24 janeiro 2008

Back on the chaingang

Estou de volta à Internet, agora a partir do novo endereço. O telefone foi transferido, e religaram o Velox. Como as coisas ainda são um tanto quanto precárias, o notebook está em cima do rack da sala, e o telefone mudo. Não coloquei um "duplicador de RJ-11" (entra 1, sai 2) porque só será necessário até semana que vem, quando a fiação toda do telefone será passada.

Ainda poucos detalhes dentro da casa a serem executados (como finalizar a instalação de privada e pia no lavabo), e a chuva que caiu no Rio de Janeiro nos últimos dias atrasou mais um pouco a obra do lado de fora. Mas falta bem pouco - e eu fico repetindo tal frase para mim mesmo há dias... Mas estamos morando aqui desde sábado, e agora estou de volta à Net. Um pouco mais descontaminado de Internet, numa casa ainda muito bagunçada, cheio de coisas para ver, pensar e resolver... Mas na nossa casa. E isso faz uma baita diferença.

Ainda falta boa parte da mudança de solteiro (roupas, livros, micros, cama, mesas, etc), minha de da Cláudia; detalhes a serem finalizados externamente (como o piso, telhado da lavanderia, etc), e fechar pintura e instalação elétrica. Internamente, 98% pronto. Externamente, 85%. Depois acrescento mais fotos na pilha, atualizo aquele vídeo no YouTube... E vocês verão.

Antes que eu me esqueça, tem vídeos novos no VocêTubo. Coloquei alguns novos, como um das gaivotas na Praia de Itaúna, em Saquarema. Outros dois são em Búzios: Uma vista da Praia Rasa, e as gaivotas de lá lutando contra o vento. O último, que eu coloquei por lá também, é um giro feito de quase 360 graus do alto do morro onde está a Igreja de Nossa Senhora de Nazareth. Como eu falei, a igreja não é grandes coisas, mas a vista é maravilhosa. Depois coloco outros vídeos, posto mais um pouco sobre as cidades que conheci na Região dos Lagos, e falo mais abobrinha.

Ah, quem tem o número de telefone que era o do meu quarto, pode ligar para esse se quiser falar comigo (e com a Maria Cláudia), esse é o número da casa. Ainda preciso me acostumar com isso e mais um monte de coisas, mas aos poucos vamos chegando lá.

