07 janeiro 2008

O casamento - o que aconteceu e o que não aconteceu

Confesso que não tive muito o que me preparar para o casamento. Tudo foi muito corrido, embora já tivesse previsto há meses. Muita complicação com a obra da casa, que meu pai está cuidando, ao longo da minha ausência. Mas tudo indica que ficará pronta logo logo. Assim, pensar no que era a decisão de casar... Eu não pensei.

Chegamos lá ãs 16 hs, com o casamento marcado para 1 hora depois. O caminho é fácil, o mapa era tranqüilo de chegar... Mas meu pai resmungou um pouco, disse que "se eu viesse sozinho, talvez pela graça de Deus eu acertasse". Bem... Descer a ponte, pegar a Av. do Contorno, seguir reto e virar ä direita em Guaxindiba... Eu não sei se é tão difícil assim. Mas meu pai é MUITO medroso para se perder. E todos os convidados com os quais eu falei, disseram não haver dificuldades para chegar. Pelo menos isso.

E deixei para trocar de roupa lá no salão, o que me poupou de um suplício de calor maior do que eu já passei. Foi engraçado, chegar no posto de GNV, na Av. Brasil, para por gás, indo para o meu casamento... Calçando o meu tênis All-Star bagaceira, uma calça comprida de tactel e camiseta. Ah, quem me dera casar assim... Imaginem eu, que sou calorento, vestindo uma túnica, com direito a camisa, colete e paletó, mais gravata? Isso, no verão do Rio de Janeiro. Foi isso que presenciaram. Alguns brincaram comigo, perguntando: "E como está aí? Está nervoso?" "Não, só com calor". Ou então, a alguns pedi um ar-condicionado portátil, já que eu estava derretendo.

Maria Cláudia se preparou com antecedência, e mantive-a informada através do celular. Ela só não chegou antes por causa dos atrasos, e dessa vez o fotógrafo é que colaborou mais fortemente com isso. Mas às 18 horas, tudo já estava certo e começando, apesar da tensão da minha mãe (caramba, eu não lembro de tê-la visto assim, apreensiva), e de uma coisa ou outra trocada, como o noivo ser o último a entrar, antes da noiva.

A música que eu selecionei para tocar na minha entrada, "Wild's Theme", do filme Local Hero (executada pelo Mark Knopfler), não tocou. Disse-me o responsável pelo som (reprovado, na minha opinião), que eu entrei rápido demais e não deixei que ele tocasse. Acontece que estava todo mundo com pressa, estavam já incomodando-me, e ele não tocou a música. Entramos, espera... A noiva já está cansada de esperar na porta, dentro do carro, quando ela finalmente adentra o salão, com a dama de companhia, ao som da marcha nupcial tocada por violinos, e todos se pondo de pé ao vê=la.

E a única coisa que passou pela minha cabeça, foi: "Meu Deus, ela está linda!" E estava linda mesmo. Maquiada, cabelo feito, num belo vestido... Quase deixei escorrer uma lágrima de alegria. Mas não sem antes recolhê-la, e ouvir de uma das minhas (futuras) cunhadas, entre os dentes: "Não vai chorar agora, hein?!"

A cerimônia durou no total 55 minutos, mais longa do que achamos que seria. Mas deu (quase) tudo certo: O cântico na benção das alianças, a benção dirigida pelo Major Edgar Chagas (da minha igreja), a pregação do pastor Vladimir, pastor da Cláudia e da igreja batista... Quase tudo deu certo. Depois, festa e uma sessão de fotos interminável, mais de 200 fotos batidas, e o fim de tudo lá pelas 22:30.

Vamos aos fatos curiosos, pitorescos e lembranças agradáveis que tivemos nesse dia:


