31 janeiro 2005

De volta a SP - 6a e última parte

Terça, dia 18 de janeiro de 2005

Sair da cama, ops, colchão estendido na sala do apartamento do Giovanni, foi complicado. Não por dificuldades alheias, mas por cansaço mesmo. Afinal, dormindo mal tanto tempo, a gente enrola na cama para sair. Mas levanto, lembrando da hora. E lá vamos nós, olho, mexo um pouco no desktop do Giovanni (gostei da idéia, vou por lá em casa esse visual de Mac no GNOME), visto a camisa que eu trouxe, passo uma água na boca e vamos tomar café num shopping que tem um quiosque aberto às 8 da manhã, para quem toma café na rua.

Tomamos café (eu, chocolate) e pego uns bastões de açúcar invertido. Giovanni, bem versado em cultura inútil (como boa parte dos meus amigos), diz que esse açúcar recebe esse nome porque descobriram que se invertesse alguns átomos de posição na molécula do açúcar, ele não era mais retido pelo organismo. Legal, não? Adoçante que não aumenta a glicose no sangue. Peguei 4 bastões para levar para casa. Lembrança aos meus pais, que agora enquanto escrevo esse post, ainda tem 2 bastões inteiros.

Saímos dali, ele me leva até o ponto e se despede de mim, daquele jeito bem... Giovanni. É, apesar de do jeito dele, 1/2 esquisito (eu estou acostumado), sei q ele me tem em alta estima. Desço na rodoviária, compro uma passagem para São Paulo... Tem um saindo às 8:50, beleza. Penso eu: "Umas 10:15 estou em São Paulo, vou no Nehemias, pego tudo que é meu, me lavo, desço e tomo o metrô para a Barra Funda. Tranquilo!". Só que eu não contava com outro que é um dos emblemas de Sampa, ao lado do engarrafamento: a chuva. São Paulo ultimamente virou o pinico do céu, cai meia dúzia de gotas e tudo anda 20 km/h mais devagar. Pensava que era no Rio apenas, mas lá também é assim, mas um pouco pior (no Rio é 10 km/h mais lento, apenas).

Resultado: Chego no Tietê às 10:40. Quase 2 horas! Que droga, lá vou eu... Tomo o metrô, desço quase correndo. Entro exatamente às 11:02 no apartamento do Nehemias, e saio às 11:08. Em seis minutos fiz tudo que eu precisava fazer, menos me lavar e trocar a camisa. Droga, vai assim mesmo. Graças a Deus tinha arrumado as malas no dia anterior. Só dá para fechar o apartamento, descer com mala, mochila e DVD player, entregar a chave ao porteiro (e agradecer, claro) e sair correndo para um ponto de táxi. Tem um do lado da "boca" do metrô...

Pego o 1o. taxista, pergunto a ele para onde é mais rápido: Barra Funda ou Congonhas? Ele toca para Congonhas. Batemos um papinho, ele conta da irmã, que está sem passagem em Fortaleza para vir a São Paulo visitá-lo, coisas da Gol. Ele ainda comenta que eu estou com muita sorte, o trânsito está ótimo. Eu agradeço a Deus naquele momento, e chego lá exatamente às 11:27. Pago o táxi e vou procurar o ônibus da BRA.

Corri, corri, corri... Sabe que horas o ônibus chegou? 11:50. E saiu às 12:06! Saco, se eu soubesse tinha ido de metrô... Mas foi melhor assim, do outro jeito era incerto. Foram-se R$ 18 mas ficou a certeza de que eu não perdi o ônibus. Pego o ônibus, sigo até Cumbica, aeroporto que eu não conhecia. Até que não é tão longe assim, chegamos em meia hora. Nossa, o aeroporto é muito grande, com três andares, 2 pavilhões imensos... O Tom Jobim tem 2 pavilhões, mas um separado do outro (obra de expansão). Despacho logo a mala (12 kg) e sou obrigado a ficar desfilando com o DVD debaixo do braço e a mochila junto.

Aproveito e ligo para casa, converso com minha mãe, que conta do falecimento de uma tia minha no dia anterior (a gente não tinha muito contato c/ ela mesmo), e o enterro. Explico a situação, de como estão as coisas. Aproveito e ligo depois para o Nehemias, meu "anjo da guarda" em São Paulo, explico como estão as coisas, agradeço pela acolhida, etc.

Sem nada para fazer, e sem vontade de ler (tinha começado no dia anterior a ler "Hobbits, Elfos e Magos", um livro de análise sobre "O Senhor dos Anéis"), resolvi caminhar no aeroporto. Aeroportos são locais curiosos, onde você vê gente do mundo todo, idiomas de tudo que é canto, sem ter que sair da sua cidade. Capelão de aeroporto deveria ser considerado nas igrejas como missionário transcultural... Almoço no Pizza Hut, fico olhando de tudo, para fazer hora: Desde as revistas da LaSelva Bookstore (uma rede de livrarias de São Paulo) até as jóias de uma loja qualquer. E sempre com o aparelho de DVD debaixo do braço. Pareço até um muambeiro...

14:15, check-in feito, vamos para o embarque. Fila, as cadeiras não são marcadas... E gente marretando o chão de mármore. Obras. Aguento o ruído, mas sorrio lembrando que logo estarei no Rio. Pegamos o avião, que já veio meio cheio. Na verdade, o esquema da BRA é simples:


  • Vôos fretados: O avião só sai do chão lotado.
  • Liberdade de horário: Pode atrasar e adiantar o vôo, você tem que ficar de sobreaviso.
  • Esquema Ônibus parador: Esse que eu peguei saiu de Belém, fez paradas em Brasília, Goiânia, São Paulo (reabastecimento e eu entrei), Rio de Janeiro (onde eu desci), e acho que Fortaleza. Sim, deu a volta no país.

Desse jeito eles conseguem lotação esgotada num vôo no meio da tarde de uma terça-feira, como foi o meu caso. Mas também, R$ 95 com taxa de embarque. O leito era R$ 77, mas eram 6 hs de viagem. Então, peguei uma poltrona no meio do avião, e viemos. 45 minutos, mal estabilizou a subida e começamos a descer. Serviço de bordo fornecendo apenas bebida (também, comida para quê?). Chego no Rio, no Aeroporto Internacional Maestro Antônio Carlos Jobim alegre, por estar de volta à Cidade Maravilhosa. Pego minha mala, consulto o preço de um táxi vermelho... R$ 70. Proibitivo. Vou para fora, chamo um, pergunto... No máximo R$ 35. Melhor. Vamos para casa.

