17 janeiro 2006

Retrospectiva 2005 - parte 4

Relacionamentos


Agora, a parte que as minhas alunas curiosas estavam loucas para ler: Sobre os meus relacionamentos. Bem, depois de um namoro de 1 ano e meio, em que eu terminei e no mês seguinte fui incapaz de reconhecer a voz da ex no telefone (para vocês verem como eu queria esquecê-la), era hora de respirar novos ares. Isso, no final de 2004. E 2005 foi o ano mais movimentado que eu já tive: Passaram três pelo meu coração, todas elas cheias de qualidades e comparativamente, bem mais interessantes do que a última pelo qual me enrabichei, fiquei tanto tempo junto e tenho vergonha de ler o que escrevi sobre ela, aqui mesmo, nesse blog. Mas vamos lá:

A primeira: No final de 2004, comecei a namorar com uma mocinha bonita, simpática, bom papo... Gostava de Dire Straits e Pink Floyd, que nem eu. Viramos o ano namorando. No 1o sábado do ano, ela não tinha certeza do que queria, não sabia se gostava, etc... Fui para São Paulo, mandei flores... Na volta, muito irado, desmanchei o namoro.

Explicação: Ela era muito legal, mas tinha 29 anos e o pensamento parado nos 21. Ainda sonhava em ser comissária de bordo (ela já era velha para a profissão), cursava Psicologia mas não queria exercer a profissão... Parecia que as coisas com ela andavam mais devagar. Idolatrava o pastor da igreja dela, era uma tradicional com idéias pentecostalóides (os cristãos irão entender, quem não for me pergunta nos comentários), e usou o motivo mais ridículo para terminar um namoro que eu já vi: Deus mudou a vida dela no final de semana em que eu estive fora. Queria que ela fosse serva... Blah blah blah blah... E não sabia o que queria, se queria continuar... Eu acabei terminando, pelo telefone. Ah, antes que eu me esqueça, 1 semana antes ela ligou aqui para casa, falou com minha mãe, chamou-a de mãe, fez um circo danado... E depois começou a falar aquilo. Terminei o namoro colocando ela na prateleira das complicadas, como a quarta que passou na minha vida. E isso era janeiro de 2005.



A segunda: Em maio de 2005, conheci uma outra moça, que me encantou. Bonita (lindo sorriso), alta (1,76m!), inteligente, cristã... Recém-formada em Psicologia, pela UERJ, cheia de predicados. Confesso que me apaixonei. Começamos a conversar via MSN, Yahoo! Messenger... 10 dias de conversa e nos encontramos pessoalmente. A primeira reação foi um abraço. Depois saímos juntos, dei carona a ela, fomos juntos à Bienal do Livro (reviramos a Bienal toda)... Na saída nos beijamos, e começamos a namorar. Ela em São João de Meriti, eu em Jacarepaguá. Fui para lá, descobri caminhos rápidos para chegar na Dutra e de lá no Shopping Grande Rio (onde nos encontramos a maioria das vezes). Saímos, conheci a igreja dela, conversamos... E eu me encantando. Só que isso não era recíproco. Resumo: Caí do cavalo no início de julho, com 1 mês e pouco de namoro, com o pedido de término. Lutei, falei, argumentei, tentei... Até chorei. Não adiantou, ela estava irredutível. Segundo ela éramos muito diferentes, ela reflexiva, eu objetivo... Confesso que não entendi até hoje, mas depois do fim (e do meu desespero, mais uma vez infundado), começamos a conversar... Achei que fosse possível que tornássemo-nos amigos. Mas depois de algo que eu falei aqui no meu blog (nesse post aqui), ela deu um chilique, me removeu da lista de amigos do Orkut, do MSN, Y!M, ICQ, jogou meu telefone fora... Deve ter até queimado o livro que dei a ela de Dia dos Namorados (a pinguinzinha de pelúcia que ela me deu, a Tina, ainda tá aqui, fazendo companhia ao Bob - mas o cartão foi pro lixo). Tentei conversar com ela em outubro, via Orkut. Ela foi sutil como uma lixa, delicada como um paquiderme e calma como um estouro de boiada. E eu ainda não entendi nada. Preferi desencanar, deixar para lá e criar uma nova prateleira. Além da prateleira das namoradas complicadas e das cabeças-ocas, coloquei ela numa nova: a das malucas. Porque só assim eu posso definir, depois de tamanha palhaçada. Sinceramente, ela caprichou, conseguiu me decepcionar com maestria. Já quis telefonar para ela e dizer isso, falar cobras e lagartos... Preferi não perder meu (escasso) tempo com ela.



A terceira: Em Romanos 8:28, o apóstolo Paulo disse: E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. A gente se calca nesse versículo quase que como um mantra gospel, para tentar ter uma referência. Well, eu tentei, mas acabei seguindo, achando que alguém tão legal quanto a anterior, eu não acharia. Pois é, achei alguém melhor.

Ela tem a idade próxima a minha, é alta (1,76m tb), professora que nem eu, é madura e compreensiva: Já ficamos sem nos ver num sábado, por conta de um trabalho meu, e ela não reclamou, resmungou ou me ameaçou, pelo contrário, aceitou sem reclamar. Ela é bonita, inteligente, tem um papo ótimo, gosta de rock mas também de MPB (nem tudo é perfeito), adora cinema e acha que estar junto é o que importa, o filme é pretexto. (Ainda) não gosta de desenho animado, mas estou lutando para mudar esse contexto. Tem interesse na minha vida pessoal, no que gosto e no que eu me envolvo, quer fazer parte dela. Estou muito feliz, pois finalmente estou com alguém que não muda de opinião como muda de roupa; que não é ciumenta doente; que não é insegura (um pouco medrosa - medo de ladrão); que tem charme, usa óculos e fica uma graça com eles, e que a cada dia tem me conquistado mais e mais. Gosto muito mais dela agora do que quando começamos, e quem sabe, seja ela com quem vou dividir a minha vida. Não sei, né? Mas a chance é boa. Um dia eu posto uma foto dela aqui, depois do nosso terceiro filho...

Maria Cláudia, te amo. Você sabe disso, e eu sei que é recíproco. Mas não custa nada relembrar.

0 Comments:

Postar um comentário

<< Home