08 fevereiro 2011

Relatos de Campus Party - quarto dia

No sábado fiz diferente, não fui direto à Campus Party. Dessa vez fui até a Santa Ifigênia, para mais uma vez perambular sem lenço e sem documento, para ver coisas curiosas e sem noção... E os lixões das redondezas da Santa. Fui acompanhado do Daniel Ravazzi e posteriormente do Dante Nishida, e rodamos um bocado, procurando algo que fosse minimamente interessante. Maiores relatos eu trarei posteriormente, no Uruguaiana é Punk.
Dali, voltamos para a Campus Party. Comentando com o Ravazzi a respeito do calor lá dentro, disse que um carioca ou um nordestino ali sente-se tranquilo. Um paulista se incomoda. Um morador do sul já sofre com o calor. E um rapaz na fila complementa: "E eu, que sou de Cuiabá (Mato Grosso), estou até sentindo frio!" Rimos à beça com o fato. Já chegamos lá depois do almoço, com uma ligação do Giovanni avisa que ele está chegando. Nos encontramos lá, na própria Campus Party. Tentamos usar todo o nosso charm person para ver se conseguirmos com que o Dante e o Ravazzi entrem na área dos campuseiros, sem sucesso. Almoço, passeio na área de exposições... Comprei o livro do Woz, além de 2 camisas na LinuxMall. Preço bom, pena que não pude adquirir adesivos. Por lá encontramos com o Rigues (junto com a turma da PC World que veio com ele), e a Elaine, grávida de 6 meses, esperando a Carmen.
Na área de exposições da Campus Party havia vários estandes, e alguns locais para exposições relacionadas. Por isso vocês podem ver aí embaixo fotos de itens relacionados, como o carro movido a bateria de nobreaks, o relógio movido a água e um sapo (da @agenciafrog) usando um notebook. O Dante foi assistir uma palestra (depois de ter tentado comer um Cup Noodles de graça - e não conseguiu), e acabamos nos desencontrando dele. Nisso eu já tinha ido lá dentro, colocado o netbook para continuar fazendo downloads - e tentar fechar o que ficou pendente.



Na volta, estandes, inclusive o da AMD, onde conversei longamente sobre a tecnologia Fusion, as APUs, que reúnem processador + processador de vídeo + chipsets ponte norte e sul numa peça única - e pequena... Além de tirar muitas fotos. Algumas já subi para o álbum (como a que está aí do lado), outras talvez irão, mas terão mais utilidade no trabalho. Algumas ideias sobre media-center para a sala de casa foram devidamente adiadas. Já que eu sou fã mesmo de AMD, vamos esperar pois a promessa é que o dito cujo vai ser bom. Eu, pelo menos, vi uma plaquetinha dessas tocando um vídeo em full-HD (era Transformers 2, tá aí a Megan Fox que não me deixa mentir). Ainda teve o robô da Petrobrás (operado por 2 pessoas, um controlava o robô, e outro mexia com a fisionomia dele), o "super-piano" (semelhante àquele do filme "Quero Ser Grande"), e outros itens. Volto para ver como está os downloads, e a maior parte dos podcasters não voltou. Parece que o Tour Gastronômico do Papo de Gordo estava sendo bom mesmo. Só espero que o último prato não tenha sido a canja de galinha do Hospital das Clínicas...

