08 fevereiro 2011

Relatos de Campus Party - quarto dia

No sábado fiz diferente, não fui direto à Campus Party. Dessa vez fui até a Santa Ifigênia, para mais uma vez perambular sem lenço e sem documento, para ver coisas curiosas e sem noção... E os lixões das redondezas da Santa. Fui acompanhado do Daniel Ravazzi e posteriormente do Dante Nishida, e rodamos um bocado, procurando algo que fosse minimamente interessante. Maiores relatos eu trarei posteriormente, no Uruguaiana é Punk.
Dali, voltamos para a Campus Party. Comentando com o Ravazzi a respeito do calor lá dentro, disse que um carioca ou um nordestino ali sente-se tranquilo. Um paulista se incomoda. Um morador do sul já sofre com o calor. E um rapaz na fila complementa: "E eu, que sou de Cuiabá (Mato Grosso), estou até sentindo frio!" Rimos à beça com o fato. Já chegamos lá depois do almoço, com uma ligação do Giovanni avisa que ele está chegando. Nos encontramos lá, na própria Campus Party. Tentamos usar todo o nosso charm person para ver se conseguirmos com que o Dante e o Ravazzi entrem na área dos campuseiros, sem sucesso. Almoço, passeio na área de exposições... Comprei o livro do Woz, além de 2 camisas na LinuxMall. Preço bom, pena que não pude adquirir adesivos. Por lá encontramos com o Rigues (junto com a turma da PC World que veio com ele), e a Elaine, grávida de 6 meses, esperando a Carmen.
Na área de exposições da Campus Party havia vários estandes, e alguns locais para exposições relacionadas. Por isso vocês podem ver aí embaixo fotos de itens relacionados, como o carro movido a bateria de nobreaks, o relógio movido a água e um sapo (da @agenciafrog) usando um notebook. O Dante foi assistir uma palestra (depois de ter tentado comer um Cup Noodles de graça - e não conseguiu), e acabamos nos desencontrando dele. Nisso eu já tinha ido lá dentro, colocado o netbook para continuar fazendo downloads - e tentar fechar o que ficou pendente.



Na volta, estandes, inclusive o da AMD, onde conversei longamente sobre a tecnologia Fusion, as APUs, que reúnem processador + processador de vídeo + chipsets ponte norte e sul numa peça única - e pequena... Além de tirar muitas fotos. Algumas já subi para o álbum (como a que está aí do lado), outras talvez irão, mas terão mais utilidade no trabalho. Algumas ideias sobre media-center para a sala de casa foram devidamente adiadas. Já que eu sou fã mesmo de AMD, vamos esperar pois a promessa é que o dito cujo vai ser bom. Eu, pelo menos, vi uma plaquetinha dessas tocando um vídeo em full-HD (era Transformers 2, tá aí a Megan Fox que não me deixa mentir). Ainda teve o robô da Petrobrás (operado por 2 pessoas, um controlava o robô, e outro mexia com a fisionomia dele), o "super-piano" (semelhante àquele do filme "Quero Ser Grande"), e outros itens. Volto para ver como está os downloads, e a maior parte dos podcasters não voltou. Parece que o Tour Gastronômico do Papo de Gordo estava sendo bom mesmo. Só espero que o último prato não tenha sido a canja de galinha do Hospital das Clínicas...

