27 agosto 2005

Estatísticas do Palm

Eu tenho Palm desde 1999, quando comprei meu primeiro, um Palm III. Ele deu defeito, solicitei a troca (garantia lifetime da 3Com), recebi outro. Esse eu vendi para um amigo. Depois, comprei um Palm IIIxe: Mais memória, carcaça preta (o anterior era cinza) e tela mais nítida. 8 Mb dava para brincar um bocado.Coisa de 1 ano e pouco troquei meu Palm IIIxe por um Sony Clié, um SJ-33. Agora com tela colorida, entrada para Memory Stick, som melhor, Palm OS 4... E consumo danado de bateria.


  


Minha vida hoje está em boa parte no Palm. A famosa lista de coisas para fazer que eu nunca fecho, a lista de telefones, jogos, a Bíblia Sagrada, textos... Muita coisa está nele, mas tenho backup no PC, em casa.

Resolvi fazer uma pesquisa no meu Palm, na lista de endereços... Aqui vão algumas estatísticas curiosas:

Nomes:


  1. 598 entradas na agenda de telefones;
  2. 12 Carlos;
  3. 11 Ricardos (incluindo eu);
  4. 10 José;
  5. 9 Marcelos;
  6. 8 Andrés;
  7. 8 Rafael (incluindo os com PH);
  8. 7 Cláudios;
  9. 6 Alexandres;
  10. 6 Daniel;
  11. 4 Anas;
  12. 4 Paulos (sendo 3 Paulo Sérgio);
  13. 4 Wagner;
  14. 3 Lucianas;
  15. 2 Ítalos (não é um nome comum, mas tem);
  16. A 1a entrada é Ademir;
  17. A última, Zórane;

Relações, funções, empresas e profissões:


  1. 139 pessoas relacionadas à ABU;
  2. 72 pessoas relacionadas ao MSX;
  3. 12 médicos;
  4. 11 camelôs da Uruguaiana;
  5. 11 igrejas do Exército de Salvação, fora as Sedes Divisional e a Nacional;
  6. 7 ex-namoradas;
  7. 6 livrarias;
  8. 6 telefones da UniverCidade, fora os dos coordenadores e diretor;
  9. 5 lojas de CDs da Galeria do Rock, em São Paulo;
  10. 5 ex-alunos do CEI;
  11. 4 floriculturas;
  12. 3 SESC;

Localização, dados gerais, etc:


  1. 445 fichas são do Rio de Janeiro;
  2. 79 fichas são de São Paulo;
  3. 1 ficha do Amazonas!;
  4. 250 fichas tem email também - algumas, só o email;
  5. 15 serviços de 0800 (ligação gratuita);

Muita falta do que fazer, né? Na verdade não, tenho muito o que fazer. Mas, e a vontade? Então fico enrolando...

24 agosto 2005

Nada de novo

Depois dos alunos me descobrirem no Orkut, nada de novo no front... Aceitei 7 como amigos, a comunidade está bem engraçada (tem aluno justificando atraso postando nela), e muito trabalho na escola: Fechamos o último laboratório, não sem antes ouvirmos o resmungo de uns, que agora, depois de tudo instalado, querem InstallShield no Delphi, e Crystal Reports no VB. Isso, depois da gente falar, explicar, pedir, etc. Vamos instalar via CD-ROM ou via rede nos laboratórios onde precisa, e paciência.

Tirando isso, quinta começamos a migração de endereços IP da rede toda, o que vai dar um BOM trabalho. Os scripts estão prontos, loucos para serem usados, heheh... Pelo menos agora o novo vice-coordenador (q foi coordenador no tempo em q eu entrei e depois saiu, e que é casado com a ex-coordenadora,que deu à luz no sábado passado, ai que confusão) vai nos ajudar a organizar a bagunça em que trabalhamos. Muito bom!

Banner da MSXRio aí em cima, fica aí até o fim do evento. A divulgação está caminhando, já garantimos propaganda em alguns sites e jornais, fora a divulgação boca-a-boca, folhetos... Esperamos que tenha um bocado de gente lá, como todo ano. Mas se render lucro na venda de materiais que pague tudo... É ótimo. O lucro de ter feito + 1 evento já custeia todo o cansaço, reuniões e trabalheira.

Tá tarde, vou dormir. Inté procês.



PS: Eles (meus alunos) perguntaram se eu gostei da homenagem. Não tive coragem de falar que adorei, mas estou me segurando para não mostrar para todo mundo, como o pai orgulhoso que quer falar do filho a todo custo... Mas sim, fiquei muito contente com a homenagem, mas mesmo assim não posso dar folga, porque senão deitam e rolam.

20 agosto 2005

E sobe a minha auto-estima...

Eu sabia que era uma questão de tempo. Eu sabia que iriam me descobrir. Só não sabia quando esse dia chegaria. Pois é, o dia chegou.

Meus alunos me acharam no Orkut. Não os da faculdade, ou ex-alunos (existem vários na lista de amigos), mas a molecada da escola, alunos de MMM desse ano. Já incluí alguns na lista de amigos (4, para ser exato). A Thalita prometeu: "prometo q nao vo mais pertubah suas aulas ". Tá, vou acreditar... A Camilla confidenciou: " EStamos pensando em criar uma comunidade p/ vc!hehe... Q tal?" Hmmm... O Gabriel (botafoguense), disse: "Coé professor, tranquilo? Ta com mó cara de bacana ae na foto, hein.." Heheheh! Teve até a Juliana, que não vai com a minha cara (mas a minha cara fica na minha cabeça!) confessou: "mesmo vc sendo um pouco grosso as vezes vou te add...afinal tb sou!!!". É, pelo menos ela sabe.