Bem, chegou a grande hora: Vamos fazer a entrevista com Steve Wozniak, o Woz. Pergunto como é o esquema para o Rigues, e entro, meio assustado, já que é a primeira vez em que sou imprensa credenciada. Eu queria, como a maioria ali, um autógrafo do Woz na autobiografia dele (que eu tinha comprado pouco antes), e fazer uma pergunta a ele.
Filmei boa parte da coletiva, na medida com que era possível, já que a câmera trepidava, eu estava sem tripé, a iluminação não ajudava... E eu cansava. Fiz várias fotos desse sujeito simpaticão, pouco mais novo do que meu pai (60 anos), e com um iPod nano no pulso (direito). Ainda filmei... E consegui fazer a pergunta! Quase não pude, já que quando pedi o microfone, a moça que conduzia a entrevista disse que não podia. Mas houve espaço para mais duas, e eu perguntei a ele sobre o que ele mudaria no projeto original do Apple II.
Para a maioria dos jornalistas especializados (ou não), essa pergunta não era relevante. Afinal das contas, eles queriam perguntar da saúde de Steve Jobs (Woz não falou nada que não sabemos), sobre o iPad, sobre a Apple... Só que ele saiu da Apple em 1987, ele não trabalha mais lá há quase 25 anos! Caramba... O Rigues perguntou sobre o que ele acha de uma afirmação no blog dos desenvolvedores do Android, que dizem que os fabricantes terão que tomar uma posição: Ou fecham o aparelho completamente, ou permitem que o usuário faça o que quiser com ele. Woz saiu bem pela tangente, quase perpendicular, e não respondeu à pergunta.
Quanto a resposta à minha pergunta, ele falou sobre o uso do Microsoft BASIC (ele queria evitar o fato), sobre colocar unidade de ponto flutuante no Apple II, e o mais só vendo o vídeo. Eu estava emocionado por um dos heróis da minha geração estar ali, respondendo uma pergunta minha. O Tabajara teria infartado do coração com o fato. No final da coletiva, Woz sai pela lateral, rapidamente, e todos nós com o livro na mão, esperando a assinatura. A Babs, do Garotas Geeks, trouxe um Mac Classic II para ser autografado. Não foi, mas foi o alvo das câmeras dos jornalistas presentes. Bem... Fica para o final.
De Campus Party 2011
Ah, vale dizer que o Giovanni não conseguiu entrar na coletiva de imprensa, e como bom (?!) Marvin que é, mandou-me um SMS de despedida (iria voltar para Campinas) e deu um jeito de passar a pulseira cinza dele (a de convidado VIP) para o Ravazzi, e assim ele poderia entrar na área dos campuseiros. Bem, assim ocorreu, e o Ravazzi adentrou o recinto (finalmente).
Acaba a coletiva, vamos de volta para área dos campuseiros, Rigues vai ver como está a Elaine, e eu vou me enfiar no meio da molecada que quer ouvir o Woz (mas não faz a menor ideia do que ele fez na Apple). A aglomeração é grande, e fica díficil fazer fotos. Mesmo assim consegui registrar algumas da palestra, além de vê-lo chegando, tal qual estrela do rock, até o palco principal. Nisso, o Fernando Valente, da Chiaro Software está com um MacBook aberto, e na tela escrito: "Woz, I wanna talk with you :-)". Ele manteve o MacBook sobre a cabeça, aberto para que Steve Wozniak visse e, quem sabe, chamasse-o para falar. Acabei papeando e revezando com ele para segurar o notebook.
Ravazzi liga. Ele tinha ido tentar tomar uma água na sala VIP de dentro da área dos campuseiros, mas fora barrado pelo segurança, já que a sessão de assinaturas do Woz seria ali. Ele me telefona, e saio da palestra correndo para a fila, que estava se formando. Perco a maior parte da palestra do homem, fico na fila e conheço algumas pessoas muito simpáticas, como um jornalista que disse-me que a minha pergunta foi a mais pertinente de todas (Ricardo Bánffy) e um fã de Apple II, que trazia um mouse de Apple IIgs para que o Woz autografasse. Conversa vai, conversa vem... Mais de uma hora na espera.
De repente, alguém do apoio nos retiram da fila, sob a alegação de que já que somos da imprensa credenciada, poderíamos tirar fotos do Wozniak autografando livros: "Mas vocês não podem pedir autógrafo dele. Fã é fã, e imprensa é imprensa". Discordamos prontamente, e o Bánffy respondeu de maneira exemplar: "Esse homem é meu herói desde os 10 anos de idade, eu sou fã dele. Não saio daqui sem o autógrafo dele, mesmo sendo imprensa". Argumentei que as fotos dele já tinham sido feitas na coletiva de imprensa, só queria ser fotografado com ele, e o autógrafo. Conclusão... Pedido de desculpas a nós e voltamos para a fila. Fila que, aliás, estava bem desorganizada: Ela estava próxima a um bebedouro, e os seguranças ainda mandaram aproximá-la do móvel. Ou seja, veio gente com a desculpa de irem beber água, e ali ficaram, mesmo debaixo de protestos. Ainda houve a restrição de apenas um item seria autografado pelo Woz (para que a fila andasse), mas não foi muito observada pelas pessoas que entraram com 3, 4 MacBooks debaixo do braço. No final, ainda foi formada uma segunda fila, dos dinamizadores (a equipe de apoio da Campus Party), e por pouco não ficamos parados, esperando que todos eles entrassem e recebessem seus autógrafos, para depois sermos atendidos: Debaixo de protestos, o apoio teve a brilhante idéia de misturar a fila, subindo algumas pessoas de cada uma das duas filas. E assim se fez.
Finalmente subimos, e tudo foi muito rápido. Sentei-me ao lado desse que é um dos heróis da nossa geração, e disse, em inglês claro e direto: "Senhor Wozniak, este é o nosso cartão. Nós temos um podcast sobre retrocomputação, e falamos também do Apple II". E o sorridente gordinho (como disse minha mãe) estendeu a mão, pegou o cartão, agradeceu e disse: "Interessante". E ele pegou um pacotinho, abriu, pegou um cartão de visitas dele e me entregou. Fiquei branco na hora, mas sorri e estendi a mão a ele para cumprimentá-lo, o que foi respondido. Logo fui tirado às pressas, já que não dava para esperar muito, mas ainda consegui fotografar o Daniel Ravazzi, atrás de mim, também com o Wozniak.
As curiosidades do cartão de visitas do Wozniak consistem em que:
  • Ele não dá esse cartão a qualquer um. Pelo contrário, ele só entrega esse cartão a quem ele considera interessante.
  • O cartão é feito de lâmina de aço, com alguns desenhos feitos a laser, e perfurações também.
  • O cartão traz o nome, email, endereço e número de telefone do Wozniak. 
O próprio Wozniak já brincou dizendo que ele usaria o cartão para cortar bifes recebidos nos serviços de bordo das companhias aéreas aos quais ele viajaria... Mas é um troféu, o que coroou uma semana de correria, e fez valer a pena o esforço. Como diz meu amigo Marcio Lima...
Ajoelhe-se aos meus pés, filho de Jor-El!

