06 junho 2009

Hoje realizei um sonho de infância

  Quando fiquei sabendo de que os Harlem Globetrotters viriam ao Brasil para uma série de shows, disse a mim mesmo que teria que vê-los. Meu pai contava de uma exibição que ele viu quando criança, ao lado do meu avô, e como se divertiu. Do pouco que vi quando criança, na televisão, minha curiosidade foi aguçada, não só pelas brincadeiras na quadra, mas também por conta do desenho animado, os "Super Globetrotters", dos quais lembrava de forma vivaz do Variedades (com sua cabelereira vasta, de onde ele tirava de TUDO), e do Homem-Esfera.
  Logo, ir hoje ver um show dos Harlem Globetrotters é realizar um sonho de infância. E hoje fui lá, me sentir uma criança, rir e me divertir, me deliciar com a brincadeira quase infantil, mas a habilidade quase sobre-humana daqueles homens com uma bola de basquete nas mãos.
  Quem não os conhece, sugiro que visitem a Wikipédia e conheçam um pouquinho desses malucos divertidos. E hoje, 6 de junho, fui eu com minha esposa e meus pais para vê-los aprontar. O show foi no Maracanazinho, onde não tinha ido depois da reforma para o Pan 2007. De cara, muita gente, peguei uma fila de 15 minutos para pegar o ingresso que comprei pelo telefone, com o Ingresso Rápido. Alguém ironizou na fila o nome da empresa, e eu respondi: "Ingresso não tão lento assim, que tal?"
  Pegos os ingressos, entramos nós no Maracanazinho... Mas é preciso deixar as garrafas plásticas, que mesmo sob protestos entregamos... Uma. A outra estava escondida no bolso da calça do meu pai. É por causa dos vendedores ambulantes que transitam dentro do estádio, e cobram preços tabelados (e absurdamente caros). Entramos, pegamos um bom local... Nossa, o Maracanazinho está lindo por dentro, depois da reforma: Uma quadra bacana, um painel no meio (como nas quadras de basquete americanas) com telões, ar-condicionado central (e deveria ter umas 30 a 40 mil pessoas por lá!), a ponto de meus pais e Cláudia sentirem frio (eu levei uma camisa de manga comprida, acertei no que não vi).
  Todas as apresentações são precedidas de exibições de basquete, brincadeiras, como deve ser um show para toda a família. Norte-americanos sabem fazer shows, e presenciamos um desses. Nessa tivemos um jogo-exibição de um time da Liga Internacional de Basquete de Rua (Reis da Rua) contra o time da Central Única das Favelas (CUFA). O juiz desligou a percepção de faltas, e fez uma partida de 2 tempos de 7:30 minutos cada. Claro que rolou falta, mas simplesmente não foram marcadas. Era exibição, e foi um jogo divertido, embora o som estivesse alto demais e não levasse em conta a acústica do estádio. Conclusão, não entendi quase nada do que o narrador (que agia como se estivesse cantando um rap) falou. Além de "É o seguinte", e "Som na caixa, DJ!", poucas palavras foram inteligíveis. Ah, faltou dizer que um dos jogadores do Reis da Rua, um branco de cabelo comprido, precisa por a mão na forma: Errou seguidamente quatro ou cinco cestas. Quando acertou, a platéia o ovacionou efusivamente, com alguns até gritando: "Até que enfim!".
  Depois, uma apresentação de street dance, que eu não consigo ver como outra coisa senão a evolução do break, dos anos 1980. Michael Jackson tem uma participação nisso, e a apresentação foi impressionante pelas acrobacias realizadas. O engraçado é que minha mãe gosta de street dance, acha divertido vê-los. Depois, distribuição de brindes, com um pequeno canhão de ar-comprimido para lançar camisetas bem longe, na platéia. Não, não ganhei nenhuma, infelizmente.
  Finalmente, uns 80 minutos depois de ter iniciado tudo, começa o show dos Globetrotters, começando por vídeos nos telões... E eu finalmente entendi porque tinha o Variedades no Super Globetrotters! Nos anos 1970, tinha um jogador com cabelo black power. Daí a inspiração. Ainda teve uma dança das cadeiras com as crianças e o Globie, um boneco animador de torcida deles que armou um bocado e arrancou risadas de todos nós.
  Entram os homens... É, sinal dos tempos: Antes um time só de negros, os Globetrotters agora tem dois brancos na sua formação atual - ou pelo menos, na formação que veio ao Brasil. E eles são showmen, engraçadíssimos, criam situações que fazem-nos rir desvairadamente... O time dos Generals, que SEMPRE PERDEM, tentaram armar para cima deles. O técnico, de muleta e brigão, aceitou a aposta de colocar uma saia de bailarina se perdesse. Dispensável dizer que perdeu, de 78 a 70 (na verdade era para ser 50, mas erraram de propósito no placar para aumentar a expectativa). E daí veio a tampa colocada na cesta, uma bola com controle remoto, a bola murcha, outra com elástico e presa na mão... Arremessos impossíveis, enterradas sensacionais, e um dos Trotters enfiando a cabeça na cesta (de baixo para cima), para impedir que as bolas entrassem. Foram 4 tempos de 10 minutos cada, com paradas para brincar com a platéia, e trazer crianças (que adoram um show como esse) à quadra e fazer brincadeiras. O mais saidinho de todos (Special K) apresentou um dos meninos como seu filho, e acabou tirando a camisa do menino. No intervalo, entra em campo o Big G, um boneco inflável deles que é divertidíssimo, tropeça e cai, faz careta e todo mundo ri dele.
Aconteceu de tudo, e terminei o dia com as maçãs do rosto um pouco doloridas, de tanto rir das brincadeiras, troças (como quando um dos Generals vai bater um lance livre, e os Trotters olham para ele e caem na gargalhada por já ter errado o primeiro). O juiz é um caso à parte, participando da brincadeira de uma forma hilária: Só não fez cesta, mas mais de uma vez fizeram passe... Para ele! Foi muito, mas muito engraçado. Valeu o preço pago de longe, foi uma diversão daquelas, para um total de pouco mais de 3 horas de apresentação.
  Infelizmente minha câmera deu defeito, travou... E eu louco para fotografar e filmar tudo o que eu pudesse... Minha expectativa era filmar a maior parte do jogo, encher o cartão de 1 Gb, e se ainda precisasse de espaço, espetar o cartão do Palm, esvaziá-lo em parte e continuar filmando. E depois meter tudo no YouTube. Não deu certo. Mas tem vídeos do show do dia 5 de junho já postados, estão aqui e aqui.
  Voltei a ser criança por algumas horas, e me diverti à beça, sonhando com a chance do homem poder voar. E eles o fazem isso, da maneira mais engraçada e bem-humorada possível. De qualquer forma, se não foi, ainda dá para ouvir a música-tema dos Trotters nesse link aqui. E se tiverem a chance, vejam porque vale a pena.

