Mais balanço de 2010 - rompimentos e mudanças
Ano novo, é tempo de fazer um balanço das coisas que aconteceram no ano anterior. E como os meus vizinhos estão tocando música em alto volume, sem a menor intenção de deixar ninguém dormir... Melhor escrever algo.
Então... 2010 foi diferente para mim em muitos aspectos. Vou tentar relacionar primeiro os rompimentos e mudanças. Antes de tudo, em 2009 eu troquei de operadora de celular: Fui da Vivo (12 anos) para a Tim, e nela estou até agora. Mas, vamos ao que mudou:
Ô terra bonita, essa Costa Verde...
Há pelo menos 25 anos não ia a Parati, e a Angra eu já não ia há alguns anos. Dessa vez fomos em janeiro, e parte do que aconteceu vocês leram aqui mesmo, em posts anteriores. E foi bom revisitar Angra e Parati, tirei muitas fotos (álbum no PicasaWeb), e fiz várias panorâmicas (vai no álbum de panorâmicas e veja as últimas que eu subi). Como o cunhado da (Maria) Cláudia é da Marinha e trabalha na Capitania dos Portos de Parati, ele conhece metade dos barqueiros da região. Resultado: ganhamos passeios de graça, o que rendeu fotos muito bonitas. Só não mergulhei com minha câmera por não ter comprado uma caixa estanque ou uma bolsa própria para levá-la para dentro d'água, e é uma ideia para 2011.
A entrada no Twitter
2010 foi o ano em que eu entrei no Twitter, e quase abandonei esse blog. Venci a minha resistência de quase 4 anos e fui falar com o passarinho azul. Admito, o "piador" é muito mais simples de escrever, mais rápido (tenta blogar de um celular que eu quero ver), e atinge mais pessoas. Num prazo de pouco menos de 1 ano (comecei no Twitter em 9 de janeiro de 2010), enviei 4656 tweets, o que significa 13,15 tweets por dia. Atingi 260 seguidores, embora segundo o Twifakes, tenho 21 seguidores fake. Só isso?
Cheguei até a comprar um programa, quem diria? E esse é o Gravity, um super-cliente Twitter/Foursquare/Google Reader/escambau a quatro que funciona muito bem em Symbian. Paguei a monstruosidade de... R$ 17. E se pagou nas primeiras horas de uso, o dito cujo aí do lado é fenomenal.
Saída do Terra, não da Terra
Em 2010 eu cancelei a minha conta do provedor Terra e migrei para a Oi. Motivo? Simples e direto: na véspera de carnaval vieram com uma cobrança de valores 20 vezes o que eu pagava, a título de "conexões duplicadas", o que é meramente conjectural: Eu uso NAT aqui em casa, e eles não tem como descobrir quantas máquinas tem aqui dentro. Depois de muita discussão com o setor comercial (levando uma atendente a subir o tom da voz - eu já berrava), o valor foi estornado, mas logo mais cobranças abusivas apareceram. No domingo de carnaval abri uma conta no provedor da Oi (débito na conta telefônica, R$ 4/mês), e em março enfrentei a luta de fechar a minha conta no Terra. Consegui, ela existia há mais de 10 anos. A minha única falha foi não ter ficado com provedor algum e ter usado um número de Velox empresarial. Mas R$ 4 por mês não dói tanto assim.
Bye-bye, Banco do... Ricardo.
No mesmo mês de março fechei uma conta no Banco do Brasil que eu tinha desde julho de 1997. Ou seja, 13 anos. Abri essa conta ainda no tempo do mestrado, com o objetivo de facilitar uma possível ida minha ao exterior. A viagem de mochila não saiu (passei para a FAETEC em 1999), e a conta foi ficando... Até que cansei dela, peguei 2 frigideiras como brinde pelos pontos do cartão de crédito, e decidi encerrá-la.
O banco não fez a menor força para me segurar por lá, o que me causou a maior estranheza. Foi quase melancólica a minha saída, mas peguei o que eu tinha e fechei. O dinheiro do grupo MSXRio foi para uma segunda poupança vinculada à minha conta do Itaú, com data fixa de movimentação (todo dia 17), o que é chato por ter que agendar operações sempre. Mas tem funcionado muito bem.