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18 janeiro 2008

Minhas impressões sobre a Região dos Lagos: 2a parte

  1. Cabo Frio - A cidade grande da Região dos Lagos. Sim, lá tem de tudo, inclusive tem o que se fazer quando chove, o que é uma carência em cidades litorâneas. Uma das coisas curiosas que vi por lá (além de um caminhão com o letreiro "Mudanças do Pirata"), há uma feira com um verdadeiro "point gastronômico" na beira da praia: De pastéis a sanduíches de picanha, de cachorro-quente (o popular "podrão") a talharim na caixinha (parece até China In A Box). E sim, os camelôs são legalizados, inclusive pagam energia elétrica (um monte de relógios de luz próximos). Mas, voltando à cidade... Cabo Frio é, de todas, a cidade mais bem-preparada para receber turistas. Alguns tipos de passeios de barco (com direito a mergulho), pontos de atendimento ao turista, a própria rua do canal, bonita, bem-tratada e com vários restaurantes (caros)... Cada lancha imensa, vários jet-skis atirando água para cima e desflando pelo canal, que é circundado por mansões chiques (a maioria de empresários, hoje em dia). A Praia do Forte é linda, tirei várias fotos do por-do-sol por lá. Ah, do outro lado do canal tem a Rua dos Biquínis, com umas 100 lojas de roupas de banho (não só biquínis), e o legal é que a travessia pode ser feita de balsa. Tem o que ver em Cabo Frio, vale a pena a visita. Tanto que tivemos lá 3 vezes. Ah, ia esquecendo... Lá tem posto de GNV, inclusive com preços bons.
  2. Arraial do Cabo - De todas as cidades, foi a que eu mais gostei. Pequena, com aquele jeito de cidade do interior, bonitinha e bem-tratada... Pelo menos no centro. Muito vento (não tanto quanto a Praia Rasa, de Búzios, mas muito vento), e um passeio de barcos muito bacana, com praias lindas. Só que Arraial fica numa enseada, e naquele dia ventava muito, logo... O barco bateu muito. Muito mesmo, foram ondas de 2 metros na lateral, Cláudia apavorada, e eu, temeroso, mas mesmo assim mostrando firmeza, tranqüilizando-a. Acho que Arraial é uma cidade ainda mal-preparada para turismo: por exemplo, a entrada para o passeio de barco é no meio do porto de Arraial, cuja principal atividade é... Pesca. Ou seja, passamos no meio dos caixotes de peixe para pegar o barco. Tem muita areia jogada na pista, e cheguei a filmar o vento trazendo-a para o asfalto. Numa conversa com o comandante do barco em que fizemos o passeio, soubemos que Arraial é mais uma cidade da Região dos Lagos em que uma oligarquia política manda, e a cidade pobre (na sua maioria) sofre. Atendimentos médicos são precários, e vez por outra devem recorrer a Cabo Frio. Bairros afastados são manipulados com a promessa de água para obterem o famigerado voto de cabresto. Uma pena.
  3. Búzios - Na boa, Búzios para mim é a Copacabana da Região dos Lagos: Não tem tanta coisa assim que valha a pena ver, já teve dias de mais glória, está cheia de estrangeiros e tudo é mais caro. Só faltou os idosos. Graças à fama, Búzios é a 6a cidade do Brasil em número de turistas, mas mesmo assim tem apenas 25.000 habitantes. E é uma cidade afastada. Muito longe para chegar: De Cabo Frio, pega a estrada, vira a direita numa placa (depois de 30 km), e roda mais uns 10 a 15 km, pelo menos, para chegar no centro de Búzios (ou Armação dos Búzios, para ser mais certinho). Como fomos de tarde, pegamos um congestionamento na entrada e um engarrafamento na saída, já que a cidade não tem ruas suficientemente largas para o fluxo de carros. A Rua das Pedras está cheia de lojas chiques (e caras), que você só vê no Rio de Janeiro (Capital) e em Búzios. Mas é um local simpático. Tem uma estátua da Brigitte Bardot (bancada pelo VISA), e todo mundo tira fotos abraçado à ela. Não consegui ir às praias para banhistas, por falta de tempo. Tem o mais caro de todos os passeios de barco, mas com uma novidade: Direito a máscara e snorkel, para mergulhar e ver os corais. Pudemos pelo menos visitar a Praia Rasa, onde tem um vento BEM forte, e é propícia para windsurf, kitesurf e outros esportes que dependam de água e vento. Cheguei a colocar 2 vídeos no YouTube mostrando isso, olha num post aí embaixo.
Bem, acho que é isso. Vou ver se coloco mais alguns vídeos, como alguns do passeio em Arraial do Cabo, e finalmente postar as fotos no Flickr.

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17 janeiro 2008

Minhas impressões sobre a Região dos Lagos: 1a parte

Continuando a minha pretensa série sobre a Região dos Lagos, que eu não conhecia mas passei a conhecer, resolvi falar um pouquinho sobre o que vi em cada lugar por onde passei. Lá vai:
  1. Saquarema - Tirando o Templo do Rock, uma feirinha simpática de artesanatos, a Igreja de Nossa Senhora de Nazareth (não a igreja, mas a vista de lá de cima) e três praias (Itaúna, do Diabo e da Vila)... Não há muito o que ver por lá. Saquarema é o balneário, onde os turistas vão. Os moradores refugiam-se em Bacaxá, onde há comércio, bancos e mais movimento. A comida é razoavelmente cara (R$ 2,50 por um espetinho!), mas conseguimos achar uma pensão barata (Pensão du Salvador, perto da Prefeitura), onde almoçamos 4 dias em que lá estivemos. Muitas lan-houses (ou lan-botecos, como preferir), hospedagem barata (vimos suítes a R$ 30 a diária), e falta de rodízios de pizza. A vista do alto da igreja é linda. As praias são perigosas e bem geladas. Tem muito funkeiro (para desgosto meu, da Maria Cláudia e do Serguei), e... Só. Não vi grandes investimentos em turismo, o que é uma pena. E como várias cidades pequenas, politiciamente dominadas por uma oligarquia ligada a algum supridor de necessidades (como os carros-pipa).
  2. Araruama - Embora seja maior e mais desenvolvida que Saquarema, Araruama me pareceu uma cidade... Melancólica. Sabe aquela cara de fim-de-festa? Pois é. Tem mais comércio, médicos, e um rodízio de pizza a R$ 9,50, no meio da cidade, na beira da RJ-106. E a Lagoa de Araruama, que só me rendeu algumas fotos. A impressão que dá é que Araruama está em decadência, saiu de moda. Nada de bom para ver, sinceramente.
  3. Iguaba Grande - Mais uma cidade que você passa, não pára. A lagoa proporcionou uma das mais lindas fotos que já bati, a de um por-do-sol exuberante, além da risada de um posto de gasolina... No meio da calçada. Tirando isso, um ponto de observação geológico (interessante para geólogos, não eu) e mais nada. Alguns condomínios bem bacanas, e pousadas cobrando R$ 60 a diária - mas estando a poucos metros da lagoa.
  4. São Pedro da Aldeia - Um pórtico bonito, 4 postos com GNV (finalmente!), sendo apenas 1 no sentido Cabo Frio, e um monte de salinas. E mais nada. Mais uma cidade pela qual passei para ir até o destino, que era Cabo Frio, Arraial do Cabo ou Búzios. Ah, tem a Base Aérea da Marinha lá, com um helicóptero Sea King "estacionado" na beira da estrada. Estrada que, aliás, melhora bastante já em São Pedro, parece que resolveram dar um trato na RJ-140 (que assume o percurso depois do encontro com a Via Lagos). Pelo menos isso. Não paramos nem para comer algo por lá.
Depois falo de Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios.

