04 abril 2009

Crônica de uma morte anunciada... De um HD.

Aqui em casa tenho HDs Samsung e Seagate. Antes que venha à baila a questão de HDs de melhor e pior qualidade, afirmo que já faleceram por aqui HDs Seagate (30 Gb) e Quantum (2, por sinal). Agora era a vez de um Samsung de 80 Gb, como o SpinPoint aí do lado.

Esse Samsung estava no meu desktop, e tinha sido passado recentemente para o meu servidor. De repente começou a dar crise existencial, e tudo indicava (incluindo o S.M.A.R.T.) que ele iria falecer. Bem, é preciso fazer backup dele. Usei o velho truque indígena de congelar o HD (*), comprei um de 250 Gb, ATA (**), Seagate, e fiz a dança das cadeiras, pegando o HD congelado e transportando tudo do Seamsung para o Seagate. Depois de um tempo, o Samsung voltou a dar problemas.

O jeito é aposentar o bicho. Saio para dar aula, e numa conversa com um aluno, ele me fala de um problema que ele teve com um HD Samsung, e como ele resolveu: Ele removeu a placa lógica, limpou-a com um pincel, e limpou os contatos com uma borracha branca e álcool isopropílico. Se você notar na foto aí de baixo (puxada descaradamente do Guia do Hardware), o contato da placa lógica com o motor de passo do HD é dado no meio da placa. Em alguns HDs, é um fino flat cable que faz a ligação. Nos HDs da Samsung, é uma peça que faz o contato, apenas.




Viram? É a parte cinza-escuro, perto da parte redonda onde está o motor. Fiz a limpeza, e o HD funciona normalmente. Claro, perdi a confiança nele, e ele está montado dentro do servidor, mas sem usá-lo. Quando eu colocar mais HDs no servidor, irei montar uma matriz RAID, e ele fará parte disso tudo. Mas por enquanto, ele está lá. E todos os testes que eu fiz nele deram ok. Logo, fica aqui a dica.

PS: Vale dizer que os HDs Seagate tem 3 anos de garantia no Brasil, isso para todos que foram comprados depois de 2009. Os que foram comprados antes tem 5 anos de garantia. Segundo um amigo, dono de uma loja que vende hardware, a linha de produção da Maxtor e da Seagate é a mesma. A diferença é a etiqueta colocada. Isso, ele ouviu de um executivo da Seagate, num evento organizado pela mesma para promoção dos produtos dela.

PS 2: Embora alguns digam que passar borracha nos contatos é um erro, e afirmem isso veementemente (sendo até indelicado com quem o faz - disse que o técnico que faz isso é um estúpido, ou coisa do tipo), passei já várias vezes e funcionou. Durma-se com um barulho desses.

(*) Pegue o HD, embale-o em um saco plástico. Coloque o conjunto dentro de outro saco, e depois dentro de outro. Lacre tudo com fita, para evitar a umidade. Feito? Coloque o HD dentro do congelador, e deixe de um dia para outro. Pegue o HD (que está frio como a Sibéria), espete no micro, acesse-o e copie tudo que está lá, rápido. A explicação possível é a baixa temperatura, que faz com que as peças do motor estejam contraídas, e com isso funcionem sem problemas. Quando aquece (e dilata), volta a dar problemas. Não é garantido que isso funcione com problemas de parte eletrônica, mas não custa nada tentar, um superaquecimento em um componente pode ser contornado dessa forma, talvez.

(**) O meu servidor não tem SATA, infelizmente.

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29 março 2009

Hotsync do Palm via wireless no Linux

Hoje cedo, de repente meu bom e (já) velho T|X resolveu resetar pouco depois de espetar um cabo de dados nele. Coisa estranha... Testo outro cabo, mesma coisa. Reseto, na mesma. Ainda experimento resetar o Palm completamente (tinha feito um backup mais cedo), e tudo na mesma. Fiz mais alguns testes... Acho que uma lavada com álcool isopropílico nos contatos do cabo pode resolver, mas tenho medo por não poder remover a bateria. Não, eu não sou entendido em eletrônica, e tenho medo de abrí-lo. E para eu me sentir seguro, precisaria desconectar a bateria dele, para não causar um curto na placa. Logo, depois vou ver com quem entende de eletrônica para fazê-lo.
Já vou no site da Microboards para ver como mandá-lo para reparo, quando lembro de já ter visto gente sincronizando o Palm via rede sem-fio, bluetooth e outros meios, no Linux. Eu uso o J-Pilot como software de sincronização por estar acostumado ao esquema KISS (Keep It Simple, Stupid) do J-Pilot, e por sinceramente não gostar do Evolution e do gnome-pilot como meios para gerenciar o meu Palm. Resolvo procurar, e topo com esse howto aqui, mostrando como sincronizar o Palm com um micro rodando o J-Pilot via wireless. Como tenho um WRT54G aqui (rodando - bem - OpenWRT 8.09), nada como ver como fazer.
O howto é de 2001, logo ele usa um Handspring Visor (palmtop concorrente da Palm que usava o mesmo SO, e foi comprado pela mesma - de lá é que vem os Treo), com uma Springboard (placa de expansão) wireless, e um access point 802.11b (máximo de 11 Mbps). Bem... Estamos em 2009, então muita coisa mudou. O que fiz:
  1. No Palm, entrei no aplicativo HotSync, escolhi a opção "Rede", e cliquei na lista abaixo do botão de sincronização, escolhi a opção "Selecionar PC".
  2. Dali, foi "Avançar" para ele pesquisar a rede e achar micros disponíveis.
  3. O Palm conectou na rede de casa e procurou. No meu caso, só achou um micro, "boromir" (meu servidor). Mas eu queria que ele sincronizasse com o desktop, o "aragorn". Bem, cliquei em "outros".
  4. Lá, coloquei o nome do meu micro, e "avançar", e depois "Ok".
Isso foi no Palm. Nada lá muito difícil, pelo contrário. E no J-Pilot?
  1. Abri o J-Pilot, entrei em "arquivo", e depois "preferências". Poderia ter apertado Control+S, funcionaria também.
  2. Nas preferências, selecionei a aba "configurações", e no campo "Serial Port", coloquei other. Na caixa ao lado, apenas "net:".
  3. Ok, e pronto.
Como funciona? Bem, do mesmo jeito de sempre: Clico no botão de sincronização, na tela. Espero um pouco (eu conto até 3 quando surge a mensagem na tela do Palm), e clico no botão de sincronização do J-Pilot. Bingo, sincronizou perfeitamente! Fiquei surpreso, e fui verificar se tudo estava Ok. Sim, estava. Ou seja, funcionou, e ainda mais fácil do que eu esperava! Enquanto não tenho dinheiro para um Palm Pre (se bem que ele ainda nem saiu por lá), vou me virando com o T|X, que é um ótimo palmtop.

Agora, para usar o Palm como leitor de cartão, dá para espetar o cabo e funcionar. É só abrir o programa apropriado (como o Card Reader), espetar o cabo DEPOIS e rodá-lo logo. Funciona. Depois que finalizar, desabilitar o programa e rapidamente remover o cabo, porque senão, é reset na certa.

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