Fuga do Inferno
Em julho, pedi demissão pela primeira vez na vida, e saí da Faculdade Paraíso, onde trabalhei por 7 anos. Com a saída da minha amiga que era a diretora em 2009, já sabia que meu tempo lá tornou-se abreviado. Era claro para mim que não iria continuar por muito tempo nessa instituição. E também certas situações que já me irritavam, começaram a se avolumar, e comecei a questionar se valia a pena. Para completar, tive uma oferta de trabalho da Hostnet, algo completamente diferente do que eu estava acostumado a fazer. Aceitei, mas pedi à Hostnet para me esperar até o fim do primeiro semestre. Logo, 2010/1 foi um período sufocante para mim, contando os dias para pedir as contas e cair fora. Motivos não faltaram para me cansar:
- O pior de todos: O trânsito, cada vez pior, no sentido Rio-Niterói. Isso tira qualquer um do sério um que tente ser zen. A Ponte está cada vez pior, e tive que sair bem mais cedo para chegar no mesmo horário. Dispensável dizer que com a motivação em baixa, cheguei mais atrasado do que na hora.
- O gasto extra de ir para São Gonçalo: GNV+Carro+Pedágio. Sem contar o tempo, sei lá quanto tempo para ir e 45 minutos para voltar, tarde da noite.
- Fiquei sem controle do portão do estacionamento dos professores por quase 1 ano. Entreguei o meu controle para trocar a codificação, e quando fui ver, trocaram... E deram-no para outro professor. Era todo dia chegar, largar o carro no corredor, descer e ir pedir ao porteiro para abrir para mim. Às vezes, eu conseguia passar e gritar para o pipoqueiro (sim, o pipoqueiro) para avisar ao porteiro para abrir a porta para mim.
- Sobre o estacionamento, a situação piorou mais ainda, quando o dono do terreno ao lado (por onde passávamos para entrar no estacionamento) fechou a passagem, e passamos a ter que catar vagas no entorno da faculdade. Tudo escuro, meio deserto... Isso só ficou resolvido no final de 2010/1, quando fizeram uma passagem por dentro da faculdade. Mas aí eu já estava de saída.
- A faculdade paga um salário mínimo em cheque, e declara isso ao governo. O resto do salário é pago em dinheiro, que não é rastreável. Além de não ser a coisa certa, todo dia de pagamento eu saía com pouco mais de R$ 500 em dinheiro no bolso, na mochila ou em algum canto obscuro (na cueca não, e nem na meia), receoso de ser assaltado até o carro. Sem contar a chateação de ter que ir ao banco depositar o pagamento.
- As disciplinas que eu lecionava já estavam cansando. Uma coisa boa da Paraíso é que eu lecionava várias disciplinas, e trabalhei em todos os períodos menos 2 (o 6o e o 8o). Mas eu já tinha ficado preso a 3 disciplinas (Sistemas Operacionais 1, Sistemas Distribuídos e Projeto Final 1) e não me trocavam de jeito nenhum. Na última, então, eu peguei 1 período como favor e tive que aguentar 3, o que para mim era insuportável. Melhorou porque eu preparei notas de aula e com isso escrevia pouco no quadro, e falava mais. Mesmo com todos os atrasos, fechei o conteúdo no prazo.
- O sistema de lançamento de notas funcionava quando tinha vontade. E no fim do período, tive que ir lá especialmente para lançar notas, o que parece impensável com um sistema pago e feito por uma grande empresa do ramo.
- O salário saía em dia. Nunca atrasou 1 dia sequer. Só que eu tinha que ir atrás do chefe do DP (que estava sempre cheio de coisas a se fazer), e vez por outra atrasou para que eu pegasse o dinheiro.
- Quando pedi demissão, todo o trâmite foi feito nos conformes: Homologação no sindicato, exame demissional, etc.
Ah, se alguém da faculdade ler isso, paciência, é tudo verdade e eu não sou mais funcionário. Não tiro nem ponho nada, e aqui está tudo certo. Tenho provas do que afirmo, inclusive. Não gostou? Discuta com a minha mão.
Ida ao FISL
Há 10 anos queria ir ao Fórum Internacional de Software Livre, e dessa vez consegui finalmente. E melhor, como palestrante! Duas palestras dadas, alguns contatos novos, muitos brindes adquiridos (arrumei eles hoje!), ótimos papos, muitas idéias, um jantar pago pelo Grande G, estado novo conhecido (Rio Grande do Sul), passeio por Porto Alegre, Gramado e Canela, além do próprio FISL (fotos no PicasaWeb) e 6 dias muito divertidos. Mas muito frios. Nossas malas foram molhadas, tomamos vinho e comemos um fondue caríssimo, fui imprensado num vôo da Webjet (espaço limitado entre as cadeiras), senti o vento mais frio que já enfrentei na vida, tirei fotos belíssimas, montei panorâmicas... Fiz de tudo. E foi muito bom.