E aí, a primeira doidinha criou a minha comunidade: Eu sou fã do Ricardo de MMM! É mole? Estou chocado. Chocado pela homenagem, não imaginava que fossem abrir uma comunidade para falar de mim, e o pior, falarem bem. Olha só a descrição da comuna aí embaixo:

Se você acha as aulas de MMM super interessantes, adora o professor Ricardo e tem vontade de chutar qualquer um que te chame de nerd, essa é a sua comunidade!


Qualquer um pode participar, desde que se comprometa a falar muuuito bem desse professor que dá uma das melhores aulas daquele colégio fedorento ;p.


Confesso que a minha timidez não me deixa saber como lidar com isso, com o elogio. Eu me enrolo todo, fico sem graça... Agradecido, mas... Ah, não sei! Só sei que, depois dessa, sinto-me rox. Merece até ajeitar o sux-o-meter aí do lado. A experiência está sendo interessante, pois eu gosto das turmas: São interessados, esforçados, inteligentes, embora faaaaaaaalem pelos cotovelos, e eu nunca consigo acabar a aula antes do recreio das 16 hs. Claro, não é todo mundo, mas é a maioria. E também eles estão falando da aula, mas daquele jeito que adolescente escreve hoje em dia, trocando e colocando letra, essas coisas. É bizarro.



E quem pediu ponto, eu disse que não sou cirurgião plástico, para dar pontos...

19 agosto 2005

Coisinhas chatas que perturbam o seu dia a dia


  1. Acordar às 6 da manhã.
  2. Engarrafamento na Linha Amarela, e com isso chegar 15 minutos atrasado na sala de aula.
  3. Professor de Álgebra III já está no meio do quadro. Levo mais 2 quadros p/ alcançá-lo. Saldo: 1h30m, 3 quadros e meio cheios, 3 folhas de caderno escritas.
  4. Olho o que ele está dizendo, não lembro de quase nada: Fechos algébricos, polinômios irredutíveis, etc. Tenho que estudar muito mesmo, são + de 150 páginas, as notas dele (de Álgebra I, II e III).
  5. Amigo no trabalho, que cuida da rede comigo, me interrompendo com tom de reprovação... Eu já deveria ter-me acostumado ao jeito dele, mas passados 6 anos, ainda não gosto.
  6. Cobranças mil: Quando teremos Internet nos outros laboratórios? Quando vocês vão reinstalar as máquinas administrativas? Já fecharam o projeto para solicitação de verba à FAPERJ? Quando vocês vão dar treinamento em Linux? Por que o senhor não colocou aquele Linux lá ao invés desse, nas máquinas? Por que não instalaram o Kylix?. Saco.
  7. Em São Gonçalo, nas Faculdades Paraíso, avisam-me que vou ter que abrir uma conta no HSBC para continuar recebendo salário. Ou seja, o quarto banco. Protesto, reclamo, chio... Nada. 4 bancos (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e HSBC), poupanças, cartões... Eu levo uma tarde toda para fazer a contabilização do meu movimento bancário (em cima do GnuCash), agora um pouquinho mais. E lá se vai DOC, para transportar o dinheiro para outra conta, ou CPMF, ou o que for.
  8. Final do dia: 118 km rodados, num dia só. E isso vai virar rotina, toda semana.
  9. Comento com meu pai que penso em por gás no meu carro, e ele dá um chilique, falando que não dá para por gás no meu caro, blahblahblahblahblah... Ele n quer q eu continue c/ Peugeot (ele tá querendo vender o dele), aí fala, fala, fala, fala... Vou verificar se o problema da caixa de ar aplica-se aos 306 fabricados em 1998 em diante.

Não foi um dia que me deixou realmente tenso... Mas foi um dia chato... E longo. E o pior: Nem começou, ainda vai encher a paciência até o fim do ano. Dai-me forças, Senhor...

16 agosto 2005

A volta do senhor volante

Momento de alegria, meu carro está finalmente pronto... Quem acompanha essas mal-traçadas que largo aqui vez por outra, sabe que ele foi pra pintura, e ficou lá de segunda passada (dia 8) até hoje, 16.

O serviço foi um banho de pintura e alguns trabalhos de lanternagem. O banho de pintura foi por que tinha tanto retoque e detalhe que precisava ser feito (arranhão selvagem na porta, mossas de uso, um ponto descascado no teto, etc), que era melhor meter massa de poliéster mas mossas e repintar o carro todo. Os serviços de lanternagem foram nos pára-choques traseiro e dianteiro: um Uno bateu em mim na Ponte Rio-Niterói, não quebrou nada mas mexeu na traseira, e eu arrastei um obstáculo no Nova América. Teve também que desamassar a caixa de ar, na lateral traseira esquerda, que estava (pouco) amassado - mas isso veio com a antiga dona.

Ah, ainda teve a colocação do pára-barro, que ele veio sem, e eu consegui um no ferro-velho, e o friso debaixo do farol direito (o "bigode"), que ele pegou do próprio carro dele e colocou para repor (a peça está em falta).

Meu pai perguntou-me: "Por que você investe nesse carro?". Ele quer que eu o venda logo, mas tem 3 motivos para não fazê-lo ainda:


  1. Gosto do "zé pretinho", não quero me desfazer dele, pelo menos por enquanto. Esse mês fazem 3 anos que estou com ele, quero ficar com ele pelo menos mais um ou dois anos.
  2. Não quero gastar uma grana com troca de carro, se estou querendo comprar um imóvel com o dinheiro que tenho guardado todo mês.
  3. Cuidar bem do meu patrimônio, né?

