22 julho 2005

A loucura, explicada.

Alguns posts abaixo (para ser exato, nesse aqui, eu falei que cometi uma loucura. Agora vou contar qual foi.

No domingo, dia 26/6, um amigo MSXzeiro residente nos EUA conversa comigo no ICQ, sobre "chás de fita K7" no JB e ele arremata dizendo que vem para o Brasil na semana seguinte, e se eu quisesse que ele trouxesse alguma coisa, era só pedir (ele viria ao Rio no dia 8 ou 9).

Saio correndo para sites como o PriceWatch e PriceGrabber (os Buscapé e Bondfaro deles). Também visitei o Froogle, como bom Googlelista que sou.

Surpreendentemente, a diferença de preços para os itens que eu queria, não estava tão boa assim. Fui ver câmera digital, a DSC-W5, da Sony, e com tudo, eram R$ 200 de diferença para o MercadoLivre. Sendo que aqui tinha garantia de 6 meses da loja, e com um pouco de papo, ainda parcelar s/ juros. Os cartões de memória estão realmente mais baratos, mas não tanto quanto eu imaginava. Pen-drives, etc...

Aí tive uma luminosa idéia: um notebook. Resolvo perambular por sites vendendo notebooks usados (mas em bom estado), e acabo num de uma loja no Texas, a E-Topco. Fico encantado com um dos notebooks deles, cuja configuração reproduzo abaixo (o link está aqui):

Dell Latitude C600/c610


  • Pentium III-M 1 Ghz (Uau, meu primeiro Intel)
  • 256 Mb RAM (mais do que bom)
  • Tela de 14,1 " TFT (tela booooa)
  • 20 Gb HD (dá para por muita tralha)
  • CD-ROM 24X (interno - beleza)
  • Drive de 3,5" (interno - eu preciso de drive - ainda)
  • Rede 10/100 (Ethernet/Fast Ethernet)
  • Vídeo: ATI Radeon Mobility com 16 Mb (Deve dar para jogar TuxRacer nele)
  • Som: onboard (com caixas embutidas)
  • 2 PCMCIA
  • 1 USB, 1 serial, 1 paralela, 1 IR, 1 porta PS/2, 1 SVGA externa, 1 S-Video.
  • 2,8 Kg.
  • Sem sistema operacional (viva, não vou pagar pelo que não vou usar)

Em resumo, (quase) tudo que eu sempre quis num portátil. E o preço estava muito bom, US$ 399. Além de ser um notebook da Dell, coisa boa. Começo a correria para fazer a compra. Faço o pedido, pago no cartão de crédito internacional (Mastercard), e solicito o envio mais rápido, mas o mais caro (US$ 100 de frete, quase - eu sou louco). Dessa forma o notebook chegaria às mãos dele rapidamente.

Nesse rolo todo, descubro que ficou faltando o Zip Code (CEP) da casa desse meu amigo, e descubro via Internet o número, além de achar o barraco dele no condado de Folsom, Califórnia, via Google Maps. Estou roendo as unhas de ansiedade, mas nada. Mandei email para a empresa (que fica no Texas), perguntando, falando... Mandei uma meia dúzia deles. Nenhuma resposta. SAC fedorento, o desses caras. Resumo: Vamos cancelar a compra. Afinal, não daria tempo para o notebook chegar a tempo na casa do Bruno. Eu mando um email pedindo o cancelamento, Bruno liga para eles, que prontamente resolvem cancelar.

Aí eles explicam do lado deles: Eles tiveram medo de que era uma fraude, aí resolveram telefonar para a minha casa, para confirmar o pedido! Aí é que eu entendi quando minha mãe perguntou se algum amigo meu estrangeiro estava no Brasil, pois ela recebeu um telefonema muito esquisito, onde a pessoa do outro lado gritava o meu nome, e ela tentou falar sem saber o que era do outro lado. Imagine, ela não fala inglês, e do outro lado, um texano falando (com sotaque horroroso).

Só que tem um detalhe: O Mastercard bloqueou a minha compra, também com medo de ser fraude. Mas diacho, por que eles não ligaram para mim perguntando, ora?! Não, bloquearam sem me avisar. Depois é que eu recebi uma carta explicando o que aconteceu. Ora, essa é boa, quer dizer que se eu fizer uma compra, tenho que pedir à minha operadora de cartão de crédito para fazê-la?

Fiquei sem o "brinquedinho" novo, pelo menos por enquanto. Ele disse que vem ao Brasil para o Natal, e pediu para que eu fizesse a compra calmamente, e mandasse entregar na casa dele, pelo frete mais lento e mais barato. Aí ele traz com calma, e se apertar o botão e der vermelho, depois eu reembolso ele pelo imposto devido. Já procurei e achei preços bem interessantes no eBay, e pagando via Paypal. Melhor.



PS: Curiosidade, o Bruno me disse que o limite do cartão de crédito dele é de US$ 8000. Isso mesmo, 8 mil dólares. Em reais, segundo o Universal Currency Converter, pela moeda de hoje, corresponde a R$ 18,852.00. Como ele mesmo disse, dá para comprar um carro popular no Brasil. Ou o meu carro, um Peugeot 306 usado (que não vale mais do que R$ 15 mil). É mole? Como diz ele: "É como se eu levasse um frasco de nitroglicerina no bolso". Para quem não é controlado, é dinamite na certa.

0 Comments:

Postar um comentário

<< Home