22 janeiro 2007

Viagem anual a São Paulo - parte 1

A viagem começou na verdade, na quinta-feira, dia 18, de noite. Pensei muito se ia de avião ou de ônibus, e acabei optando por um ônibus executivo (Double Class) da 1001, no horário das 23:59. Os motivos são simples:

  • Por mais que o avião barateou, era razoavelmente mais caro (R$ 68,50 x R$ 150, em média - incluindo taxa de embarque). O único vôo realmente barato (para variar, da BRA) só saía do Rio no início da tarde (R$ 108,50, a propósito). Um vôo barato da OceanAir (R$ 80 + taxa) saía do Rio às 21:30, o que era interessante. Mas meu receio era que ele atrasasse, e eu não chegasse a tempo de pegar o metrô aberto.
  • Se eu fosse de manhã cedo, era para acordar às 6 horas e ir. Não importa a hora em que fosse o vôo, eu teria que sair de casa bem cedo, por causa dos engarrafamentos habituais de um dia de semana.
  • Pior, acordaria eu e meu pai, que me daria uma carona até o aeroporto. Poderia tomar um táxi, mas eram mais R$ 35, em média. No ônibus, seria melhor pois ele podia me levar, e voltar para casa, não tendo que madrugar, ou pegar congestionamentos. No máximo, uma blitz.
  • Chegando em SP de manhã, eu aproveitaria bem melhor o dia. No horário em que eu estaria esperando um vôo (que provavelmente estaria atrasado), eu já estava procurando o que eu queria na Santa Ifigênia.

Então, assim foi. E segui em direção à paulicéia desvairada, chegando de manhã bem cedo. Rodei um pouco, fui no caixa eletrônico, fiz uma hora, comprei alguns bilhetes do metrô e segui na direção da casa do Lud e do Spy, em Santana. Cheguei lá, já dolorido (noite mal-dormida no ônibus, gosto de dormir de lado e no ônibus, não dá), somado ao par de botas que começava a maltratar meus pés. Toca o interfone... Nada. Toca para o celular dele, beleza, posso subir.

O Spy está se arrumando para ir para o trabalho (7:20), e depois de separar o que eu levaria (mochila com notebook, caixa do Sega Saturn, etc), sigo com ele, rumo ao metrô e à Praça da Sé. Diz o Marcio Lima que "tudo de ilícito em São Paulo começa pela Praça da Sé". Bem, não deu para averiguar isso (visto que os camelôs oferecendo serviços para "limpar o nome do Serasa" não estavam por lá - parte da praça está em obras), mas uma coisa é certa: Aquela é a estação de metrô mais cheia que eu já vi na vida. Bem, cruzamento de duas linhas do metrô, centro geográfico da cidade... Já viu.

Dali fui "fazendo um vôo por instrumentos" com o Marcio Lima (ele no Rio, eu em São Paulo, via telefone), para achar um curso onde ele estudou e ficou devendo algo. Ele não lembrava o endereço ou o nome do curso, só como chegar lá. Bem, achei. Caso ele esqueça novamente o nome do curso, perca o folheto que eu trouxe (com o telefone) ou não saiba o site, o link está aqui: Instituto Edison. Lembrem-me de apontar esse post para ele, quando ele precisar.

Depois caminhei até a Santa Ifigênia, santa padroeira dos nerds e localizada a uma distância considerável da Sé. E carregando notebook + Saturn. O Saturn em questão não é meu, pertence ao Dr. Venom, é preto, e é uma das primeiras versões. O objetivo era desbloqueá-lo. Chego na loja (Rua Santa Ifigênia, 295, loja 31), e a dona diz que aquele modelo não tem jeito. O desbloqueio (que era um chip soldado no cabo que liga a unidade ótica à placa-mãe) não é mais produzido. Eu resmungo, afinal, aquele treco é grande (tomou 40% da minha mala!), pesado e foi um saco trazê-lo até São Paulo... Ela faz uma contra-proposta: Desmontar um Saturn branco (desbloqueado) e trocar as placas-mãe. O Saturn branco era uma outra versão. R$ 100. Ligo para o Venom, que autoriza o serviço. 90 minutos para estar pronto. Ok, saio e vou ver outras coisas.