Ainda no caminho de casa uma blitz pára o motorista, que estava no seu dia de azar: O documento do carro, ano 2004, não estava na pastinha com os documentos, o que o obrigou a soltar R$ 50 e correr depois na cooperativa, resmungar.. Mas tirando isso, foi tudo tranquilo, e finalmente chego em casa, aproximadamente às 17 hs, pronto para desfazer as malas, e acertar os ponteiros, em casa. Afinal, não há melhor lugar do que $HOME.

Saldos da viagem


  • Consegui rever muitos amigos e curtir a amizade deles. Também pude conhecer alguns outros melhor. A todos, o meu caloroso abraço.
  • Tirei muitas fotos! Estão todas na minha conta no Multiply, e nesse post aqui eu coloquei a URL.
  • Comprei o DVD que eu queria, por um preço menor do que eu pensava.
  • Troquei metade dos CDs que eu levei, e comprei coisa boa também.
  • Conversei muuuuuito com os amigos, e conheci alguns lugares bem simpáticos.
  • As duas entrevistas foram muito bem proveitosas.
  • 11 Gb de MP3 no HD... Também é bom, né?
  • A ida a Campinas foi uma ótima idéia. Adorei ter ido.

Minha mãe diz que eu preciso viajar, ir para lugares distantes, conhecer gente... Mas eu me sinto realizado fazendo o que fiz: Visitando meus amigos, conversando, passando um tempo juntos, vendo coisas interessantes a um nerd confesso e assumido... Foi realmente muito bom. Pena que não dá para fazer isso 3 ou 4 vezes por ano.

30 janeiro 2005

De volta a SP - 5a parte (Ainda falta uma)

Segunda, 17 de janeiro de 2005

Acordo de manhã cedo na casa do Luis... E estamos atrasados. De novo? É, para variar. Marcio já se arrumou, está pronto para sair. Eu, me levanto, visto a camisa do dia anterior... E o Luis ainda saindo da cama. E ele é que tem hora! Enquanto espero ele, ainda dá para ver a "central" que ele tem em casa. Mexo um pouco no Playstation 2 dele, ele me conta que colocou HD no dele, CD de boot, etc e tal. Hum, muito bom! Disse que manda todas as dicas para o meu irmão se ele quiser. Boa, depois falo pro Fabio.

Saímos, sem café mesmo, pegamos a Parati que ele tomou emprestada na igreja, e seguimos rumo à Liberdade - o bairro, não o sentimento. E enfrentamos um daqueles que é um dos emblemas de Sampa: Engarrafamento! Isso mesmo, chegamos quase 1 hora atrasado. No caminho falamos de N-Gage, o amigo do Luis que levou uma bala perdida (e ainda dizem que isso só ocorre no Rio) comendo pastel, etc. Agora é hora de despedir e seguir rumo.

Descemos na São Joaquim, eu e Marcio decidimos seguir a pé, até a casa do Nehemias. São 2 estações, a gente economiza o metrô e ainda papeia um pouco. 30 minutos andando, chegamos lá. Vou no Royal Nehemias Resort Hotel trocar de roupa e resolver minha vida: Decidi ir a Campinas de noite, tomar um goró com a cambada daquela cidade e papear um pouco. Daí, ligo para o Giovanni, falo com o Spy (ele disse que pensava em ir), porque se:


  • Eu tivesse carona para ir a Campinas, levava toda a minha tralha e na volta, tomava um busão para Cumbica, aí pegava o vôo da BRA para o Rio.
  • Eu não tivesse carona para ir a Campinas, voltava a São Paulo, pegava minhas coisas e seguia rumo à Barra Funda ou a Congonhas, para tomar o ônibus da BRA para Cumbica.

Spy pede para ligar para ele lá pelas 3 da tarde. Aí eu lembrei também que eu não tinha ligado para a BRA para marcar a passagem... Tonto. Ligo... Vôo cheio. Droga. Entro na lista de espera: "O senhor pode ligar lá pelas 12:15?". Tudo bem, é o jeito. Ligo para o Nehemias, digo que vou almoçar com ele hoje, para conversarmos um pouco (*).

Saio com o Marcio, vamos para o metrô, ele segue rumo ao seu trabalho e eu, rumo ao Stand Center, para fazer uma hora. Irei continuar sentindo saudades do Marcio, outro daqueles que é realmente, um amigo. Como diz em Provérbios 17:17:"Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão.". Mo Stand Center, vou comprar umas lembranças para a família: Um ímã de geladeira para a minha mãe, outro para a minha cunhada, uma caneta, um chaveiro... Gosto de levar algo quando viajo para o pessoal de casa, Tiro umas fotos, olho muito, saio e vou ligar para a BRA. Opa, tem vaga no ônib... Avião. Mas tenho que comprar a passagem pessoalmente até as 14 horas. O jeito é andar rápido.

Vou para o Banco Central, encontro com o Nehemias e vamos comer em algum lugar por ali. R$ 2,00 por 100 g. Assalto! Mas o jeito é comer. Conversamos, conto como foi o final de semana, e confesso, estou começando a ter saudades do Rio. A conversa foi boa, mas explico para ele o impasse de Campinas, o lance do avião, etc. Despedimo-nos depois de uma boa conversa (talvez a última que eu consiga ter antes do casamento dele), tomo o metrô na Consolação e desço na Brigadeiro, pois estou em cima da hora.

Chego no Shopping Paulista, entro, compro a passagem... R$ 96 com taxa de embarque incluída. Ótimo. 11:30 de amanhã na Barra Funda ou em Congonhas, para tomar o ônibus da empresa. Ok. Saio dali, resolvo voltar a pé. Encontro a fita adesiva que meu pai queria (R$ 13, iau), acho um sebo muito do bacana (super-limpo, organizado, com CDs, LPs, acesso à Internet, etc), e compro um livro (não resisto), sobre a Microsoft. Sim, o livro fala mal do Bill Gates. Na mesma prateleira tinha "A Estrada do Futuro" (edições em inglês e em português), aproveito para conferir o que ele fala do Kazuhiro Nishi (MSX, etc). Pouca coisa, mas valiosa. Saio e volto para o "hotel". Olho, vejo uma agência do BB, e lembro-me do meu cartão bloqueado.

