01 agosto 2008

"Viagem ao Centro da Terra"

Júlio Verne era um escritor de ficção científica, antes mesmo que o termo tivesse sido cunhado. Seus livros marcaram várias gerações, e eu mesmo comecei a gostar do gênero lendo "20.000 Léguas Submarinas", ao mesmo tempo em que assisti aos 8 anos, "2001: Uma Odisséia no Espaço" (não entendi nada, mas vá lá!). Depois veio "Guerra nas Estrelas" (na estréia da Rede Manchete), "Jornada nas Estrelas" (minha paixão), "Doctor Who" e tantos outros.
Mas o lado aventuresco do Verne não poderia ter sido deixado de lado por mim, e o primeiro desses que eu li foi "A Volta Ao Mundo em 80 Dias", que Phileas Fogg e seu assistente (em um dos primeiros, a dupla era David Niven e o Cantinflas. Depois veio o Jackie Chan) viajavam todo o planeta em exatos 2 meses e 20 dias. Fantástico!

Já "Viagem Ao Centro Da Terra" foi um que sempre me interessou, mas só li mais velho. Uma namorada comprou na Livraria Leonardo da Vinci, no centro do Rio, um livro de bolso da Penguin Books. Esses são pocket books que são vendidos pelo preço de uma libra esterlina (ao menos eram, não sei como está agora, na era do euro). São na sua maioria textos sobre os quais não incidem custos de produção, por serem livros bem antigos. Algumas editoras fazem isso no Brasil, e em vários lugares você encontra esse tipo de "literatura universal" disponível, inclusive na Internet. O melhor exemplo é o Projeto Gutemberg, que conheço há anos e acho seu trabalho fantástico.

Então, ela me presenteou com "Drácula", de Bram Stoker. Eu olhei, agradeci, meio que sem jeito. Perguntei depois se ela ficaria ofendida se eu trocasse o livro. Ela alegou que era "uma história de amor", e realmente é. Um tanto quanto bizarra, para o meu gosto. Mas era. E ela aceitou. Voltei à da Vinci, e troquei o livro, peguei "Viagem Ao Centro Da Terra", do grande Júlio Verne.

Estava também motivado porque estava começando a ouvir rock progressivo, e tinha lido numa coluna do C@T (Carlos Alberto Teixeira), em O Globo, sobre o livro, sobre o disco de DUAS faixas do Rick Wakeman (Journey to the Center of the Earth), e da aventura que ele fez, indo à Islândia, só para conhecer o vulcão extinto Snaefells, onde, segundo o livro, havia três "chaminés" (o Scartaris), por onde o pesquisador Otto Lindenbrook, seu sobrinho Axel e um ajudante (que esqueci o nome) entraram e fizeram uma viagem fantástica, saindo por uma erupção no monte Stromboli, numa ilhota próxima à Sicília, na Itália. O livro é tão marcante, que existem vários filmes feitos em cima dele. Eu lembro de pelo menos 4 deles, mas numa olhada no IMDb, achei 12 referências, incluindo o mais recente. Tem séries de TV, filmes para TV, e para o cinema, fora videogames.

Rick Wakeman criou um segundo trabalho, chamado "Return to the Center of the Earth", onde, no século XXI, um grupo de pesquisadores resolvem fazer o mesmo percurso de Lindenbrook, e é uma grande aventura. O disco é particularmente interessantíssimo, por um detalhe: Nas faixas ímpares, são uma narrativa do texto, feita por nada mais, nada menos do que Patrick Stewart (Jean-Luc Picard, de Jornada nas Estrelas: A Nova Geração; professor Charles Xavier, dos X-Men, entre outros), e você pode acompanhar pelo (grosso) encarte. É um audiobook. Nas faixas pares, é música, e cantada por diversos músicos convidados. Lembro-me de uma, em que quem canta a faixa 4 (acho), chamada "Buried Alive", é o Ozzy Osbourne. Se você quer ouvir a música, basta ouvir as pares. Se quer ouvir o livro, ouça as ímpares. Se quer os dois, fique "solto". Fantástico!

Claro, minha motivação de falar do livro é para falar do filme, que assisti ontem. Mas esse eu falo no próximo post.

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