Bem, vou lá pegar o Darth Vader (o outro apelido dele), depois vou lá encontrar com o meu amigo Cesar, que está no Rio e vai aproveitar para fudebar um pouco. Ou muito.

13 agosto 2005

Filosofações: Identidades secretas

Estava lendo uma história, chamada Superman: Identidade Secreta. A história é sensacional, pois parte de uma premissa quase óbvia: Como seria se realmente existisse um Superman no mundo? Como ele seria? Como seria a vida dele? No universo DC, Gotahm City e Metrópolis são cidades da Costa Leste americana, junto com Nova York e Boston. Lex Luthor foi presidente dos EUA, e a humanidade presenciou a destruição por um meteorito de kryptonita. No nosso mundinho legal, nada disso ocorre - ainda bem.

A história contada por Kurt Busiek fala de um rapaz que chama-se Clark Kent. Nasceu no Kansas, mas em Picketsville, não em Smallville. Quer ser escritor, não jornalista. Não gosta das piadinhas com o nome 'popular'... Só que, um dia, num passeio sozinho ao interior, descobre-se ter os mesmos superpoderes que o Clark dos quadrinhos. Ele tem características que o tornam tão humano como nós: quebrou ossos, lascou dente, tirou sangue, essas coisas. Mas é um meta-humano, como dizem na linguagem dos quadrinhos.

Inicialmente resolve se expor. Arruma uma jornalista, mas depois se arrepende, consegue armar um esquema para tirar o foco de cima dele, por mais que as pessoas achem que o Superman é um fantasma.

E aí vem as preocupações dele, com a sua identidade secreta, e o que o Governo norte-americano vai fazer com ela... Ou com ele. Ele estuda, forma-se, torna-se articulista de uma revista em Nova York, escritor... Conhece uma moça. Lois. Sim, Lois. Mas não é Lane, é Chaudarhari. Ela não é jornalista, é decoradora. Apaixonam-se. Namoram, casam-se, tem duas filhas, gêmeas... A história começa na adolescência e termina na terceira idade desse cidadão comum, Clark. Os prêmios, o reconhecimento como escritor, da sua família... Também fala do envolvimento dele com o governo, os serviços que ele fez, para garantir paz para ele e sua família ('nada de assassinatos, política ou coisa assim'), e toda a sua vida, cada vez mais velho, menos forte, sentidos menos afiados, mais... Mortal.

Simplesmente linda, a história. Aqui, as conseqüências exploradas não são de como o mundo lida com um meta-humano, mas sim como um humano que se descobre um meta-humano lida com isso. Segundo a crítica, uma das melhores histórias sobre o mito do Superman já publicadas. O traço ajuda muito, o desenhista (Stuart Immonen) faz um desenho com uma perfeição, que você acredita que ele é real. Não é detalhista como Alex Ross, e em alguns momentos não acho que ele retrate com fidelidade a idade dos personagens (tem horas que uma das filhas do casal parece mais velha que o próprio casal, ou que o Clark continua com a mesma cara jovem aos 57 anos de idade). Mas no geral, é ótimo. Abaixo vão duas capas:




Fiquei pensando sobre um monte de coisas... O final da minissérie (4 partes) o próprio anciâo Clark, mais uma vez em órbita da Terra, vendo o pôr-do-sol, discute com o leitor sobre identidades secretas, e fala:

Posso ter minha identidade secreta, mas... Todos nós não temos? Existem porções nossas as quais poucas pessoas tem acesso. Temos uma parte que chamamos de 'eu'. Temos uma parte que lida com o mundo. Dele vêm as verdadeiras escolhas, e o resto é mera conseqüência. Minha parte decisiva era apenas... Mais espaçosa.

Lembrei das aulas de Psicologia da Educação I, na licenciatura... Sobre o que somos, o que achamos que somos e os que os outros acham que somos. São 3 pessoas distintas, em uma só. Máscaras, coisas que escondemos, até de nós mesmos.

Como somos complicados, nossa! Mas é para se pensar, as identidades secretas que todos cultivamos. Eu, pelo menos, não salto por aí, voando, nem tenho um anel superpoderoso (Se bem que o Lanterna Verde sempre foi dos meta, quem mais me fascinou), mas... Sim, é caso a se pensar: O que pensam de nós? O que nós achamos que somos? O que realmente somos? Talvez isso ajude numa jornada de autodescoberta. Ou não.

O resto das filosofações ficam para depois. Eu estou aproveitando e promovendo a MDTAF no meu HD (Mãe De Todas As Faxinas), logo vou ter um tempinho para pensar... Se sair algo que presta, depois taco aqui.

12 agosto 2005

É, atingiram a última fronteira

Não diziam que o NetBSD era o sistema operacional mais portável do mundo, que era capaz de rodar em tudo, com exceção da sua torradeira? Pois é, agora também roda em torradeira, clica na própria, aí embaixo...

 


Detalhe, ela TORRA pão, e tem ssh, apache com PHP e outras coisas, ainda um LCD de 4 linhas... Nossa, eu queria uma dessas!



Eu sei, Cesar, eu copiei de você. Mas eu não resisti, foi mais forte que eu!

