02 janeiro 2010

E como voltamos da Costa Verde?

Como todos estão vendo, Angra dos Reis foi arrasada pela chuva: na Ilha Grande, um deslizamento matou dezenas de pessoas. Na cidade, outro deslizamento também matou outro tanto, e falam já em 50 ou mais vítimas. Assustador. Conforme eu relatei num post anterior, choveu no dia 30, 31 todo e ainda um pouco no dia 1/1. Não foi uma chuva fortíssima, mas foi constante e intensa. E com isso, ficamos ilhados no bairro do Perequê, onde minha cunhada e seu esposo moram.
Dia 31 ficamos dentro de casa o dia todo, o que é chato: Nada para fazer. Eu arrumei o que fazer, e tive atividade para todo o dia - edição de áudio, depois eu explico por quê. Mas queríamos passear, e a chuva impediu. Amanheceu o dia 1, compramos pão, café, televisão... E a água acabou. Que ironia, choveu tanto, e agora sem água na casa. Parece que as barragens foram fechadas, para não entupir as tubulações com folhas, barro e galhos. De qualquer forma, acabou a água e isso acaba deixando qualquer um mais desconfortável. Vamos tentar passear numa praia, já que o passeio de escuna já tinha ido para o saco. Na saída do bairro para a rodovia (BR-101), tudo alagado: A 3 quarteirões da casa da minha cunhada, a água estava chegando a meio metro, batendo no meio da porta de um Fusca, e bicicletas aro 26 com água no meio da roda. Sim, pegaram botes para tirar pessoas de casas alagadas naquele trecho.
Logo, mais um dia perdido, e conversei com a Cláudia sobre antecipar a volta para casa (ao invés de sábado de manhã, sexta de tarde), e depois, no meio do mês, a gente volta e passa um final de semana e faz os passeios que não conseguimos fazer. Ela relutou, mas topou. Arrumamos tudo, despedimo-nos, mas antes o esposo da minha cunhada foi ver qual era a saída para a rodovia com menos água. Ele fez algumas fotos (que infelizmente não fiz cópia), me indicou o caminho, e dali fomos embora.
Segui em frente, virei à direita 2 quarteirões depois... E lá vem água, no meio do pneu do carro. Respirei fundo, acelerei o motor... E enfiei o meu 306 na água. Como disse à Cláudia: "Eu nunca fiquei preso numa enchente, e essa não será a primeira!" Passamos rápido, mas com água batendo no fundo, aproveitando as ondas que os carros da frente faziam, e dei graças a Deus pela ponta do escapamento do meu carro ser virado para baixo (nota mental: no próximo carro, colocar uma ponteira direcionando para baixo). Passei um quebra-molas... E escapamos da enchente.
Seguimos para o Rio, e vimos várias quedas de barreira. Algumas tomaram parte da pista, fazendo com que o tráfego tivesse o fluxo reduzido. Em um trecho, desceu parte do acostamento. Tentei visitar a Vila Residencial de Praia Brava, próxima às usinas de Angra 1, 2 e 3 (por uma questão de nostalgia), mas não tinha mais fichas para visitantes. Paciência, fica para a próxima.
Quando chegamos em Angra, o trânsito parou. Pelo que soubemos, a pior queda de barreira foi no bairro de Sapinhatuba (sim, é esse o nome), que tomou quase toda a pista. O trânsito parou, e por 20 minutos fiquei lá, pensando na vida. Depois de uma discussão sobre o problema com a Cláudia, resolvi tentar uma aposta arriscada: Dar a volta.
