30 julho 2007

Filosofações inúteis sobre um monte de coisas

Alguns comentários breves sobre os últimos acontecimentos:


  • Estão reclamando do assessor do Governo, o Marco Aurélio Garcia, de ter feito aquele gesto lamentável, mas que todo mundo já fez em algum momento da vida. Não sejamos hipócritas, ele extravasou um sentimento. Tá, de uma maneira nem tanto apropriada, mas extravasou. Eu ouço pessoas dizendo que "é um absurdo, que ele tinha que ser demitido, etc e tal". Engraçado, eu queria ver essa celeuma toda da imprensa em outros eventos lamentáveis, como quando o FHC disse que os aposentados são vagabundos, e disse que professores são as pessoas mal-sucedidas na vida profissional, e viraram professores. Além do mais, o sujeito foi filmado DENTRO do seu escritório, e colocaram uma câmera filmando a janela dele. Na minha terra, isso configura invasão de privacidade. Eu, dentro da sala da rede, já presenciei gestos e palavreado muito pior, mas estou dentro da sala da rede, meu local de trabalho, e ninguém tem que ficar filmando a janela.
  • Agora, a Veja diz que na caixa preta fala que a falha foi humana, que o piloto operou os manetes de forma errada, etc e tal. Eu disse no meu primeiro post, de que eu suspeitava disso. Vamos ver, é capaz de eu ter acertado. Infelizmente.
  • Se a vaia no Pan para o Lula (independente da pessoa, foi desrespeito com quem ele representa) foi da população do Rio, porque não entrevistaram alguém do povo a respeito? Só conversaram com políticos?
  • Construir um 4o aeroporto em SP é estupidez, vai levar 5 a 10 anos e não vai resolver. Continua centralizando o tráfego. Dividam as escalas e conexões com Cumbica, Viracopos, Galeão, Confins, Afonso Pena e tantos outros aeroportos espalhados pelo Brasil. E concordo com o que disse o Cesar Maia: Descentralizem o tráfego aéreo de São Paulo. Afinal, o Brasil é bem maior do que aquele estado (apesar de alguns acharem o contrário, incluindo as empresas aéreas).
  • Aliás, se o Serra quer um metrô-trem até Cumbica, porque ele não faz? Aproveita e contrata as empreiteiras da Linha 4, já que elas não sofreram nenhuma punição, "premiem-nas"...
  • Fim do Pan, vamos ver como fica o Rio... Já disseram que 75% do que foi investido em segurança continua aqui. Assim espero, hoje ainda haviam carros da Polícia (os novos) espalhados por aí.
  • Cuba voltou antes do fim do Pan, né? Mas disseram que não era para haver deserções, que eles não temem isso. Well, não quebraram o recorde de Winnipeg, quando houveram 13 deserções. Mas como disse meu pai: "Qual time de vôlei no Brasil não iria querer ter jogadores da seleção de Cuba no seu time? Vai um para um time, dois para o outro...".
  • Agora, triste ver os cubanos vendendo os uniformes que ganharam de outros jogadores, para levar dinheiro para a sua terra. Anos atrás, ouvi de um cristão a recomendação: "Se fores a Cuba, leve sabonetes, pasta de dente, escovas, tudo isso para doar ao povo cubano. Eles precisam de tudo". E será que Cuba sobrevive à morte do Fidel? Raul Castro não tem tanto poder assim, nem carisma. Eu acho que Cuba abandona o comunismo, do jeito que é, e começa uma abertura na direção para aonde está a China, logo depois da morte do Fidel Castro.
  • Falando em "crise aérea", em queda do avião da TAM, aqui o relato de como a minha igreja ajudou naquela lamentável tragédia. Dá alegria saber que tem gente fazendo diferença, mesmo em momentos tão tristes e sofridos.
  • Não vi o encerramento do Pan, mas a homenagem, com alguns dos bombeiros que agiram no acidente da TAM carregando a bandeira do país... Bacana. O Thiago Pereira levando a bandeira, o chefe da ODEPA dizendo que os Jogos foram excelentes (e realmente foram)... Muito bom. Será que sediaríamos a Olimpíada de 2016? Não sei, é preciso ainda melhorar mais. Mas já foi muito bom.
  • A lama na entrsda da Vila Pan-Americana, a loja de conveniência do posto em frente à Vila vendendo cerveja, o excesso de cambistas, arquibancadas 1/2 vazias, a quadra mal-feita do beisebol, a falta de lanche aos voluntários, obras mais caras do que deveriam custar... Tudo isso contribuiu para atrapalhar, mas não denegrir a imagem dos Jogos.
  • Mas eu gostei das vaias para os jogadores de Cuba, a galhofa brasileira que faz "ola" até com valsa, o público fantasiado na arquibancada, as 54 medalhas de ouro. Muito bom. Viva o Pan do Rio, viva o povo brasileiro ("Pan do Brasil" é coisa da Globo, e não do Governo Federal).
  • Antes que eu me esqueça, temos vários outdoors por aqui falando do que a Prefeitura construiu para o Pan. Sò "esqueceram" de dizer que mais da metade do dinheiro usado é do Governo Federal... Ei, Gusmão, como é, você que gosta de ser uma pedra no sapato do Cesar Maia, por que não aproveitar?
  • E vaiamos mesmo. Discordo da vaia ao presidente. Não pelo Lula, mas por quem ele representa. Se fosse Collor, Figueiredo ou FHC, eu desaprovaria do mesmo jeito. Mas vaiar os adversários... O que é que tem? Vaiar cubanos que caíram fora, vaiar estadunidenses por causa do seu estúpido presidente, "vaiar até minuto de silêncio" (como diria Nelson Rodrigues)... Não vejo motivo para me sentir diminuído. O Claudinei Quirino disse que isso "deixa (ele) profundamente chateado e envergonhado.". Mas já ouvi que atletas brasileiros foram competir no exterior, e debaixo de vaias participaram da competição. Tanta gente melindrada...
  • Ficar em 3o no quadro de medalhas é ótimo, quase tirar o 2o lugar de Cuba é melhor ainda. Mas por a Argentina lá para trás... É melhor ainda. Mesmo que eles queiram brigar por causa do handebol, e façam muxuxo. Sorry pals, a rivalidade acabou, vocês viraram fregueses.

Essa moleza vai acabar, e os posts vão voltar a rarear...

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28 julho 2007

Mais algumas do Pan

Pan chegando ao fim, e venho eu com mais comentários a respeito:


  • Queimei a língua: O Brasil arrasou nos esportes individuais. A natação vai acabar como a grande vitoriosa do Pan, trazendo um monte de medalhas de ouro, prata e bronze. Mas seria injustiça não lembrar do judô (que pegou 13 medalhas, em TODAS as categorias, masculinas e femininas), da heróica medalha de prata da canoagem com duas pessoas (um dos competidores era, até há pouco tempo atrás vendedor de coco na praia), do boxe e de tantas outras categorias.
  • Aliás, está provado que um patrocínio ajuda muito. A natação é patrocinada pelos Correios, e alguns atletas tem patrocínios individuais (como o Kaio Márcio, que tem patrocínio da Oi. O judô tem patrocínio também (Scania e Infraero), assim como outros esportes. Ajuda um pouquinho, e a turma já sobressai. Muito bom.
  • Não, não consegui ir ver nada do Pan, pelo menos até agora. Infelizmente. Até pensei em ir ver, mas como teria que correr atrás de ingressos em bilheteria, desanimei. Muito risco de chegar e não encontrar nada.
  • E o handebol? Ouro no masculino e no feminino. As meninas são tricampeãs (mesmo com Cuba tentando provocar), e os rapazes, bicampeões. Aliás, vale ressaltar a irritação do argentinos, que partiram para cima, e não aguentaram ouvir a torcida gritar "Vice-campeão" nos ouvidos...
  • Aliás, temos ainda alguma rivalidade com a Argentina? Porque ganhamos na Copa América (de novo), no handebol masculino e em tantas outras modalidades... Acho que no futebol, agora nossa rivalidade é com o México... Porque eles já viraram fregueses.
  • E a torcida? Nossa, tem gente criticando, tem gente adorando. Mas o fato é que a torcida brasileira está gritando e enchendo os ouvidos dos adversários, perturbando um bocado. Tem gente criticando essa atitude da torcida. Tem gente adorando. Eu acho muito engraçado, já que brasileiro faz "ola" até com valsa... Na torcida, tem gente que se colocou como "animador", e um tinha inclusive os cartazes já preparados para pedir ao povo a sua atenção e o seu gesto. Cada figura mais engraçada do que a outra.
  • E vocês viram essa da seleção brasileira de handebol?


    Até o jornal O Globo colocou na primeira página do Caderno de Esportes: Seleção Brasileira de handebol festeja o título com a "dança do siri". O pessoal do Pânico deve ter se sentido homenageado.

