Relatos de Campus Party - terceiro dia
Minha estratégia sempre é comer muito bem no café da manhã (e como comi mamão esses dias...), para depois só jantar. Nada de almoço. Na 3a, comi no Habib's com o Capitão Nelson Wakai. Na 4a, fui sozinho para o imperdível Esfiha Chic, próximo ao hotel e detentor de originais esfihas de catupiry e calabresa (fora as tradicionais, de carne, frango e queijo). Na 5a, comi um yakisoba júnior e refrigerante na própria Campus Party (R$ 11!). Não fui à Choperia Opção para beber c/ o povo por querer aproveitar o tempo em q estava na Campus... Para downloads. Ah, tá, tem as conversas tb. E q conversas boas! O tempo investido na conversa c/ o Sérgio Vieira (Impressões Digitais) foi excepcional, e ainda rendeu um networking: Entreguei cartões para parte da organização da Campus, como o Edney Silva (Interney). Quem sabe ele n vira ouvinte nosso?
- Desci 6 DVDs de Linux: O último DVD-live beta do Ubuntu 11.04 (o Natty Narwal) e TODA a Debian 5.0.7 (Squeeze). Nisso já vão 6 DVDs, que desceram em média, a 2 Mb/s.
- Pirataria é crime. Afundar navios dá cadeia. Compartilhar não é crime.
As falhas de infraestrutura eram claras, e sempre fala-se que uma boa organização é aquela que não se vê trabalhando, mas tudo segue normalmente. Nesse caso vimos muitas vezes a organização da Campus Party apagando incêndios, felizmente nenhum literal. Olha a lista até então:
- Na terça, dia em que cheguei a São Paulo, a chuva foi a vilã (segundo a Eletropaulo), e provocou a queda de luz no pavilhão por mais de uma hora, sendo precedida por outra queda, agora curta. Houve a procissão da Santa Banda Larga, gente pedindo uma graça... E depois ocorreu. Bem, segundo a Eletropaulo a queda de luz foi em todo o bairro, como disse. Mas alguns campuseiros relataram-me que viram todo o bairro aceso, e só o Centro de Exposições Imigrantes apagado. Ora, será que eles não preveram a possibilidade de um apagão? Afinal, quando chove em São Paulo no verão, é chuva violenta, com possibilidade de quedas de luz. O aluguel de um ou mais grupos geradores ia bem. Economizaram por um lado mas chamuscaram a sua imagem no outro lado.
- Na quarta, como já devo ter relatado, algumas bancadas estavam sem acesso à rede. Essa falha ocorreu novamente ao longo de alguns dias, com picotes na conexão, o que desagradou algumas pessoas (ou muitas).
- Voltando à sexta, tivemos mais duas quedas: A primeira foi no início da tarde, e que fez o MalcomTux pular da cadeira ao meu lado e gritar, socando o ar: "Dez minutos!". Não entendi nada, mas ele explicou que a organização do evento prometeu a retomada total da energia elétrica em no máximo 10 minutos. Levou 15. A queda foi contida em parte pelos geradores que mantiveram o cubo de vidro da Telefonica no ar, e alguns pontos estratégicos. Mas nessa, a rede foi paralisada novamente. Para ser exato, houveram 2 quedas da rede na sexta, como vocês podem ver nessa foto do tráfego. Se vi direito, o consumo de banda não alcançou o topo oferecido pela patrocinadora do evento, mas mesmo assim houve cortes e com isso reclamações.
- A infraestrutura montada pela Telefonica deixou a desejar em alguns momentos, e o acesso quase instantâneo a alguns sites ficou mais lento do que na minha casa, com o meu ADSL de apenas 2 Mbps, acreditem se quiser. No caso de torrents, a flutuação é normal, mas a variação era maior do que a esperada. Muito maior.
- O Gustavo é professor, então sabe como falar em público para uma audiência numerosa, com um linguajar apropriado. Quem lida com adolescentes em sala de aula e é bem sucedido, é capaz de fazer qualquer coisa.
- Ele tem muita experiência com palestras, e com podcasts. Logo, qualquer dica é útil.
- Ele não se prendeu às ferramentas, apesar de precisar delas para apresentar como as coisas funcionam. Claro que não gostei dele falar mal do Audacity, e nem todos tem dinheiro para comprar o Soundbooth ou o GarageBand. No final das contas, nem ele mesmo gostou, pois numa conversa (gravada) com o Vinícius Schiavini (Kombo Podcasts), ele falou que foi infeliz na sua afirmação. É, eu concordo, o Audacity não é o melhor programa para edição de áudio, mas é muito bom, embora gaste muito espaço com dados. E sim, ele trava. Mas já aprendi a contornar o seu gênio temperamental... Se bem que o Gustavo gosta do Mevio, o que eu abomino. Aí fica no "elas por elas".