Frase do dia (antes que me coloquem na lista do mensalão)

O Lula hoje é maior do que o seu Luís Inácio, assim como Xuxa é maior do que a dona Maria das Graças, ou Pelé é maior do que o seu Edison Arantes. Então, que venha o Luís Inácio falar a público, e não o Lula. Porque de marcas, a gente já tá cheio.

E o mar de lama continua...

Hoje fui para a faculdade dirigindo o carro do meu pai, um Peugeot 206. Deixo para comentar as minhas impressões do carro depois (achei o carro esquisito, no geral), e fui hoje ouvindo noticiários. Antes, meu pai tinha dito que a imprensa estava falando muito do depoimento do Duda Mendonça, na CPI dos Correios. Ligo o rádio, e já ouço o prefeito do Rio (e virtual candidato a presidente), César Maia (que não perde a oportunidade de aparecer) já pedindo impeachment do Lula. Todo mundo comentando o depoimento do Duda Mendonça... Mas o que ele falou nesse depoimento, diacho?!

Aguardo e, no jornal ouço que ele falou basicamente aquilo que todo mundo sabe, mas não queria dizer: Que parte da dívida que o PT tinha com ele, devido à campanha eleitoral de 2002 de alguns candidatos (Lula a presidente, Genoíno para governador de SP, Benedita para governadora do RJ, Aloísio Mercadante para deputado federal e mais alguém que esqueci) foi pago com dinheiro vindo do careca mais falado do Brasil na atualidade, o publicitário Marcos Valério. E aí teve de tudo: empresa aberta em paraíso fiscal (Bahamas), dinheiro entregue em pacote, atraso no pagamento...

Confesso que não estou chocado com o depoimento, visto que a sensação que tenho é que não estou vendo nada de novo. Nunca imaginei que o PT fosse um partido lindo, 100% ilibado, impoluto, onde corrupção e ética partidária não se misturam. Pelo contrário, sempre achei que o PT fosse falho como os outros. E não adianta dizer que o PMDB (partido o qual meu pensamento mais se alinha), PSDB, PFL e outros não fizeram das suas. Ah, se fizeram! E não adianta dizer que o PSOL ou o PSTU nunca iriam cometer tais pecados por serem éticos... Poder corrompe. Aliás, o PSTU foi expulso do DCE da UERJ faz alguns anos por má conduta, desvio de verbas, etc.

A situação do PT fica delicada, pois segundo ouvi de uma cientista política, partido que usa financiamento vindo do exterior, do jeito que parece que foi, pode ter o registro cassado. Ou seja, Tarso Genro (que me parece um sujeito sério) está com um problemão nas mãos, junto com o Ricardo Berzoini e outros. Não acredito que a cúpula do PT seja toda desonesta, canalha, safada, que pisa na grama e cospe na rua. Só 99%... Heheh, brincadeira. Nem tanto. Tem gente boa lá, assim como tem gente boa em todos os partidos. Mas eu não queria estar calçando os sapatos de ninguém agora: A imagem do PT foi pro saco, 25 anos de "ética" construída em cima de um discurso repetido até a exaustão, de que o PT era um partido "diferente" não deu certo. Ele é um partido como qualquer outro, e agora é hora de limpeza, faxina, expulsões, degolas e outros bichos.

Particularmente, o que me enerva em partidários petistas é o mesmo motivo que me os flamenguistas e os slack-xiitas me causam repulsa: o fanatismo. Achar que o PT, o Flamengo ou o Slackware são os únicos que prestam, menosprezando os outros, é achar que eles detém a resposta última, a chave da salvação, o caminho pro paraíso. E sinceramente, você pode até torcer e preferir um deles (sem problemas), mas daí achar que é o único que presta... Cresça, por favor.

Quanto ao presidente, ele tem que vir a público e falar do que sabe. Limpar a sua barra. Falar honestamente. Ele não disse que honestidade fo iuma coisa que os pais dele deixaram como herança? Faça-se isso, então. Mas sem discursos escritos por outros, um discurso escrito do próprio punho, falando a verdade. Não adianta ele agir como se estivesse em campanha. Aliás, fazer campanha é o que o presidente sabe fazer de melhor. Foram quatro tentativas para se eleger, e só entrou na última...

Na minha opinião, não acredito no envolvimento do Lula nessa história toda. Ele sempre me soou um idealista, um sonhador, o sujeito que não se envolveria com falcatruas desse tipo. Ele estava mais preocupado em amaciar os ouvidos da população com as promessas que eles queriam ouvir... Do que se sujar nessa lama, que respinga nele, agora mais veementemente. Ele iria falar besteira (como falou inúmeras vezes), fazer coisas que não devia, nomear quem não deveria, etc e tal. Mas compactuar com mesada para políticos da base aliada em troca de apoio... Eu acho que não. Acho que, de qualquer forma ele sai queimado: na melhor das hipóteses, aquele discurso de que ele é um fantoche na mão de outros (como José Dirceu) parece que é verdade. Na pior, é um chute na bunda, e vamos por o Zé Alencar no lugar dele, até o fim de 2006...

Ouvir de gente que apoiou-o (como essa nefasta publicação) agora comparando-o ao Collor, ou repugnantes lembranças da fala da Regina Duarte no programa eleitoral do José Serra (que ela tinha medo do Lula no governo), são dispensáveis. Assim como o discurso "esse seu presidente aí...". Meu não, porque eu não comprei ele na Casa e Vídeo, e estou brincando com ele junto dos meus Transformers e do Solid Snake. Presidente de todos, eleito por maioria, governa todos. Agora é hora de sossegar e examinar tudo, observar, estudar, entender... E orar.