  • A contagem de cubanos fugitivos aumentou para 4. Agora, além do jogador de handebol, fugiram 2 boxeadores e o técnico da seleção cubana de ginástica artística. Até o Fidel se manifestou, escrevendo uma carta, manifestando-se a respeito. Para variar, jogando a culpa nos EUA.
  • Ah, esqueci, o softbol é jogado só por mulheres. Essa é outra diferença entre o beisebol e o softbol.
  • Atletismo trouxe menos medalha que eu imaginava que iria trazer.
  • O Brasil trouxe medalhas onde eu nem imaginava que pudesse trazer... Como ciclismo.
  • Hóquei sobre a grama... Tomamos na cabeça por causa da Argentina. E daí? Ganhamos deles em tantas outras coisas...
  • EUA fora da final do basquete masculino? Péra aí, eles trouxeram quem para jogar, o time de pelada do Harlem? Não, não foram os Globetrotters.
  • Futebol feminino deu uma lavada,não tomou nenhum gol. A CBF disse que investiu R$ 1,5 milhão nesse time, e que vai organizar um campeonato brasileiro se tiver um time. Disse a Ana Paula de Oliveira (a bandeirinha que errou contra o Botafogo e foi capa da Playboy), que em São Paulo tem 8 times. É... Resta saber se querem televisionar.
  • O futebol masculino, em compensação... A seleção principal estava na Copa América. A seleção sub-20, no Mundial. Mandaram a sub-17, que tomou um piau do... Equador. Pelo menos o Equador foi quem levou a medalha de ouro, menos mal para nós. Só me respondam apenas porque não colocaram alguns da seleção adulta (até 3)?
  • Alguns atletas com nomes curiosos...

    1. Jorge Torres? Norte-americano. E a gente pensa que é brasileiro.
    2. James Dean? Brasileiro. Boxeador. O pai era fissurado no ator.
    3. Lisa Wang? Norte-americana. Ginástica rítmica.
    4. Maureen Haggi? Brasileira, e todo mundo conhece. O pai era fissurado nos Beatles, e quando nasceu a filha, colocou o nome da esposa de um dos Fab 4. Menos mal.

  • A seleção de tiro esportivo é que é miscigenada: Tem cearense, pernambucana, carioca, paulista, gaúcha, e o técnico é ucraniano. Pior, ele aprendeu português em Portugal. Creeedo. Não fui assistir nenhuma prova... O jeito é ver no site da confederação (deve ter) para ver quando e onde haverão mais provas.
  • Quando o Thiago Pereira começou a ganhar tudo na natação, eu vi e fiquei empolgado. Foi engraçado que no posto do DETRAN, tudo parou para ver a 1a final em que ele ganhou medalha. Mas depois que falaram que ele era de Volta Redonda (RJ), lembrei dele. O Thiago ficou em quinto lugar na final dos 100m borboleta na Olimpíada de Atenas, em 2004. E ele tinha 17 anos. Somente. O garoto é bom mesmo, e me pareceu bem concentrado e calmo: "Calma gente, uma prova de cada vez", quando perguntado sobre quantos ouros ele iria pegar.
  • Esse é o nosso melhor Pan-Americano, de todos os tempos. Chegamos a ultrapassar Cuba e ficar em 2o no quadro de medalhas, mas agora estamos umas 5 atrás deles. Bem, só de ter feito o que fez, o Brasil mostra que está em evolução no esporte. O Pan só não foi mais hegemônico por causa da lamentável tragédia do avião da TAM, e muita gente querendo ganhar pontos políticos com isso.
  • Espero que conservem bem as instalações. A Prefeitura está fazendo muita propaganda, dizendo que ela fez e aconteceu (embora metade do dinheiro veio do Governo Federal), só espero que conservem tudo. Afinal, custou um pedaço do Autódromo de Jacarepaguá e muuuuuito dinheiro, tudo o que foi investido. Mais do que deveria, mas deixa para depois.
  • Pelo visto, tudo deu bem mais para certo, aqui no Rio. Tirando alguns congestionamentos, a lama na entrada da Vila Pan-Americana, os atletas indo beber cerveja no posto Texaco em frente, e um ou outro detalhe... O Pan ocorreu na mais perfeita paz. Pelo que disseram, no mês passado o índice de homicídios caiu 40%, e o de roubos, 20%. Dos mais de R$ 500 milhões investidos em segurança, pelo menos R$ 400 milhões continuam por aqui. A Força Nacional de Segurança fica até quando o governo estadual quiser. Muito do que foi aprendido e colocado em prática, será mantido a partir de segunda, dia 30. Assim espero.
  • E o sentimento de pobre coitado continua aqui do lado. Agora disseram que baixaram a nota de uma competidora (brasileira) de ginástica rítmica porque ela é negra, e vem do Brasil. Ah, faça-me o favor 2...

E amanhã tem o encerramento. Vamos ver o que a Rosa Magalhães apronta, já que a abertura foi linda. Espero que o fechamento também seja.

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27 julho 2007

... e chegou a censura

Hoje vou numa das instituições onde trabalho, para arrumar diários. Diga-se de passagem, tarefa assaz incômoda, visto que o sistema informatizado acumula todos os dados das turmas... E no final somos obrigados a lançar tudo novamente, em papel, à mão, no diário. De novo. É um trabalho hercúleo e ao meu ver, tolo. Por quê não gerar uma folha final da turma toda, e o professor assina, apenas? Mas eu gastei uma hora do meu longo e trabalhoso dia refazendo diários, corrigindo lançamentos do tipo "Não houve aula" para "Recesso", apenas... Sim, isso é muito chato, principalmente porque eu trabalhei em outras instituições, também fiscalizadas pelo mesmo Ministério da Educação, e não via essa preocupação tão zelosa com diários... Bem, o problema é o gasto de combustível e o tempo perdido. Mas esse ainda não é o assunto do post.

O assunto é que eu fui censurado. Sim, censurado. Pessoas da direção da instituição acharam esse meu blog, que vocês conhecem, leram alguns posts (para ser exato, alguns posts em que falei sobre a instituição), e expressei a minha opinião. As mesmas pessoas vieram a falar com o coordenador para que eu editasse os posts, para não difamar a instituição. Ou algo assim. Ou seja, fui censurado no meu direito de manifestar a minha opinião.

Sei do poder dos blogs. Afinal, o Engadget foi enganado por um post falso vindo da Apple, publicou e as ações da empresa causaram um total de desvalorização de US$4 Bilhões. Isso é uma amostra do poder dos blogs hoje em dia. Embora o meu blog não consiga nem chegar a 200 leitores diários, e eu duvido que algo que eu fale aqui tenha algum efeito sobre algo além do meu dia. E lembro do caso do funcionário que foi demitido por postar no blog sobre a empresa onde ele trabalhava. Patinada feia, a dessa funcionária. Tenho amigos que evitam ao máximo falar de trabalho nos seus respectivos blogs, por diversos motivos. No meu caso, eu falo porque:


  • Envolve mais o meu dia do que a leitura de feeds RSS, audição de podcasts, leitura de emails, etc.
  • Sempre rende uma história curiosa/engraçada/bacana/interessante/tudo junto ou nenhuma das respostas anteriores.
  • Sinto-me no direito de extravasar os sentimentos de raiva, ira, angústia (ou qualquer outra que o valha) que o meu trabalho me gera.
  • Sempre achei que não havia a necessidade de esconder a minha opinião, sob pena de sofrer alguma advertência.

Claro, há muitas coisas que eu guardo para mim. Não há a mínima intenção em mim de difamar, caluniar ou ofender ninguém nos meus posts. Simplesmente falo o que penso, e às vezes acabo rasgando o verbo. Mas quem conversar comigo pessoalmente, saberá o que penso sobre diversos assuntos com mais riqueza de detalhes. Há muita coisa que não compensa declinar em público. Bem... Parece que querem cortar a minha voz.

Não, não vou fazer um discurso a favor da liberdade de expressão, denunciar a censura à Fundação da Fronteira Eletrônica, ou coisas do tipo. Vamos fingir "que todas as pessoas são felizes" (como diria Renato Russo), e vamos tocando o barco. Não vou dizer quais são os posts para não dar corda a essa situação, e nem vou por links aqui. Aliás, vou evitar citar, não por ter medo de censura, ou represálias, mas por achar que quem se preocupa com um abalo na imagem "ilibada" por conta de um post casual de um funcionário, num blog perdido num canto da Internet (que eu considero simplória demais para ser minimamente notada)... Estão ficando paranóicos demais. E quem acompanha os meus posts, deve imaginar de quem estou falando, e deve saber com razoável precisão o que penso. Quanto a esse ato, só soma na lista. Um dia eu falo dela. Para eles.

E como diria Ibrahim Sued: "Os cães ladram e a caravana passa". Vamos em frente.

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22 julho 2007

Robôs que viram carros... E eu adorando!

Eu fui ver Transformers no cinema, na última sexta-feira, como fã ardoroso dessa série animada, desde a minha infância. Agora quis ver o filme nos mínimos detalhes, criticar, elogiar e simplesmente babar com as cenas de ação. Dispensável dizer que eu baixei uma cópia do filme já há alguns dias, mas resisti e não assisti o filme... Todo. Assisti apenas a sequência onde o Líder Optimus aparece pela primeira vez, e a sua transformação, além da apresentação de todos os Autobots.

