O casamento - o que aconteceu e o que não aconteceu
Confesso que não tive muito o que me preparar para o casamento. Tudo foi muito corrido, embora já tivesse previsto há meses. Muita complicação com a obra da casa, que meu pai está cuidando, ao longo da minha ausência. Mas tudo indica que ficará pronta logo logo. Assim, pensar no que era a decisão de casar... Eu não pensei.
Chegamos lá ãs 16 hs, com o casamento marcado para 1 hora depois. O caminho é fácil, o mapa era tranqüilo de chegar... Mas meu pai resmungou um pouco, disse que "se eu viesse sozinho, talvez pela graça de Deus eu acertasse". Bem... Descer a ponte, pegar a Av. do Contorno, seguir reto e virar ä direita em Guaxindiba... Eu não sei se é tão difícil assim. Mas meu pai é MUITO medroso para se perder. E todos os convidados com os quais eu falei, disseram não haver dificuldades para chegar. Pelo menos isso.
E deixei para trocar de roupa lá no salão, o que me poupou de um suplício de calor maior do que eu já passei. Foi engraçado, chegar no posto de GNV, na Av. Brasil, para por gás, indo para o meu casamento... Calçando o meu tênis All-Star bagaceira, uma calça comprida de tactel e camiseta. Ah, quem me dera casar assim... Imaginem eu, que sou calorento, vestindo uma túnica, com direito a camisa, colete e paletó, mais gravata? Isso, no verão do Rio de Janeiro. Foi isso que presenciaram. Alguns brincaram comigo, perguntando: "E como está aí? Está nervoso?" "Não, só com calor". Ou então, a alguns pedi um ar-condicionado portátil, já que eu estava derretendo.
Maria Cláudia se preparou com antecedência, e mantive-a informada através do celular. Ela só não chegou antes por causa dos atrasos, e dessa vez o fotógrafo é que colaborou mais fortemente com isso. Mas às 18 horas, tudo já estava certo e começando, apesar da tensão da minha mãe (caramba, eu não lembro de tê-la visto assim, apreensiva), e de uma coisa ou outra trocada, como o noivo ser o último a entrar, antes da noiva.
A música que eu selecionei para tocar na minha entrada, "Wild's Theme", do filme Local Hero (executada pelo Mark Knopfler), não tocou. Disse-me o responsável pelo som (reprovado, na minha opinião), que eu entrei rápido demais e não deixei que ele tocasse. Acontece que estava todo mundo com pressa, estavam já incomodando-me, e ele não tocou a música. Entramos, espera... A noiva já está cansada de esperar na porta, dentro do carro, quando ela finalmente adentra o salão, com a dama de companhia, ao som da marcha nupcial tocada por violinos, e todos se pondo de pé ao vê=la.
E a única coisa que passou pela minha cabeça, foi: "Meu Deus, ela está linda!" E estava linda mesmo. Maquiada, cabelo feito, num belo vestido... Quase deixei escorrer uma lágrima de alegria. Mas não sem antes recolhê-la, e ouvir de uma das minhas (futuras) cunhadas, entre os dentes: "Não vai chorar agora, hein?!"
A cerimônia durou no total 55 minutos, mais longa do que achamos que seria. Mas deu (quase) tudo certo: O cântico na benção das alianças, a benção dirigida pelo Major Edgar Chagas (da minha igreja), a pregação do pastor Vladimir, pastor da Cláudia e da igreja batista... Quase tudo deu certo. Depois, festa e uma sessão de fotos interminável, mais de 200 fotos batidas, e o fim de tudo lá pelas 22:30.
Vamos aos fatos curiosos, pitorescos e lembranças agradáveis que tivemos nesse dia:
- Vários amigos foram ,e mesmo com a dificuldade de acesso, estiveram lá. O Bob, por exemplo (amigo dos tempos de UFRJ) foi uma cena à parte: Ele chega lá de bermuda e camiseta, com 2 sacolas na mão. E tínhamos acabado de entrar. Ele entra e segue na direção do banheiro, onde foi... Trocar a roupa. Só que ele passou na frente de todos os convidados. Foi uma graça, as irmãs da Cláudia adoraram ele, só falaram nisso. Depois, consegui arrastar ele para a mesa onde estava a fudebada MSXzeira, já que a única pessoa que ele conhecia na festa era o noivo... O Cláudio viria com ele, mas teve um contratempo e não pode vir.