Bem, eu nunca achei que o Lula fosse a solução para os problemas. Mas sinto-me penalizado ver o nome de políticos que (aparentemente) não tinham a ver com o conluio sendo envolvidos. O Mercadante quase chorou no plenário, e pareciam lágrimas sinceras. Uma deputada federal passou mal. Não consigo acreditar que eles estejam só fazendo figuração, a angústia é algo difícil de simular.

Imagino que, hoje, o Alexandre Souza deve estar tendo um infarto do miocárdio. Quem leu os últimos posts do blog do Tabajara notaram que ele simplesmente está revoltado com a situação. Ele e nós todos, mas a impressão que tenho, ao menos pela escrita, é que ele adoraria ter uma arma e fazer justiça com as próprias mãos. Justificável, o pensamento dele. Mas exagerado em alguns aspectos. Não é hora de querer aparecer com impeachment, ou deputados que aproveitam os depoimentos para fazerem perguntas descabidas, querendo aumentar a sua exposição da TV Senado... Acho que é preciso ter cabeça fria nesse momento. Analisar o que foi dito, ver os documentos, entender, questionar, pensar... Mas, agora, mais do que nunca, é momento de orar pelo Brasil. Como cristão, é momento de orar, porque só Deus para dar um jeito nisso. E, por mais que seja um chavão de outro pré-candidato à Presidência da República em 2006, é hora de orar pelo Brasil sim.



PS: Esse último político que eu comentei... Eu estou até espantado. Ele não abriu a boca ainda para espinafrar ninguém. Espero que tenha aprendido um pouco de temperança.

09 agosto 2005

Viação canela

Por uma semana, voltei ao modo andarilho de vida. Explico: Como essa semana eu tenho menos atividades em horários escusos (entenda-se: de noite), era a hora de mandar o meu bravo carrinho para os retoques. E, passados 107 mil km rodados (sendo 55 mil na minha mão), tem é coisa para arrumar: Além de um arranhão assassino na porta traseira direita, tem várias mossas de uso, uns arranhões bestas aqui e ali, fora a caixa de ar amassada (pouca coisa), o pára-choque traseiro que é preciso dar uma arrumadinha...

Em resumo: 1 semana para um banho de pintura (perolizada) e lanternagem para resolver todos os problemas. É o jeito, né? Deixei o carro ontem na oficina e estou a pé novamente, espero que até sábado (no mais tardar até segunda-feira que vem).

Pior é que um monte de coisas ocorrem justamente quando você está sem carro. Logo, hoje fui cedo ao campus da Praia Vermelha para dar entrada num processo. Amanhã tenho que ir na concessionária Peugeot para comprar o acabamento de debaixo do farol, quinta vou fazer um esquema doido com meu pai para irmos para São Gonçalo (ele precisa do carro dele o dia todo)... Murphy ataca, como diria meu amigo Márcio Lima...

Então, estou aqui e dependendo de uma carona de um amigo, para ir mais rápido para casa. Como essa semana é coalhada de percepções que eu deixei de ter por andar mais de carro, vou depois largar uns comentários curiosos...

Aliás, alguns já notados:


  1. Hoje desci no Humaitá e caminhei até a Urca, pouco mais de 30 minutos... Nossa, já tinha esquecido que o Rio tem muitas mulheres bonitas. Tá, eu não sou cegueta, é que eu reparei mais isso hoje, caminhando... Nas ruas elas estão mais ao alcance dos olhos.
  2. Notei uma pichação num muro, parecidas com aquelas do Movimento Revolucionário 8 de Outubro, dizendo: Seja vegetariano! E a máquina ficou em casa.
  3. The Clash é ótimo, e London Calling é uma música incansável para os meus ouvidos.
  4. Ontem saí do trabalho às 17:55 e cheguei em casa às 18:40. Minha mãe sugeriu vender o carro, já que agora, sem carro, eu cheguei mais cedo em casa...

Depois conto mais.

08 agosto 2005

Frase do dia

Defender a Microsoft, o Governo Lula ou a Rede Globo, hoje em dia é tudo a mesma coisa: Há quem goste, mas não vale a pena tentar.

Logo, imagino que defender a Microsoft, depois de coisas como eu contei no post passado, é como ter dólar escondido na cueca: Não tem defesa.

Tenho ou não motivos para repudiar a Microsoft?

Se tem uma coisa que eu não consigo entender, é a Microsoft. Sinceramente, eles tem faca e queijo na mão, fazem o carro e a gasolina, e nem assim o que tem de engasgo... Vou explicar o motivo:

Lá na escola, fizemos a imagem de instalação com o Windows 2000, ou W2K, para quem gosta. E ele é um produto da Microsoft, certo? Feito, instalado, alguns problemas, que impedem o funcionamento de certos programas, começam a ocorrer. Nós testamos, mexemos, e suamos para descobrir como resolver. Mas resolvemos.

Quais foram os tipos de problemas? Em uma ferramenta de desenvolvimento, tivemos que autorizar a gravação (mas não a remoção) de 3 séries de arquivos, instalados em diretórios diferentes, incluindo o diretório C:\WINNT\System32, o diretório onde ficam as DLLs do Windows. Ou seja, essa ferramenta altera arquivos dentro do diretório do sistema operacional, fora coisas dentro do seu próprio diretório, e em mais outro, dentro de C:\Arquivos de Programas.