Minha conclusão? Só uma: Que filme! É o blockbuster do ano. Não basta ter robôs de 12 metros de altura, eles tem que interagir com os humanos, "proteger" e "destruir". Tem que ser chato nos mínimos detalhes, com direito às sombras dos robôs, prédios sendo destruídos e humanos sendo carregados na mão - dos robôs, claro. As cenas de ação estão espetaculares, pois estão rodadas sobre o NOSSO ponto de vista, que é o ponto de vista dos humanos, pequenos e frágeis (se comparados aos Autobots e aos Decepticons).

Não vou contar a história toda, mesmo porque é um filme que vale a pena ser visto no cinema. Mesmo que você consiga uma cópia para ver no micro, veja no cinema, porque só lá você tem a real dimensão da coisa. E depois reveja-o na televisão ou no monitor, já que, como todo bom fã, vale a pena ver e rever.

Algumas percepções que eu tive a respeito, que vale a pena comentar:


  1. O Shia LaBeouf é uma surpresa muito agradável. O garoto trabalha muito bem, contracenou com um poste de 12 metros (depois é que inseriram a CGI em cima), mostrou humor, capacidade de adaptação e habilidade para atuar. Não é à toa que ele será o filho de um tal Henry Jones Junior, no próximo filme da saga (sim, estou falando de "Indiana Jones 4"). Steven Spielberg gosta do menino. Ironicamente, ele nasceu no mesmo ano em que saiu o longa-metragem do desenho animado (onde todo mundo chorou a morte do Optimus).
  2. A Megan Fox funciona bem como o interesse romântico do protagonista, é muito bonita, faz bem o seu papel, que é exibir um corpo exíguo e deixar um bando de homens babando por ela. Mas ela consegue trazer um lado interessante, de ex-delinquente... Mas não tem muito o que dizer...
  3. Quando a Mikaela pergunta ao Sam se ele a acha superficial, ele diz que ela tem mais "do do que os olhos conseguem perceber". Em bom inglês, more than meets the eye, que é o título da música-tema do desenho.
  4. O sobrenome do protagonista é o mesmo do mecânico (apelido "Sparkplug") que descobre os Transformers dentro de uma caverna, no primeiro episódio do desenho (com o nome More Than Meets The Eye). Nas referências, dizem que o apelido do pai do Sam é o mesmo. Bem, seria perfeito se fosse usado para o Sam o apelido "Spike", além das referências no IMDB.
  5. Só para saber, o Decepticon que vira um escorpião é o... Scorponok.
  6. Depois de um abaixo-assinado via Internet (que eu participei), foi mantido o Peter Cullen, dublador original, dublando o Optimus. E ficou SENSACIONAL. Afinal, Peter Cullen É o Optimus Prime. Não tem o que discutir (por mais que ele também tenha dublado Meu Pequeno Pônei).
  7. Optimus fala em um momento, o seu motto: Freedom is the right of all sentient beings, que quem comprou o brinquedo (EUA), recebia a ficha técnica, e encontrou com essa frase nela.
  8. Os Autobots no quintal dos Witwicky é a sequência mais engraçada do filme. Ironhide dizendo que iria atirar nos pais do Sam (típicos pais-de-adolescente-de-filme-americano, ou seja, desligadões e meio abobalhados), Optimus esmagando a fonte ("Sorry, my bad.", o popular "Foi mal"), e eles se esquivando, se escondendo pela casa... Como se robôs de 12 metros de altura pudessem se esconder facilmente.
  9. Starscream, pelo menos, não tem aquela voz irritante... Mas fala pouco, o que é uma pena. Aliás, poucos robôs falam além do Optimus e do Megatron.
  10. O Devastator, gestalt montado por 6 Constructicons, está diferente do que deveria ser. Afinal, ele é um robozão.
  11. A Volkswagen não autorizou o uso do Fusca, aí o Bumblebee virou um Camaro... Mas o vendedor (Bernie Mac, como sempre muito divertido) tenta vender ao Sam e ao seu pai... Um Fusca. O Camaro abre a porta violentamente, e fecha a porta do Fusca.
  12. Bumblebee cita no rádio, um trecho de Star Trek. Pois é, olha só quem dublou o Galvatron em Transformers: The Movie?
  13. Na luta entre Optimus e Megatron, temos a frase que também foi usada no desenho em longa-metragem: "One shall stand, one shall fall". Só que aqui o Megatron perdeu.
  14. Optimus com boca e lábios? Isso eu não gostei, mas pelo menos mostraram o queixo grande quando ele entrava em combate. O Bumblebee também tinha uma espécie de capacete embutido, mas só no final ele fala alguma coisa (com a sua própria boca, ao invés do rádio). Aliás, lembram dos Junkions, que aparecem no Movie? Eles também falam a linguagem de rádio, apenas.
  15. Vale lembrar que sumiram com a carroceria do Optimus. Sempre houve o questionamento clássico: Para onde vai a carroceria do Optimus quando ele vira um robô? Já vi respostas do arco-da-velha, até uma que disse: "Ah, pega leve, é só um desenho animado". Pelo menos não colocaram carroceria nenhuma. Assim, nenhuma tem que sumir.
  16. Preferia o caminhão vermelhão, Mack, ao invés do que foi o Optimus. Mas havia a necessidade de atualizar os robôs. Jazz é um conversível BMW (era um Porsche 944). Ironhide é uma picape grande (era um furgão vermelho). Starscream é um F-22 (era um F-15), Megatron é um avião (era uma pistola). Mas não ficou ruim, ele como arma não daria muito certo...
  17. Senti falta do tchum-tchum-tchum-tchum metálico, mostrando a transformação dos Autobots... Mas em alguns momentos do filme foi usado.
  18. E aquele Decepticon que virava um aparelho de som? Eu esqueci o nome, mas depois descobri: È o Frenzy. Não tivemos o Soundwave com suas fitinhas, mas... O que vai ser hoje em dia, para ser modernizado? Um aparelho de HD-DVD? E os robôs, serão discos de HD-DVD? Ou então ele se transforma na seção de eletrônicos de uma loja de departamentos, já tem o rádio portátil.
  19. Ah, a cena do trailer, em que um robô sai de dentro da piscina, é o Ironhide. E vale o detalhe: A garotinha estava carregando um brinquedo da série "Meu Pequeno Pônei". Olha lá em cima quem dublou um personagem da série...
  20. John Turturro fazendo personagem cômico? Noooossa. Ele está sumido. Gosto dele, desde Barton Fink (dos irmãos Cohen) eu considero ele um ótimo ator.
  21. E antes que eu me esqueça: O coronel que dirige a base do Qatar é representado pelo ator Glenn Morshower. Quem é ele? O ex-membro do Serviço Secreto Aaron Pierce, no 24 Horas.

Maiores referências tem no IMDB, vale a pena ir lá dar uma olhada. Quem não viu, vai ver. Vale a pena, só procure uma seção legendada. Estão dublando um monte de filmes agora, o que é um crime contra quem ver o filme no original. Só porque brasileiro não quer ler? Acabei chegando em casa e pegando as últimas séries que eu tenho, em quadrinhos, para reler. Já que vou ter que esperar um próximo filme... E vou ver se compro depois outro Optimus Prime, para a coleção. Afinal, todo nerd tem que ter um Optimus Prime para chamar de seu.



Autobots, roll out.

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20 julho 2007

Mais algumas filosofações sobre Congonhas, aviões e coisas do tipo

Pelo visto, as investigações preliminares mostram o que eu tinha pensado: Algo aconteceu para que esse avião virasse para a esquerda e atingisse o prédio da TAM Express. Segundo apareceu ontem na imprensa, a hipótese de falha mecânica ganhou força. Mais uma falha mecânica no currículo da TAM? Pelo visto, sim. Segundo falaram, TAM admite defeito em avião, mas nega que falha tenha causado acidente. Well, então porque o avião girou para a esquerda? O piloto tentou fazer um cavalo-de-pau (puxa o freio de mão e gira o volante, bicho...)? Mas por quê?

A Agência Brasil sacramentou: Abertura de reverso durante decolagem provocou acidente da TAM, o que é perigoso. As caixas-pretas estão sendo abertas, e as informações, só semana que vem para começar a ter alguma idéia. O acidente da Gol com o Legacy, alguém aí já viu a conclusão do inquérito? Ainda não saiu, é lento e demorado mesmo. Mas a a Globo já tinha lavrado o auto de culpa para o governo federal, mas parece que já voltou atrás, ou tentou voltar. Um dos pseudoeruditos da Folha de São Paulo disse que “O nome certo do que ocorreu é crime. O GOVERNO ASSASSINA MAIS DE 200 PESSOAS.”. E isso saiu na primeira página...