Bem, chegou a grande hora: Vamos fazer a entrevista com Steve Wozniak, o Woz. Pergunto como é o esquema para o Rigues, e entro, meio assustado, já que é a primeira vez em que sou imprensa credenciada. Eu queria, como a maioria ali, um autógrafo do Woz na autobiografia dele (que eu tinha comprado pouco antes), e fazer uma pergunta a ele.
Filmei boa parte da coletiva, na medida com que era possível, já que a câmera trepidava, eu estava sem tripé, a iluminação não ajudava... E eu cansava. Fiz várias fotos desse sujeito simpaticão, pouco mais novo do que meu pai (60 anos), e com um iPod nano no pulso (direito). Ainda filmei... E consegui fazer a pergunta! Quase não pude, já que quando pedi o microfone, a moça que conduzia a entrevista disse que não podia. Mas houve espaço para mais duas, e eu perguntei a ele sobre o que ele mudaria no projeto original do Apple II.
Para a maioria dos jornalistas especializados (ou não), essa pergunta não era relevante. Afinal das contas, eles queriam perguntar da saúde de Steve Jobs (Woz não falou nada que não sabemos), sobre o iPad, sobre a Apple... Só que ele saiu da Apple em 1987, ele não trabalha mais lá há quase 25 anos! Caramba... O Rigues perguntou sobre o que ele acha de uma afirmação no blog dos desenvolvedores do Android, que dizem que os fabricantes terão que tomar uma posição: Ou fecham o aparelho completamente, ou permitem que o usuário faça o que quiser com ele. Woz saiu bem pela tangente, quase perpendicular, e não respondeu à pergunta.
Quanto a resposta à minha pergunta, ele falou sobre o uso do Microsoft BASIC (ele queria evitar o fato), sobre colocar unidade de ponto flutuante no Apple II, e o mais só vendo o vídeo. Eu estava emocionado por um dos heróis da minha geração estar ali, respondendo uma pergunta minha. O Tabajara teria infartado do coração com o fato. No final da coletiva, Woz sai pela lateral, rapidamente, e todos nós com o livro na mão, esperando a assinatura. A Babs, do Garotas Geeks, trouxe um Mac Classic II para ser autografado. Não foi, mas foi o alvo das câmeras dos jornalistas presentes. Bem... Fica para o final.
De Campus Party 2011
Ah, vale dizer que o Giovanni não conseguiu entrar na coletiva de imprensa, e como bom (?!) Marvin que é, mandou-me um SMS de despedida (iria voltar para Campinas) e deu um jeito de passar a pulseira cinza dele (a de convidado VIP) para o Ravazzi, e assim ele poderia entrar na área dos campuseiros. Bem, assim ocorreu, e o Ravazzi adentrou o recinto (finalmente).
Acaba a coletiva, vamos de volta para área dos campuseiros, Rigues vai ver como está a Elaine, e eu vou me enfiar no meio da molecada que quer ouvir o Woz (mas não faz a menor ideia do que ele fez na Apple). A aglomeração é grande, e fica díficil fazer fotos. Mesmo assim consegui registrar algumas da palestra, além de vê-lo chegando, tal qual estrela do rock, até o palco principal. Nisso, o Fernando Valente, da Chiaro Software está com um MacBook aberto, e na tela escrito: "Woz, I wanna talk with you :-)". Ele manteve o MacBook sobre a cabeça, aberto para que Steve Wozniak visse e, quem sabe, chamasse-o para falar. Acabei papeando e revezando com ele para segurar o notebook.
Ravazzi liga. Ele tinha ido tentar tomar uma água na sala VIP de dentro da área dos campuseiros, mas fora barrado pelo segurança, já que a sessão de assinaturas do Woz seria ali. Ele me telefona, e saio da palestra correndo para a fila, que estava se formando. Perco a maior parte da palestra do homem, fico na fila e conheço algumas pessoas muito simpáticas, como um jornalista que disse-me que a minha pergunta foi a mais pertinente de todas (Ricardo Bánffy) e um fã de Apple II, que trazia um mouse de Apple IIgs para que o Woz autografasse. Conversa vai, conversa vem... Mais de uma hora na espera.
De repente, alguém do apoio nos retiram da fila, sob a alegação de que já que somos da imprensa credenciada, poderíamos tirar fotos do Wozniak autografando livros: "Mas vocês não podem pedir autógrafo dele. Fã é fã, e imprensa é imprensa". Discordamos prontamente, e o Bánffy respondeu de maneira exemplar: "Esse homem é meu herói desde os 10 anos de idade, eu sou fã dele. Não saio daqui sem o autógrafo dele, mesmo sendo imprensa". Argumentei que as fotos dele já tinham sido feitas na coletiva de imprensa, só queria ser fotografado com ele, e o autógrafo. Conclusão... Pedido de desculpas a nós e voltamos para a fila. Fila que, aliás, estava bem desorganizada: Ela estava próxima a um bebedouro, e os seguranças ainda mandaram aproximá-la do móvel. Ou seja, veio gente com a desculpa de irem beber água, e ali ficaram, mesmo debaixo de protestos. Ainda houve a restrição de apenas um item seria autografado pelo Woz (para que a fila andasse), mas não foi muito observada pelas pessoas que entraram com 3, 4 MacBooks debaixo do braço. No final, ainda foi formada uma segunda fila, dos dinamizadores (a equipe de apoio da Campus Party), e por pouco não ficamos parados, esperando que todos eles entrassem e recebessem seus autógrafos, para depois sermos atendidos: Debaixo de protestos, o apoio teve a brilhante idéia de misturar a fila, subindo algumas pessoas de cada uma das duas filas. E assim se fez.
Finalmente subimos, e tudo foi muito rápido. Sentei-me ao lado desse que é um dos heróis da nossa geração, e disse, em inglês claro e direto: "Senhor Wozniak, este é o nosso cartão. Nós temos um podcast sobre retrocomputação, e falamos também do Apple II". E o sorridente gordinho (como disse minha mãe) estendeu a mão, pegou o cartão, agradeceu e disse: "Interessante". E ele pegou um pacotinho, abriu, pegou um cartão de visitas dele e me entregou. Fiquei branco na hora, mas sorri e estendi a mão a ele para cumprimentá-lo, o que foi respondido. Logo fui tirado às pressas, já que não dava para esperar muito, mas ainda consegui fotografar o Daniel Ravazzi, atrás de mim, também com o Wozniak.
As curiosidades do cartão de visitas do Wozniak consistem em que:
  • Ele não dá esse cartão a qualquer um. Pelo contrário, ele só entrega esse cartão a quem ele considera interessante.
  • O cartão é feito de lâmina de aço, com alguns desenhos feitos a laser, e perfurações também.
  • O cartão traz o nome, email, endereço e número de telefone do Wozniak. 
O próprio Wozniak já brincou dizendo que ele usaria o cartão para cortar bifes recebidos nos serviços de bordo das companhias aéreas aos quais ele viajaria... Mas é um troféu, o que coroou uma semana de correria, e fez valer a pena o esforço. Como diz meu amigo Marcio Lima...
Ajoelhe-se aos meus pés, filho de Jor-El!