Explico: Quando tracei a rota para a casa da minha cunhada via Google Maps, descobri que havia um caminho para lá pegando a Dutra e uma rodovia estadual que eu nunca tinha ouvido falar, a RJ-155. Era mais longo (45 km), mas ia pela Dutra e de lá entrava para a Costa Verde. Claro que fui pela Rio-Santos, mas na volta... Vamos tentar essa opção.
Foi um sufoco voltar para a rodovia Rio-Santos: Tentei escapar por dentro de Angra, mas parte da cidade está bloqueada pela lama e deslizamentos. O GPS do celular apontou o caminho certo, mas ele não sabia da tragédia. Portanto, depois de perder tempo rodopiando, voltei para o mesmo ponto onde estava, e consegui voltar. Seguimos 13 km pela Rio-Santos, e entrei na RJ-155, seguindo a rota alternativa traçada pelo GPS do celular (o Sygic Mobile).
A estrada está com asfalto tinindo de novo, bem cuidado. Tem acostamento, pequeno mas tem. E passa dentro das cidades de Lídice, Rio Claro e termina em Barra Mansa, daonde pegaríamos a BR-116 (Rod. Pres. Dutra). Só que a estrada é estreita (mão dupla, uma faixa de cada lado), e muitas curvas. (Quase) todos que seguiram nela, resolveram ser sossegados e não ficar cortando a torto e a direito. Portanto, foi razoavelmente tranquilo o percurso, embora houvesse muita subida, e depois, muita descida. Detalhe foi a passagem por 4 túneis escavados na pedra, com calçamento de paralelepípedos. Pena que não fotografei. O GPS ainda mandou entrar por dentro de Volta Redonda, para pegar a Dutra lá na frente, mas preferi ser mais comedido no percurso, e saí na Dutra "lá em cima", em Barra Mansa mesmo.
De lá, segui em frente, pé embaixo. Passei a Serra das Araras (que agora tem CINCO radares de 40 km/h, viva), paguei o pedágio em Seropédica (R$ 8,80!), coloquei GNV (finalmente!) em Queimados, e chegamos em casa às 21hs, 5 hs depois de termos saído da casa da irmã da Cláudia. Quando ligamos de volta, ficamos sabendo que a água tinha baixado, e estava voltando a água para a torneira, mas ainda muito fraca. Paciência, voltaremos lá quando o tempo melhorar, acredito eu que em janeiro. Mas conseguimos escapar, mesmo gastando mais combustível e rodando mais. Melhor do que ficar preso no congestionamento.
PS: Cobertura de celular da Tim na Costa Verde FAIL. Tive diversos problemas de ligação. Acesso 3G então, longe disso. No máximo EDGE em alguns pontos, e ainda consegui fazer alguma coisa na Net, mas quase nada.
PS 2: Meu pai lembra de uma mega-chuva que caiu por lá há uns 20, 25 anos, que o Laboratório de Radioecologia de Furnas (na época, Angra 1 não era da Eletronuclear) foi arrastado INTEIRO para dentro do mar. A força do lamaçal foi tão grande que parte da Rio-Santos foi destruída, assim como o laboratório, uma marina no lado oposto, e até alguns barcos afundaram. Ele lembra pois trabalhou desenvolvendo programas para esse laboratório, no tempo em que ele era "furneiro".