Pois é, esqueci de contar isso aqui: Fiz uma compra no cartão de crédito do BB, num cybercafé (na 6a), só q a máquina tinha um keylogger... Resumo: Tentaram fazer várias compras com o meu cartão, ele foi bloqueado e depois cancelado. É mole? Internet Explorer sux, Windows muito sux. E nem valeu tanto a pena a compra assim... Se eu soubesse não teria feito.

De volta, arrumo as malas, deixo tudo pronto para a ida, faço tudo... E fico meio que enrolando. Acabo cochilando no sofá da saleta, acabo de ler uma edição da revista Ultimato, consigo falar com o Spy... Não dá, ele está enrolado. O jeito é partir sozinho mesmo. Fico 1/2 s/ vontade de ir, por causa da distância, mas resolvo encarar.

Vou para o Tietê, compro a passagem e vou para Campinas. Chego lá em torno das 20 hs, e encontro um amigo de Jaú, o Turatti. Conversamos um pouco, ele me conta do que está fazendo (doutorado "à distância", 1x por semana em Campinas, faz o resto de Jaú, etc). Giovanni chega, conversamos os três (Turatti reclama que eu não avisei da ida a Campinas - bobeei nessa), e vamos para o Giovanetti, de ônibus mesmo.

Não, o Giovanni não tem sociedade no restaurante. Aliás, bem bacana, o dito cujo. Parte descoberta, ao ar-livre, cheio para uma segunda-feira. Encontramos o Adriano e o Bergo, e depois chega o Werner. Foram mais de 4 horas de conversa, piadas, brincadeiras... Sinto-me ótimo por ter vindo, desde o abraço do Adriano até a despedida do Bergo: "Bom te ver, Ricardo. Legal que você veio", faz a gente ver que vale a pena investir tempo para os amigos. Se eu não viesse, teria me arrependido. O único inconveniente é aturar o Adriano fumando aquele cigarrinho safado dele (**), mas isso a gente leva.

Vamos para o apê do Giovanni, que é o maior e mais organizado de todos os barracos de amigos que eu visitei esses dias. Conversamos muito, eu e ele sempre temos assunto para falar, desde esse blog maluco aqui, até mal dos outros. Melhor irmos dormir, senão não acordaremos amanhã, é o terceiro dia seguido que eu durmo pouco. Amanhã é a saideira dessa farra, vamos ver como vai ser.



Nehemias é para mim aquele que defino como um "amigo de alma", um daqueles amigos com os quais a gente pode chorar junto, alegrar-se junto, que a gente sente falta quando não conversa, que é quase um irmão. E acreditem, já fizemos isso tudo aí juntos, tanto de um lado como pelo outro. Sou um agraciado por Deus, por ter tão bons amigos como ele e alguns outros. Não vou dizer quem são, porque eles sabem que são importantes para mim, não preciso fazer propaganda deles.

Curioso... Em São Paulo há muito mais gente na faixa entre 18 e 35 anos fumando do qu no Rio. Falo isso porque vi nas ruas, não porque me disseram. No Rio, jovem fumando é quase incomum. Em São Paulo, é comum até demais.

Mais fotos

Não sei se alguém quer ver fotos que eu tirei recentemente, mas eu montei 2 álbuns no gThumb e coloquei numa conta que tenho no FortuneCity. Então, podem clicar aí embaixo, se quiserem ver:

24 janeiro 2005

De volta de SP - 4a parte

Domingo, dia 16 de janeiro de 2005

Chega o domingo, que é dia de ir ver Deus. Só que acordo, fico enrolando um pouco... E a idéia que eu tinha, de ir ao Corpo Central do Exército de Salvação, fica para outro dia. Vou ler a Bíblia, orar um pouco, meditar... Tudo por conta própria. Não é o ideal, mas de noite pretendo ir na igreja do Luis Jacob, a Assembléia de Deus Nipo-Brasileira (que não tem página na Internet).

Hoje também haverão algumas entrevistas. Como algo, ligo para o Sr. Milton Scorza, pego todos os dados (nossa, Santo Amaro... É longe? Para mim o acesso é impossível, não sei como chegar lá) e ligo para o Spy. Ele diz "ok", e pede para que eu ligue para o Rigues, que vai para a casa dele também. Dali, vamos para Santo Amaro.

A conversa foi muito proveitosa, gravei tudo em fita K7. Não vou entrar em detalhes agora porque o objetivo dessa entrevista é segredo. Saímos dali para ir ao Stand Center, pois o Rigues disse que um amigo dele tinha comprado o DVD da Philips que toca DivX (o DVP642) lá. Pegamos chuva (a minha primeira em São Paulo), estacionamos o carro, entramos. No primeiro stand em que entro, acho o aparelho de DVD. Pergunto o preço: R$ 320. Penso: "Só?". Passo um cheque e compro. Não tem nem o que procurar, melhor do que isso, só dois disso.

Rigues pára do meu lado e pergunta o preço. Eu digo, e ele arregala os olhos. Depois, coça o queixo, pensando alto:

- Droga, tenho dinheiro na conta. Droga, o cartão da conta está aqui no meu bolso. Só acho que não tem um banco aqui por perto...

- Tem um Itaú do outro lado da rua - responde Spy.

- Spy, eu te odeio. Jurczyk, eu te odeio. Vamos lá tirar o dinheiro.

Quem quiser ver as fotos desse "momento banana", devidamente documentado, só clicar aqui. Ainda andamos um pouco, olhamos a vitrine da Arte em Miniaturas, e tirei muitas fotos. Estão todas lá no Multiply. Depois, fomos para o Shopping Paulista, encontrar outra pessoa com quem eu queria conversar, o Rubens Kuhl Jr. Almoçamos (no Spoleto - era novidade pro Rigues), o Rubens chegou... Comemos e fomos a uma chopperia, mais sossegada (inclusive o Spy responde ao Rigues, que deu a idéia: "Rigues, eu te odeio"). Conversamos até umas 18:30, mais conversa gravada, papo ótimo.

Spy me leva no apê do Nehemias, onde deixo minhas coisas, troco de roupa, tomo um banho, me arrumo... Luis me liga, estou a caminho, tio. Desço, tomo o metrô e sigo para a São Joaquim, para a Nipo. A igreja é imensa. Toda Assembléia de Deus normalmente é grande, mas essa é realmente GRANDE: A orquestra senta-se num arranjo de anfiteatro atrás do pastor, e acima dela, o coral. Quase fotografei, mas havia uma plaquinha dizendo que era proibido. Quase fotografei a placa também.

