12 fevereiro 2006

Peregrinação anual a São Paulo - 2o. dia

Terça-feira, 24 de janeiro de 2006


Acordamos às 11 da manhã, aproveitei e fui ver a "vista" da sacada do prédio. 9o. andar, fiquei olhando o que dá para ver... Prédios. Mas o céu estava limpo, bati umas fotos para ver se consigo montar uma panorâmica. Depois espeto o notebook na rede do Spy, e ficamos navegando nos notebooks, sentados no sofá da sala (viva DHCP!), lendo email, etc. O notebook é uma mão daquelas na roda (eu diria até duas mãos!), aproveitei e peguei através da rede as atualizações da Ubuntu, respondi uns emails, baixei... Ainda faltam algumas configurações, para ficar realmente redondo, como eu gosto.

A fome aperta, saímos e vamos num mercado (Pastorzinho) comprar algo para comer. Sugestão do chefe é... Lasanha descongelada e feita no microondas. Não lembro o que foi a minha, mas estava bom. Sentamos, comemos e assistimos o canal Nickelodeon, no monitor-TV do Spy (o micro tem uma placa de captura, aí ele vê TV no monitor, de 17 polegadas).

Logo começa a correria. Eu teria que ir a um cartório, para abrir firma (nunca entendi o termo, abrir firma). Fazem-se necessárias por conta de procurações para o meu novo cargo na ABU Nacional (Diretor Financeiro), e para isso, o Spy me largou na frente de um cartório no bairro da Aclimação, perto do metrô Vergueiro, onde ele morava. Dali eu iria ver umas coisas e depois voltar para a casa dele, para tomar um banho, me arrumar pois de noite (véspera de feriado) iríamos encontrar o povo MSXzeiro, para bater papo e beber algo.

Fui lá, abri firma, e comecei dali a Grande Marcha em direção ao Escritório Nacional da ABUB, que fica no fim da Av. Pedro Bueno, no Parque Jabaquara. Ou seja, 8 estações de metrô, até a Conceição. Depois tomei um ônibus, e uma caminhada, ladeira abaixo. A casa é no fim da rua, literalmente. Sinto-me num subúrbio, com crianças jogando bola na rua, do lado, e aquele ar de "interior de cidade grande". Cheguei depois das cinco, o tesoureiro já tinha ido embora, logo boa parte do que planejei falar com ele vai ter que ficar para o email ou telefone. Assino um monte de procurações, entrego as cópias autenticadas dos meus documentos, entrego uma cópia do "Complete essa obra" (projeto pensado pela Região Leste para levantamento de fundos), converso um pouco com o Norberto... De volta à rua.

Como são ainda 5:30 da tarde, eu queria fazer algo, aproveitar que estava na rua... Liguei para o Marcio, e perguntei se dava para vermos algumas coisas na Santa Ifigênia, e finalmente por o papo em dia. Ele topa, e faço o percurso inverso: Caminhada, ônibus e metrô. Só que agora são 13 estações, no meio do horário de rush. Tenho a convicção de que serei esmagado contra a janela, ou imprensado contra a porta, conforme as minhas lembranças da Barra Funda, 9 anos atrás. Mas não, pelo contrário, espantei-me e o metrô foi razoavelmente cheio, apenas. Para o horário, ele foi MUITO vazio, sejamos justos. Segui até a São Bento, desço e o Filipe, ex-aluno da minha escola e hoje um grande amigo, me liga. Conversamos um pouco, ele me pede para ver preço de um MP3 player e uma câmera digital da Olympus. Anoto e despeço-me. Sigo em frente, para encontrar o Marcio.

Toda vez que venho à Santa Ifigênia, tenho a plena consciência de que ela deveria ser eleita a padroeira dos nerds, tecnogeeks e 'executivos de fronteira' em geral. Well, eu não sou católico (e nunca fui), mas acho engraçado, a localização e o que há por lá. É como o América, time do Rio, cujo apelido é diabo, e o técnico é cristão evangélico...

Encontro com ele no meio da rua, e vamos caminhando. Por toda a Santa, pelas ruas em anexo, e depois até o trabalho dele (que é um pouco longe), o que me rende uma bolha no pé direito. Sentamos num bar (que toca rock, yeah!) do lado do trabalho dele, e lá tivemos o papo que não tinhamos há pelo menos dois anos. Marcio é um grande amigo, e confesso que sinto falta das nossas conversas, desde q ele veio para Sâo Paulo, tentar fazer a vida. Infelizmente, tudo no percurso que fizemos estava fechado. E lá, naquele bar na Marechal Deodoro, do lado do prério onde ele trabalha (com o espaço compartilhado com um bingo), bebemos uma Coca-Cola de 2 litros, entre um papo e outro, um DVD de rock no telão (U2, depois Santana).

Falamos de tudo: da alegria e satisfação com nossos relacionamentos (sorria, Maria Cláudia!), passando por problemas, o horror que é São Paulo visto pelos olhos dele, impressões e sensações; planos para o futuro, amigos e é claro, MSX. Foi das 6:30 as 10:15, embora ele tivesse que estar no trabalho às 7:30. É... Melhor não tentar entender.

Spy me ligou várias vezes. É, eu disse que iria na casa dele tomar um banho e me arrumar... Conversa, fui fedendo mesmo, de bermudas para o Asterix, onde o pessoal iria tomar algo e papear. Barzinho simpático, embora muito cheio. Devia ser por causa da noite de terça, antes do feriado. Lá estavam Daniel e Patrícia, Spy com a Gisele, Rigues e Lud, que me deu finalmente boas vindas ao barraco dele. Spy me falou do show do Velhas Virgens no Café Aurora, no Bexiga. Puxa, se eu fosse, depois iria contar ao Cláudio "Kurt", ele iria adorar saber. Ele é o maior fã do VV q eu conheço, tem DVD dos caras e tudo. Mas estávamos cansados, e no dia seguinte, embora fosse feriado, não queríamos acordar tão tarde assim. Acabamos ficando por lá, ainda comprei numa banca 24 Horas um exemplar da Época falando da Wikipédia, sensacional vê-la sendo conhecida das pessoas de fora do mundinho nerd que tanto gostamos. Logo, não fomos, ficamos no Asterix até as 2. A todos que foram, obrigado pelo papo e pela companhia, foi divertidíssimo, como sempre. Depois, carona com o Lud e muita conversa, indo acabar tudo (de novo) às 5 da manhã. É... Preciso parar com essa rotina de desmaiar tão tarde.

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