Pousar sem o reverso é possível, mas mais difícil, pelo visto. E numa pista levemente molhada, fica escorregadia (quem dirige, sabe o problema que é uma fina camada de água sobre o asfalto). Pelo visto, tudo indica que foi isso. Enquanto isso, estão fazendo cavalos-de-batalha, e exigindo pronunciamento da Presidência da República... Para dizer o quê? Que me desculpe a Lucia Hippolito, mas não vejo necessidade do presidente abrir a boca para dizer o que todos já sabemos: Que todo o Brasil chora a morte de tantas pessoas inocentes. Precisa mesmo? O que eu acho que ele pode realmente fazer é botar os incompetentes para fora do governo, a vassouradas. E falar o quê, que foi uma K-gada (com K maiúsculo) da TAM não fazer a manutenção do reverso? A comparação que ela faz é com os EUA. Mas lá, o sonho de todo garoto é virar presidente. Aqui isso não tem tanta força. Sinto, mas discordo veementemente.

Ah, antes que eu troque de assunto, reparem no vídeo abaixo:


Olhem bem para o avião. Você vai ver um clarão surgindo na asa esquerda, pouco antes do choque fatal. Lâmpada estourando? Fogo na turbina? Explosão? Sabotagem? Coincidência? Sei lá. Só



Ao contrário do Cesar, para mim não é a solução de SP ter 4 aeroportos. Existem várias medidas que podem ser tomadas, de forma a equilibrar a questão delicada que é o tráfego aéreo sobre terras paulistas:


  1. Remanejem os vôos de conexão para outros aeroportos. Pode ser Cumbica, Viracopos (Campinas) ou mesmo o Galeão, aqui no Rio. Quando eu fui a Brasília, de avião (finada Transbrasil, no ônibus aéreo noturno), o vôo saiu do Rio, parou em Congonhas e seguiu para Brasília. Muitos dos vôos fazem parada em Congonhas, mesmo que seja para os passageiros trocarem de avião, ou ficarem sentados, esperando o avião descarregar uma centena de pessoas, para pegar outra centena. Se mudarem esses vôos de conexão para outros aeroportos, já diminuiu o tráfego em uns 30%, pelo menos. Claro, não há intere$$e$ econômico$ nisso, que vem desde a infame taxa de embarque até o shopping center que Congonhas virou.
  2. Cumbica tem um acesso horroroso, Viracopos não fica atrás. Então facilitem o acesso. O governador de SP está falando toda hora a respeito do acidente, dizendo que é preciso mexer no sistema aeroviário, blah blah blah blah. Quer fazer algo prático? Monta uma linha de metrô de superfície até Guarulhos. Coloca um sistema eficiente de ônibus (MAIS BARATOS do que o Airport Bus Service, claro) até lá. Coloca um trem rápido até Viracopos (que é longe até do centro de Campinas). Facilita o acesso que já vai ajudar muuuuuito.
  3. Aumentem Cumbica. As poucas vezes que passei lá, notei que o aeroporto é imenso. Mas, se lembro bem, tem espaço para crescer ainda mais. Façam o terminal 3, com mais uma pista de pouso, e joguem os vôos interestaduais maiores para lá. Foi o que fizeram no Santos Dumont, como o Cesar lembrou bem. E até aqui está tudo indo bem.
  4. Incrementem Viracopos. É o maior aeroporto de carga do Brasil, mas quase não sobe passageiro de lá. Joguem os vôos de conexão para lá, dêem uma incrementada em Viracopos, que já vai dar uma grande ajuda.
  5. E por último, expliquem à elite paulistana que não tem jeito. Em quase todas as cidades, os aeroportos são longe pra caramba dos centros das cidades. Pergunte a quem mora em BH onde fica o aeroporto de Confins. É provável dizer que fica nos confins do mundo. Se lembro bem, fica BEM longe do centro de Belo Horizonte. Não tem jeito, só no Rio é que você pode ter o luxo de ter o aeroporto perto (Santos Dumont e Galeão), e na beira da água. Se cair, os passageiros podem até morrer afogados. Mas não morrem queimados.

Um novo aeroporto é uma obra caríssima, complicada e demorada. Não vai resolver de forma imediata os problemas, pelo contrário: Vai aumentar as despesas, e daqui a pouco está esganado. Aliás, quem deixou construírem ao redor de Congonhas? E quem deixou colocarem um posto de gasolina na cabeceira da pista? Pois é...

Agora voltaram à baila a história do trem-bala entre Rio e São Paulo. Será que dá certo? Será que sai? 90 minutos entre as duas capitais, e adeus ponte-aérea. Tentaram o "Flecha de Prata", há pouco tempo, mas não deu certo. Era caro e lento. Well, vamos ver, só acredito vendo, assim como a Linhas Verde e Roxa, metrô por baixo da Baía de Guanabara, VLT da Barra à Penha, e tantas outras promessas. É... Só vendo.

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18 julho 2007

Filosofações sobre o acidente da TAM

Como todo o Brasil, estou muito triste com o acidente com o avião da TAM. Fiquei sabendo através do Dr. Venom, resumido no seguinte diálogo:


  • Venom - Caiu um avião em São Paulo, você soube?
  • Eu - Não...
  • Venom - Minha mãe ouviu e me falou.
  • Eu - Hmmmm... Foi onde, no interior?
  • Venom - Não, na capital.
  • Eu - Foi um monomotor?
  • Venom - Parece que foi um Boeing.
  • Eu - UM BOEING? Meu Deus...

Estávamos ontem indo encontrar o Márcio Lima, que está no Rio, de folga do trabalho dele, e tivemos que nos sentar na frente de uma televisão, no trailer onde comemos um sanduíche, para nos informar do fato. Infelizmente, foi no Jornal Nacional, mas isso não diminuiu a tristeza e a consternação que nos acometeu.

O prédio da TAM Express é meu velho conhecido, de idas e vindas de Congonhas. Ele era o meu ponto de referência, para saber que estávamos chegando ao aeroporto. Ao longo do dia (e até agora) estou com dor-de-cabeça (coisa rara para mim) e cheguei a embargar a voz uma ou duas vezes. Quem me conhece, sabe que não sou muito de ficar chorando... Mas fiquei pensando que poderia ter sido eu, fazendo o percurso, ou um amigo meu... 200 mortos, meu Deus!

Para variar, tive que sair de casa e ir resolver um monte de coisas. E passei boa parte do dia ouvindo a CBN e a Band News FM, que dedicaram a maior parte da programação à essa tragédia. Ouvi as entrevistas dos representantes da TAM, da ANAC, da Infraero, e os noticiários, que entrevistaram meteorologistas, especialistas em segurança aérea, engenheiros aeronáuticos, bombeiros... Claro, estou ouvindo também muita besteira vinda dos noticiários, e resolvi relatar algumas aí embaixo.


  1. Disseram que o avião voava com excesso de peso - O peso do avião era de 62,5 toneladas, e segundo os cálculos, ele poderia pousar na pista molhada de Congonhas com até 64,7 toneladas. Logo, ele estava dentro do peso.
  2. A solução para Congonhas é diminuir o tráfego aéreo - Bem, Congonhas já operou com 62 operações/hora, entre pousos e decolagens, mesmo antes da reforma (inacabada) da pista. Agora, ele está operando com 38 operações/hora, ou seja, com uma carga reduzida. Então, não é esse o caso. Além do mais, não foi um choque de aviões, ocasionado diretamente por causa do tráfego aéreo (como foi o acidente entre dois 747 nas Ilhas Canárias, em 1977).
  3. Disseram que o problema era a falta do grooving, que são as ranhuras na pista, para aumentar o atrito - Eu sou curioso, e sempre que posso, observo todo o procedimento de decolagem e aterrisagem. Lembrem-se que eu sou um "piloto frustrado". Quando o avião pousa, ele abre todos os flaps e ailerons (quando era criança eu sabia exatamente o que abria e o que fechava, hoje em dia não) para aumentar a área de resistência ao ar. E o avião pousa, em média, a 350 km/h. Feito isso, as turbinas são revertidas, à toda, para parar o avião na pista. Por último, as pastilhas de freio são acionadas, para parar o avião. Logo, a frenagem é a última coisa a ser usada para parar o avião. O atrito gerado pelo grooving (se é que existe) não ajuda em quase nada. O principal objetivo do grooving é o que coloquei no item de baixo.
  4. Também disseram que o problema era a pista molhada, e se tivesse o grooving, o acidente não teria ocorrido - Bem, vários aeroportos no mundo não tem ranhuras para drenar água, e o procedimento é que a pista seja fechada caso a lâmina d'água tenha mais do que 3 milímetros de espessura. Pois bem, 20 minutos antes desse trágico acidente, uma equipe da INFRAERO vistoriou a pista, e verificou que não havia lâmina d'água na pista. Logo, não tinha água o bastante para fazer o avião patinar. Se tivesse o grooving, seria possível um avião pousar na pista principal de Congonhas com um dilúvio na cabeça, se fosse preciso.
  5. Falaram em defeito do avião, e relembraram a TAM do acidente do Fokker 100, em 1996 - Well, o Fokker 100 é um balde de parafusos, e vale lembrar que essa maldita lata velha teve muitos problemas ao longo do seu percurso (acidentado). Descanse em paz, e longe dos pilotos e passageiros do mundo todo. A TAM ainda mantém alguns voando em percursos curtos e regionais. Por exemplo, aqui vai uma lista de acidentes que ocorreram com o Fokker 100. No blog do Marcos Lacerda, vai uma lista mais caprichada dos problemas que esse caixão voador teve, com um pouco mais de detalhes. Aliás, vale lembrar, um Fokker 100 teve problemas hoje (19/7) em Congonhas... Quanto ao Airbus, aqui vai a lista (desatualizada) dos acidentes do A320. Há uma grande diferença nesse caso, que é que o A320 é feito por uma empresa responsável e que não faliu... E a tecnologia avançou muito, em 10 anos. Logo, acho difícil que seja falha mecânica.
  6. Descaso da TAM, não divulgaram a lista de passageiros, que só souberam por uma rádio gaúcha, no meio da madrugada - Tem uma norma da ANAC que determina que a lista de passageiros só deve ser divulgada depois de ser vista e revista (pois sempre alguém troca de avião), e inicialmente só para os familiares, para depois ir para a imprensa. Segundo fiquei sabendo, não foi através de uma rádio gaúcha, como erradamente noticiou a Bandeirantes, mas sim através de um funcionário da TAM, que leu a lista no hotel onde os familiares estavam hospedados, à 1h30m. Aliás, acho que a rádio até noticiou, mas foi depois do comunicado da TAM. E não tem essa de que o sistema é computadorizado, demoraram porque quiseram, porque acreditem, o maior interesse da empresa é atender os familiares. Não exatamente por serem bonzinhos, mas sim porque a imagem dela está em jogo. A TAM pegou o espaço da VARIG e hoje é a maior empresa de transporte aéreo do Brasil. Logo, eles também não querem queimar a própria imagem. Além de, é claro, eles serem seres humanos, e estarem (como nós) consternados e tristes com o fato ocorrido.