Chego lá, encontro o Luis brincando com um celular japonês (Vodafone), sento-me ao lado dele e da sua namorada (a dele - Rosana), ele me diz que o Marcio também estava vindo para lá. Jóia. Marcio chega, assistimos a pregação todos os três. Gostei do pastor do Luis, ele é bem direto nas afirmações, embora muita coisa do que ele falou, eu gostaria de ouvir alguns esclarecimentos (soou estranho para os meus ouvidos de abeuense). Nada sério (ou herético), mas queria ouvir maiores comentários a respeito.

Depois do culto, Luis me pergunta se eu trouxe a carteira de motorista (se bem que ele disse carta antes), eu digo que sim, e daí sou "escalado" para demonstrar meus dotes de motorista ao volante de um... Palio verde. Outro? E curiosamente, fui a SP calçando botas, botas as quais eu não uso para dirigir, pois tem sola muito grossa. Conclusão: Arranco as botas e dirijo de meia, coisa que não gosto. Mas não tinha outro jeito. Ele "me intima" a dormir na casa dele (para podermos conversar mais), explica a situação, pega um carro da igreja e eu vou seguindo-o. Ligo antes para o "dono do hotel", o Nehemias, e explico a situação, para que ele não se assuste ao chegar em casa e não me ver estirado no sofá-cama.

Luis nos conduz até o bar Opção, do lado do MASP, onde a fudebada tinha marcado tomar um goró e bater papo, e ele segue, leva a Rosana em casa. Estamos lá, às 22 hs eu, Marcio, Spy, Rigues, e depois chega o Ginseng, dois amigos dele, Dal Poz e o Luis, de volta. Ficamos lá papeando até 1 da manhã. Algumas fotos (como o sidetalking do Luis no N-Gage, Metal Gear 1 no "telefone" do Kim, etc), estão lá no Multiply. Marcio tira umas dúvidas com Dal Poz, tem + umas das suas idéias mirabolantes (VDP de Playstation no MSX, etc)... Foi ótimo!

Dali, voltamos seguindo o Luis até Osasco, e eu e Marcio colocando (parte da) conversa em dia. Confesso que sinto falta do Marcio, pois agora não dá para ficar ligando interurbano e conversando amenidades (ou coisas sérias). Ele está com 2 empregos, tirando um salário bem baixo (nem R$ 850 líquidos) e trabalhando 10 hs por dia. Ou seja, regime de fome. Ele diz que, no Rio, ele estava desempregado. Mas estar morando longe de casa, da família e dos amigos, se esfolando do jeito que ele se esfola, e ganhando essa merreca... Não sei se vale mesmo a pena. Há quem diga que o problema do Marcio são os "olhos puxados", a paixão dele pelas nisseis, sunseis, goseis, etc. Só reiterei a ele que a proposta minha e do Giovanni continua de pé: De bancar uma barraquinha de yakisoba para ele em Madureira. Tudo para trazer de volta à Cidade Maravilhosa + um fudeba.

Chegamos bem tarde, conhecemos a cachorrada do Luis (incluindo a poodle "mulher de malandro", que adora ele, mas ele não gosta), papeamos... E vamos dormir, porque o dia foi muito cheio, e amanhã, "é dia de índio".

Meu irmão, antes de embarcar para a plataforma, deixou comigo emprestado o Playstation 2 dele, com alguns jogos. Ele até brincou comigo, dizendo que só emprestava com a condição de que eu passasse da 3a. fase do Call of Duty, que ele estava empacado.

Liguei o videogame ontem, experimentei The Need For Speed: Underground 2 (tem tanta customização para o carro que demorei meia hora para jogar), e o Call of Duty. Gosto do assunto "Segunda Guerra Mundial", resolvi jogar, por mais que eu não goste de jogos no estilo FPS (First Person Shooter). Joguei um pouco, aprendi um pouco como se joga, etc...

Sento hoje para almoçar, depois vou ver um pouco de anime no DVD (Big O), depois resolvo jogar um pouco. Passadas 3 horas, tô aqui, feito um mané, tentando tirar o atraso de tudo que eu tinha que resolver hoje e não fiz porque segui o esquema "só mais 10 minutos". Mas passei da 3a fase!

Diacho de jogo viciante... Logo eu, que quase não jogo.

Fudebando no shopping

Estive hoje no BarraShopping, rodando com o Giovanni, batendo um papo e vendo as novidades. Resolvi tirar umas fotos, aqui estão elas:


Um Optimus Prime e um Megatron... SD (Super-Deform). Legal, não?



Uma caneca do Boba Fett! E do lado... O Star Wars Galactic Shamppo, num frasco com o Darth Maul em cima. Será que ele deixa seus cabelos naquele penteado fashion dos Siths?



Um jack-in-a-box, só que com o Homer Simpson, que deve emitir um sonoro "Doh!" quando sai da caixa.



Faça-você-mesmo-o-seu-filme-de-terror, com unhas a lá Freddy Krueger, e máscara a lá Jason. Sò faltam as mocinhas bonitinhas e idiotas que fogem do psicopata (que não corre, só caminha).



Reparem bem na foto, peguem e ampliem. Estão vendo aquele quadrinho, no meio, mais para a direita? Ele é ou não é o Kaneda, do anime Akira?



Windows XP dando pau coletivamente na FNAC.



Isso é que é retrô, uma vitrola das antigas, com um aparelho todo sofisticado por dentro. Legal, né? É, mas custa R$ 2500...



Fala sério, um CD-player com o formato de bola de futebol!



Isso é que é "tocador multimídia": Toca MP3, VCD, SVCD e ainda, se você colocar um CD-ROM com ROMs de Nintendo 8 bits, vc pode jogar c/ ele? Duvida? Então, pq 2 joypads?



Na cafeteria onde o Giovanni foi repor a dosagem de cafeína no sangue dele, rebatizaram-no. Ei, Sr. Geovan!



21 janeiro 2005

De volta a SP - 3a parte

Sábado, dia 15 de janeiro de 2005

Chega o sábado, e eu estou desmaiado no sofá-cama do Nehemias. Ele me acorda, para tomarmos um café composto de alguns biscoitos (que eu comprei no dia anterior), o leite que eu comprei, essas coisas. Nada mais do que algo para disfarçar o estômago. Ele me fala que os responsáveis pela mudança estavam para chegar, e arrumamos algumas coisas.

