Socorro!

O Douglas Adams deixou o roteiro do filme escrito, com personagens novos, e algumas mudanças no final. Quem leu o livro sabe que alguns pontos que surgem no final do livro não são exatamente aqueles, e sentem falta do Marvin dialogando com a IA da nave, que comete suicídio depois. Provavelmente para caso não haja uma continuação, desse jeito esteja resolvido o problema de pontas soltas para resolver numa continuação que pode não existir. O Guia do Mochileiro está ótimo, com uma forma de acesso muito bacana, interface interessante, e também uma narrativa muito bem feita: Na original, é o Stephen Fry. Na versão brasileira, foi o José Wilker. Viva!

Rosangela, que não leu o livro, perdeu algumas piadas. Ela achou o filme muito divertido, mas achou que foi muito voltado ao fã da obra, e ela perdeu um pouco com isso. Talvez. Só espero que renda muito na bilheteria (até onde li, US$ 50 milhões nos EUA até agora) para que façam "O Restaurante no Fim do Universo", o segundo da série.

Portanto, vejam, o filme é engraçado demais! E o link para ver que o Zaphod, na verdade é um professor universitário amigo meu... Clique aqui.

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