  1. Vários amigos foram ,e mesmo com a dificuldade de acesso, estiveram lá. O Bob, por exemplo (amigo dos tempos de UFRJ) foi uma cena à parte: Ele chega lá de bermuda e camiseta, com 2 sacolas na mão. E tínhamos acabado de entrar. Ele entra e segue na direção do banheiro, onde foi... Trocar a roupa. Só que ele passou na frente de todos os convidados. Foi uma graça, as irmãs da Cláudia adoraram ele, só falaram nisso. Depois, consegui arrastar ele para a mesa onde estava a fudebada MSXzeira, já que a única pessoa que ele conhecia na festa era o noivo... O Cláudio viria com ele, mas teve um contratempo e não pode vir.
  2. Aliás, fiz questão de casar com o logo do MSX na lapela esquerda. Uma vez MSXzeiro, sempre MSXzeiro.
  3. Amigos da escola vieram também, como o Diego e o Bizarro, ex-alunos do CEI-Quintino, mas deram um jeito de vir, mesmo sem ter condução própria. O que eu pude fazer por eles (e pelo Bob) foi tentar descolar uma carona, que consegui.
  4. Aliás, os amigos da FAETEC salvaram o dia. Na hora do almoço, liga-me a minha madrinha, Daniela, amiga de longa data (quase uma irmã para mim), dizendo que está bem gripada, mal se agüentando em pé. Bem... Vamos para o plano B, e ligo para a coordenadora, aquela que eu vez por outra cito por aqui... E ela acaba aceitando, mas não sem antes me avisar que tinha conseguido uma gravata a ser picotada. O Paulo foi (com a Luciana) ao casamento, e garantiu carona para o Diego e o Bizarro, o que foi muito bom.
  5. Passamos toda a festa fazendo duas coisas: Tirando fotos e cumprimentando pessoas. Segundo o (empolgado e atrasado) fotógrafo, mais de 200 fotos e umas 200 pessoas presentes. Me senti o próprio político, cumprimentando, dizendo "obrigado", dando beijos e abraços.
  6. Alguns amigos da turma do MSX (incluindo um padrinho) resolveram confiar na lógica do GPS, mas erraram o endereço, já que São Gonçalo não segue a lógica. Explico: A numeração de uma rua é crescente ou decrescente, certo? Acontece que em São Gonçalo, ela é caótica: O número 28 da Rua Cardeal Mauri (onde está o salão) não está do lado do número 29. Logo, Google Maps e GPS erram a localização, não por falha deles, mas por erro da rua. E lá vamos nós, orientando via telefone para eles chegarem.
  7. Foi muito bom ver lá amigos que eu imaginava que não iriam, como o Bob, o Diego e o Bizarro, além do Flávio, meu primo que mora em Salvador, e

  8. Alguns não foram por diversos motivos:

    1. O pessoal da empreiteira que estão finalizando a nossa casa (Hércules e Álvaro) não foram por problemas no carro (rompeu-se a correia dentada);
    2. Uma prima do meu pai, médica, foi chamada em cima da hora para trabalhar. No meio das férias.
    3. Uma das minhas madrinhas (Daniela) não pode ir, por motivos de saúde.
    4. Dois amigos do trabalho não apareceram, por motivos ignorados. Acho que foi bichice.
    5. Outras pessoas não vieram por motivos variados, talvez até esquecimento. Viadagem mesmo.

    Quanto à música, não foi a contento: Preparei um CD com 206 músicas em MP3, mas menos de 15% das músicas foram executadas. Levei um discman que toca MP3, para que fosse tocado tudo em modo embaralhado. Mas o responsável acabou colocando o CD no aparelho de DVD, e não colocou no modo embaralhado. Ou seja, não passou da letra C. E depois, o responsável resolveu tocar as músicas que ele queria. Tudo o que não queríamos. Na hora dos DVDs, ele acabou colocando o que ele queria (não o que nós preparamos), mas trocamos a tempo o vídeo para passar os que nós preparamos, e todos divertiram-se com os vídeos que levei e já coloquei no YouTube.

    Finalmente passamos, eu e Cláudia, o resto da festa tirando fotos, e foram mais de 200... Sim, é chato pacas, tira foto segurando mão e tomando champanha, fazendo poses mil para um fotógrafo bem empolgado. Gente, isso cansa. Mas a idéia de fazer a cerimônia às 17 horas mostrou-se acertada. Mesmo com o atraso (não da noiva, mas do fotógrafo), tudo encerrou-se antes das 22:30, com todo mundo comendo bolo, sendo bem servido no buffet, e nós bem cansados, a caminho de Saquarema.

    Ainda gastaram um batom rabiscando o meu carro (ah, Martha...), e os presentes (mais de 20) foram levados pelos meus pais para a (agora) casa deles. E fomos para Saquarema, para a nossa lua-de-mel.

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