Dali, o que sobrou? Foi procurar os amigos na fila. Rafael Rigues, infelizmente, ainda estava no meio da fila. Ele foi para a sala VIP. Mas a sala do lado de fora, na área de exposições. O rapaz do mouse de Apple IIgs disse que o Woz se emocionou quando viu a procedência do mouse, assinou e parabenizou-o por ter esse micro. O Bánffy conseguiu 2 autógrafos: Um na sua edição da autobiografia, e outro na edição da autobiografia que ele vai dar ao filho dele de presente. Teve gente descendo com iMac autografado, outros com Macbooks... O que é meio burrice, já que você vai vender depois o notebook, e vais fazer o que com o autógrafo? Pedir mais caro? Bem fez a Babs, que conseguiu o autógrafo dele (finalmente) no seu Mac Classic II.

E com isso fecha a Campus Party para mim. Com o sentimento do dever cumprido, despedi-me de quem ainda estava por lá (Jurandir e Maurício, do RapaduraCast, por exemplo), e segui rumo ao microônibus, despedindo-me da minha primeira Campus Party, rumo ao metrô e depois, no Esfiha Chic, para comer com os amigos MSXzeiros que lá estavam (Piter Punk, Raimundo e sua namorada, Adriana), e os que depois chegaram (Rigues e Elaine, José Luiz e Marluce). Rendeu uma boa conversa, muitos risos, e o retorno, tarde da noite ao hotel.

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21 janeiro 2011

Relatos de Campus Party - segundo dia

Hoje na Campus Party já não tive maiores problemas para chegar, aprendi o "caminho das pedras", mas antes fui até o Stand Center Boulevard Monti Mari buscar minha câmera digital, comprar um par de headphones, e daí seguir rumo ao Centro Imigrantes. As estórias de São Paulo (além da Campus Party) serão contadas depois, em outro post, inclusive no Uruguaiana é Punk. No caminho para a Campus Party, o ônibus atrasa por conta de um mané/palhaço/idiota/imbecil/whatever que cismou de andar no microônibus... Em pé. Até tirarem o cidadão... Atrasou tudo. Curioso foi que em dias posteriores o ônibus trafegou com até seis pessoas em pé. Bem, isso varia de motorista para motorista, pelo visto. Mais uma falhinha de organização, se bem que essa nem é falha propriamente dita.

Cheguei na Campus quase que no meio do dia, para sair logo rumo à Santa Ifigênia. E a chuva se antecipou, e ao invés da tradicional pancada às 18 hs, a chuva desceu forte às 14 hs. Tomamos chuva, estreei guarda-chuva... Acabei saindo um pouco mais tarde do que deveria, e fiz um fudeba MSXzeiro (o Junior Capela) tomar um chá-de-cadeira da gente. Acabou que, do povo todo do Guerrilha Geek, só foi o Maxwell, um sujeito super-simpático de Franca que tem claustrofobia... Mas era seco para andar de metrô! E andou. Sabe que ele não se desesperou? Mas o incômodo para ele só aumentou quando o trem encheu. 