Outro problema que tivemos foi com um processador de texto, que se recusava a abrir a ferramenta de geração de organogramas, de tudo que é maneira. Tive que mexer no Registro do Windows para ela funcionar. No terceiro, um software para confecção de sites, tive que alterar 4 ou 5 entradas no Registro, para funcionar também. No último, a planilha eletrônica, instalamos ela, mas, quando executamos, ela pede o CD-ROM de instalação. Coisa chata, não funciona, é preciso logar como administrador e executar o dito cujo, para ele achar o CD e resolver a pendenga.

Agora, sabe o que é o pior? Abaixo vai a lista desses programas, os top 4 em dores de cabeça:


  1. Microsoft Visual Basic 6.0
  2. Microsoft Word 2000
  3. Allaire Homesite 4.0
  4. Microsoft Excel 2000

Ou seja, dos 4, 3 são produtos Microsoft! Os produtos dessa empresa não funcionam bem nem com eles mesmos, credo! Eu estava explicando para uma microserva hoje que quando eu instalei o Fedora 4 para Athlon 64, eu simplesmente queimei a partição principal e instalei. Depois recriei meu usuário e iniciei o GNOME. Toda a configuração pessoal foi carregada, mas houveram alguns probleminhas, como applets que não tinham sido instalados, coisas assim. Mas coisa pequena. E logo depois expliquei esse problema que eu tive, e só localizei tais arquivos usando uma ferramenta externa (que mostra arquivos abertos por cada processo), para depois autorizar a gravação, mas não a remoção deles.

Ou seja, dá para entender isso? Quando eu critico o Windows, tem quem fale mal de mim. Mas agora, eu preciso editar o Registro do Windows, para garantir que o Word funcione plenamente no Windows? Sinceramente, não tem o menor cabimento.

07 agosto 2005

Filosofações: Paixões, e o que elas despertam

Numa conversa hoje com uma amiga, começamos a falar de frivolidades, desde a convenção de Guerra nas Estrelas em que eu fui, até minhas preferências de ficção científica. Prefiro Jornada nas Estrelas. Mais denso, mais profundo, mais questionador... Mais filosófico. Ela está começando o curso do CEDERJ, de Biologia.

O CEDERJ é um consórcio de universidades públicas do Rio de Janeiro para prover ensino à distância, de uma forma semi-presencial. E ela comenta comigo que no curso há a disciplina de Introdução à Informática, uma apostila com 15 capítulos, onde o segundo fala sobre... Linux.

Confesso que tenho medo quando topo com explanações sobre software livre. Há muita enrolação, de gente que não entende nada, que confunde software livre com código aberto e tudo isso com gratuidade do produto. Muitos acham que o maior valor agregado ao software livre é ser gratuito (deixa eu citar o Linus: "Free as in free speech, not as in free beer"), e falam um monte de besteiras, como que Bill Gates criou a Internet (ouvi isso da irmã dela, que não é profissional de informática, mas coitada, ensinaram errado a ela).

E aí venho falar sobre uma questão importante... A falta de paixão de muitos. Ela questionou um pouco asperamente, por que eu estou tão preocupado com a questão do Linux, se isso afeta a minha vida. Ou melhor, usando a própria frase dela: Medo pq? até onde isso vai te atingir? Expliquei meus motivos, que estão no parágrafo acima. E , "Entenda que, como militante da causa do software livre, isso me atinge quando deforma o conceito e destrói a filosofia." (frase minha).

Quem não é da área, acha que isso é papo de quem não tem o que fazer. Mas continuei, só porque ela é psicóloga, tem que ter bons ouvidos (e ela fez 2o grau técnico em informática). Puxei uma comparação com a minha militância pela minha fé, como cristão protestante. Por mais que ela não tenha entendido a idéia, lembrei que é muito fácil ser cristão hoje em dia, e ao mesmo tempo tentar ser cristão, mais próximo do que Cristo falou, é e sempre foi difícil. Cristianismo não é algo que se alcance facilmente.

Para quem não é da área, comparar fé cristã com software livre é algo complicado. De alguma forma tem semelhanças, e uma delas é a paixão que despertam. Acho que uma coisa (das muitas) que faltam às pessoas é algo que as apaixone, uma causa que as impulsione, que as façam caminhar em frente. Acho a vida de alguns muito pobre, se resumida a viver, ter um bom emprego, bela família, propriedades... Lembrei na hora desse post aqui e aqui, do blog do Spy, falando dos caras que estudaram com ele na escola.

E isso que impulsiona pode ser ação social, software livre, fé militante ou Guerra nas Estrelas. De alguma forma canalizada também para a produção de algo que seja bom para a sociedade, para que, de alguma forma mude a aparência do mal que há em nossa sociedade. Do lado do colégio onde foi a Jedicon, existe um grande supermercado dessa rede aqui, fechado, abandonado. O motivo? Uma favela em frente, acho que é o Morro do Turano. Tiveram tantos problemas com furtos, roubos e assaltos que a rede preferiu abandonar a loja. Sai prejudicada a comunidade em si, como um todo. Será que não falta alguma coisa aí?

Exemplos? Eventos de animação japonesa que coletam alimentos para serem doados; militâncias políticas que se envolvem com problemas da comunidade, desinteressadas; grupos de software livre que dão treinamento gratuito em comunidades que mal tem dinheiro para comprar pão, quanto mais sistema operacional para o computador velho que existe na Associação de Moradores. Olha, as possibilidades são imensas. O LinuxFund é um excelente exemplo. Outro é o trabalho dos TeleCentros, que eu me confesso um profundo admirador.