Sai Peugeot, entra Adventure
Em julho comecei a ver um carro para substituir o meu bom e velho Peugeot 306. É verdade que eu gostava do carro, mas depois de exatos 8 anos e mais de 150 mil km rodados, eu queria trocar de carro. E com os últimos prejuízos que tive com ele (como a caixa de marchas em fevereiro), meu mecânico disse-me sabiamente que "Esse carro já passou da validade contigo". E por obra e ação divina, consegui trocar de veículo. Consegui vender o Peugeot por um preço menor do que eu queria, mas consegui adquirir um carro que eu queria há tempos, que foi um Palio Adventure ano 2007/2008. O Peugeot seguiu seu rumo, se tivesse boca iria contar algumas histórias legais (e outras impublicáveis). Vários confortos que eu tinha no Peugeot eu não tenho no Adventure, como air-bag no volante, freio a disco na traseira, regulagem de altura do banco... Mas é um carro muito menos rodado, com som de fábrica, maior, com um motor quase tão forte quanto o do Peugeot, e flex. Já falei que a mala é imensa? Pois é, depois de tanto tempo com o 306 com GNV, quase me perdi com a mala da nova "viatura", que é realmente grande.Tive que por uma caixa amarrada na mala para poder levar itens menores, já que eles balançavam o tempo todo. Troquei as molas traseiras por molas de GNV (colocaram aro 15 no carro - ficou muito melhor, mas qualquer peso o pneu raspava na caixa da roda), e tive um problema sério com ar-condicionado, que ainda estou pagando. Mas como estou rodando em média 600 km a MENOS por mês, devo tentar conviver com o carro flex, e não por GNV nessa viatura. Gostei de ter pego um carro verde (adoro a cor), espaçoso e com um bom motor. Um pouco beberrão, é verdade. A suspensão é reforçada (peguei uma estrada de terra com ele e acelerei a 60 km/h, no Peugeot não passei de 40 no ano anterior) e em resumo, é um carrão, próprio para os planos futuros.
Emprego novo, rotina nova
Em agosto comecei na Hostnet, e estou lá fazendo tutoriais de Drupal até o momento. É engraçado trabalhar em escritório quando você trabalhou a vida toda como professor, falando para um monte de adolescentes que não querem nem te ver ali. O resultado do meu trabalho está saindo na seção de Drupal dos Tutoriais Hostnet, o que é uma idéia muito boa: Ao invés de dar brindes como pastas, blocos e canetas, a Hostnet dá conteúdo e conhecimento de graça, para quem quiser ler, ver e aprender (sim, tem vídeos também, mas eu não os faço). Você não precisa ser cliente da Hostnet para isso, basta ter acesso à Internet. Aí, um dia, você quer hospedar um site. Certamente você se lembrará da Hostnet. Então você vai e hospeda com eles. Eu acho ótimo, porque essa iniciativa paga o meu salário, você compartilha conhecimento (a base de uma sociedade), e o ganho para a empresa não é só o cliente em potencial, é também respeito e mérito.A Hostnet é elogiada e respeitada por essa iniciativa.
O ambiente de trabalho é meio louco, mas é bacana ver que todo mundo trabalha a sério, embora ninguém seja sério: É divertido, ganho por hora (quanto mais trabalho, mais ganho), faço o meu próprio controle de hora, e informo ao departamento de pessoal quanto eles me devem no fim do mês (o que me lembra ser responsável e honesto, e contente por acreditarem em mim). Consegui conciliar tudo num dia só da semana, e às 6as-feiras foram novamente perdidas, saindo de casa às 6 da manhã e voltando depois das 21 horas. Mas em compensação, somente mais uma noite trabalhando, a de terça. O resto resume-se a 3 noites folgadas, e algumas manhãs. Ganho menos na Hostnet do que ganhava em São Gonçalo, mas meus gastos são bem menores, logo compensa. Também descanso mais. E se precisar, dá para fugir mais um dia e ir lá fazer um extra.
Bem, é isso. Acho que está bom. Depois falo mais. E falarei mesmo.
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