Dali, o que sobrou? Foi procurar os amigos na fila. Rafael Rigues, infelizmente, ainda estava no meio da fila. Ele foi para a sala VIP. Mas a sala do lado de fora, na área de exposições. O rapaz do mouse de Apple IIgs disse que o Woz se emocionou quando viu a procedência do mouse, assinou e parabenizou-o por ter esse micro. O Bánffy conseguiu 2 autógrafos: Um na sua edição da autobiografia, e outro na edição da autobiografia que ele vai dar ao filho dele de presente. Teve gente descendo com iMac autografado, outros com Macbooks... O que é meio burrice, já que você vai vender depois o notebook, e vais fazer o que com o autógrafo? Pedir mais caro? Bem fez a Babs, que conseguiu o autógrafo dele (finalmente) no seu Mac Classic II.

E com isso fecha a Campus Party para mim. Com o sentimento do dever cumprido, despedi-me de quem ainda estava por lá (Jurandir e Maurício, do RapaduraCast, por exemplo), e segui rumo ao microônibus, despedindo-me da minha primeira Campus Party, rumo ao metrô e depois, no Esfiha Chic, para comer com os amigos MSXzeiros que lá estavam (Piter Punk, Raimundo e sua namorada, Adriana), e os que depois chegaram (Rigues e Elaine, José Luiz e Marluce). Rendeu uma boa conversa, muitos risos, e o retorno, tarde da noite ao hotel.

Marcadores: , , , , , ,

06 fevereiro 2011

Notinha antes de seguir com o relato da Campus Party...

A todos que fazem campanha nos meus comentários para presentear o Tabajara com o meu Nokia 5800...
  1. Por que vocês não presenteiam-o com o celular de vocês?
  2. Eu tenho que vender o meu celular para ter dinheiro para completar e comprar outro. Vocês me pagariam o valor do aparelho, para que eu o presenteie?
  3. Se eu fosse passá-lo para a minha esposa, ela iria me pagar pelo aparelho, num valor acordado entre nós. Se eu fosse dá-lo, daria para a Maria Cláudia primeiro, ora.
Se quiser comprar, vendo ele sim. A vista ou a prazo, parcelado em uma vez. Valor? Pergunte-me.