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16 janeiro 2008

A história do... Peido.

Essa saiu na Super-desinteressante há algum tempo (2003), mas vale a olhada: A história do peido ao longo da história da humanidade. Dá para rir um bocado.

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Rapidamente, a novela da cama

Diálogo entre eu e minha esposa, ocorrido hoje:
"- Amor, e a cama?"
"- Olha querido, iam entregar na sexta, certo? Mas o caminhão enguiçou. Eles não fazem entrega no final de semana, aí foram para segunda. Só que ontem o motorista pediu demissão. Ficou para hoje. E hoje... O caminhão ficou detido numa blitz no Maracanã, depois voltou para o depósito."
"- Será que entregam finalmente amanhã?"
"- Se não sequestrarem ela..."

Parece que essa bendita está encantada.

UPDATE: Hoje é quinta. Ontem disseram que iriam providenciar outro caminhão para fazer a entrega da cama. E tome telefonema. Hoje disseram que mandaram um bucha para retirar o caminhão (e supostamente, a cama) do depósito, em Manguinhos, e levariam a cama "ainda hoje". Bem... Vocês receberam uma cama? Nem nós.
Pelo que percebo, a única maneira de resolver isso é citando esse órgão aqui, e dando um ultimato para o final da tarde do dia 18, ou seja... Amanhã. Chega de palhaçada.


Em tempo: Estou temporariamente instalado na casa dos meus pais (o lugar anteriormente conhecido como minha casa), e com a casa quase pronta. Estou dormindo em um colchonete, e minha esposa, na minha cama de solteiro (minha ex-cama). O problema do "quase" é que sempre tem algo que falta na casa... A gente se muda para lá assim que a cama chegar, espero que antes do fim da semana. Ainda falta pelo menos a ligação do gás (para o fogão) e a finalização da parte elétrica (para podermos ligar a geladeira). E, é claro, para nós, nerds, a transferência do telefone e do Velox. Quem quiser relembrar como esta(va) a casa... Clique aqui.

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07 janeiro 2008

O divino do rock

Vir a Saquarema e não visitar a casa do Serguei é como ir ao Rio e não ver o Corcovado. Cláudia sabia onde ficava, e fomos lá visitar. Descobrimos que a casa do senhor cujo apelido é Sérgio Bustamante de Oliveira (o nome é Serguei) é ponto turístico de Saquarema, o Museu do Rock. Sim, museu, com direito a placa e apoio da Prefeitura. A casa antiga era uma ruína, cheguei a ver, mas fomos na casa nova. O terreno foi doado pela Prefeitura, e a construção bancada por Russell Coffin, um estadunidense morador da cidade e apaixonado por rock. Serguei é funcionário da Prefeitura, quem diria, ganhando um salário para expor a todos... A sua casa.

Confesso que ficamos sem graça de bater na porta da casa dele, e pedir para entrar. Mas uma família que veio ver a casa também, chamou-o, que veio nos receber à porta, e pediu apenas duas coisas: Que tirássemos os sapatos, e que deixássemos R$ 2 numa caixa, que ele usa para a manutenção da casa. Quando fomos lá, o jardineiro passou mal, e não completou o serviço, que é fazer o símbolo da paz mundial (o famoso símbolo dos hippies, "Paz e Amor") no jardim. Não estava completo. Acima, 3 bandeiras: A bandeira da paz mundial, a bandeira do sul dos Estados Unidos (sim, a bandeira confederada - representando o blues), e uma bandeira estilizada dos EUA (representando o rock).