A mudança chega, e é feita. Os responsáveis agradecem pela pouca coisa (máquina de lavar, DVD, microondas, TV, computador, umas caixas... SÓ), contam da mudança que fizeram do Goulart de Andrade (4 caminhões cheios e nem um trocado como gorjeta), etc. Sai a mudança, o apê (de 36 m2, que eu medi - falta do que fazer é fogo) fica ainda mais vazio. Nehemias entrega-me a chave, e diz: "Varão, eis que lhe entrego as chaves do Reino". Respondo: "Oba, quer dizer que sou o imperador substituto?". E o miserável me responde com outra citação bíblica: "Eis que em breve venho". Ele saiu no sábado de manhã, e voltaria na segunda-feira de manhã. Não sobrou quase nada, a não ser uma rádio- relógio, que eu tratei de sintonizar na 89 FM, para poder ouvir um pouco de rock e não ficar maluco.

O jeito é sair, então ligo para o Spy, e vamos para a Comix. No Spymobile, o Spy vem com o Rigues a tiracolo. O Rigues, além de editor da Linux Magazine, é um bom amigo, daqueles que a gente vai conhecendo melhor com o tempo. Também é fissurado por animes, entendido em videogames e computadores antigos, e um "grande repositório de cultura inútil". Vamos discutindo no carro até a Comix sobre animes, Fedora Core 3, Ubuntu Linux e outras coisas.

Chegamos na Comix. De cara, um boneco do Jason (Sexta-Feira 13) recepciona-nos na porta. Ao entrar, vemos um verdadeiro parque de diversões para qualquer nerd: Toys, revistas, anime, DVDs, mangás... Um monte de referências à infância de qualquer um. Desde o ECTO-I, do Caça-Fantasmas, até bonecos da turma do Recruta Zero. Infelizmente, tudo MUITO caro. Os 7 bonecos (incluindo o Otto, o cachorro do Sargento Tainha) custavam uns R$ 120, por exemplo. Acabei comprando o trivial, os quadrinhos que eu queria comprar nas bancas, e evitei me animar muito. Rigues conseguiu passar incólume, Spy queria comprar o Moonshadow, mas só em inglês. Na TV, passava o primeiro episódio de Samurai Champloo, que eu vi e gostei, um cruzamento de Rurouni Kenshin com Cowboy Bebop (não à toa, o diretor é o Shinichiro Watanabe, de CB, e o Mugen, um dos personagens principais tem uma peruca semelhante ao Spike Spiegel).

Saímos, voltamos para a casa do Spy, para uma sessão "Jornada nas Estrelas", e vamos comprar yakisoba. Eu e Rigues vamos comprar... Numa barraquinha na esquina (literalmente falando), pego uma porção grande (R$ 4) para mim, duas pequenas (R$ 3) para o Rigues e o Spy, e voltamos conversando.

Realmente, a porção grande tem muuuuito yakisoba, mas comi tudo enquanto assistimos episódios de Deep Space Nine e Voyager, regados a Coca-Cola. Foi ótimo! Depois, o Rigues foi cuidar da roupa de molho dele (vida de dono-de-casa é fogo), eu e Spy fomos copiar MP3. Ele me contou que esteve em Uberlândia para o Ano Novo, e um amigo, radialista, ofereceu a ele 45 Gb de MP3. QUARENTA E CINCO GIGABYTES DE MP3. Copiei 11 Gb para mim, fora o filme "Tommy", do The Who, hehehe... Ainda tenho que organizar tudo, é MUITA música. Spy experimenta a espaladeira e o bombril no seu violino (não o seu, o dele), e tiro uma foto desse momento curioso (foto no Multiprai, vai lá e olha).

Volto no apartamento do Nehemias para um banho e trocar de roupa, vamos para o Espirra Chifre, comer algo. Dal Poz vai lá, chega atrasado, ficamos papeando... Até o momento-abóbora acontecer: Toca meia-noite, e vejo algo inacreditável: Spy fala para irmos embora dormir, e o Dal Poz quer ir para o bar beber. Juro que naquele momento, tive a nítida impressão de que eles trocaram de corpos. Eu não estranharia se fosse o contrário, mas o que foi falado, é simplesmente inacreditável.

Depois dessa, só indo dormir mesmo. Volto para o Royal Nehemias Plaza Hotel, faço minha devocional, oro, leio um pouco o livro "Quebrando o Código Da Vinci", que o Nehemias comprou... E adormeço, na cama dele. Amanhã continua a farra.

19 janeiro 2005

De volta a SP - 2a parte

Sexta, dia 14 de janeiro de 2005

Cheguei no Terminal Rodoviário do Tietê, e fui... Pagar contas. Paguei uma maldita multa que eu estava devendo, IPVA do carro (aumentou, droga), cartão de crédito, retirei dinheiro, peguei extratos... Uma meia-hora de banco. Lá pelo menos tem todos os caixas eletrônicos perto, facilita o meu trabalho.

Depois fui a um cyber-café (isso, dentro da Rodoviária), fazer uma encomenda de flores, enviar para uma certa pessoa... Ugh, R$ 35 + R$ 12 de taxa de entrega. Well, vale a pena, vamos ver como ela vai se sentir. Faço o pedido, olho, leio meus emails e enrolo até acabar o tempo.

Dali, vou para o Royal Nehemias Resort Hotel, ou seja, o apertamento do Nehemias, e dali vamos tomar café no Esfiha Chic. O café ali é bom, bem completo, mas caro: R$ 5,50. Aliás, eu não sou um bom referencial para preços... Voltei para o apê dele e saí para comprar algumas coisas, como linha e agulha (o zíper da mochila que eu levei soltou, daí precisava dar um ponto para evitar que escapasse de novo), leite, maçãs, biscoito, sorvete, refrigerante... Essas coisas que um homem moderno precisa ter na sua dispensa. Pior que ele iria despachar a mudança no dia seguinte, logo não dava para comprar um congelado p/ fazer no microondas...

Volto, arrumo as coisas, folheio um livro do Nehemias ("Quebrando o Código Da Vinci") e ligo para o Spy. Marcamos no metrô. Ligo para a Patrícia, adorou as flores. Encontro com ele, vamos rodar. Saímos do Paraíso, vamos para a Santa Ifigênia (maiores notícias sobre isso no meu outro blog), depois para a Galeria do Rock.

