Expectativa e decepção
Há alguns dias tem um alvoroço na comunidade do software livre: Sérgio Amadeu e Júlio Neves iriam no Programa do Jô, falar dessa nossa cachaça, que é compartilhar código-fonte e torná-lo útil para a humanidade.
Logo, todo mundo dizendo que seria na próxima sexta, dia 6, outros não tendo certeza... Hoje vou tomar minha sopa, e sento na frente da TV, para ter algum lazer, quando mudo o canal, e vejo a abertura do programa. No anúncio das entrevistas, fala-se dos dois ilustres convidados. Opa, beleza, vou esquentar a sopa e vou assistindo outra coisa, até dar a hora da entrevista. Para ser exato, fiquei vendo um trecho do Super Size Me, que passou esses dias na Bandeirantes. Meu pai gravou no videocassete (sim, ainda temos isso em casa, e sim, a gente usa um bocado, para gravar, e não para ver filmes), e eu fui ver...
A entrevista foi antecipada por uma conversa com um PM que é roqueiro, cujo nome de guerra (ou artístico, como queiram), é Carnal Desire. Se dedicam 2 blocos a uma apresentação como essa, por que ainda não chamaram o povo do Rock Bola? Melhor a chefa deles fazer um lobby...
Aí, finalmente acaba o espetáculo hediondo, e vamos à entrevista... Que foi uma decepção completa. O Sérgio Amadeu deveria ter falado - sem atropelos - como ele falou naqueles vídeos institucionais do ITI. Lá ele mandou bem, falou das quatro liberdades, explicou tudinho... Tintim por tintim. Na entrevista, foi uma lástima. Ficou tudo solto: Google, Sourceforge, NASA, Wikipedia, receitas de bolo... O Sérgio atropelou, não explicou, se enrolou... E se agarrou apenas às quatro liberdades. Ficou tudo bagunçado.
O Júlio Neves ainda salvou umas partes da entrevista, mas não pode falar muito. E o Jô... Como sempre, falou um bocado de besteira, confundiu livre com gratuito, ficou enchendo o saco por causa das Linux companies ("ah, mas tem gente querendo ganhar dinheiro por trás") e fazendo tudo uma grande porcaria. Perguntou se a gente poderia alterar o conteúdo do Google, sobre a Wikipedia e a capacidade dos revisores... Uma lástima!
Aliás, antes que eu me esqueça das erratas: Linus Torvalds não é matemático (matemático sou eu), ele é finlandês (e não sueco ou norueguês), e o nome dele tem S no final. Não é Torvald, é Torvalds.
Na boa, teria sido melhor que a entrevista não tivesse acontecido. Melhor seria eu ter ido dormir mais cedo... As repercussões irão pipocar daqui a pouco, no BR-Linux, principalmente (eu já comentei por lá). Aposto que todas (ou quase todas) negativas. E com razão, a entrevista foi uma completa e tremenda bosta.
Semana que vem teremos palestras na escola, e eu vou tratar de limpar a barra da comunidade, passando Revolution OS, Triunfo dos Nerds, e vários vídeos, de montagem e manutenção, vídeos curiosos e bem-humorados... E de noite, a turma do Ubuntu-RJ falam sobre a revolução do SL, de uma forma mais... Apropriada.
Marcadores: Linux, software livre
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