Mas lembrei, 'sem bitolação'. Conheci um sujeito bem articulado politicamente, pessoa séria, envolvida com movimentos evangélicos de esquerda, etc... E que me desculpe o querido irmãozinho, mas quando abre a boca... Como ele é chato. Parece que a vida gira em torno disso, SÓ. Eu sou cristão protestante, todos sabem disso. Mas eu falo sobre um monte de coisas, inclusive sobre a minha fé (aliás, acho que falo pouco dela, deveria falar mais). Mas tenho uma vida, junto das questões da existência humana, e a resposta que encontrei em Cristo (não na religião), fazem parte junto com meu gosto musical esquisito e minha paixão por aviões militares (mas Deus nos livre das guerras).

Outra coisa que eu não tenho paciência é com pretensos teóricos de ação social. Eu tenho 2 conhecidos (rebaixei eles da categoria de amigos) que são excelentes teóricos de ação social: planejam, articulam, pensam, discutem e não fazem nada. São excelentes críticos, mas 'meter a mão na massa', que é bom, nada. Um deles disse que a 'minha missão é essa, de fomento, de não criar raízes...'. Ridículo! Justificativa para a bagunça?! Cadê o comprometimento com uma comunidade necessidada, igreja local, que se envolvem, comprometem, submetem (e como tem crente rebelde hoje em dia, diacho!)... Falam, discutem, teorizam... Mas 'na prática, a teoria é outra'. São teóricos de cadeira, chefes "Touros-sentados", que se colocaram numa posição e só ficam lá. Eu não aguento isso, em ramo algum do conhecimento humano.

A esse ponto, essa minha amiga já estava dizendo que não tinha paciência com gente que milita por causas não-cristãs e não-sociais. "Explicitamente sociais, você quer dizer", falei. E aí eu penso que mesmo como cristão, devemos manifestar-se contra as injustiças da sociedade. Mas também devemos ter prazer naquilo que fazemos. "Tem que gerar serotonina", ouvi certa vez.

Há uns 4 anos atrás, sentei num meio-fio e bati papo por 1 hora com um mendigo. Conversei com ele, perguntei da família dele, o que ele fazia, se ele gostava daquela vida... Falei que Deus ama ele assim como me amava, que ele podia procurar algo melhor para ele, tentei procurar uma casa de recuperação pelo telefone para ele... O homem só não me abraçou depois porque estava sem jeito, era 11 da noite no centro do Rio, no meio de um feriado e eu esperando um ônibus. Aquilo me fez um bem, me deu uma alegria tão grande... Eu, que estava mal naquele dia, voltei para casa dando pulos dentro do ônibus, de alegria. Não tem jeito, tem que ser de forma que a gente faça e goste. Tem que haver paixão, tem que gostar realmente daquilo.

E eu adoro mexer com meus MSX, ver um filme de ficção científica, ouvir rock progressivo... Faz parte da multifacetada vida que eu levo. Mas como disse, que não me venham criticar por fazer isso. A vida é minha e eu uso ela como quiser. É bom, eu gosto. Mas ela não se resume a isso. Nem à ação social com a qual eu me envolvo. Nem à missão cristã que eu abracei há muitos anos (13 até aqui). Pelo contrário, são faces do mesmo prisma (eu ouvi Dark Side Of The Moon?). Acho que devemos militar nas causas que afetam a sociedade. Como cristãos, devemos falar e gritar contra mensalões, propinas e corrupção. E também a favor de Cristo. É fácil dissociar os lados, mas o ser humano é um só. E não dá para separá-lo.

Claro que falei para ela nem 20% do que está aqui, mas encerrei citando os Telecentros para ela, como um exemplo de que software livre também é uma questão social. Mas aí, estava tarde e ela foi dormir. Quase 1 hora depois, vou eu. Não antes de escrever e postar esse testamento aqui. Agora, é minha hora. Até mais, chega de filosofações por hoje.

Filosofações: Tentações... E tentações

Existem certas promessas que são difíceis de serem cumpridas. Como ir na cozinha, e não pegar uma faca e cortar uma fatia fina, quase plana, bidimensional, daquele merengue de morango que minha mãe fez e está na geladeira... Ela me pediu isso, por antecipação. Well, tudo bem, vou resistir.

Sem sombra de dúvida, um doce tão gostoso é uma tentação. E por vezes é difícil não quebrar a promessa: Não vai mais ser desse jeito, Eu vou mudar daqui por diante, Podemos fazer isso de forma diferente... E por aí vai. Como é difícil, para mim, resistir a uma fatia de queijo.

Não sei se já contei, mas adoro queijo. Prato, mussarela, queijo minas, catupiri, seja lá qual for, é uma tentação para mim. Conheço gente que não gosta de queijo... O que é algo inconcebível para um queijólatra assumido. É uma tentação que eu não resisto facilmente, nem tento lutar contra.

Tentações... E uma que vem num momento como esse, a tentação de não estar mais roubando o queijo da geladeira comprada pelos meus pais, mas sim tirar uma fatia do queijo que eu comprei, de dentro de uma geladeira minha, debaixo do meu teto... Em resumo, montando a minha vida. E vocês vão me perguntar: Ué, por que tentação? O que me impede de fazer isso?

Bem, nada e tudo. O maior empecilho sou eu mesmo. Não tenho motivos para roubar queijo em outras geladeiras por enquanto. Meu relacionamento com meus pais é ótimo, me dou muito bem com eles. E por isso não acho justo sair para trilhar outros rumos sem um bom motivo.