Na galeria consegui vender e/ou trocar 9 dos 18 CDs q eu levei e q eu queria me desfazer, o que é muito bom. Também comprei alguns CDs bacanas, os quais listo abaixo:


  • Casa das Máquinas - Lar de Maravilhas (progressivo nacional) - R$ 65. Esse é muito raro, e por isso, é caro.
  • Jethro Tull - Stormwatch e Too Old To Rock and Roll, Too Young To Die - R$ 24 e R$ 23, respectivamente.
  • Yes - Yes e Relayer - peguei numa troca.
  • The Clash - London Calling - finalmente! E peguei barato.
  • Focus - Ship of Memories - R$ 20 - Focus é muito bom.
  • O Terço - Mudança de Tempo - É o quarto disco deles, quando o Flávio Venturini tinha acabado de sair da banda e ido para o 14-Bis. Paguei barato.
  • Mutantes - Tudo foi feito pelo Sol - Por mais que o nome seja bem esotérico, o disco é ótimo, eu já ouvi.

Queria comprar do Genesis, o Nursery Crime e o Trespass, mas eram importados, logo R$ 50 cada. Andei muito, entrei em muuuuitas lojas. Mas, de todas as lojas, indico essa aqui, por ter uma variedade impressionante, atendimento bom e preços razoáveis. Além disso, eles tem um selo pelo qual lançam muitos independentes... Até o Serguei lança lá! Ah, e como sempre lembramos, a lenda se repete: Estamos nós na Galeria do Rock (pena que não tirei fotos lá), e passa alguém por nós que conhece o Spy. Agora eu digo que eu sou o assessor de imprensa dele...

Saindo de lá, fomos para o barraco do Spy, um apertamento minúsculo com um computador na sala e uma bagunça normal para um sujeito solteiro. Ginseng e Márcio Lima aparecem lá, aproveito para colocar parte do papo em dia com o Márcio. Faz muito tempo que não conversamos, e confesso, tenho sentido falta da companhia de um amigo querido como ele. Aproveitamos para comprar uma Coca-Cola de 2 litros numa máquina automática de venda de garrafas PET (nunca tinha visto isto), dentro do próprio prédio. Dali, tomamos, conversamos, volto no Nehemias para me lavar para irmos à pizzaria depois.

Nota: Se você quiser ver essa foto, clica aqui.

Ginseng vai comigo, mas não sem antes mostrar muitas das 1000 (isso mesmo, MIL) fotos do cruzeiro que ele fez pelo Caribe e Cuba, com a família. Ele já tinha enviado umas para mim, mas pena que as que interessavam (as fotos das irmãs dele), ele não mandou. E lá no Nehemias, o coitado querendo ver Andromeda e o Kim mostrando fotos... Trato de salvá-lo logo, indo para a pizzaria.

Na pizzaria (esqueci o nome), a pizza era boa, a música, MPB mineira (a que tem mais influência do progressivo) e para variar, o Spy conhece todo mundo. Dal Poz vem também, para variar BEM atrasado. Comemos, conversamos, batemos papo com o músico, cantarolamos umas músicas... E dali vamos a um boteco, "O Velho e o Bar". Spy bebe um trago, eu continuo no refrigerante, até bater 2 da manhã, estarmos com sono e conversado muuuuito. Dal Poz conta da defesa da tese, dos planos para o futuro, conto das faculdades no Rio, etc. Papo bom, vale a pena tê-lo.

Na volta, abro o sofá-cama do Nehemias (que está desmaiado do outro lado do armário), troco de roupa e desabo, tentando recuperar o sono perdido. O dia foi ótimo.




É incrível como as pessoas tem necessidade de desconstruir o cristianismo, preferindo crer em um livro apócrifo do que em toda a tradição e na Bíblia... Pior é que não há evidências que corroborem as afirmações de que Jesus Cristo era casado com Maria Madalena, que tiveram filhos e que fugiram para a Gália, que a Opus Dei manda prender e manda soltar dentro da Igreja Católica, etc e tal. Que coisa chata, nossa...

E eu abri uma conta no Multiply, mas com o único objetivo de por minhas fotos por lá, e fazer um fotolog maluco meu. Pois é, as fotos de SP já estão lá, você pode ver clicando no link abaixo:

http://tenenteblueberry.multiply.com/photos/album/1

Um teste nerd

Por indicação de um amigo, resolvi fazer um teste de que personagem de ficção/fantasia eu pareço. Aqui vai o resultado:

Which Fantasy/SciFi Character Are You?


Legal, não?

18 janeiro 2005

Teste - mais um

Por indicação de um amigo, resolvi fazer um teste nerd. Aqui vai o resultado:


I am nerdier than 94% of all people. Are you nerdier? Click here to find out!

É... Não é mole não!

De volta de SP - 1a parte

Pessoal, voltei de São Paulo hoje, e tenho algumas coisas para contar a todos os meus 20 leitores (u-hu, aumentou!) que aparecem aqui vez por outra para ler as besteiras que aqui escrevo. Algumas coisas eu vou colocar no meu outro blog, recomendo que olhem lá também.

Quinta-feira, 13 de janeiro:

Chego na Rodoviária Novo Rio... Realmente, rodoviária é um treco esquisito. Do meu lado, sentado, um sujeito lendo um livro sobre gamão, em inglês. Do outro lado, 2 paulistas cristãos discutindo sobre músicas de louvor, o que é meio chato para quem é do contra como eu (1). Olho para o lado... Viva, até que enfim, um carregador de celular aqui! Espeto o meu carregador para tentar dar uma carguinha na bateria do meu celuleca q ainda não foi trocado (você viu aí embaixo), enquanto faço uma hora...

Bicharada solta na Novo Rio: Só numa olhada, 3 rapazes "alegres" soltam purpurina no corredor. Enquanto isso, acertam um relógio pendurado, eu carrego a bateria do celular e um bêbado, caindo do banco, é cutucado pelo segurança umas duas ou três vezes... O cara quase cai no chão, nada de anormal para quem está nas condições dele, mas é lamentável, pela degradação humana.

E ainda passa por mim um sujeito com uma camisa das FARC (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas), com a seguinte inscrição: Se Deus vier... Q venha armado. É... Eu responderia a ele sugerindo ler Efésios 6:17, e Hebreus 4:32...

Peguei um ônibus-leito, viação Expresso do Sul, 0:30. A viagem foi tão tranquila que eu apaguei e acordei às 4:30, somente. Nem na parada eu acordei. Fui direto, mas depois foi meio difícil dormir. Cheguei em São Paulo umas 6 hs.

Depois conto o resto.


Eu acho chato porque os louvores de hoje em dia nas igrejas estão cada vez mais chatos: Letras fracas, melodia repetitiva, música meramente importada... Sim, por isso está chato. Louvar a Deus é muito bom, mas vamos usar a criatividade, né?