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15 julho 2009

Meu coração é volúvel também.

Não é só o jornalista Soares Júnior, ou o cantor caipira (ou sertanejo) Paulo Rolim que tem corações volúveis. Eu também tenho, e depois de ter acabado de consertar meu bom (e velho) Nokia 6265 CDMA que uso na Vivo, me aparece uma promoção arrebatadora da Tim, a saber:
  • Plano de voz de 120 minutos, com a oferta de pagar apenas o primeiro minuto se estiver ligando para um celular da mesma operadora;
  • Plano de dados ilimitado, de 300 Kbps;
  • Celular: Nokia 5800 Express Music - de graça.
  • Custo total de R$ 150 mensais.
Sim, oferta MUITO tentadora, visto que esse celular é anos-luz à frente do meu atual (anos-luz MESMO), um plano de dados ilimitado de 300 Kbps é muito bom para consultar emails e usar o celular de modem 3G, e o plano de voz é interessante. E eu sempre disse que só trocaria de operadora se houvesse uma proposta interessante. Pois é, a proposta veio.

Converso com meu "consultor" de mobilidade (que entende das coisas), e ele sugere conversar com a Vivo, pedindo uma contra-proposta. Ligo para eles, falo tudo, que tenho 11 anos de casa, etc e tal... A contra-proposta foi:
  • Será anexado ao meu plano a promoção Vivo 20x Mais, ou seja, para ligar para celulares Vivo, eu teria algo em torno de 3600 minutos mensais;
  • Um aumento nos meus pontos, que somados à bonificação do início do mês, perfazem um total de 60.000 pontos, o que dá para pegar alguns aparelhos da Nokia (que são os meus preferidos);
  • Nada de plano de dados.
Ainda é uma oferta inferior à proposta da Tim, mas vamos dar o "benefício da dúvida" a eles. Pesquiso no portfólio da operadora, acho alguns que me interessam, no caso o Nokia 6110 Navigator e o N73. No caso do primeiro, tenho interesse em um aparelho com GPS, porque aí eu posso dispensar a idéia de comprar um GPS, e atrasar para o próximo automóvel a minha idéia de um carPC. No caso do segundo, uma câmera melhor... E só. Ainda tem o E63, mas eu teria que pagar ainda R$ 80 para tê-lo. Mas eu não queria um smartphone trambolhão, como esses. Já tenho um Palm, ora.

Vou na loja... "Nâo senhor, esses modelos da Nokia não fazem mais parte do portfólio da operadora". Estranho, me indicaram pela central?! Ligo de volta... Ah, espera até 2a-feira para renovar o estoque. Meus pontos iriam caducar (só por 48 horas). Ligo na 3a, o estoque não é renovado, e os aparelhos não tem mais. Me apresentam outros aparelhos, incluindo o N95. Só que eu teria que empenhar de R$ 550 a 650, fora torrar todos os pontos. Sem plano de dados.

Ao mesmo tempo, vejo um plano novo da Vivo, o "Meu Primeiro Smartphone", que oferece um Moto Q11, um Palm Centro ou um Nokia E63 com pacote de 50 Mb de dados mensais e voz a R$ 99 mensais. E eu, que sou cliente há 11 anos, tenho que pagar para ter esses aparelhos? E perderia os pontos em pouco tempo se não usasse? Cansei, é hora de partir da Vivo. Penso um pouco, converso com o Cesar, e é o momento de dar tchau.

Só que eu já tinha uma conta em aberto, com vencimento em 10 de agosto, no valor de R$ 120 a ser pago. Minha conta virava do dia 22 de um mês até o dia 21 do mês seguinte. E já tinha virado. Logo, se eu usasse 1 ou 180 minutos, eu iria pagar R$ 120 para a Vivo, fora a conta da Tim. E perderia R$ 70 pelo reparo no meu 6265. Faço o seguinte, então: Acompanho o meu gasto de celular, até ele estar bem perto do tempo limite. Quando chegar lá, entro com o processo de solicitação da portabilidade. Cláudia, que quer passar o seu número para pós-pago, migraria também para a Tim, levando o seu número consigo. E vamos ver no que dá, a Vivo teve quase 3 semanas para me convencer do contrário, e ela não se empenhou em manter um cliente. Logo, vou para outra operadora, e isso aconteceu no último domingo.

O plano que eu tinha visto não existe mais, mas não deixou de ser vantajoso para mim. Peguei o plano Infinity 160 (R$ 91,90) + plano de dados de 300 Kbps (R$ 49,90), e adquiri o Nokia 5800 XM por apenas R$ 50. Cláudia pegou o Infinity 80 (R$ 63,90), e levou de graça para casa o Nokia 5310, com um par de caixinhas de som junto. A Vivo ainda mandou um SMS pedindo para que eu reconsiderasse, mas sem sucesso. Perderam tempo demais com isso.

Logo, estou de casa nova, e ainda com 2 aparelhos: O novo, com um número provisório, e o velho, com o número que ainda não foi migrado. Até amanhã deve ter sido portado. Preciso ainda cancelar uma conta no débito automático, colocar outra... E por aí vai. Quanto aos aparelhos, falo depois, ainda mal comecei a explorá-los. Dos celulares antigos, é juntar toda a tralha disponível e levar a uma loja de celulares para ver se eles compram, para abater do prejuízo. Estou atrelado por 1 ano, mas se a Tim for boa para comigo, continuarei atrelado por mais do que 1 ano.

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