Chegamos na estação São Bento, e rodamos à beça, olhando e perguntando... Algumas coisas que vi foram:

  • O meu sonho de consumo, uma Canon Powershot SX20 IS... 35x de zoom. Péra aí, eu disse TRINTA E CINCO VEZES DE ZOOM. A minha câmera tem 12x. Dá para fazer miséria, e acredite, dá para usar o zoom máximo sem ter que apoiar a câmera num tripé. Fiz a experiência, e as fotos não ficam tremidas mesmo com todo esse zoom (e um pouco de zoom digital ligado). Usa bateria (R$ 110 cada uma - Rua Santa Ifigênia, 379 - loja 02), até 6400 de ISO... Achei de R$ 1100 no Boulevard Monti Mari a R$ 1450 na Santa (Rua Santa Ifigênia, 403 - loja 09). Sendo que no último, nota fiscal e 1 ano de garantia. O Guanabara me indicou uma importadora (FastImport - Rua Santa Ifigênia, 490 - loja 15/18), que parcela e dá garantia. Vou dar uma olhada no sábado.
  • Achei um Motorola Milestone a R$ 900 (Rua Santa Ifigênia, 373 - loja 13), o que me faz pensar no que eu faço com o meu Nokia 5800. É a chance de abandonar Palm + celular e fazer tudo uma coisa só. Será a primeira vez, desde 1999, que eu não teria um dispositivo rodando Palm OS comigo... Mas é um senhor aparelho com Android, apesar de comentários desagradáveis do seu microfone, por parte do Leandro Pereira.
  • HDs externos, de 500 Gb (R$ 200), 640 Gb (R$ 230) e 1 Tb (R$ 360). O endereço? Rua Santa Ifigênia, 452 - loja 12. Todos Samsung... O que eu não gostei muito. Acho que a melhor opção é comprar um HD Seagate de notebook e por numa gaveta genérica qualquer.
  • E ainda achei uma loja com um saldão de notebooks, vendendo notes usados a um preço considerável (Rua dos Andradas, 242). A melhor oferta que achei foi um Dell XPS M1330, 13,3", 3 Gb de RAM, 320 Gb de HD, leve, gravador de DVD-RW, etc e tal... R$ 1450, parcelável em 6x sem juros. Ah, tem leitor biométrico também. E Windows Vista Business. Mas se eu comprasse um note usado, teria o saco cortado pela minha amada esposa.

Ainda encontramos com o José Luiz e a Marluce, já que eles foram de carro para São Paulo e foram dar uma olhada na Santa também. O Maxwell andou muito, se assustou com o tamanho dos prédios do Vale do Anhangabaú e comprou um micro usado (mas em ótimo estado) para a sua esposa: Um Pentium 4 com 1 Gb de RAM e 40 Gb por R$ 300. O Kinect que ele pensou em comprar variava de R$ 550 a R$ 900, sem contar os desbloqueios necessários, etc e tal. Já o Wii, pediram R$ 1300 por um com 50 jogos (talvez os únicos disponíveis, hehehe).

Voltamos para a Campus Party no final do dia, bem cansado. Pelo visto o pessoal que ia ao PodBreja, na sua maioria, não foi. E gravei podcast com Schias, Tiago Andrade, Maycon (jabour_rio) e outros. Conversei, me diverti e fiz mais de 100 fotos. Jantei um yakisoba júnior com guaraná, na (cara) praça de alimentação da Campus Party. Para quem não almoçou, ótimo. E ainda liguei para o meu amigo Luiz Jacob, para ver se a gente se encontra no domingo, já que tem anos que não o vejo. No final do dia, carona com os pais do Vinícius (Schiavini), e conversa com o Tiago no metrô, até chegar na Paraíso. E agora, aqui, finalizando esse post. Amanhã tem mais.



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08 novembro 2008

Ida a São Paulo: A Santa Ifigênia

Se você é leitor antigo dessa joça aqui, sabe que eu sustento, junto com outro fudeba, um blog para falar de locais interessantes para comprar gadgets: Camelódromo da Uruguaiana (RJ), Feira dos Importados (DF), Santa Ifigênia (SP), entre outros lugares. É o Uruguaiana é Punk, que vale a olhadela. Pois então, postei um relato sobre a visita à padroeira de todos os nerds e gadgetzófilos de plantão. Se quiser ler... Clique aqui.


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12 outubro 2008

CONISLI, aí vou eu!

Quem diria, no próximo final de semana estarei em São Paulo, palestrando em um congresso de software livre! Pois é... A história é a seguinte: Teremos a Latinoware em Foz do Iguaçu no fim do mês, e cheguei a pensar em ir, aproveitando a caravana que será montada pela FAETEC para levar quem vai participar da Olimpíada de Algoritmos Hostnet. Só que:

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  • São 1532 km de distância, da minha casa até lá. O Google Maps aponta pouco mais de 18 horas, logo bota no mínimo 20 horas de viagem de ônibus.
  • Será uma quinta, sexta e sábado (30, 31/10 e 1/11). Isso significa sair daqui na quarta de manhã (29/10), e voltar na madrugada de segundaa (3/11). Conseguir a liberação com um dos meus empregadores é fácil, mas os outros dois... Fica complicado.
  • A condução é por conta da usina Itaipu Binacional, mas a hospedagem e alimentação é toda por minha conta.
  • Eu iria de "babá de aborrecente", e nada de ver as palestras, que são o que realmente vale.
  • Ir a Foz do Iguaçu significa ir a 3 lugares: Parque Nacional do Iguaçu, Ciudad del Leste e a usina propriamente dita. Em 3 dias, não dá.
  • Passagem de avião? R$ 1016, ida e volta por cabeça, fora taxa de embarque. Esquece, caro demais.
Logo, desisti antes mesmo de começar a me animar. Mas queria ir a um evento de SL, procurei... CONISLI, num final de semana em São Paulo. É bem mais perto (6 horas de viagem), num fim de semana (vai e volta), e dá para matar as saudades da fudebada MSXzeira paulistana, uma das poucas coisas boas que vejo naquela cidade esfumaçada e feia.

Animei-me a ir, conversei com a metade mais mentalmente sã do meu relacionamento (minha esposa), e ela gostou da idéia. Pensou a mesma coisa que eu? Sim, 25 de Março, Brás, etc. Falei com um amigo do trabalho, que usa Linux, ele se animou a ir com a esposa... Mas depois desanimou, disse que tinha que trocar a caixa d'água da casa dele (quem manda comprar casa velha), e não vai. Bem, pensávamos em rachar acomodações para baratear custos... Não rolou. O jeito é arrumar alguém mais para ir.

Bem, isso não é exatamente um problema quando a família da Cláudia é composta basicamente de jovens mulheres doidas por uma promoção: Numa conversa rápida, a outra irmã e uma prima se animaram a ir. Mas um concurso e a falta de dinheiro impediram duas delas, e só uma cunhada irá nos acompanhar a São Paulo.

Conversando com o Spy sobre o CONISLI, ele sugeriu pagar a inscrição na hora, e tive um estalo: Por que não mandar uma palestra para lá? "Assim entro de graça", pensei. Tramei alguns assuntos, e submeti duas:
  1. Uma foi sobre o uso do Linux na escola onde trabalho, tudo o que criamos, fizemos e desenvolvemos para conseguir marcas como reinstalar 130 computadores por imagem em 5 horas, e coisas do tipo. Também das dificuldades, as barreiras causadas pelos colegas de trabalho (a última é que querem tirar o MySQL e o Oracle, e colocar M$ SQL Server - nem por cima do meu cadáver)... Em resumo, empenhei quase que a tarde toda do último dia de submissão de palestras.
  2. A outra foi uma palestra que dei na Semana de TeleInfo, na escola, sobre Linux em sistemas embarcados, que foi uma introdução ao assunto. Mandei exatamente a mesma que eu tinha usado na escola.
Adivinhem qual foi aceita? Acertou quem disse a segunda. Logo, às 9 da manhã do próximo domingo, na FIAP, irei enrolar 75 minutos sobre sistemas embarcados e Linux, já me preparando para eventuais perguntas cascudas que não saberei responder.

Logo, estarei por 3 dias nessa cidade esfumaçada e feia, mas que sempre me acolhe bem. Irei visitar a padroeira (esperem atualizações no Uruguaiana é Punk), resolver uma pendência com a ABUB (uma doação, na verdade) e principalmente rever os amigos fudebas MSXzeiros para um refrigerante (brejas por conta deles) e praticar o antigo esporte bretão: Bater papo.

Como não terei como ir a Jaú esse ano, vou fazer dessa ida a Sampa o "meu encontro de Jaú". Não teremos MSX, mas teremos MSXzeiros, o que é algo que une a macacada. Quem estiver em SP e ler esse post, manifeste-se. Vamos bater um papo e tomar algo.

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24 janeiro 2007

Viagem a São Paulo - parte 2

Acordo lá pelas 9 e pouco, enrolo na cama no colchão, me levanto e resolvo ir logo. Acordo o Spy, que disse que não iria. Ainda estava meio beldo, segundo ele. Well, vou lá. Chego um pouco atrasado no Metrô São Bento, encontro o Rigues e o Robson. Iremos visitar a padroeira dos nerds e executivos de fronteira, a Rua Santa ifigênia. A bota ainda me machuca um pouco o pé (droga, eu devia ter comprado um All Star aqui mesmo), e seguimos na caminhada. Muito grande, por sinal.

O Rigues saiu determinado a comprar um MegaDrive, e nós vamos ajudá-lo na aventura. Pego a bateria do notebook de volta, R$ 180. Graças a Deus eram as células, ela funciona normalmente. Agora é só carregar. Continuamos procurando...