Quanto à bateria do notebook, acho uma loja (entrada pela Rua Autora, mas o endereço é Rua Santa Ifigênia, 338, box 9) que faz esse serviço. R$ 180 pela troca das células de bateria do notebook. Se o problema fosse na placa de controle, aí só uma bateria nova, o que custaria R$ 380. Pronto, só no sábado. Ok, vamos tentar a sorte, vamos ver no que dá.

E o solenóide da impressora? Esse deu trabalho. Explicando: O Marcio doou para a minha escola uma impressora laser, uma Laserjet IIIp. O solenóide está queimado, precisa ser trocado. E é só isso, o problema dela. Bem... Vamos ver se eu acho algo. E ando. Ando. Ando. Ando. E ando. Nada de achar o maldito solenóide. Os pés doem, começo a me arrepender de ter deixado o meu bom e velho All Star em casa, e vejo muita coisa interessante. Coleto cartões e anoto preços, depois relato melhor no Uruguaiana é Punk. Voltei até um caixa eletrônico, peguei dinheiro, e voltei para dentro da Santa. No final da manhã, eu não tinha conseguido resolver o problema do solenóide; o videogame estava desbloqueado; a bateria teria que ser pega no dia seguinte.

Volta para a Sé, almoço com o Spy... Aquele trecho, da Rua Direita, Praça da Sé e São Bento, a maior confusão para achar o local, até que nos encontramos e fomos comer. Eu já devo ter contado em algum lugar que os restaurantes de comida a quilo sempre me dão prejuízo: É a vontade de experimentar cada um dos itens, por mais que fique caro. É tanta coisa nova que eu não sei por onde começar, nem que seja uma colher de chá de cada uma das muitas opções. Dizem que isso é influência do signo de Gêmeos, mas como eu não acredito muito em astrologia...

Almoço feito, despeço-me do Spy (que volta ao trabalho) e combinamos sobre a noite. Pego o metrô e volto para a casa dele, para tomar um banho (eu fedia como um porco na lama), e descansar um pouco. Acabei ficando, cochilei (cansaço bateu), escrevi um pouco no notebook, naveguei, vi vídeos no YouTube, e acabei empurrando para o dia seguinte a ida à Comix. Lud chega, conversamos um pouco. Não o vi em casa porque ele saiu bem cedo (quase encontramo-nos na Rodoviária), e converso com ele, se ele vai beber algo com a gente. Ele topa, e vamos de carro.

O Robson Franca foi convidado por mim via Internet (ICQ, para quem disse que todo mundo na sua lista sumiu), e nos encontraria no caminho. Fomos de carro, e a conversa foi o assunto do país no momento: O afundamento do poço de serviço das obras do Metrô de São Paulo. Conversamos sobre a obra (aquele solo é um dos mais estudados pela Engenharia Civil da USP), sobre motivos, problemas, situação, e a sobrexposição da mídia sobre o fato (saco, parecem tatus, só sabem falar de um buraco). Chegamos na pizzaria do Seu João, depois de termos pego o Robson e a Mônica (esposa dele) no caminho (metrô Paraíso). Lá estavam já Spy, Rigues, Piter Punk (irreconhecível, enfiado numa roupa social) e sua esposa, Marina, e mais gente (incluindo o j0ker, que chegou depois). Ali ficamos conversando e bebendo, comendo pizza e brincando, contando histórias... Nossa, pena que eu não gravei tem algumas que rendem muitas gargalhadas. Algo que eu não tinha há tempos, e vai demorar para ter de novo. O papo foi muito divertido, gostei muito.

Saímos da pizzaria depois da meia-noite, alguns meio beldos por conta das cervejas, outros bem cansados. Mas todos contentes por terem investido esse tempo com os amigos. Realizamos uma compressão de gente dentro do Celta do Lud (6 pessoas), e seguimos, deixando o pessoal aqui e ali, mas não sem antes combinar a aventura do dia seguinte: 10 da manhã, no Metrô São Bento, para revirar a Santa Ifigênia. Voltamos, ligo para Maria Cláudia, conversamos um pouco, mexo um pouco no notebook... E vou dormir o sono dos justos, cansado mas contente.

Quanto a fotos, só realizei algumas peripécias fotográficas com a câmera do celular, depois eu coloco elas por aqui. Num próximo post falo de como foi o meu sábado.

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