Odeio a Vivo

Tenho direito a trocar os pontos que acumulei (mais de 63.000) por um celular novo. Já tentei 2 vezes, vejo quantos pontos tenho, tudo ok... Eles dizem que vão me ligar para pegar as informações, e nada. vou tentar a 3a. vez, e agora vou soltando os cachorros.

Não custa nada relembrar

Papel de parede literal

13 janeiro 2005

Peregrinação "espiritual" a São Paulo

Em tempo, estarei indo a São Paulo hoje à noite. Logo, vou de busão, volto de avião na terça, dia 18 de janeiro. Estou pensando no que ver, onde ir, o que levar... Se alguém quiser me contactar, pode mandar um email (clica no link que fica no final de cada post), mande um email q eu vou estar lendo pelos cybercafés da vida.

Continuando... Vídeos legais relacionados a computadores

MIcros ingleses dos anos 80: Uma homenagem

Para quem quiser, veja essa homenagem aos microcomputadores ingleses dos anos 80: http://www.caetano.eng.br/heyhey16k.swf. Pior é que a musiquinha é contagiante...



We bought it to help with your homework (2x)
And the household accounts
If your dad ever ever works it all out
lunchtimes in the library
(...)
Hey, hey, 16k.


E por aí vai. Até no fórum do MSX.org apareceu.

Lego PC cabinet

Para não dizer que eu não posto nada, olhem essa URL aqui: http://members.cox.net/richw/lego.htm. O sujeito montou 5 gabinetes de PC com peças de Lego! Olhem bem eles, ficou muito maneiro. Tá, eu não teria coragem de por um desses em cima da mesa, mas que é bacana, é. Notem o último, o quinto, é o mais "limpo".

E quem quiser ver casemods mais radicais, vejam esse site aqui: http://www.applefritter.com/node/view/122. Até Macintosh dentro de aspirador de pó tem.

07 janeiro 2005

Linux-papo rápido

Reformatei e instalei Fedora Core 3 no Aragorn (athlon XP 2600+), com o Ubuntu Linux no 2o. HD. Depois comento as coisas a respeito. No outro micro tem o Fedora 2 por enquanto, pq vou migrá-lo para Gentoo. Aguardem notícias.

Eu e o Will Eisner

No post anterior falei de como o Vinício conheceu o Will Eisner, e descolou um autógrafo. Queria então falar, para encerrar esse "arco de histórias", como eu descolei um autógrafo do mestre.

Ironicamente, o Will Eisner era mais querido e homenageado aqui, no Brasil, do que nos EUA, embora o maior prêmio da indústria de quadrinhos estadunidense seja o Will Eisner Comic Industry Awards (detalhe, o prêmio recebeu o nome dele ainda quando ele estava vivo). Então, como ele era amigo do Ziraldo e adorava o Brasil, vez por outra o "velhinho" tomava um avião e vinha para cá. Pelo menos seis vezes ele esteve aqui, em "terra brasilis". Só não vinha morar aqui porque "não conseguia aprender o português". E ele dizia que o português tinha uma palavra linda, que ele não sabia como expressar no inglês (mas realmente não tem como), e era o que ele sentia quando voltava para os EUA, para ser exato, Miami: "Saudade".


Ah, antes, vale um comentário: Na primeira vez em que ele veio, ele achou muito estranho, o Ziraldo tinha acabado de sair da prisão e iria recepcioná-lo no aeroporto (era em 1975, anos da ditadura). O Ziraldo, no entanto, tremia da cabeça aos pés. Afinal, ele iria conhecer aquele que foi um herói na infância e adolescência dele.

Voltando ao Will e a mim: Pois então, em 1999 (ou 2000, n lembro), foi feito o lançamento de um documentário, "Profissão Cartunista", e ele veio para o lançamento. No Rio, seria no IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), no Largo do Machado. Uma amiga me liga, comenta o fato. Lembro que ela falou de um conhecido e ativo membro da comunidade OS/2 que não ia nem beijar o Will Eisner, ia é comer os sapatos dele. Mas então, saio eu correndo para o IAB, em pleno domingo de tarde, largo namorada para trás... Pior, deixei meus álbuns do Spirit em casa! Onde vou descolar um autógrafo?

Cheguei lá, espera, espera... Vejo que lançaram uma série de álbuns dele, que estava quadrinizando clássicos da literatura mundial (um deles está aí do lado). Comprei esse e o Moby Dick. Beleza, agora vamos pra fila. Entro nela, ansioso: Puxa, o criador do Spirit, uau! Sorrio ao ver as pessoas excitadas na fila. Uns com máscaras do Spirit, outros com chapéus na mão... Mais para trás, um ator da Globo, o Paulo Betti, com um charuto na boca, um sorriso que ultrapassava os limites do rosto dele, e uma pilha de um palmo de altura de álbuns do Spirit e graphic novels criadas pelo "velhinho".

Lembrei-me da história de um amigo (que conto no próximo post), da confusão dos nomes... Peguei meu palmtop (um Palm III), escrevi meu nome na tela em letras grandes, e guardei. Quando entreguei o álbum, já trêmulo, falei meu nome... Ele não entendeu. Puxei o Palm, abri a tela e liguei, mostrando meu nome a ele. Ele riu, e disse: "Nossa, o que esses dispositivos eletrônicos não podem fazer hoje em dia, né?" Eu ri, meio nervoso, ele autografou, e me cumprimentou, agradecendo. Eu é que agradeci pela obra dele, e disse que era mais um fã incondicional.

Saí todo sorridente, com um autógrafo, que poderia ter sido melhor (eu tenho uma penca de Spirits em casa, droga). Mas era um autógrafo do Will Eisner, ora!

E para quem duvida, aqui vai a foto do autógrafo:

Um amigo meu e o Will Eisner

Essa eu não poderia deixar de contar, é breve e muito engraçada. Um amigo meu (hoje em dia meio sumido), na Primeira Bienal de Quadrinhos foi disposto a descolar autógrafos. Como fã incondicional da Nona Arte e devorador de tudo que tinha balões, ele foi para a Bienal. Essa foi a primeira Bienal de Quadrinhos que teve no Rio, em 1989. Na segunda, em 1992, eu fui, comprei muita coisa, foi por essa época que eu comecei a ler mais quadrinhos adultos, de boa qualidade.

