20 julho 2007

Mais algumas filosofações sobre Congonhas, aviões e coisas do tipo

Pelo visto, as investigações preliminares mostram o que eu tinha pensado: Algo aconteceu para que esse avião virasse para a esquerda e atingisse o prédio da TAM Express. Segundo apareceu ontem na imprensa, a hipótese de falha mecânica ganhou força. Mais uma falha mecânica no currículo da TAM? Pelo visto, sim. Segundo falaram, TAM admite defeito em avião, mas nega que falha tenha causado acidente. Well, então porque o avião girou para a esquerda? O piloto tentou fazer um cavalo-de-pau (puxa o freio de mão e gira o volante, bicho...)? Mas por quê?

A Agência Brasil sacramentou: Abertura de reverso durante decolagem provocou acidente da TAM, o que é perigoso. As caixas-pretas estão sendo abertas, e as informações, só semana que vem para começar a ter alguma idéia. O acidente da Gol com o Legacy, alguém aí já viu a conclusão do inquérito? Ainda não saiu, é lento e demorado mesmo. Mas a a Globo já tinha lavrado o auto de culpa para o governo federal, mas parece que já voltou atrás, ou tentou voltar. Um dos pseudoeruditos da Folha de São Paulo disse que “O nome certo do que ocorreu é crime. O GOVERNO ASSASSINA MAIS DE 200 PESSOAS.”. E isso saiu na primeira página...

Pousar sem o reverso é possível, mas mais difícil, pelo visto. E numa pista levemente molhada, fica escorregadia (quem dirige, sabe o problema que é uma fina camada de água sobre o asfalto). Pelo visto, tudo indica que foi isso. Enquanto isso, estão fazendo cavalos-de-batalha, e exigindo pronunciamento da Presidência da República... Para dizer o quê? Que me desculpe a Lucia Hippolito, mas não vejo necessidade do presidente abrir a boca para dizer o que todos já sabemos: Que todo o Brasil chora a morte de tantas pessoas inocentes. Precisa mesmo? O que eu acho que ele pode realmente fazer é botar os incompetentes para fora do governo, a vassouradas. E falar o quê, que foi uma K-gada (com K maiúsculo) da TAM não fazer a manutenção do reverso? A comparação que ela faz é com os EUA. Mas lá, o sonho de todo garoto é virar presidente. Aqui isso não tem tanta força. Sinto, mas discordo veementemente.

Ah, antes que eu troque de assunto, reparem no vídeo abaixo:


Olhem bem para o avião. Você vai ver um clarão surgindo na asa esquerda, pouco antes do choque fatal. Lâmpada estourando? Fogo na turbina? Explosão? Sabotagem? Coincidência? Sei lá. Só



Ao contrário do Cesar, para mim não é a solução de SP ter 4 aeroportos. Existem várias medidas que podem ser tomadas, de forma a equilibrar a questão delicada que é o tráfego aéreo sobre terras paulistas:


  1. Remanejem os vôos de conexão para outros aeroportos. Pode ser Cumbica, Viracopos (Campinas) ou mesmo o Galeão, aqui no Rio. Quando eu fui a Brasília, de avião (finada Transbrasil, no ônibus aéreo noturno), o vôo saiu do Rio, parou em Congonhas e seguiu para Brasília. Muitos dos vôos fazem parada em Congonhas, mesmo que seja para os passageiros trocarem de avião, ou ficarem sentados, esperando o avião descarregar uma centena de pessoas, para pegar outra centena. Se mudarem esses vôos de conexão para outros aeroportos, já diminuiu o tráfego em uns 30%, pelo menos. Claro, não há intere$$e$ econômico$ nisso, que vem desde a infame taxa de embarque até o shopping center que Congonhas virou.
  2. Cumbica tem um acesso horroroso, Viracopos não fica atrás. Então facilitem o acesso. O governador de SP está falando toda hora a respeito do acidente, dizendo que é preciso mexer no sistema aeroviário, blah blah blah blah. Quer fazer algo prático? Monta uma linha de metrô de superfície até Guarulhos. Coloca um sistema eficiente de ônibus (MAIS BARATOS do que o Airport Bus Service, claro) até lá. Coloca um trem rápido até Viracopos (que é longe até do centro de Campinas). Facilita o acesso que já vai ajudar muuuuuito.
  3. Aumentem Cumbica. As poucas vezes que passei lá, notei que o aeroporto é imenso. Mas, se lembro bem, tem espaço para crescer ainda mais. Façam o terminal 3, com mais uma pista de pouso, e joguem os vôos interestaduais maiores para lá. Foi o que fizeram no Santos Dumont, como o Cesar lembrou bem. E até aqui está tudo indo bem.
  4. Incrementem Viracopos. É o maior aeroporto de carga do Brasil, mas quase não sobe passageiro de lá. Joguem os vôos de conexão para lá, dêem uma incrementada em Viracopos, que já vai dar uma grande ajuda.
  5. E por último, expliquem à elite paulistana que não tem jeito. Em quase todas as cidades, os aeroportos são longe pra caramba dos centros das cidades. Pergunte a quem mora em BH onde fica o aeroporto de Confins. É provável dizer que fica nos confins do mundo. Se lembro bem, fica BEM longe do centro de Belo Horizonte. Não tem jeito, só no Rio é que você pode ter o luxo de ter o aeroporto perto (Santos Dumont e Galeão), e na beira da água. Se cair, os passageiros podem até morrer afogados. Mas não morrem queimados.

Um novo aeroporto é uma obra caríssima, complicada e demorada. Não vai resolver de forma imediata os problemas, pelo contrário: Vai aumentar as despesas, e daqui a pouco está esganado. Aliás, quem deixou construírem ao redor de Congonhas? E quem deixou colocarem um posto de gasolina na cabeceira da pista? Pois é...

Agora voltaram à baila a história do trem-bala entre Rio e São Paulo. Será que dá certo? Será que sai? 90 minutos entre as duas capitais, e adeus ponte-aérea. Tentaram o "Flecha de Prata", há pouco tempo, mas não deu certo. Era caro e lento. Well, vamos ver, só acredito vendo, assim como a Linhas Verde e Roxa, metrô por baixo da Baía de Guanabara, VLT da Barra à Penha, e tantas outras promessas. É... Só vendo.

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