Logo, baseado nisso tudo, eu fico com a hipótese de falha humana. O que é estranho, visto que o A320 é todo computadorizado, o piloto controla os computadores, que controlam o avião... Na minha opinião, baseado em tudo que ouvi, vi e li, é que: O piloto pousou rápido demais, mas não conseguiu parar, e resolveu tentar arremeter, para uma nova investida. Só que ele não conseguiu. Por quê falo isso? Se ele tivesse derrapado, como muitos falaram, o avião teria caído na Av. Washington Luiz (que tem 2 lados, cada uma com 4 pistas), e não passado direto. O avião passou por um vão de 50 metros (pelo menos), antes de entrar no prédio da TAM Express. E só um carro foi afetado pelo avião: Um Corsa teve o teto levemente amassado. Para mim, o piloto não conseguiu arremeter. Além do mais, o aeroporto operou normalmente, com muitos (centenas) de vôos chegando e saindo ontem, e ninguém mais derrapou, bateu ou caiu.

Agora, alguns fatos:


  1. Congonhas não tem área de escape. Isso é assustador. Se um acidente igual ocorre no Galeão, em Cumbica, Santos Dumont ou em outros aeroportos, o piloto iria parar na grama (ou na água), e seria apenas um susto. Nesse link, achei uma lista de acidentes não-fatais e fatais em Congonhas, e dá para ver que Congonhas é um absurdo como aeroporto, assim como é o aeroporto de Hong Kong e alguns do Japão. Mas vocês pensam que é exclusividade nossa, de ter aeroportos encravados no meio das cidades? Nananinanão... Aliás, a última vez que pousei em Congonhas, fiquei assustado com os prédios que estavam perto do avião, as coberturas e suas piscinas, e o medo que senti era justificado: Estávamos muito perto dos prédios, e o aeroporto é no meio. A propósito, o aeroporto de Hong Kong é ainda mais assustador. Duvida? Clique aqui e se apavore.
  2. A primeira reforma em Congonhas foi feita agora. O aeroporto tem 50 anos de idade, e a primeira reforma foi agora! E nem terminaram a reforma... Faltou as ranhuras na pista principal, para facilitar a drenagem de água. Aliás, gastaram R$ 400 milhões em um terminal novo, e R$ 20 milhões na pista. Mesmo assim, só reformaram a pista DEPOIS de fazerem o terminal. Na imprensa, criticaram um bocado a situação da pista, e depois de muito custo, a reformaram. Mas não finalizaram a obra.
  3. A aviação brasileira vive um inferno astral. Inferno astral foi o termo mais simpático que eu consegui. Começou tudo com o acidente da Gol, que foi usado como gancho para mostrar a situação precária do Cindacta, e começou o que chamamos de caos aéreo. Quase 10 meses depois, e nada resolvido. O presidente exigiu data e hora para a solução, mas nada foi feito. E agora, outro acidente triste.
  4. Os governantes perderam grandes oportunidades de fecharem a matraca. A Ministra do Turismo foi falar do Programa Nacional de Turismo, mas falou a respeito da crise aérea: "Relaxa e goza". O Ministro do Planejamento disse que o caos aéreo "é uma coisa boa" - por causa do crescimento da economia (esse, incontestável). O Ministro da Defesa falou que "não existe caos aéreo" - e a mãe, vai bem? Lamentável.
  5. O avião pousou mais rápido do que deveria ter pousado. Segundo quem viu a fita, o avião pousou com velocidade maior do que a normal. Segundo essa breve entrevista colhida pelo PHA, 3 a 4 vezes mais rápido do que o normal. Então... Há um problema. Confira aqui o pouso do Airbus, e aqui uma simulação.
  6. Na CBN, forçaram a barra em alguns momentos. Embora a cobertura tenha sido mais completa do que a da Band News FM (com direito até a atropelar a Voz do Brasil para transmitir a entrevista dos representantes da ANAC e Infraero), houveram momentos desagradáveis. Um deles foi quando a repórter perguntou a um especialista sobre a existência do grooving, e da influência dele no pouso. O mesmo disse claramente que o grooving não influencia no aumento do atrito das rodas. A função do grooving é apenas a drenagem da pista, para espanto (audível) da repórter. O outro momento foi quando entrevistaram um dos responsáveis pelo setor de investigação de acidentes aéreos de Portugal, e nas três primeiras perguntas, forçaram a barra questionando "se o acidente vai arranhar a imagem da aviação brasileira", de formas diferentes. O português contornou e escapou pela tangente. Não aguentei a terceira pergunta, mudei de rádio antes do nojo tomar conta de mim.

Em tempo, criticaram que o presidente não foi falar sobre o acidente... Well, quem tem que se manifestar é a ANAC e a Infraero, não ele. Ele fez o que é certo da parte dele: Decretou luto oficial de 3 dias, e no Pan, todas as bandeiras foram hasteadas a meio-pau (não se pode somente a bandeira brasileira ficar a meio-pau e as outras não). Agora, curioso foi o governador de São Paulo, José Serra... Foi todo afoito falar a respeito do acidente. Engraçado, né? O aeroporto é jurisdição federal, mas ele se manifestou rapidamente. Agora o desabamento do Metrô (que é responsabilidade estadual), há pouco mais de 6 meses, ele não falou nada. E já tem gente da oposição dizendo que "a culpa é do Governo". A Folha de São Paulo (jornalzinho de m****) também já condenou o Governo. Ah, façam-me o favor, nem abriram as caixas-pretas e já declaram os culpados?

Bem, chega de falatório. Espero que isso aqui sirva para alguma coisa, além do meu desabafo, manifestação de dor e reflexões. Pelo menos uma eu tenho: Agora tenho dúvida se pegarei um avião que vá para Congonhas, ou que saia de lá...

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16 julho 2007

Me deixem ser bairrista, por favor

Sabe a Bárbara Leôncio, que ganhou medalha dos 100 e 200 metros rasos no Mundial Juvenil de Atletismo? É jacarezinha que nem eu, moradora desse bairro bacana, cujo nome em tupi quer dizer "lagoas rasas cheias de jacarés". E ela mora na Curicica, que é um sub-bairro pobre, dentro de Jacarepaguá.

E viva nós!

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E as vaias, hein?

Eu queria não me meter nessa discussão, mas como tenho agora um pouco de tempo, e muito de bicho-carpinteiro, resolvi dar um pitaco a respeito... Bem, eu achei muito estranho a vaia, mas como moro com dois anti-Lula até a medula (meus pais), preferi não comentar. Eu já sou visto como vermelhinho por tentar manter-me numa postura mais centrada...

Depois de ver o post do Cesar, observar as questões levantadas no blog cidadania.com, e repassado pelo Paulo Henrique Amorim, que listou algumas coisas interessantes...


  1. Vídeo do Youtube em que mostra um ensaio da abertura do Pan, e a vaia acontecendo, três dias antes.
  2. Ingressos populares, na sua maioria, foram usados pelo prefeito, Cesar Maia, para serem distribuídos entre os funcionários da prefeitura.
  3. A vaia não foi completa e total, nota-se aplausos e assobios no meio da gritaria.
  4. Ué, o Lula teve tantos votos no Rio, nas duas últimas eleições... E foi vaiado? Isso é contraditório.

