Sobre ternos
O Cesar falou sobre ternos no blog dele, e lembrou que "como todo geek/nerd que se preza, tentei adiar ao máximo esse momento. Mas ele chegou".
Ainda bem que o meu está bem longe. Fazendo uma contagem, eu fui padrinho de casamento 4 vezes, mas só vesti terno em dois deles. Um foi o casamento do meu irmão. Outro, foi de um grande amigo. Nos outros dois... Num eu descobri que era padrinho na hora da cerimônia: "Vai lá, dá o braço à minha irmã e entra, que você é padrinho. E olha lá, é a minha irmã!". No outro, o noivo pediu para que eu não fosse mais engomado do que ele. Logo, fui de blazer. Talvez a terceira vez (e, se Deus quiser, a última) em que vestirei um terno será no meu casamento, se bem que ainda não consegui convencer a noiva a me deixar casar de bermudas e camiseta...
Meu trabalho ajuda nisso, visto que sou professor, e posso trabalhar de calça jeans, tênis e camiseta (ou camisa pólo). Maria Cláudia diz que eu ficaria lindo de camisa social, eu digo "com certeza, só que para isso ocorrer é preciso um acontecimento daqueles". Algo realmente relevante... E me divirto quando vejo o pessoal que leciona Direito lá na faculdade onde trabalho. Vejo aquele povo vindo do fórum, do escritório, sei lá daonde, todo arrumado, embrulhado para presente... E eu, de tênis, calça jeans e camiseta, dando aula como eles, e se bobear ganhando um salário maior do que o deles. Sem ter que passar por esse sacrifício. E isso é bom! Aliás, é ótimo.
Como vocês notaram, eu odeio terno. Eu odeio terno, e gravatas também. Não dá, não gosto e não quero usar, abomino a sua existência, num país quente como o nosso, um traje como esse é de um anacronismo sem tamanho. E pensar que os uniformes do Império Britânico, na África do século XIX incluíam bermudas...
PS: Já deixei escrito (em algum lugar) que não quero ser enterrado de terno, mas sim com o uniforme que usamos na minha igreja, de preferência com uma camiseta da ABU por baixo.
Será que pedi muito?
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