A casa é muito bacana: De posters dos Beatles a uma bandeira com o rosto do Elvis Presley, passando por ícones do progressivo como Jethro Tull, e chegando a bandas mais atuais, como Guns n' Roses e Pearl Jam (no closet convertido em sala de leitura). Muitos recortes de jornal nas paredes, falando dele que é a lenda viva do rock nacional. Mesa no chão e pufes para sentar e comer (à moda riponga), televisão, videocassete, DVD, CDs e LPs de rock (incluindo Simple Minds e Dire Straits), flores no quarto, Jim Morrison, Ozzy Osbourne e Grateful Dead nas paredes. Bandeiras inglesas e uma "canga" do Iron Maiden na parte de cima da casa, além dos quatro integrantes do Kiss, pendurado do lado de fora.

Se ele transou com a Janis Joplin? Desconversou: "Bem, éramos um grupo grande de amigos...". Mas vestiu uma camiseta num desfile de moda recente, trazendo a inscrição: Eu comi a Janis Joplin. No programa do Jô Soares, ele foi 8 vezes. Nas paredes, uma homenagem de Paulo Coelho e recortes remontam o seu passado, que se mistura ao da música no Brasil: desde o protesto contra a ditadura (Revista Intervalo, 1967), até o ensaio nu para a revista Trip, recentemente: "Vocês, jovens, são com certeza mais bonitos do que eu. Mas com certeza eu sou mais sexy!". Parece que o pessoal da G Magazine esteve por lá, na semana anterior. Mas não falou nada se é homossexual ou não. Parece que ele se declara pansexual, de que "transa" com árvores, ou com qualquer um só com o olhar. Mas não mencionou nada a respeito. Não tem computador, freqüenta lan-houses para ler o seu email. Segundo um amigo, ex-dono de uma das primeiras lan-houses da cidade, ele também gosta de jogar Counter-Strike.

O homem tem agora 74 anos, uma voz rouca, olhos claros, e esbanja simpatia e simplicidade: "Se vocês tiverem alguém para vir me buscar e me trazer de volta, eu vou lá e canto para vocês. Afinal, tudo pelo rock and roll!" - ele falou para um membro de uma irmandade de motoqueiros, sediada em Campo Grande, bairro do Rio, que visitava-o junto conosco. Não se omitiu em nenhum momento em tirar fotos, e mostrou seu orgulho, seus 6 cachorros. Todos vadios, todos vira-latas, que ele pegou nas ruas de Saquarema e tem criado. Um deles, inclusive, é cego, e fica no quarto dele - com ar-condicionado ligado direto. Faz-se de "dona de casa", e pediu um avental a nós, de presente.

Foi um prazer, e uma diversão. Voltamos 2 dias depois, para pegar um autógrafo com ele, numa foto em que tiramos juntos, e ele reclamou: "Logo essa, que eu pareço que estou grávido?". Nas costas, escreveu:

Babies,
Rick Ardo e Maria Cláudia
I love you.
Rock and roll!
Serguei 2008

Quanto ao "Rick Ardo", ele disse: "apenas uma viadagem no nome, qualquer coisa a culpa é minha". E me olhou, e disse que eu pareço com o Lars Grael... Já pensaram, num encontro de MSX em Saquarema, com o Serguei cantando de noite? Olha, não é impossível...

As fotos, posteriormente, estarão no Flickr.

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O casamento - o que aconteceu e o que não aconteceu

Confesso que não tive muito o que me preparar para o casamento. Tudo foi muito corrido, embora já tivesse previsto há meses. Muita complicação com a obra da casa, que meu pai está cuidando, ao longo da minha ausência. Mas tudo indica que ficará pronta logo logo. Assim, pensar no que era a decisão de casar... Eu não pensei.

Chegamos lá ãs 16 hs, com o casamento marcado para 1 hora depois. O caminho é fácil, o mapa era tranqüilo de chegar... Mas meu pai resmungou um pouco, disse que "se eu viesse sozinho, talvez pela graça de Deus eu acertasse". Bem... Descer a ponte, pegar a Av. do Contorno, seguir reto e virar ä direita em Guaxindiba... Eu não sei se é tão difícil assim. Mas meu pai é MUITO medroso para se perder. E todos os convidados com os quais eu falei, disseram não haver dificuldades para chegar. Pelo menos isso.