Mas, voltando ao meu amigo: Ele, duro que nem um coco, chega na Bienal. Presenças de Will Eisner, Moebius e outros mais. Socorro... Ele compra a edição especial do Surfista Prateado, com história do Stan Lee e desenho do Moebius. Vai lá batalhar um autógrafo, consegue... Hoje em dia essa revista merecia uma moldura de vidro, um quadro, sei lá.

Mas a missão ainda não estava cumprida, faltava o Will Eisner. Ele conta o que tinha no bolso... Era o dinheiro da passagem e mais uns trocados. Raspando os bolsos, dava para comprar aquela edição especial do Spirit que a Abril estava lançando, naquela Bienal. Pensa bem... "Dane-se, pulo a roleta ou dou calote, ou vou a pé até em casa". E ele compra.

E para chegar no Will Eisner? Sufoco, multidão, ele consegue passar por todo mundo, chega na mesa onde está o "velhinho". Ele o recebe com um sorriso, e esse meu amigo gesticula, dizendo que queria um autógrafo. Deve ter sido engraçado, ele não fala NADA de inglês.

O Will entende o que ele pede, depois de muitos gestos, e pergunta o seu nome. Esse meu amigo responde: Vinício. Só que, esbaforido, fala meio rápido, e o Will Eisner não entende. Começa a escrever:

For my friend, Vince... Pelo visto, o "velhinho" entendeu Vincent. Vinício diz "No! No! No!", pede a caneta, e com a mão esquerda (ele é canhoto) escreve no braço direito o seu nome, em letras de forma:

V I N I C I O

O Will então ri do erro, e corrige o autógrafo:

For my friend, Vince... Ops (excuse me), Vinício, from Will Eisner.

Desnecessário dizer que essa é uma das relíquias da coleção de quase 3000 revistas do Vinício.

04 janeiro 2005

Para fazer mal ao meu dia

Um amigo acaba de me passar uma notícia que vai estragar o meu dia, Will Eisner morreu.

Vai-se um gênio (revolucionou a Nona Arte), um homem admirável, apaixonado pelo Brasil (só n vinha morar aqui pq não conseguia aprender o português), um gigante da arte sequencial, um desenhista fenomenal e um verdadeiro storyteller. Basta dizer que o maior prêmio dos quadrinhos norte-americanos leva o nome dele. Ele tinha 87 anos, exatamente a idade do meu avô (esse, q eu falei aí embaixo), e era uma unanimidade, era querido por desenhistas norte-americanos e europeus (duas escolas completamente diferentes).

É, Denny Colt vai ficar órfão...

News 1: O velho (e não é meu pai)

Well, novidades? Bem, comecemos pelas não tão boas assim: meu avô (seu Alfredo Pinheiro) teve um princípio de AVC (Acidente Vascular-Cerebral) na 5a-feira, 30 de dezembro de 2004. Para quem não lembra, AVC = derrame. Minha avó teve um no início de 2004, pensou que era dor-de-cabeça e foi tratar com Novalgina... Mas o dela foi bem brando.

O velho está com 87 anos, tem um coração que parece um relógio suíço, níveis bons de colesterol, pressão normal, etc. Agora parece que pelo que soubemos, um dos índices de colesterol não está tão bom (HDL), o sangue dele está meio grosso.
Ele foi internado na 5a, saiu na 6a. Meus pais o visitaram no sábado, ele estava bem, mas meio enrolado... Como ele disse: "Eu tive medo de morrer". No domingo, ele foi internado de novo, e ainda está em observação. Segundo meu pai, está em melhor estado do que no sábado passado. Parece-me que foi brando, e que logo o 'seu' Alfredo estará pronto para outra. Vai ter que fazer fisioterapia, se esforçar em muitas coisas, a rotina dele vai mudar e muito, mas parece que agora, eles se conscientizaram de que não são eternos.

Mas, em tudo, a mão de Deus estava orientando os passos das pessoas. A prima do meu pai (a dona do Sansão, que falei aí embaixo) é médica, ela conseguiu um táxi para levá-lo ao hospital, na 1a. internação, e uma ambulância particular a custo zero para levá-lo ao hospital na 2a. Ele foi internado num hospital público (inicialmente o Hospital Universitário Pedro Ernesto, agora o Hospital dos Servidores do Estado); na 1a internação, os melhores profissionais do hospital estavam NAQUELE plantão onde ele foi internado; na 2a, ele não se aposentou funcionário público, mas conseguiu uma vaga lá, no único leito disponível na enfermaria onde ele está.

Parece q ele não sai antes do fim da semana, mas espero, ele saia dessa melhor e c/ a cabeça diferente. Minha avó está tomando os remédios de pressão dela (parece q depois do AVC dela, ela resolveu tomar o remédio de pressão de uma vez), e, embora ela seja meio barata-tonta, está calma (incrível). No aniversário dele, de 87 anos, minha mãe brincou com ele, sobre a idade, e ele disse: "Eu mereço a idade que tenho". Não, ninguém merece. Não existe sabedoria mais certa do que aquela que vi numa Kombi, e que está aí embaixo, para relembrar. Afinal das contas, ele não merece nada, é Deus que ainda está zelando pela vida dele. Porque, nessa correria toda, sem plano de saúde, só Deus mesmo.

Nota: eles saíram do plano em que eram dependentes do meu pai porque era muito caro, e se passar mal, a gente vê na hora. E tome exploração da sobrinha, e tome dor-de-cabeça para o único filho. Mas não vou desfilar o rosário de reclamações aqui, uns dizem que eu deveria entender pq são velhos, outros fazem coro. Mas sinto, povo, é assunto de família. Fica para quem quiser perguntar pessoalmente.

Da série coisas engraçadas da família

Antes de tudo, Feliz 2005 a todos. Voltemos à nossa programação normal.

Da série coisas engraçadas da família: No domingo passado, meu pai foi na casa da prima dele, para resolver um problema (q conto em outro post). Um dos gatos da casa (ela tem muitos), um preto peludo, brigou com outro e se impôs ali, entre os outros. Meu pai comenta com a filha da prima dele (logo, prima de 2o. grau minha e dele):

- Puxa, esse bichinho aí é danado...

- Sim, ele se impõe por aqui. Deixa eu chamar ele para você ver. Aqui PONTOCOM, aqui!

E o bicho olhou.


Sim, o nome do gato é PONTOCOM. É mole? Outra: O que esperar de um cão chamado Sansão? Que seja um cão grande e peludo, certo? Pois é, o bicho é um bassê. Legal, né?



Depois eu explico as novidades, muuuuita coisa está acontecendo. Algumas coisas não tão boas, outras sim, boas.