29 março 2008

Filosofações: Crônica de um jovem casal

Por questões de direitos autorais, pirataria, uso de MP3, coisa e tal, não dá para colocar a música tocando enquanto vocês lêem esse post. Mas se tiverem, coloquem por aí aquela música do Legião Urbana, "O mundo anda tão complicado" para ouvir, como música incidental.

Nota: Partes desse post estão escritas desde o último feriadão, que foi o Carnaval. Logo, vou tentar adaptar.

Às vezes me perguntam como vai a vida de casado. Eu digo que vai muito bem. Tirando a finalização da obra, que segue a "passos de formiga e sem vontade", tem sido tudo muito bom: A descoberta do dia-a-dia, dos jeitos, manias, os detalhes, as coisas simples feitas juntos, os medos... Hoje mesmo fui tentar ajudar a Cláudia a vencer o medo dela de cachorros. Aqui no condomínio tem 3 cães "do condomínio", e 2 pertencentes a moradores, que vivem meio que soltos. E ela tem medo deles, que não perturbam quem eles conhecem. Já foi pauta de reunião de condomínio, já teve discussão a respeito, tem gente a favor e contra... Tranqüilizei ela dizendo: "Se latir, ignore. Se avançar, chute. Se morder, eu mato.". Acho que ela se acalmou, e foi em frente.

E uma das novas práticas da vida de casal é ir ajudar a esposa a fazer compras. Semana passada mesmo foram três mercados no mesmo dia, na luta incessante da dona-de-casa de fazer a melhor economia, comprar o melhor pelo menor preço. Suspeito fortemente que isso dá prazer a elas, essa busca feita com os ouvidos atentos em comerciais de TV, anúncios em rádios, e os sempre presentes encartes. Procura aqui, pesquisa de lá... E vamos às compras.

E, quem conhece o Guanabara, aqui no Rio, sabe que ele tem normalmente promoções muito boas, e um atendimento péssimo. Já disse por aqui que "ir ao Guanabara é ver o o pior do ser humano:" Funcionários mal-treinados, atendimento ruim, filas imensas, clientes mal-criados... Nada contra o meu vizinho superintendente da rede, mas o empregador dele... É péssimo. Deve ser pior do que português.

Começamos pela incrível jornada atrás de um carrinho. Murphy explica que "quando você precisa de um carrinho de compras, aí mesmo é que você não o encontrará". Principalmente se for de noite, véspera de feriado e dia de promoção boa. Os três fatores conjugados são como salitre, carvão e enxofre: Juntos formam uma mistura explosiva, que começa no sumiço dos carrinhos e termina na fila interminável do caixa.

E falando em uma das paixões (ou ódios) nacionais, fila da carne em dia de promoção (como hoje) ultrapassa os 35 metros de comprimento e a uma hora de espera. No final, não tem jeito: "Faz valer o meu esforço aturando a fila... E pega mais um pedaço de alcatra, vai!" Quase R$ 3,50 por quilo a menos quase justifica o esforço.

E por aí vai, os frios esquentando a "mufa" dos clientes, e o pega-não-pega nas gôndolas, as promoções... Numa das vezes, pegamos quatro promoções seguidas. Isso deve gerar serotonina nas donas-de-casa, a correria em alguns casos chega a ser engraçada.

E eu? Bem, na medida do possível ajudo pegando os itens que não requerem o olho apurado da dona-de-casa (e que Cláudia está começando a afiar), e é só ver a validade, pegar e levar. Claro, comprar uma besteira ou outra no caminho, afinal, a conta de alimentação não é minha... Tem outras que estão comigo, mas agora não vem ao caso. Andei propondo à Cláudia irmos às compras com dois carrinhos e usar um par de rádio-transmissores para comunicação. Deve funcionar para compras maiores, em vista de acelerar o penoso processo.

Mas uma coisa é certa, e necessária: Parafraseando Raul Seixas, para a maestria das donas-de-casa, "eu tiro o meu chapéu" (10.000 anos atrás). Elas estão de parabéns.

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