E deixei para trocar de roupa lá no salão, o que me poupou de um suplício de calor maior do que eu já passei. Foi engraçado, chegar no posto de GNV, na Av. Brasil, para por gás, indo para o meu casamento... Calçando o meu tênis All-Star bagaceira, uma calça comprida de tactel e camiseta. Ah, quem me dera casar assim... Imaginem eu, que sou calorento, vestindo uma túnica, com direito a camisa, colete e paletó, mais gravata? Isso, no verão do Rio de Janeiro. Foi isso que presenciaram. Alguns brincaram comigo, perguntando: "E como está aí? Está nervoso?" "Não, só com calor". Ou então, a alguns pedi um ar-condicionado portátil, já que eu estava derretendo.

Maria Cláudia se preparou com antecedência, e mantive-a informada através do celular. Ela só não chegou antes por causa dos atrasos, e dessa vez o fotógrafo é que colaborou mais fortemente com isso. Mas às 18 horas, tudo já estava certo e começando, apesar da tensão da minha mãe (caramba, eu não lembro de tê-la visto assim, apreensiva), e de uma coisa ou outra trocada, como o noivo ser o último a entrar, antes da noiva.

A música que eu selecionei para tocar na minha entrada, "Wild's Theme", do filme Local Hero (executada pelo Mark Knopfler), não tocou. Disse-me o responsável pelo som (reprovado, na minha opinião), que eu entrei rápido demais e não deixei que ele tocasse. Acontece que estava todo mundo com pressa, estavam já incomodando-me, e ele não tocou a música. Entramos, espera... A noiva já está cansada de esperar na porta, dentro do carro, quando ela finalmente adentra o salão, com a dama de companhia, ao som da marcha nupcial tocada por violinos, e todos se pondo de pé ao vê=la.

E a única coisa que passou pela minha cabeça, foi: "Meu Deus, ela está linda!" E estava linda mesmo. Maquiada, cabelo feito, num belo vestido... Quase deixei escorrer uma lágrima de alegria. Mas não sem antes recolhê-la, e ouvir de uma das minhas (futuras) cunhadas, entre os dentes: "Não vai chorar agora, hein?!"

A cerimônia durou no total 55 minutos, mais longa do que achamos que seria. Mas deu (quase) tudo certo: O cântico na benção das alianças, a benção dirigida pelo Major Edgar Chagas (da minha igreja), a pregação do pastor Vladimir, pastor da Cláudia e da igreja batista... Quase tudo deu certo. Depois, festa e uma sessão de fotos interminável, mais de 200 fotos batidas, e o fim de tudo lá pelas 22:30.

Vamos aos fatos curiosos, pitorescos e lembranças agradáveis que tivemos nesse dia:


  1. Vários amigos foram ,e mesmo com a dificuldade de acesso, estiveram lá. O Bob, por exemplo (amigo dos tempos de UFRJ) foi uma cena à parte: Ele chega lá de bermuda e camiseta, com 2 sacolas na mão. E tínhamos acabado de entrar. Ele entra e segue na direção do banheiro, onde foi... Trocar a roupa. Só que ele passou na frente de todos os convidados. Foi uma graça, as irmãs da Cláudia adoraram ele, só falaram nisso. Depois, consegui arrastar ele para a mesa onde estava a fudebada MSXzeira, já que a única pessoa que ele conhecia na festa era o noivo... O Cláudio viria com ele, mas teve um contratempo e não pode vir.
  2. Aliás, fiz questão de casar com o logo do MSX na lapela esquerda. Uma vez MSXzeiro, sempre MSXzeiro.
  3. Amigos da escola vieram também, como o Diego e o Bizarro, ex-alunos do CEI-Quintino, mas deram um jeito de vir, mesmo sem ter condução própria. O que eu pude fazer por eles (e pelo Bob) foi tentar descolar uma carona, que consegui.
  4. Aliás, os amigos da FAETEC salvaram o dia. Na hora do almoço, liga-me a minha madrinha, Daniela, amiga de longa data (quase uma irmã para mim), dizendo que está bem gripada, mal se agüentando em pé. Bem... Vamos para o plano B, e ligo para a coordenadora, aquela que eu vez por outra cito por aqui... E ela acaba aceitando, mas não sem antes me avisar que tinha conseguido uma gravata a ser picotada. O Paulo foi (com a Luciana) ao casamento, e garantiu carona para o Diego e o Bizarro, o que foi muito bom.
  5. Passamos toda a festa fazendo duas coisas: Tirando fotos e cumprimentando pessoas. Segundo o (empolgado e atrasado) fotógrafo, mais de 200 fotos e umas 200 pessoas presentes. Me senti o próprio político, cumprimentando, dizendo "obrigado", dando beijos e abraços.
  6. Alguns amigos da turma do MSX (incluindo um padrinho) resolveram confiar na lógica do GPS, mas erraram o endereço, já que São Gonçalo não segue a lógica. Explico: A numeração de uma rua é crescente ou decrescente, certo? Acontece que em São Gonçalo, ela é caótica: O número 28 da Rua Cardeal Mauri (onde está o salão) não está do lado do número 29. Logo, Google Maps e GPS erram a localização, não por falha deles, mas por erro da rua. E lá vamos nós, orientando via telefone para eles chegarem.
  7. Foi muito bom ver lá amigos que eu imaginava que não iriam, como o Bob, o Diego e o Bizarro, além do Flávio, meu primo que mora em Salvador, e

