11 setembro 2009

E o Nelsinho, hein?!



A FIA está investigando o acidente ocorrido no GP de Cingapura, em 2008, e chamou o principal envolvido no acidente, Nelsinho Piquet. No depoimento, ele declarou que a equipe Renault exigiu que ele batesse, para ajudar Fernando Alonso, seu companheiro de equipe. Algumas considerações:
  • Alonso age como a "prima donna", a equipe tem que girar em torno dele.
  • Mas duvido que o Alonso concordasse com tamanho absurdo.
  • Flávio Briattore, chefe de equipe da Renault, é o Eurico Miranda da F-1, só o Carlos Ghosn (presidente da Nissan-Renault) é que não viu isso ainda.
  • Nelsinho obedeceu porque quis. O Rubens Barrichello disse em entrevistas que recebeu diversas vezes a ordem de deixar o Michael Schumacher ultrapassá-lo, mas fez-se de desentendido, jogou a culpa no fone, inventou desculpas... E numa das vezes que deixou passar, foi essa palhaçada aí embaixo, no GP da Áustria de 2002:




Então... Na minha opinião, bateu porque quis. E se alguém quisesse forçá-lo a isto, eu adoraria ver o Nelson Piquet pai (o Piquezão) tomando as dores do filho. Para quem não lembra, outra cena memorável do Piquet pai, com Eliseo Salazar, em 1981, no GP da Alemanha:



Isso, pisa nos calos dele que eu quero ver!

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08 setembro 2009

[UPDATE] E o Brasil vai comprar Rafales?

Caso eu não tenha falado ainda por aqui, eu sou um curioso por aviação de defesa, ou como queiram aviação militar. Quando garoto, ganhei do meu avô a coleção "Aviões de Guerra", e li os 9 volumes. Ainda li algumas revistas de aviação militar, e sempre que dá futuco um pouco no assunto. Tenho amigos no trabalho que também gostam, logo dá para me manter atualizado filando as revistas Tecnologia e Defesa de um deles.
Logo, quando o Governo Brasileiro começou o programa F-X2, fiquei curioso. Afinal, era uma grande reforma na nossa aviação, trocar alguns dos aviões e fazer uma reforma geral, que já estava precisando. O Brasil tem na aviação de caça Northrop F-5E e Mirage 2000, sendo que os primeiros foram reformados e atualizados, ganhando mais tempo de vida útil (que já passou dos 35 anos). Os Mirage 2000, baseados em Anápolis, Goiás, substituíram os antigos Mirage III, e são aviões bem mais novos.
Na final do programa, ficaram o Dassault Rafale (a primeira foto), o Boeing (McDonnell Douglas) F/A-18E Super Hornet (a segunda foto), e o Saab Grippen (a terceira), num contrato para 36 aeronaves e R$ 7 bilhões, entre aviões, transferência de tecnologia, e um monte de coisas. Minhas considerações:
  1. O Brasil está certíssimo em cobrar transferência de tecnologia. É a possibilidade (ainda que remota) da gente montar os aviões e equipá-los por aqui.
  2. O Brasil já opera com aviões franceses, que são os Mirage III e os 2000. Logo, os Rafale, que são os sucessores naturais dos Mirage, teriam preferência nessa questão: Já temos experiência em mexer em aviões franceses.
  3. Os Saab Grippen são os meus preferidos, por serem aviões robustos, requererem pouca manutenção e serem muito ágeis. Os Grippen foram pensados para levantar vôo até de rodovias, e poder ser reabastecidos e rearmados em 10 minutos por uma equipe de 5 homens. Tem problemas como precisar de 800m de pista para decolar, e não sei como seria a transferência de tecnologia para o Brasil.
  4. Os Hornet são os pé-de-boi da Marinha estadunidense, e fazem de tudo: Caça, ataque ao solo, reabastecimento... Mas são um pouco datados: Serão substituídos pelos F-35 daqui a um tempo. Se bem que já provaram seu valor em combate, várias vezes, e tem manutenção muito barata. Os Super Hornet são a versão "overpower" do Hornet, e tem muitas melhorias, o que é animador.
  5. Tenho reservas quanto aos Rafale, por diversos problemas que houveram na produção, pelo preço alto e o custo de manutenção. Além disso, os Rafale perderam todas as concorrências internacionais que participaram.
  6. Os norte-americanos disseram inclusive em compartilhar toda a tecnologia dos Hornet para o Brasil, o que é espantoso. Obama ligou para o Lula duas vezes, falando a respeito. Eles querem mesmo vender aviões para nós.
  7. Teve gente pensando que a proximidade do Lula com o Sarkozy é o que vai decidir a parada, mas não é bem assim, o buraco é muito mais embaixo. O Brasil tem parceria militar com a França faz muito tempo. O porta-aviões São Paulo (antigo Clemenceau) que o diga. Mas a discussão ainda vai se arrastar por muitos meses.
Bem, concluo prefiro o Grippen, seguido pelo Super Hornet. O Grippen tem o problema de ter a necessidade de quase 1 km de pista para subir. O Super Hornet é o mais velho de todos, mesmo atualizado e cheio de provas de sua eficiência em combate. O Rafale me parece uma opção mais cômoda, mas é um avião muito caro, se bem que é o mais moderno dos três.
Quando ao que saiu na segunda, o Lula falou demais e já correram para desmentí-lo. Parece que ainda serão 6 a 9 meses de estudos por parte do Ministério da Defesa. É claro que ele quer fazer "uma média" com o Sarkozy (mais lembrado por nós, cariocas, pela sua belíssima esposa, a Carla Bruni), mas mais uma vez, nosso presidente perdeu uma chance de ficar calado.
Quanto ao que vai sair... Vamos esperar.
PS: Curioso como os jornalistas-comentadores-opinadores de plantão (Bóris Casoy e Ricardo Boechat) divergem quanto a esse assunto. Bóris disse que é realmente necessário reaparelhar as Forças Armadas do Brasil, que estão sucateadas, que proteger a Amazônia, a costa, o pré-sal e o escambau é importante... Enfim, ele faz coro com o que o presidente disse. O Boechat (assumidamente pessimista) apenas reafirma a velha cantilena de que tem que investir em saúde e educação... Mais um daqueles que acham que o homem não deveria ter ido à Lua, que não consegue entender que isso também é desenvolvimento. Mas dessa raça de jornalistas, eu expresso minha opinião depois.

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