- Ele falou não só da parte técnica, mas também falou de estatísticas, como contabilizá-las, e algumas dicas de sites que podem fazer esse "serviço sujo".
Logo depois, no palco principal, o pessoal do Nerdcast, Alexandre Ottoni (jovemnerd) e Deive Pazos (azaghal). E parte da turma se manifestou por lá: Eduardo Spohr ("A Batalha do Apocalipse"), BlueHand, entre outros. Não, não fui lá olhar eles. Por quê? Porque não havia nada de novo a ouvir... Embora fosse algo realmente novo: Eles fizeram um NerdCast ao vivo, praticamente. Mas, o que mais incomoda nem é o status de "estrelas nerds" que eles alcançaram. Não os invejo, e nem desejo ter essa posição. O que incomoda mesmo é o nível de fanatismo que alguns fãs deles tem: O Deive comentou que um fã desmaiou ao apertar a mão dele. No palco, fãs só faltaram dizer que o NerdCast ajudou ele a curar um câncer, obter a paz mundial ou revolucionar a ciência. Falaram, falaram, falaram... E não disseram nada.
E quanto às estrelas? Olha, de estrelas não tem nada, ambos são muito simpáticos. Só não falei com eles por não ter parado e tido a oportunidade. Minha timidez também não ajuda, e fiquei em débito com o Eduardo Moreira (TargetHD e SpinOff), além de ter falado tão pouco com o Jurandir Filho (RapaduraCast). Quando sentaram para gravar a seção de emails do NerdCast 241, na mesa de som do Leo Lopes (Radiofobia)... Logo se avoluma uma pequena multidão para assistir o evento. É bacana vê-los, apesar de serem estrelas de primeira grandeza dentro da constelação da Campus Party, sentando na bancada de podcasters, batendo papo, falando abobrinha e rindo, como a gente fez em boa parte do tempo.
Rir, aliás, é o melhor remédio, e o Radiofobia, na pessoa do Leo Lopes e do Quessa, e com o auxílio do Tarcan, do Professor Maury, da Dani Monteiro e de tantos outros protagonizaram dois dias de maratona podcastal, a #maratonapod. Foi tão comentada que chegou ao 2o lugar nos trending topics do Twitter no Brasil. O Leo tem curso de radialismo, sabe fazer um programa ao vivo, e leva o Radiofobia como se fosse um programa de rádio AM. Não é à toa que ganharam o prêmio Podcast de melhor podcast de humor. Na 6a, a mesa de som, o iPad usado para scratches, os notebooks e os microfones profissionais deram lugar a um potente gravador com entrada para mais 2 microfones, e a corrida para os lados, para catar possíveis convidados (ou não) para um programa especial Campus Party do Radiofobia. A Maratona Podcast foi transmitida via Twitcam, e foi simplesmente hilária. Queria ter visto mais, tentarei procurar posteriormente na rede.
A chuva desabou de forma BEM violenta às 14 horas desse dia, e um vento fortíssimo uivava do lado de fora do Centro de Exposições Imigrantes. O Vinícius chegou encharcado, o Tiago Andrade quase foi levado pelo vento (filé de borboleta...), e tive que fechar o meu netbook por causa dos respingos de água. Sim, respingou água dentro do pavilhão. E eu estava no MEIO do pavilhão, estávamos muito próximos ao centro do mesmo, onde estava o cubo de vidro da Telefonica, ao lado da "sala de imprensa" e do quiosque da assistência técnica (que desassistiu alguns conhecidos meus).
Nessa noite tudo terminou em pizza, na Mansão da Pizza, no Ipiranga. A mesa tinha mais de 40 pessoas, com um bocado de gente comendo como animais. Infelizmente vários não foram porque senão fecharíamos um andar todo da pizza. Conversas sobre a organização, trânsito, entre outros. Revi o Ock-Tock (Máquina do Tempo), conheci a Vana Medeiros (SpinOff Podcast), e comemos como ogros famintos na companhia de dois piratas da melhor/pior espécie, o Maycon (jabour_rio) e o Júnior, do Baú Pirata.
Na volta, caminhada junto com o Tiago Andrade até o metrô (15 a 20 minutos), e dali, até o hotel. Depois de um banho, notebook ligado, 3G ativado, conversa via messenger... E cama. O outro dia seria ainda mais extenso, com Santa Ifigênia e o Steve Wozniak.
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