04 dezembro 2007

A volta de Jaú

Faz um tempão, mas eu resolvi aproveitar enquanto tento cancelar a minha conta no Terra via chat para contar como foi a volta de Jaú, que eu não falei.

Anteriormente, decidimos fazer o mesmo caminho da volta, apesar do roteiro que o Maluf nos indicou. Era melhor voltar por um percurso que conhecíamos, mesmo pagando pedágio, do que arriscar por uma estrada desconhecida, cheia de curvas, e à noite. Menos trabalho. Então...

Acordamos às 3:45 da manhã, fomos até a portaria do hotel e fomos vender a alma, ops, pagar a conta do hotel. Bem, ano passado o Vip Hotel foi convidativo, esse ano não. O preço do quarto triplo subiu 20%, e tivemos uma noite em que 2 ocuparam um quarto com 3 camas. Não compensou. Segundo o Sturaro, o Hotel Jardim foi reformado e está melhor do que estava no ano anterior (a recepção veio para a frente), inclusive wi-fi.

Não vou negar que o Vip Hotel é bom. Pelo contrário, é ótimo: Tem wi-fi em todos os andares (2 APs por andar), um ótimo café da manhã, um lounge simpático (que não usamos)... Mas ficou caro para apenas dormir e tomar café. Acho que no próximo ano em que formos (2009, provavelmente), iremos para o Hotel Jardim mesmo.

Finalmente saímos às 4:17, não sem antes constatar que todos os morcegos e passarinhos que habitam as árvores do estacionamento resolveram satisfazer suas necessidades fisiológicas em cima do meu carro, coroando o pára-brisa com 2 manchas grandes. Não teve jeito, tivemos que ir a um posto de gasolina para dar uma lavada. Enquanto o resto do povo aproveitou para tomar o café da manhã, o pára-brisa foi lavado, e saímos de lá em torno das 4:30 da manhã. Tudo escuro.

Dirigir à noite é engraçado, tudo um grande breu, numa estrada escura, mas como é uma rodovia pedagiada, está bem sinalizada. Logo pagamos o primeiro pedágio (ugh), e vimos o Areias Que Cantam (ecoturismo), o Motel Cê Que Sabe, entre outros. Chegamos a Rio Claro pouco antes das 6 da manhã, e abastecemos com GNV. Já vai ficar mais em conta.

Às 7:15 da manhã, nova parada em Sumaré, perto de Campinas, para por mais GNV. Paramos, aproveitei para comer alguma coisa. O Rogério (com a namorada) e o Tabajara decidem ir a São Paulo. Rogério viu um carro no WebMotors, e ficou interessado (acabou comprando). O Tabajara queria aproveitar para ir à Santa Ifigênia, já que ele estava perto da Meca da eletrônica, porque não ir? Eu adoraria ir com eles lá, visto que não teria tão cedo uma oportunidade de ouro, de ir com duas pessoas que conhecem bem a Santa Ifigênia. Mas eu:


  • Tinha que dar aula à noite, em São Gonçalo.

  • A viagem seria cansativa, eu tinha que chegar mais cedo para descansar em casa.

  • Estou sem dinheiro. Ir lá e não comprar nada, é como ser levado a uma loja de doces sendo diabético: Uma crueldade.

Logo, troca de passageiros, ósculos e amplexos, e os dois Ricardos (Pinheiro e Oazem) seguem rumo ao Rio de Janeiro, nossa Gondor, enquanto escapava das vizinhanças de Mordor (São Paulo). O GNV acabou perto do fim da Rodovia Dom Pedro I, e pensei em abastecer em Jacareí mesmo. Segundo o mapa que comprei na ida, tem um posto com GNV em Atibaia, na entrada da cidade. Mas eu não queria parar e procurar, a pressa era grande.

Só que errei a entrada para a Dutra, e acabei seguindo pela Carvalho Pinto, rodovia paulista que segue em paralelo à Dutra, com limite de velocidade maior (120 km/h), um pedágio pouco mais caro do que o da Dutra (R$ 4,60), e sem postos de GNV. Whatever, o jeito é ir por ela até Taubaté. Só paramos para por GNV em Guaratinguetá, no Clube dos 500. E isso já eram 10:30. Parada rápida, GNV e banheiro, vamos embora.

Seguimos em frente, aproveitando onde dava para acelerar, mas com receio dos radares. Tive a nítida impressão de que fui fotografado acima da velocidade permitida para chuva, no final da Dom Pedro I, às 9 da manhã. Mas o Oazem acha que foi um raio que caiu no horizonte. Assim espero. E às 11:45 estávamos em Rezende, abastecendo o carro de mais GNV, e já ansiosos para chegar no Rio. Já estávamos em casa, com roaming local, o que ajudava. Presenciamos um pouco antes o atropelo de um cão (por pura imprudência do animal), e a tentativa mal-sucedida de um caminhão dos Correios de não atropelá-lo. Sem sucesso, o pobre e tolo canino morreu diante dos nossos olhos.

Atravessamos a Serra das Araras, e principalmente fizemos a travessia sem abusar. É com certeza o trecho mais perigoso da Dutra, principalmente porque você está cansado, no final de viagem, e topa com esse show de curvas, nós e voltas na pista. Tem que fazer com calma, e tomei cuidado de atravessá-la de dia. Foi o caso, depois de vários radares e alertas, medidores de velocidade na entrada da serra e o escambau a quatro, atravessamos a bendita serra, e às 13:40, deixo o Oazem em Belford Roxo, mas não sem antes mais um abastecimento, e o recorde de 130 km com um cilindro de GNV na estrada. E não tinha acabado todo o gás, só estava "na alma".

Já por minha conta, voltei para casa entrando por Irajá, e depois em Madureira, gasolina e GNV, e às 14:25, finalmente em casa. Arredondando, 10 horas de viagem. Cheguei em casa estourado, tirei um cochilo, já com a cabeça na obra e nas demandas... E de noite fui dar aula, 1/2 alquebrado. Dos 30 alunos, 8 presentes. Paciência, matéria nova e bola pra frente.

Foi uma experiência interessante, dirigir 700 km em 10 horas. Eu gosto de viajar dirigindo, e fazer essa "doideira" valeu a pena. Ainda + p/ ir p/ Jaú, rever os amigos e fudebar um bocado. E, como diria mestre Tabajara: Todo o poder aos fudebas!

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