  8. Alguns não foram por diversos motivos:

    1. O pessoal da empreiteira que estão finalizando a nossa casa (Hércules e Álvaro) não foram por problemas no carro (rompeu-se a correia dentada);
    2. Uma prima do meu pai, médica, foi chamada em cima da hora para trabalhar. No meio das férias.
    3. Uma das minhas madrinhas (Daniela) não pode ir, por motivos de saúde.
    4. Dois amigos do trabalho não apareceram, por motivos ignorados. Acho que foi bichice.
    5. Outras pessoas não vieram por motivos variados, talvez até esquecimento. Viadagem mesmo.

    Quanto à música, não foi a contento: Preparei um CD com 206 músicas em MP3, mas menos de 15% das músicas foram executadas. Levei um discman que toca MP3, para que fosse tocado tudo em modo embaralhado. Mas o responsável acabou colocando o CD no aparelho de DVD, e não colocou no modo embaralhado. Ou seja, não passou da letra C. E depois, o responsável resolveu tocar as músicas que ele queria. Tudo o que não queríamos. Na hora dos DVDs, ele acabou colocando o que ele queria (não o que nós preparamos), mas trocamos a tempo o vídeo para passar os que nós preparamos, e todos divertiram-se com os vídeos que levei e já coloquei no YouTube.

    Finalmente passamos, eu e Cláudia, o resto da festa tirando fotos, e foram mais de 200... Sim, é chato pacas, tira foto segurando mão e tomando champanha, fazendo poses mil para um fotógrafo bem empolgado. Gente, isso cansa. Mas a idéia de fazer a cerimônia às 17 horas mostrou-se acertada. Mesmo com o atraso (não da noiva, mas do fotógrafo), tudo encerrou-se antes das 22:30, com todo mundo comendo bolo, sendo bem servido no buffet, e nós bem cansados, a caminho de Saquarema.

    Ainda gastaram um batom rabiscando o meu carro (ah, Martha...), e os presentes (mais de 20) foram levados pelos meus pais para a (agora) casa deles. E fomos para Saquarema, para a nossa lua-de-mel.

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A nova vida de casado

É gente, eu sou agora um homem casado. Há pouco mais de uma semana, tornei-me mais um da lista de homens encoleirados, fubapas,como queiram chamar. Mas um sujeito feliz, contente por ter tomado a decisão certa. Claro, receber um beijo da esposa enquanto escrevo essas mal-rabiscadas linhas ajuda a fortalecer a opinião.

Como disse no parágrafo anterior, mudei de estado civil, estou em lua-de-mel na Região dos Lagos, e escrevendo esse post a partir do meu notebook. Esse post será salvo no pendrive, e irei fazer o upload a partir de uma LAN-house próximo onde estou, um pequeno apartamento pertencente à tia da minha esposa, na cidade de Saquarema.

Aliás, esposa é um termo que estou me acostumando aos poucos. Maria Cláudia continua sendo minha namorada, mas agora é minha esposa, usa a aliança na mão esquerda, e me chama de "senhor meu marido". Errr... Está bom, essa última frase não ocorre, somente "amorzinho", "lindinha" e outros termos mais simpáticos e menos machistas.

Tem muita coisa que eu quero comentar, do que foi o meu (na verdade nosso) casamento, e como está sendo a lua-de-mel. Afinal, há pouco mais de uma semana, minha vida mudou drasticamente, e até aqui, para melhor.

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