PS: Lá vou eu dar comida para troll..

Marcadores: , , , ,

05 fevereiro 2011

Relatos de Campus Party - terceiro dia

Vamos ao terceiro dia de Campus Party, a sexta-feira, dia 21 de janeiro. Bem, esse acabou sendo o dia dos podcasts, pois todas as atividades relacionadas foram concentradas pela organização nesse dia. Acabou sendo muito bom, pois foi um dia em que eu cheguei bem cedo (antes das 10 horas), e de lá só saí para jantar... Num rodízio de pizza.

Minha estratégia sempre é comer muito bem no café da manhã (e como comi mamão esses dias...), para depois só jantar. Nada de almoço. Na 3a, comi no Habib's com o Capitão Nelson Wakai. Na 4a, fui sozinho para o imperdível Esfiha Chic, próximo ao hotel e detentor de originais esfihas de catupiry e calabresa (fora as tradicionais, de carne, frango e queijo). Na 5a, comi um yakisoba júnior e refrigerante na própria Campus Party (R$ 11!). Não fui à Choperia Opção para beber c/ o povo por querer aproveitar o tempo em q estava na Campus... Para downloads. Ah, tá, tem as conversas tb. E q conversas boas! O tempo investido na conversa c/ o Sérgio Vieira (Impressões Digitais) foi excepcional, e ainda rendeu um networking: Entreguei cartões para parte da organização da Campus, como o Edney Silva (Interney). Quem sabe ele n vira ouvinte nosso?

É claro que o interesse de muitos não era só debate e conversa, oficina e palestra: A maioria foi lá aproveitar a banda larga disponível para baixar tudo o que pode e mais um pouco. Chega a ser assustador ver que teve gente que praticamente não levantou a bunda (gorda ou magra) da cadeira nem para comer. Os gamers ficaram lá, como que em clausura. Não os recrimino na questão do download pois fiz igualzinho, e desci algo em torno de 80 Gb de dados. Não enchi o HD, mas foi o bastante para animar o meu netbook. Antes que alguém me acuse de pirata, 2 comentários:
  • Desci 6 DVDs de Linux: O último DVD-live beta do Ubuntu 11.04 (o Natty Narwal) e TODA a Debian 5.0.7 (Squeeze). Nisso já vão 6 DVDs, que desceram em média, a 2 Mb/s.
  • Pirataria é crime. Afundar navios dá cadeia. Compartilhar não é crime.
Aproveitamos a banda, mesmo com as deficiências que ocorreram. Os downloads diretos vieram bem rápidos, coisa de 6,83 Mb/s (Ubuntu a partir da Locaweb) e média de 2 Mb/s, no caso da Debian.