Um bom motivo eu diria que seria a junção de duas escovas de dente dentro de um mesmo armário. Mas como acho que a minha meta, de resolver essa faceta da minha vida até o fim de 2006 parece distante de ser concluída. Não considero um bom motivo sair de casa "para conquistar liberdade", coisa que é relativa. Não me sinto preso, nem tolhido. Tem vários fatores envolvidos aí. Mas ao mesmo tempo... A vida caminha em frente.

Meu irmão fala que eu devo aproveitar a comida da mãe e a roupa lavada por ela. É... Talvez. Não sei se devo. Confesso a todos vocês que se deram ao trabalho de ler esse treco mal-escrito aqui, que vivo uma encruzilhada. Uma não, algumas delas. Algumas englobam amigas. Outras englobam futuro de vida. Outras... Pensar e repensar locais e posições, atribuições e vontades... Olhar para os lados, conversar com quem vale a pena, amigos (sinto muita falta de um deles, que sempre teve uma opinião sensata e calma - mas ele disse que pensa em voltar para o Rio, viva!), pessoas que vão tratar dos seus questionamentos de forma amigável.

Nessas horas é que as coisas são confusas. Muitos dos meus planos se realizaram ao longo do tempo. Alguns atrasados, outros no prazo. Teve um ou outro até adiantado. Muitos outros não. A dificuldade é aceitar a vontade dAquele em que eu acredito, e tentando deixar esses planos nas Suas mãos, para que ele os jogue fora se for preciso, e reorganize tudo. Como eu li num livro que estou lendo (algumas citações):


Muitas vezes, Deus vai te levar para lugares onde você não vai querer ir.

Ninguém quer ser abandonado.

Não queremos um salvador que desça à nossa humanidade. Queremos um salvador que nos resgate de todos os julgamentos que enfrentamos.

Mas, quando eles [os cristãos] procuram reconhecer quando o Salvador aparece, percebem que sua missão não é mudar o mundo. Sua missão é ensinar o mundo a ver a graça de Deus.


Quando Deus Abandona


M. Craig Barnes


Tem sido tempo em que eu tenho tido vontade de procurar algumas pessoas que fizeram parte do meu passado, para tentar compreender algumas coisas que passaram, agora, anos depois. Algumas ex-namoradas estão incluídas na lista.



Dois postifácios:


  1. Tem família, que critica veladamente a sua solteirice, ou a sua inabilidade em resolver se casa ou não casa, achando que ser bem-sucedido é ser casado. Não importa se o casamento é um lixo, se os filhos desse enlace estão mal-cuidados, se as dívidas se avolumam mais do que a trouxa de roupa suja que insiste em crescer...
  2. É, certas horas que o modelo de sociedade estadunidense favorece isso: Vais cursar faculdade longe de casa, faz a sua vida longe de casa, construindo a sua nova casa. Eles são um povo migrante. No Brasil, isso é bem menos. Mas isso facilitaria a resolução de muitas situações constrangedoras.



Mas, enquanto isso... Vou roubando o queijo daonde moro. Pelo menos ainda posso isso. O merengue de morango não, melhor respeitar. Manda quem pode, obedece quem tem juízo

06 agosto 2005

Droga

Gravei ontem um CD-ROM de MP3 com músicas do Pearl Jam, Nirvana e Ramones, num total de uns 15 discos... Sò que o programa fez alguma gracinha, e os CDs estão limpos, sem nada. E eu já tinha apagado tudo do HD. Ou seja, lá vou eu catar tudo de novo. Saco.

02 agosto 2005

Música incidental da semana

Esses dias eu sentei e resolvi assistir o filme Pink Floyd: Live at Pompeii. Eu comprei em DVD faz um tempão, mas não tinha assistido ainda. O trabalho do diretor Adrian Maben é muito interessante, misturando cenas da gravação no anfiteatro de Pompéia, apresentações ao vivo de 7 músicas (sendo 4 gravadas em Pompéia e 3 em Paris), com direito a um gongo e um cachorro uivando numa das faixas... Além de muitas cenas de estúdio (gravação do Dark Side of the Moon, o Floyd lanchando na cantina dos estúdios da EMI, em Abbey Road, entrevistas, Roger Waters fazendo anéis de fumaça com a boca), etc.

Mas duas músicas eu queria destacar, uma da fase psicodélica do PF, e outra da fase progressiva. A primeira é uma que eu gosto muito, que é "Set The Controls For The Heart Of The Sun", do disco "A Saucerful of Secrets" (o segundo), que é sombria, um pouco soturna, mas tem um quê de mágica, com aquele toque ritmado, suave, acústico, quase exótico...

A música que tem ecoado na minha cabeça ultimamente mesmo é "One of these Days", do disco "Meedle" (se lembro bem, sexto disco oficial da banda), principalmente depois do DVD. Ela é toda instrumental, não tem letra, e ela na verdade pertence ao baterista, Nick Mason. No DVD são 3 câmeras filmando ele (frente, cima e lado esquerdo), que dá um show tocando bateria. Ali, a guitarra, baixo e teclado são acompanhantes, e a bateria é o espetáculo principal. O homem toca, perde a baqueta no meio, pega outra, espanca a bateria, num ritmo bem marcado, e tira cada som... Eu adorei a versão do DVD, ela é a melhor, a do disco é boa mas não é tão boa assim. E com isso, não sai da minha cabeça ultimamente. Acho que até semana que vem ela continua, heheh...


Banda no "centro" do palco de Pompéia




PS: E eu que achava o Roger Waters feio... Ele era BEM PIOR há 30 anos atrás!