Não sei se você, caro leitor, já foi na Santa Ifigênia. O curioso é que agora lá temos shoppings de informática para tudo que é lado. E eu duvido que alguém consiga fazer um site de pesquisa de preços para lá. O Portal da Santa Ifigênia não dá para fazer pesquisa de preços, e com a quantidade de estabelecimentos por lá (e nas redondezas), é difícil (senão impossível) fazer um levantamento completo e atualizado. Eu vou deixar os detalhes de compra e venda para o Uruguaiana é Punk, mas aqui falo... "Do resto".

Então, andamos muito. Se você leu o post do Rigues, já dá para ter uma idéia de quanto andamos . Sim, entramos em muitas lojas, vimos muita coisa... De home-theaters e PlayStation 3 a Wii e japinhas de biquini jogando voleibol (Dead or Alive qualquer coisa no Xbox 360), de camelôs vendendo "serviço de sogra" a jogos originais de videogame. E tome caminhada. Caminhar e ver lojas com os amigos é sempre divertido, mesmo com os pés doendo e tomando chuva. Maiores informações depois, no outro blog. Mas cansa.

No final de umas 3 a 4 horas, voltamos para o Metrô São Bento. O Rigues conseguiu comprar um MegaDrive (como vocês notaram no blog dele), e o cabo RCA apropriado... Ele comprou depois. Eu peguei a bateria do notebook consertada, comprei um adaptador P2-P1 (para poder usar o meu headphone comum no celular) e peguei um cartão de uma empresa que pode me fornecer o tão desejado solenóide, para a Laserjet IIIP. O Robson não comprou nada, mas se divertiu um bocado com a gente. No caminho do Metrô, indico um shopping onde tem várias lojas de videogames, o Rigues foi ver... E mais um momento banana consumou-se. Não vou contar, vou deixar para ele contar. Mas basicamente, ele falou novamente: "Odeio vocês, lá se vai a minha poupança". Pois é... Estou ficando bom nisso.

Comemos numa rede de fast-food de churrasquinho grego, o tal do Mister Gyros. Na verdade é um "charuto" feito com pão sírio, lascas de carne e salada, e muito tempero: "É um churrasquinho grego próprio para consumo humano", assim foi-me dito. Muito bom! Dali, fomos para a Comix. Não demoramos muito lá, já estávamos cansados (a Comix é no fim do fim da Alameda Jaú, e tivemos uma ladeira pela frente. A Comix é divertidíssima, tem de tudo para ver e comprar. Eu me contive, afinal, muito do que eu quero comprar tem disponível no Rio, na Metrópolis. Comprei o 2o álbum do Blueberry (o 1o eu já tenho, edição de Portugal), uma edição do "Liberdade", que um amigo pediu (edição impressa em papel offset), e o primeiro volume do Incal, do Jodorovsky e do Moebius (a Devir está editando por aqui). Os outros álbuns ficam para depois. Conforme eu falei, não tenho lá muita paciência para seguir maxisséries.

Dali fomos para o Stand Center, o cruzamento de Uruguaiana com Edifício Avenida Central, atrás de uma câmera, a Canon Powershot S2 IS. Eu queria essa câmera, pois saiu a S3 (com 1 Mpixel a mais), e com isso o preço da S2 caiu. E pagar R$ 200 a mais por uma câmera... Não era muito o que eu queria, somente por 1 megapixel a mais. Procurei muito, e a maioria dos chineses diziam que não tinha a S2, só a S3... Até que eu achei. R$ 950, no cheque, mais 70 reais numa bolsa. Comprei a câmera, que está cheia de apetrechos, e terei que ler o manual (em espanhol!) para entender como ela funciona. Logo, não levarei-a para o Culto dos 50 anos da ABU, justamente por não saber o que fazer com ela.

Despeço-me dos meus amigos de caminhada, fedendo que nem um porco, cansado pacas... E vou para a casa do Spy, para tomar um banho e me arrumar para o culto. Chego lá faltando 15 minutos para as 18 horas, e saio meia-hora depois. 16 estações de metrô (Santana - Saúde), e vou até a igreja, a Igreja Metodista Livre da Saúde. Mais de 400 pessoas e um culto muito abençoado: Testemunhos das diversas gerações da ABU lá representados (a minha geração já passou, nossa), pregação... Muitos amigos revistos, abraços e manifestações de saudade. É bom fazer parte da ABU, por mais que problemas ocorrem (desde o financeiro até a guerra de egos), e saber que somos parte do sonho de Deus, participando do Seu projeto. Eta coisa boa!