Logo, o que concluo é que há uma chance do governador Sérgio Cabral estar certo, de que armaram para cima do presidente. E se fizeram mesmo, eu só posso concluir que o responsável por essa vaia é realmente um sujeito infantil. Infantil, apenas. Não dá para rotular de outra coisa.

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Rápidas sobre o Pan

Uma passagem rápida minha aqui sobre o Pan:


  • Parece que vamos faturar medalhas de ouro principalmente nos esportes coletivos, infelizmente. Até aqui só um ouro. Pena que o talento individual pouco sobressaia. E parabéns ao Diogo SIlva, no taekwondo, o Shogun negro (E afinal, quem é o shogun?). Mandou muito bem.


  • Em compensação, 6 pratas? Parece até que os técnicos são todos do Vasco da Gama, acostumados a serem vices... Mas é legal ver o Brasil mandando bem no ciclismo BMX (prata, e eu nem sabia da existência), no triatlo (bronze), e crescendo na ginástica artística.
  • Falando em ginástica artística, deu pena da Jade Barbosa. A menina (carioca) estava acertando tudo. Mandou muito no salto sobre a mesa. Caiu na trave, mas tá, blz. E ela caiu nas barras assimétricas, amargou um honroso (mas injusto) quarto lugar. Mas ela tem ainda para onde crescer, já que ela é novata, e a Danielle Hypólito está em fim de carreira, assim como a Daiane dos Santos...
  • Aliás, muito bom ver o Brasil engrossando o caldo, subindo devagarzinho na qualidade dos atletas da ginástica. Dá orgulho ver a turma crescendo progressivamente. E parabéns ao técnico ucraniano, o Oleg Ostapenko, que elevou o Brasil do 25o ao 7o lugar. Tá mandando muuuuito bem.
  • A propósito, Diego Hypólito é dúvida? Tem gente que diz que é, mas dizem também que ele tem namorada... Well, não vou entrar no mérito.
  • Souberam do atleta cubano que fugiu? O cara é jogador de handebol, pegou um táxi na 5a passada, na Vila Pan-Americana, e o táxi só parou em São Caetano do Sul, em São Paulo. Mais de 450 km! Antes que vocês perguntem, a conta foi de R$ 600. Já pensou? E quem pagou a corrida? E os pedágios? Nossa...
  • Parece que isso é comum entre os cubanos. Em Winnipeg (1999), 13 pessoas da delegação de Cuba pediram asilo político ao Canadá. É, nem todo mundo gosta do regime de Fidel...
  • Ontem assisti beisebol! Achei legal. Sabiam que existe Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol? Pois é... Ah, antes que eu me esqueça, o softbol usa uma bola maior, mas parece que os princípios são os mesmos. E bem complicados por sinal. Como, aliás, todo esporte criado pelo povo dos Estados Unidos.
  • Com isso descobri que o Brasil tem um time de beisebol... E pior, os caras jogam no exterior, são bons em rebater a bolinha. Um deles joga na 2a divisão do Campeonato Norte-Americano, o mais concorrido de todos! É... O problema é que Cuba tem o beisebol como uma paixão nacional, acho que não podemos sonhar com o ouro enfrentando eles. Talvez seja eco dos tempos do Fulgêncio Batista, não sei. Mas tive um amigo cubano no mestrado, o AbeL (L maiúsculo pq ele dizia q o português aleijou o nome dele, todo mundo fala Abéu) que queria montar um timinho para jogarmos... Pena que eu morava muito longe dele, seria divertido.
  • E o pólo aquático? Nossa, mulheres jogando pólo aquático. Meu pai foi goleiro de pólo, e dizia que na piscina valia rasgar a sunga, dar caldo, apertão no saco, dedo naquela cavidade obscura da anatomia humana... Imagino com as mulheres, como deve ser, já que não dá para puxar o cabelo.
  • Agora, cômico foi saber que o time brasileiro de hóquei sobre a grama foi montado via Orkut, embora o site oficial pareça bem organizado e bem montado... Mas não tinha jeito, contra os argentinos (campeões mundiais e o escambau a quatro), tomamos uma lavada daquelas. Deve ser a forra deles pela derrota bisonha (deles) na Copa América.
  • Sou só eu, ou tem mais gente que acha o solzinho mascote do Pan (o tal do Cauê) uma tremeeeeeenda dúvida?
  • Quanto a mim, hoje rodei a cidade TODA: Taquara (Jacarepaguá) -> Vila Isabel -> Flamengo -> Bonsucesso -> Madureira -> Curicica (Jacarepaguá) -> Taquara (Jacarepaguá). Passei na frente do Maracanã, perto do Riocentro, andei nas Linhas Vermelha e Amarela, Avenida Brasil, Aterro, Avenida Perimetral... E cadê os engarrafamentos intermináveis? Acho que alguém se equivocou... Well, eu sei que as vias expressas tem tido problemas com a faixa seletiva criada na marra (Linhas Amarela e Vermelha), mas justiça seja feita: O único congestionamento que peguei foi no início da Linha Amarela, que durou... 3 minutos. Ah, e na Taquara, já que o Rio Cidade fez o favor de piorar o tráfego. No mais... Parece que fizeram o serviço direito.
  • E para fechar por enquanto, uma palha do absurdo de cada dia: O sentimento anti-Globo que ouço aqui por perto (em casa) é tão exagerado, que preferem assistir a transmissão na TV aberta (Bandeirantes ou Record) do que aproveitar os 3 canais do SporTV, justamente "para não dar audiência para a Vênus Platinada". Façam-me o favor...

Depois falo mais. E será que ainda tem ingressos para tiro esportivo, tiro com arco e badminton? Maratona não vale.

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13 julho 2007

Hoje é dia de rock!

Como todo dia 13 de julho, venho aqui fazer a minha singela homenagem ao Rock and roll. Embora vez por outra aparece alguém dizendo que o rock morreu (embora os Replicantes lembrem sempre que o punk rock não morreu), continua por aí. Muito imitado, nunca superado. Inúmeras variações e vertentes, estilos e vozes, novos e velhos intérpretes, tocado por instrumentos comuns e não tão comuns... Esse é o good and old rock n' roll. Combatido por segmentos religiosos estúpidos (dentre os quais, alguns que professam a mesma fé que eu), acolhido por outros, membros dos mesmos segmentos. Mal-interpretado, distorcido, elevado ao status de clássico, ou acusado de cúmplice na rebeldia juvenil... Esse é o homenageado dessa data. Com um dia no calendário, dedicado a ele. Long life to rock and roll.



Trilha sonora para o dia: Qualquer disco do The Who, pois não lembro de uma banda que seja mais rock and roll do que essa. Sugiro que comece por Pinball Wizard. Depois viaje... No momento, Blue Oyster Cult nos meus ouvidos, antecedido por Captain Beyond e Grand Funk Railroad, num grande "ao acaso" de guitarras, baixo, bateria, rebeldia e diversão. E Dire Straits para fechar. Ainda faltou o nacional, o Pink Floyd, tanta coisa... Mas deixa, não vai dar mesmo para ouvir tudo.

PS: E o acaso me privilegia dessa que é uma das mais apropriadas para o dia: Rainbow - Long Live Rock and Roll Yay!

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... E está começando o Pan

A cidade está uma desgraça para transitar, com faixas exclusivas na Linha Amarela, Linha Vermelha e Avenida Brasil para o Pan. Me refugiei em casa, para não ter que pegar o tumulto... E os meus pais, na sua ranzinzice não muito comum, criticam a Elza Soares cantar o Hino Nacional Brasileiro... Acham "um desrespeito". Nossa, imagina se eles ouvissem o Joe Satriani solando na guitarra (e nos pedais de distorção), "Star-Sprangled Banner", também conhecido como o Hino Nacional dos EUA. E eles ainda são bem mais nacionalistas do que nós...



Legal, começou o Pan, atrasou o início... Well, o Rio de Janeiro tem 8 milhões de pessoas, a 2a maior cidade do Brasil, e hoje é dia útil. Não querer que tenham problemas no trânsito é uma utopia. Mas estou contente pelo Pan estar acontecendo por aqui. Meu desejo mais profundo de que tudo dê certo. Eu não consegui comprar nenhum ingresso, queria ver somente os "esportes cretinos" (esgrima, badminton, tiro esportivo, tiro com arco, baseball, etc), mas não tive tempo, e nem fiz muita força. Vou tentar acompanhar pela TV. Irei trabalhar alguns dias no Projeto Mais Que Ouro 2007, e tentar repor o atraso de várias coisas acumuladas, além de acompanhar a obra da casa. Hoje começou a assentar os tijolos, e assim que o F-Spot estiver com a dependência resolvida, vou fazer o álbum e colocar na Web.

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12 julho 2007

Semana da "vergonha na cara"

Semana passada tivemos alguns momentos de "tomar vergonha na cara" e executar o serviço, bem a láá GTD. Inicialmente, foi a questão da impressora que está no micro do meu pai, e fiz o que deveria para tê-la configurada no meu desktop. Ainda não coloquei-a no notebook, mas vá lá, eu quase não imprimo daqui mesmo...