- Aliás, fiz questão de casar com o logo do MSX na lapela esquerda. Uma vez MSXzeiro, sempre MSXzeiro.
- Amigos da escola vieram também, como o Diego e o Bizarro, ex-alunos do CEI-Quintino, mas deram um jeito de vir, mesmo sem ter condução própria. O que eu pude fazer por eles (e pelo Bob) foi tentar descolar uma carona, que consegui.
- Aliás, os amigos da FAETEC salvaram o dia. Na hora do almoço, liga-me a minha madrinha, Daniela, amiga de longa data (quase uma irmã para mim), dizendo que está bem gripada, mal se agüentando em pé. Bem... Vamos para o plano B, e ligo para a coordenadora, aquela que eu vez por outra cito por aqui... E ela acaba aceitando, mas não sem antes me avisar que tinha conseguido uma gravata a ser picotada. O Paulo foi (com a Luciana) ao casamento, e garantiu carona para o Diego e o Bizarro, o que foi muito bom.
- Passamos toda a festa fazendo duas coisas: Tirando fotos e cumprimentando pessoas. Segundo o (empolgado e atrasado) fotógrafo, mais de 200 fotos e umas 200 pessoas presentes. Me senti o próprio político, cumprimentando, dizendo "obrigado", dando beijos e abraços.
- Alguns amigos da turma do MSX (incluindo um padrinho) resolveram confiar na lógica do GPS, mas erraram o endereço, já que São Gonçalo não segue a lógica. Explico: A numeração de uma rua é crescente ou decrescente, certo? Acontece que em São Gonçalo, ela é caótica: O número 28 da Rua Cardeal Mauri (onde está o salão) não está do lado do número 29. Logo, Google Maps e GPS erram a localização, não por falha deles, mas por erro da rua. E lá vamos nós, orientando via telefone para eles chegarem.
- Foi muito bom ver lá amigos que eu imaginava que não iriam, como o Bob, o Diego e o Bizarro, além do Flávio, meu primo que mora em Salvador, e
- Alguns não foram por diversos motivos:
- O pessoal da empreiteira que estão finalizando a nossa casa (Hércules e Álvaro) não foram por problemas no carro (rompeu-se a correia dentada);
- Uma prima do meu pai, médica, foi chamada em cima da hora para trabalhar. No meio das férias.
- Uma das minhas madrinhas (Daniela) não pode ir, por motivos de saúde.
- Dois amigos do trabalho não apareceram, por motivos ignorados. Acho que foi bichice.
- Outras pessoas não vieram por motivos variados, talvez até esquecimento. Viadagem mesmo.
Quanto à música, não foi a contento: Preparei um CD com 206 músicas em MP3, mas menos de 15% das músicas foram executadas. Levei um discman que toca MP3, para que fosse tocado tudo em modo embaralhado. Mas o responsável acabou colocando o CD no aparelho de DVD, e não colocou no modo embaralhado. Ou seja, não passou da letra C. E depois, o responsável resolveu tocar as músicas que ele queria. Tudo o que não queríamos. Na hora dos DVDs, ele acabou colocando o que ele queria (não o que nós preparamos), mas trocamos a tempo o vídeo para passar os que nós preparamos, e todos divertiram-se com os vídeos que levei e já coloquei no YouTube.
Finalmente passamos, eu e Cláudia, o resto da festa tirando fotos, e foram mais de 200... Sim, é chato pacas, tira foto segurando mão e tomando champanha, fazendo poses mil para um fotógrafo bem empolgado. Gente, isso cansa. Mas a idéia de fazer a cerimônia às 17 horas mostrou-se acertada. Mesmo com o atraso (não da noiva, mas do fotógrafo), tudo encerrou-se antes das 22:30, com todo mundo comendo bolo, sendo bem servido no buffet, e nós bem cansados, a caminho de Saquarema.
Ainda gastaram um batom rabiscando o meu carro (ah, Martha...), e os presentes (mais de 20) foram levados pelos meus pais para a (agora) casa deles. E fomos para Saquarema, para a nossa lua-de-mel.
- O pessoal da empreiteira que estão finalizando a nossa casa (Hércules e Álvaro) não foram por problemas no carro (rompeu-se a correia dentada);
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