Ganho uma carona do Bráulio Craveiro, ex-presidente da ABU, tesoureiro da IFES e morador de Santana. Agradeço a carona e a conversa (buraco do metrô, obras, como funciona o Comitê Executivo da IFES, etc), e chego, às 23:30, bem cansado, no Spy. Ele, por sua vez, resolveu sair para beber, junto com um amigo, Max. Conheço o jogo Frets On Fire, que é muito divertido: Você pega o teclado e vai... Tocar guitarra. F1 a F5, e ENTER para tocar. Tem várias músicas já prontas, é sair "tocando" e se divertindo. Eu provei que não tenho coordenação motora, só acertei 8 notas em sequência... O Spy, por exemplo, acertou 46 em "Ace of Spades", do Motorhead.

Termino a noite falando com a Maria Cláudia, vendo Adult Swim e indo dormir, bem cansado. Não consegui falar com o Ravazzi, para ir trocar o teclado do Philips, e nem resolver o rolo do solenóide. Mas quase tudo foi resolvido, o que é bom.

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22 janeiro 2007

Viagem anual a São Paulo - parte 1

A viagem começou na verdade, na quinta-feira, dia 18, de noite. Pensei muito se ia de avião ou de ônibus, e acabei optando por um ônibus executivo (Double Class) da 1001, no horário das 23:59. Os motivos são simples:

  • Por mais que o avião barateou, era razoavelmente mais caro (R$ 68,50 x R$ 150, em média - incluindo taxa de embarque). O único vôo realmente barato (para variar, da BRA) só saía do Rio no início da tarde (R$ 108,50, a propósito). Um vôo barato da OceanAir (R$ 80 + taxa) saía do Rio às 21:30, o que era interessante. Mas meu receio era que ele atrasasse, e eu não chegasse a tempo de pegar o metrô aberto.
  • Se eu fosse de manhã cedo, era para acordar às 6 horas e ir. Não importa a hora em que fosse o vôo, eu teria que sair de casa bem cedo, por causa dos engarrafamentos habituais de um dia de semana.
  • Pior, acordaria eu e meu pai, que me daria uma carona até o aeroporto. Poderia tomar um táxi, mas eram mais R$ 35, em média. No ônibus, seria melhor pois ele podia me levar, e voltar para casa, não tendo que madrugar, ou pegar congestionamentos. No máximo, uma blitz.
  • Chegando em SP de manhã, eu aproveitaria bem melhor o dia. No horário em que eu estaria esperando um vôo (que provavelmente estaria atrasado), eu já estava procurando o que eu queria na Santa Ifigênia.

Então, assim foi. E segui em direção à paulicéia desvairada, chegando de manhã bem cedo. Rodei um pouco, fui no caixa eletrônico, fiz uma hora, comprei alguns bilhetes do metrô e segui na direção da casa do Lud e do Spy, em Santana. Cheguei lá, já dolorido (noite mal-dormida no ônibus, gosto de dormir de lado e no ônibus, não dá), somado ao par de botas que começava a maltratar meus pés. Toca o interfone... Nada. Toca para o celular dele, beleza, posso subir.

O Spy está se arrumando para ir para o trabalho (7:20), e depois de separar o que eu levaria (mochila com notebook, caixa do Sega Saturn, etc), sigo com ele, rumo ao metrô e à Praça da Sé. Diz o Marcio Lima que "tudo de ilícito em São Paulo começa pela Praça da Sé". Bem, não deu para averiguar isso (visto que os camelôs oferecendo serviços para "limpar o nome do Serasa" não estavam por lá - parte da praça está em obras), mas uma coisa é certa: Aquela é a estação de metrô mais cheia que eu já vi na vida. Bem, cruzamento de duas linhas do metrô, centro geográfico da cidade... Já viu.

Dali fui "fazendo um vôo por instrumentos" com o Marcio Lima (ele no Rio, eu em São Paulo, via telefone), para achar um curso onde ele estudou e ficou devendo algo. Ele não lembrava o endereço ou o nome do curso, só como chegar lá. Bem, achei. Caso ele esqueça novamente o nome do curso, perca o folheto que eu trouxe (com o telefone) ou não saiba o site, o link está aqui: Instituto Edison. Lembrem-me de apontar esse post para ele, quando ele precisar.

Depois caminhei até a Santa Ifigênia, santa padroeira dos nerds e localizada a uma distância considerável da Sé. E carregando notebook + Saturn. O Saturn em questão não é meu, pertence ao Dr. Venom, é preto, e é uma das primeiras versões. O objetivo era desbloqueá-lo. Chego na loja (Rua Santa Ifigênia, 295, loja 31), e a dona diz que aquele modelo não tem jeito. O desbloqueio (que era um chip soldado no cabo que liga a unidade ótica à placa-mãe) não é mais produzido. Eu resmungo, afinal, aquele treco é grande (tomou 40% da minha mala!), pesado e foi um saco trazê-lo até São Paulo... Ela faz uma contra-proposta: Desmontar um Saturn branco (desbloqueado) e trocar as placas-mãe. O Saturn branco era uma outra versão. R$ 100. Ligo para o Venom, que autoriza o serviço. 90 minutos para estar pronto. Ok, saio e vou ver outras coisas.