O segundo momento foi o do roteador wireless. Há pouco mais de 1 ano comprei um roteador Linksys, um WRT54G. Vocês devem ter lembrado de que eu queria instalar o OpenWRT nele. O OpenWRT é uma distribuição Linux para roteadores wireless, incluindo os Linksys WRT54G, que são talvez as peças mais gambiarradas da história do hacking moderno. No site Linksysinfo, eu contei 15 firmwares, fora os originais, e ainda tem os não-listados por aqui. É muito firmware, e a coisa chegou ao ponto do pessoal da Linksys soltar um roteador que pede para ser hackeado. Pelo visto entenderam que, se liberar o firmware para ser trocado, são mais pessoas para usar os Linksys, mesmo com firmwares que não sejam os originais. Compensa para eles, compensa para nós, já que o projeto de rede mesh da UFF é todo feito com WRT54G e OpenWRT (clique aqui).

Voltando à vaca fria: Chega sábado, começo a olhar para o roteador, e, movido de um santo orgulho, resolvo colocar ele em funcionamento. Mexo um pouco, interface Web bem feita... Bem, vamos ao que interessa. Pego o firmware, baixo, coloco no notebook. Espeto-o na tomada, e coloco o roteador no no-break: "Se cair a força, o roteador e o notebook estão protegidos", pensei. Coloco cabo, e vejo que dá para instalar via interface Web mesmo. É agora, vamos ver...

Pronto. Recarrega-se a interface Web, e temos o OpenWRT. Só isso? Vou lá na interface, configuro... Well, vamos tentar um ssh. Na mosca, conecta. Maravilha! Na hora lembrei de um amigo do meu pai, que largou o fumo depois de aposentado: "Se eu soubesse que largar esta merda fosse tão fácil, eu já teria feito isso antes!" No meu caso, se eu soubesse que colocar o OpenWRT funcionando era assim, tão fácil, ele já estaria operando.

Aproveitei e configurei algumas coisas, logo hoje a Internet é gerenciada pelo GreyHavens (Portos Cinzentos - sim, tem a ver com O Senhor dos Anéis), e estou me divertindo, vendo repositórios de programas (tem até squid para rodar nos NSLU2, os Linksys com HD embutido), asterisk e vários outros hacks. Esse é o meu primeiro Linux embarcado, e isso está me influenciando para colocar Linksys ao invés de D-Link lá na escola...



Update: Instalei ontem o X-Wrt, uma nova interface Web para o OpenWRT, que é um projeto separado do primeiro. Fantástico, dá para hackear todo o Linksys somente pela interface Web. Do idioma da interface ao clock do processador do bichinho, passando por coisas interessantes como aumentar a potência de saída do Linksys (preciso olhar isso depois, com mais calma). Muuuuito bom.

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09 julho 2007

Besteirol em prova, ano 2007

Agora temos uma nova lista, da lista de besteiras que os meus alunos escreveram esse ano, nas provas de SO, MMM (da escola) e Computação Básica (da faculdade), até agora. A lista já está grande... Clique em http://republica.ath.cx e clique no botão "Humor", para rir um bocado.

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08 julho 2007

E é.... Do Brasil!

Rapidamente, vale lembrar: 90 milhões de votos, e o nosso Cristo Redentor na lista das 7 Maravilhas do Mundo Moderno, viva! Por mais que assisti alguns movimentos de tola e pífia campanha contra (como na MSXBR-L), foi uma adesão maciça, e agora a Cidade Maravilhosa tem um monumento seu como uma das 7 Novas Maravilhas do Mundo Moderno.

Ah, e ninguém disse que os problemas acabaram. Aliás, eles continuam. Mas é um alento para esse povão bacana e sofrido, do nosso Brasil. E que me desculpem os feios, mas beleza é fundamental:






PS: Minha mãe votou direto pelo telefone, agora está lembrando das ligações locais que gastou, dentro da assinatura de 200 minutos, iiih... Bem, disseram que era gratuito. O problema é que não era.

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Ainda sobre o post anterior

O Tabajara mandou um comentário no post anterior, e eu o respondi por lá. Gostei do que ele disse, mas também gostei do que eu escrevi. Logo, como o blog é meu, resolvi recolocar aqui.

Antes de tudo, queria lembrar que eu não sou Linux-evangelista, xiita ou coisa do tipo. O Tabajara acha um absurdo montar e desmontar dispositivos móveis. Well, vale lembrar que o Macintosh monta e desmonta disquetes e CD-ROMs desde o início, e ninguém lá se ofendeu com isso... Hoje em dia, pendrive a gente monta e desmonta nos Windows da vida, sempre precisamos "desconectar" eles para removê-los. Quanto ao CD, é só colocar lá dentro que já monta. Para tirar, só dar um toque e mandar ejetar o disco. Quanto ao disquete, podemos marcar para o acesso a ele ser síncrono. Assim (acho) podemos removê-lo assim que acabar a operação. Mas... Alguém ainda usa disquete no dia-a-dia?

No frigir dos ovos, o problema não é do Linux. O problema que me fez colocar um IE rodando lá, a culpa é do iBest. Se o iBest tivesse feito um site minimamente razoável, iria funcionar corretamente no Firefox, no Safari, no Konqueror... E no IE. Site tem que ser acessível por TODOS os usuários, não importa se ele usa um Palm ou celular, se usa esse ou aquele navegador. Não estou querendo que os sites abram somente no Firefox, porque eu também não uso só o Firefox. Quero que abram em todos os navegadores.

Quanto à questão que me levou ao Crossover Office, foi a questão do formato de arquivo do Word. Se a Micro$oft explicasse como o formato dela funciona, não teríamos problemas. Seria bom para todos (até para ela). Alguém faça a experiência de abrir um arquivo em branco no Word, não escrever nada e salvar. O tamanho é de 11 Kb. O que tem dentro? não sei. Mas para ter tantos bytes, deve ter muita coisa lá dentro. O resto é questão de adequação, apenas. Apesar dessas dificuldades, ela está gostando, já disse que vai migrar os documentos para o BrOffice (salvando em DOC), para diminuir os problemas.

A questão é que eu não sou palhaço. Eu falei com ela, disse das diferenças que haveriam, das dificuldades, expliquei tudo isso. Fiz a pergunta pelo menos CINCO vezes, para ela ter certeza absoluta do que ela estava se metendo. Ela confirmou em todas as vezes. Fiz teste com pendrive, com disquete, com tudo... Coloco a máquina, e 3 dias depois ela quer o Windows de volta? Ah, faça-me o favor, eu (nem ninguém da equipe) é palhaço, de ficar fazendo as vontades dos outros. Levei 2 semanas montando a máquina, afinando e refinando tudo, e agora simplesmente tchau?

Vale lembrar que eu não sou um evangelista do Linux. Eu mal prego o Cristo crucificado, quanto mais um pinguim... O que me horroriza é que trabalho com professores, em teoria aqueles que tem sede de saber e gostam de ensinar. Mas descobri ao longo dos anos que eles são a raça mais retrógrada e avessa a mudanças que existe. Ninguém quer aprender! Salvo exceções, todos querem ficar parados, no mesmo lugar de sempre, e tá muito bom. O velho discurso do "mercado" é completamente vazio. Exemplo: quem usa o Firefox das máquinas são os alunos. Poucos professores o usam. Quando falo que a gente não tem que ensinar a ferramenta, temos que ensinar o conceito por trás da ferramenta, quase sou vaiado. Se o aluno entender o que é processador de texto, vai usar Word, BrOffice Writer, Word Perfect, Abiword ou qualquer outro. Se entender o conceito de interface gráfica, vai saber se virar com Windows, Mac OS X, Linux (e qualquer ambiente), com um mínimo de dificuldades. Vai ratear no início, mas vai conseguir.

Minha defesa não é e nunca foi pelo Linux, é pela alternativa, pela opção, e pelo ensino. Eu nunca aconselhei a um aluno arrancar o Windows das suas máquinas de casa. Mas incentivo-os a conhecer o Linux e as alternativas, já que o mundo não gira em torno de uma plataforma só. Existem alternativas. Mas não adianta, meus colegas ensinam ASP e Delphi, enquanto o mercado (que eles tanto idolatram) adotam PHP e Java, simplesmente por terem medo da mudança.

Agora, dizem que a FAETEC vai baixar uma norma, e tudo deverá ser migrado para Linux, na marra. Eu vou esperar para ver, e vejo os problemas que terei, já que não tem raça com mais má-vontade do que professor contrariado. Sim, é um saco.



Update: Criei uma conta para a coordenadora no GMail, e configurei para importar todos os emails da caixa dela, do iBest, para essa nova conta. Ocupou 3% da caixa nova. Tratei de configurar o que era preciso, fiz alguns ajustes e mostrei a ela como funciona: "Dá para anexar arquivo?" "Experimenta para ver...". E ela viu que funciona. Pronto, já sumi com o ícone do Intermerd Exploder do desktop dela, depois preciso arrancar fora o diretório .ies4linux de lá.