As falhas de infraestrutura eram claras, e sempre fala-se que uma boa organização é aquela que não se vê trabalhando, mas tudo segue normalmente. Nesse caso vimos muitas vezes a organização da Campus Party apagando incêndios, felizmente nenhum literal. Olha a lista até então:
  1. Na terça, dia em que cheguei a São Paulo, a chuva foi a vilã (segundo a Eletropaulo), e provocou a queda de luz no pavilhão por mais de uma hora, sendo precedida por outra queda, agora curta. Houve a procissão da Santa Banda Larga, gente pedindo uma graça... E depois ocorreu. Bem, segundo a Eletropaulo a queda de luz foi em todo o bairro, como disse. Mas alguns campuseiros relataram-me que viram todo o bairro aceso, e só o Centro de Exposições Imigrantes apagado. Ora, será que eles não preveram a possibilidade de um apagão? Afinal, quando chove em São Paulo no verão, é chuva violenta, com possibilidade de quedas de luz. O aluguel de um ou mais grupos geradores ia bem. Economizaram por um lado mas chamuscaram a sua imagem no outro lado.
  2. Na quarta, como já devo ter relatado, algumas bancadas estavam sem acesso à rede. Essa falha ocorreu novamente ao longo de alguns dias, com picotes na conexão, o que desagradou algumas pessoas (ou muitas). 
  3. Voltando à sexta, tivemos mais duas quedas: A primeira foi no início da tarde, e que fez o MalcomTux pular da cadeira ao meu lado e gritar, socando o ar: "Dez minutos!". Não entendi nada, mas ele explicou que a organização do evento prometeu a retomada total da energia elétrica em no máximo 10 minutos. Levou 15. A queda foi contida em parte pelos geradores que mantiveram o cubo de vidro da Telefonica no ar, e alguns pontos estratégicos. Mas nessa, a rede foi paralisada novamente. Para ser exato, houveram 2 quedas da rede na sexta, como vocês podem ver nessa foto do tráfego. Se vi direito, o consumo de banda não alcançou o topo oferecido pela patrocinadora do evento, mas mesmo assim houve cortes e com isso reclamações.
  4. A infraestrutura montada pela Telefonica deixou a desejar em alguns momentos, e o acesso quase instantâneo a alguns sites ficou mais lento do que na minha casa, com o meu ADSL de apenas 2 Mbps, acreditem se quiser. No caso de torrents, a flutuação é normal, mas a variação era maior do que a esperada. Muito maior.
Voltando ao dia dos podcasts, além das múltiplas gravações ocorridas (Radiofobia, Guerrilha Geek, Dimensão Nerd, entre outros), tivemos a oficina do Gustavo Guanabara sobre podcasts. A oficina foi muito boa por vários motivos:
  • O Gustavo é professor, então sabe como falar em público para uma audiência numerosa, com um linguajar apropriado. Quem lida com adolescentes em sala de aula e é bem sucedido, é capaz de fazer qualquer coisa.
  • Ele tem muita experiência com palestras, e com podcasts. Logo, qualquer dica é útil.
  • Ele não se prendeu às ferramentas, apesar de precisar delas para apresentar como as coisas funcionam. Claro que não gostei dele falar mal do Audacity, e nem todos tem dinheiro para comprar o Soundbooth ou o GarageBand. No final das contas, nem ele mesmo gostou, pois numa conversa (gravada) com o Vinícius Schiavini (Kombo Podcasts), ele falou que foi infeliz na sua afirmação. É, eu concordo, o Audacity não é o melhor programa para edição de áudio, mas é muito bom, embora gaste muito espaço com dados. E sim, ele trava. Mas já aprendi a contornar o seu gênio temperamental... Se bem que o Gustavo gosta do Mevio, o que eu abomino. Aí fica no "elas por elas".
  • Ele falou não só da parte técnica, mas também falou de estatísticas, como contabilizá-las, e algumas dicas de sites que podem fazer esse "serviço sujo".
A oficina foi ótima, e tive inclusive algumas idéias sobre edição que envolvem o Ardour (o "clone" open-source do ProTools) e o Audacity. Preciso estudar o primeiro. Gostei do que ouvi, apesar do marketing pró-Apple...

Logo depois, no palco principal, o pessoal do Nerdcast, Alexandre Ottoni (jovemnerd) e Deive Pazos (azaghal). E parte da turma se manifestou por lá: Eduardo Spohr ("A Batalha do Apocalipse"), BlueHand, entre outros. Não, não fui lá olhar eles. Por quê? Porque não havia nada de novo a ouvir... Embora fosse algo realmente novo: Eles fizeram um NerdCast ao vivo, praticamente. Mas, o que mais incomoda nem é o status de "estrelas nerds" que eles alcançaram. Não os invejo, e nem desejo ter essa posição. O que incomoda mesmo é o nível de fanatismo que alguns fãs deles tem: O Deive comentou que um fã desmaiou ao apertar a mão dele. No palco, fãs só faltaram dizer que o NerdCast ajudou ele a curar um câncer, obter a paz mundial ou revolucionar a ciência. Falaram, falaram, falaram... E não disseram nada.

E quanto às estrelas? Olha, de estrelas não tem nada, ambos são muito simpáticos. Só não falei com eles por não ter parado e tido a oportunidade. Minha timidez também não ajuda, e fiquei em débito com o Eduardo Moreira (TargetHD e SpinOff), além de ter falado tão pouco com o Jurandir Filho (RapaduraCast). Quando sentaram para gravar a seção de emails do NerdCast 241, na mesa de som do Leo Lopes (Radiofobia)... Logo se avoluma uma pequena multidão para assistir o evento. É bacana vê-los, apesar de serem estrelas de primeira grandeza dentro da constelação da Campus Party, sentando na bancada de podcasters, batendo papo, falando abobrinha e rindo, como a gente fez em boa parte do tempo.