Quanto à bateria do notebook, acho uma loja (entrada pela Rua Autora, mas o endereço é Rua Santa Ifigênia, 338, box 9) que faz esse serviço. R$ 180 pela troca das células de bateria do notebook. Se o problema fosse na placa de controle, aí só uma bateria nova, o que custaria R$ 380. Pronto, só no sábado. Ok, vamos tentar a sorte, vamos ver no que dá.

E o solenóide da impressora? Esse deu trabalho. Explicando: O Marcio doou para a minha escola uma impressora laser, uma Laserjet IIIp. O solenóide está queimado, precisa ser trocado. E é só isso, o problema dela. Bem... Vamos ver se eu acho algo. E ando. Ando. Ando. Ando. E ando. Nada de achar o maldito solenóide. Os pés doem, começo a me arrepender de ter deixado o meu bom e velho All Star em casa, e vejo muita coisa interessante. Coleto cartões e anoto preços, depois relato melhor no Uruguaiana é Punk. Voltei até um caixa eletrônico, peguei dinheiro, e voltei para dentro da Santa. No final da manhã, eu não tinha conseguido resolver o problema do solenóide; o videogame estava desbloqueado; a bateria teria que ser pega no dia seguinte.

Volta para a Sé, almoço com o Spy... Aquele trecho, da Rua Direita, Praça da Sé e São Bento, a maior confusão para achar o local, até que nos encontramos e fomos comer. Eu já devo ter contado em algum lugar que os restaurantes de comida a quilo sempre me dão prejuízo: É a vontade de experimentar cada um dos itens, por mais que fique caro. É tanta coisa nova que eu não sei por onde começar, nem que seja uma colher de chá de cada uma das muitas opções. Dizem que isso é influência do signo de Gêmeos, mas como eu não acredito muito em astrologia...

Almoço feito, despeço-me do Spy (que volta ao trabalho) e combinamos sobre a noite. Pego o metrô e volto para a casa dele, para tomar um banho (eu fedia como um porco na lama), e descansar um pouco. Acabei ficando, cochilei (cansaço bateu), escrevi um pouco no notebook, naveguei, vi vídeos no YouTube, e acabei empurrando para o dia seguinte a ida à Comix. Lud chega, conversamos um pouco. Não o vi em casa porque ele saiu bem cedo (quase encontramo-nos na Rodoviária), e converso com ele, se ele vai beber algo com a gente. Ele topa, e vamos de carro.

O Robson Franca foi convidado por mim via Internet (ICQ, para quem disse que todo mundo na sua lista sumiu), e nos encontraria no caminho. Fomos de carro, e a conversa foi o assunto do país no momento: O afundamento do poço de serviço das obras do Metrô de São Paulo. Conversamos sobre a obra (aquele solo é um dos mais estudados pela Engenharia Civil da USP), sobre motivos, problemas, situação, e a sobrexposição da mídia sobre o fato (saco, parecem tatus, só sabem falar de um buraco). Chegamos na pizzaria do Seu João, depois de termos pego o Robson e a Mônica (esposa dele) no caminho (metrô Paraíso). Lá estavam já Spy, Rigues, Piter Punk (irreconhecível, enfiado numa roupa social) e sua esposa, Marina, e mais gente (incluindo o j0ker, que chegou depois). Ali ficamos conversando e bebendo, comendo pizza e brincando, contando histórias... Nossa, pena que eu não gravei tem algumas que rendem muitas gargalhadas. Algo que eu não tinha há tempos, e vai demorar para ter de novo. O papo foi muito divertido, gostei muito.

Saímos da pizzaria depois da meia-noite, alguns meio beldos por conta das cervejas, outros bem cansados. Mas todos contentes por terem investido esse tempo com os amigos. Realizamos uma compressão de gente dentro do Celta do Lud (6 pessoas), e seguimos, deixando o pessoal aqui e ali, mas não sem antes combinar a aventura do dia seguinte: 10 da manhã, no Metrô São Bento, para revirar a Santa Ifigênia. Voltamos, ligo para Maria Cláudia, conversamos um pouco, mexo um pouco no notebook... E vou dormir o sono dos justos, cansado mas contente.

Quanto a fotos, só realizei algumas peripécias fotográficas com a câmera do celular, depois eu coloco elas por aqui. Num próximo post falo de como foi o meu sábado.

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