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06 julho 2007

Problemas e soluções

Tempestades... Lembram que a coordenadora queria Linux na máquina dela? Pois é, coloquei, mas não sem antes alertar a ela das diversas dificuldades que ela teria, visto que ela é uma típica usuária de Windows (e diz que ama o Bill Gates, só para me provocar). Ela concordou, disse que queria em todas as vezes em que perguntei: "Tem certeza?". Levei 2 semanas preparando a máquina, para 3 dias depois ela querer o Windows de volta, que nada funciona, que o Linux é um lixo, etc. Engulo a raiva, mando ela pedir o dinheiro de volta que ela pagou pelo Linux, e falo que eu não sou palhaço de ficar instalando e reinstalando tudo. Sento e vou resolver os problemas dela, e lá vem as minhas soluções:


  1. Vários usuários logam na máquina dela. O console tranca com a inatividade (10 minutos), ninguém lá sabe fazer logoff. Aí um clica no botão "Trocar Usuário" e pronto, loga, não faz logoff, novo "Trocar Usuário"... Não é incomum eu pegar 4 consoles X abertos na máquina, todos trancados. E eu vou lá, e disparo um show de kill -9. Solução: coloquei no arquivo de configuração do gnome-screensaver de TODOS os usuários a opção do console não estar mais trancado. Logo, o tonto que saiu sem fazer logoff, pode ter a conta bagunçada por um usuário malvado. Problema dele, não meu.
  2. Ninguém sabe (além dela) que o disquete deve ser desmontado antes de tirar. E vez por outra tinha isso acontecendo lá. Solução: Coloquei três comandos num arquivo da configuração do GDM, mandando desmontar o disquete, o pendrive e o CD-ROM no ato do logoff. É o jeito. E deve ter gente já ferrando o conteúdo do seu disquete justamente por não desmontar...
  3. A impressora não imprime na conta de outro usuário. Solução: Ué, não foi o que ela pediu, que só ela tivesse acesso à impressora? Doh!
  4. Problemas com o BrOffice. Na verdade o arquivo salvo como DOC, no Word, e aberto no BrOffice, dá uns problemas com tabelas, no caso não dá para copiar o conteúdo de várias células entre tabelas, além dela ter problemas com vinculações feitas com o Excel. Ainda tenho que experimentar se eu salvar o arquivo no Word em RTF e abrir no BrOffice resolve. Solução depois de ter tentado muitas coisas: Pegar uma cópia pirata (sim, pirata) do CrossOver Office, e instalar o Word e o Excel 2000, enquanto ela faz a migração dos arquivos. Isso deu trabalho para chegar a essa conclusão, mas funcionou, inclusive fiquei bem impressionado com o programa, vale os US$ 40 que são pagos nele.
  5. Problema com o Firefox. Na verdade, o galho é do iBest, cujo site não anexa arquivos quando acessado via Firefox. Já mandei vários emails para o iBest reclamando, mas o jeito foi instalar o IES4Linux, para ela usar o IE para isso, e convencer ela a abrir um email no GMail. Um dia eu abro a conta para ela.
  6. Disquete de lançamento de notas: Tem muitos professores querendo usar a máquina dela para fazer o lançamento das notas, que é feito num disquete. O programa é feito em Clipper, e funciona direitinho. A solução proposta é usar o DOSEMU para executar o disquete, mas ainda não a empreguei, mesmo porque o negócio é tirar isso do pessoal ficar usando a máquina da coordenação para situações pessoais. Para isso tem uma máquina separada, só que ainda falta alguns ajustes (e um cabo de rede para ela).

O duro é fazer isso e ouvir de alguns pretensos brincalhões (mas que não aguentam quando estão por baixo) chamarem o Linux de "carrinho de pipoca", de que não presta mesmo, que é coisa feita por amador... E não adianta falar que tem IBM, HP e um monte de empresas do lado do Linux. Para esses, vale apenas o seu mundinho como verdade absoluta e intangível. Nesseas horas é que eu me lembro da famosa frase do Giovanni: "Como querem ensinar, se não querem aprender?". É lamentável. E vamos andando...



Se alguém tiver uma solução melhor para algum dos problemas que tive, sou todo ouvidos.

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05 julho 2007

Rápidas


  • Quebrou a manopla do câmbio do meu carro. A primeira descascou, e a segunda rachou na base. Resolvi correr nos ferro-velhos daqui de perto (o "shopping do carro batido"), para ver se acho alguma. Procuro em todos, ninguém tem. Numa lojinha, no meio dos ferro-velhos, encontro uma nova. R$ 7,90. "Hum, tem um pitbull estampado nela. É, vamos ver antes qual é a da concessionária". Ligo: R$ 56,50. Dispensável dizer, né? Por esse desconto eu aceito comprar até uma manopla rosa. Claro, pinto ela logo depois... E vai ficando com o pitbull mesmo.
  • Finalmente tomei vergonha na cara e configurei o micro do meu pai para aceitar as minhas requisições de impressão. No meu caso, usei o LPD mesmo, não havia a necessidade de levantar um serviço Samba, essas coisas. Achei um artigo simples, mas bem completo, que se encontra nesse link aqui, e fiz. Funcionou redondo.
  • Um aluno meu conseguiu se superar esses dias, escrevendo eficais, enquanto ele queria dizer eficaz, e resolvendo a seguinte questão:

    Temos 264 células, cada uma com 16 bits de tamanho. Qual o tamanho em Mbytes?

    Resposta: 264 * 24 (16). Bases iguais, sendo multiplicação, somamos os expoentes, e teremos 268 bits. Fazendo 268 / 23 (bytes) / 210 (Kbytes) / 210 (Mbytes), temos o resultado, 245 Mbytes. Certo? Segundo ele, errado. Ele resolveu assim:

    264+16 = 1864. Socorro.

  • Aliás, preciso acrescentar a lista de besteirol escrita em 2007 na intranet da escola. Se alguém quiser acessar, é http://republica.ath.cx, e clica no link Humor.
  • Fim de período na escola, correria para uns, tranqüilidade para outros, já que houveram problemas na impressão das provas, e algumas foram adiadas para semana que vem. Sendo que semana que vem é o prazo de entrega de notas. E o COC do 2o Bi foi arremessado para agosto, por causa do Pan. É, eu estou começando a ficar irritado com esse Pan-Americano...
  • A obra está caminhando. Os tijolos chegaram hoje, deixando mais um rombo no meu orçamento. A previsão de término é no início de outubro, vamos ver se dá. Quero por um álbum de fotos da obra no ar, para vocês verem. Mas só com o recesso, eu vou ter tempo para fazer essas coisas - e muitas outras. E nessa brincadeira, meu dinheiro está rareando... Mas é por uma boa causa.

Depois tem mais.

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01 julho 2007

Stomp

Rapidamente, vale a indicação: Vejam esse vídeo abaixo, do grupo de música, coreografia e humor visual (segundo eles), o STOMP, onde eles brincam com bolas de basquete num beco, e na cozinha de um restaurante. S-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l. Obrigado, YouTube...



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Amizade em torno do MSX

Se tem uma coisa que une a turma do MSX no Brasil, é o sentimento de amizade, a camaradagem que existe entre nós. Sexta passada, o Cesar Cardoso e o Tabajara estavam no Rio, e juntamos parte da turma para comer algo e conversar, no "escritório"(1). Além do forte prejuízo que demos no restaurante (2), fica o sentimento de que todos somos amigos, e que gostamos muito da companhia um do outro.

Passamos boa parte da tarde e da noite de 6a falando sobre sobre carros turbinados, relacionamentos, atualidades e é claro, muito sobre MSX: Projetos mirabolantes (ou não tão doidos assim), opiniões e idéias, pitacos bem dados (ou outros, nem tanto)... Foi divertidíssimo.

E como é a Internet... Acho que todos só conheciam o Tabajara pessoalmente, só via Net. E já éramos bons amigos quando nos encontramos. Isso é o que une a turma, por isso é que Jaú é um encontro que todo mundo gosta de ir, por mais que a distância seja imensa e os gastos sejam um pouco altos, a camaradagem compensa isso tudo. Obrigado Tabajara, Cesar, sucochip e Dr. Venom, pelo tempo divertido que passamos!



PS: Minha noiva me liga, brincando, diz que é "só para monitorar", e pergunta que horas eu vou estar em casa, o que vou fazer. Eu respondo: "Ah, amor, a gente vai beber muito, usar drogas, bater uma empregada doméstica pensando que ela é prostituta, e no dia seguinte você vai lá tirar a gente da cadeia...". "Ah, tá, engraçadinho...". Dispensável dizer que fizemos nada disso.

(1) Escritório = Praça de Alimentação do Nova América - 2o piso.


(2) "Restaurante: Encerraram, senhores?"; "Tabajara: Que nada, o povo daqui é faminto, só está dando um tempo. Daqui a pouco pode continuar a servir." (E nós já estávamos há umas 2 horas comendo...)

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