Rir, aliás, é o melhor remédio, e o Radiofobia, na pessoa do Leo Lopes e do Quessa, e com o auxílio do Tarcan, do Professor Maury, da Dani Monteiro e de tantos outros protagonizaram dois dias de maratona podcastal, a #maratonapod. Foi tão comentada que chegou ao 2o lugar nos trending topics do Twitter no Brasil. O Leo tem curso de radialismo, sabe fazer um programa ao vivo, e leva o Radiofobia como se fosse um programa de rádio AM. Não é à toa que ganharam o prêmio Podcast de melhor podcast de humor. Na 6a, a mesa de som, o iPad usado para scratches, os notebooks e os microfones profissionais deram lugar a um potente gravador com entrada para mais 2 microfones, e a corrida para os lados, para catar possíveis convidados (ou não) para um programa especial Campus Party do Radiofobia. A Maratona Podcast foi transmitida via Twitcam, e foi simplesmente hilária. Queria ter visto mais, tentarei procurar posteriormente na rede.

A chuva desabou de forma BEM violenta às 14 horas desse dia, e um vento fortíssimo uivava do lado de fora do Centro de Exposições Imigrantes. O Vinícius chegou encharcado, o Tiago Andrade quase foi levado pelo vento (filé de borboleta...), e tive que fechar o meu netbook por causa dos respingos de água. Sim, respingou água dentro do pavilhão. E eu estava no MEIO do pavilhão, estávamos muito próximos ao centro do mesmo, onde estava o cubo de vidro da Telefonica, ao lado da "sala de imprensa" e do quiosque da assistência técnica (que desassistiu alguns conhecidos meus).

Mas, vamos ao debate. E lá estavam Mafalda (do Monalisa de Pijamas), Alan Polar (do Nerdrops), Eduardo Moreira (TargetHD e SpinOff), Leo Lopes (Radiofobia) e o Maestro Billy (do programa do Luciano Hunk, da ABEPOD e por aí vai). Foi um debate rico, com inestimáveis dicas sobre pautas, convidados, montagem, direitos autorais de músicas, e principalmente a transformação do seu podcast em algo profissional: A necessidade de um media kit, estatísticas de acesso...  A mídia podcast ainda é muito nova, e a maioria das agências de publicidade não despertaram para esse novo meio de propaganda. Formatos de áudio, histórias engraçadas, problemas... E quando acabou a luz, aí é que a coisa desandou, com o Leo Lopes fazendo muita piada corporal (fica feio falar que o amigo estava fazendo macaquices), e o Moreira indo questionar, na platéia, quem viu e gostou do final de Lost... Felizmente (ou não) o microfone estava s/ funcionar, mas o streaming de vídeo continuou, graças aos no-breaks. Se não editaram, experimente ver e tentar ler os lábios do Moreira. Sim, ele nunca gostou de Lost, o que é uma novidade para todos que nunca ouviram o SpinOff. Engraçadíssima, além de preciosa conversa.

Nessa noite tudo terminou em pizza, na Mansão da Pizza, no Ipiranga. A mesa tinha mais de 40 pessoas, com um bocado de gente comendo como animais. Infelizmente vários não foram porque senão fecharíamos um andar todo da pizza. Conversas sobre a organização, trânsito, entre outros. Revi o Ock-Tock (Máquina do Tempo), conheci a Vana Medeiros (SpinOff Podcast), e comemos como ogros famintos na companhia de dois piratas da melhor/pior espécie, o Maycon (jabour_rio) e o Júnior, do Baú Pirata.

Na volta, caminhada junto com o Tiago Andrade até o metrô (15 a 20 minutos), e dali, até o hotel. Depois de um banho, notebook ligado, 3G ativado, conversa via messenger... E cama. O outro dia seria ainda mais extenso, com Santa Ifigênia e o Steve Wozniak.

Marcadores: , , , , ,