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14 agosto 2008

E as Olimpíadas?

Acreditem se quiser, estou acompanhando (aos trancos) as Olimpíadas de Beijing (ou Pequim). Aqui em casa temos uma antena UHF (conforme falei num post aí embaixo), e estou vendo o que posso, quando posso, na Bandeirantes e no TerraTV. Mesmo que eu quisesse ver na Globo (correndo o risco de ouvir Galvão Bueno falando sandices), não poderia: O sinal aqui em casa é muito fraco.

Bem, lá vai a minha coletânea de tiradas rápidas:

Abertura
  • Não vi. Como acenderam a pira olímpica?
  • Aquele papo das pegadas do gigante chegando no Ninho do Pássaro... Se fosse no Brasil iriam dizer que o gigante era um ladrão de ovos... Mas pareceu muito falso, aquela cena.
  • Parece que dublaram uma das cantoras da abertura. Eita! Bem, somemos à música ridícula da abertura do Pan 2007 ("Sinta essa energia"), o arqueiro que errou a pira olímpica em Barcelona 1992, e vamos aumentando a lista de micos esportivos.
Judô
  • 3 bronzes no judô, viva! Muito bom. Falta alguns ouros... Mas a gente chega lá.
  • Pena que os nossos campeões mundiais do judô (João Derly e Luciano Correa) não estão nos seus melhores dias: O primeiro voltou eliminado, e o segundo, acabou de ir para a repescagem, tomando 2 wazaris, fora 1 yuko de punição por falta de combatividade - e teve uma crise de choro. Mas, como coloquei no blog dele, como comentário... "O ouro deixa para Londres, 2012. Mas o bronze... Traga, nem que seja entre os dentes!". E pelo que vi, não teve jeito: Rodou na repescagem também.
  • Parabéns para a judoca brasileira, a Ketlyn Quadros, a primeira brasileira a tirar medalha em esporte individual. Muito bacana, principalmente porque ela era a reserva da Daniele Zangrano, veio e levou.
Natação
  • Na natação, é Michael Phelps e os outros. O homem está impossível. No Terra contaram a história dele.
  • Aliás, repararam como se quebra recordes esse ano, na natação? Em 4 dias, parece que foram 25! Assustador. Já jogaram a "culpa" no novo maiô da Speedo, outros falam em mais pesquisa em hidrodinâmica (e influência no treinamento dos esportistas), entre outras coisas.
  • Cubo d'Água é um nome simpático, pena que não é a verdade: O prédio não é um cubo, é um paralelepípedo. Que tal... Tijolo d'Água?
  • Cesar Cielo em terceiro nos 100 m livre! Uau, maravilha! Parece que descobrimos o substituto do Xuxa nas piscinas, um especialista em provas curtas. E ele disse que vai trazer medalha nos 50 m livre. Assim esperamos. Agora, o pai dele também é um vitorioso... Ah, CBDA, que palhaçada!
  • O Thiago Pereira está em 3o para a final dos 200m medley, especialidade dele. Tomara que ele traga uma.
Basquete
  • Dá gosto de ver os americanos jogar. Os caras passeiam em quadra.
  • E não teremos "dança do siri" em Pequim, o basquete masculino do Brasil não se classificou.
Outros esportes
  • Roger Federer, primeiro no tênis, acabou de ser chutado das Olimpíadas! Nossa, dá até um consolo, depois da derrota dos nossos favoritos no judô.
  • Já que o Terra está transmitindo, dá para assistir por exemplo, tico com arco, tiro esportivo, boxe e badminton. A maioria não tem narração, mas dá para saciar a curiosidade.
Ainda bem que o Terra arrumou a pendência deles com o Linux, e dá para assistir o TerraTV tendo o plug-in do MPlayer instalado. Assim, dá para assistir enquanto corrijo provas - e os alunos estão indo muito mal.

Uma coisa bacana é ver o Brasil sendo mais presente e disputando mais em várias categorias: Natação, judô, ginástica artística, handebol, entre outros. Isso se chama investimento e aplicação. No caso do judô, eles vivem fazendo intercâmbios com outros países: Cuba, Japão, etc. No handebol, todas as jogadoras do time feminino jogam no exterior. Na ginástica artística, nem se fala: Temos chance de medalha em 3 aparelhos. No tempo da Luísa Parente, isso era impensável. Nada como um BOM investimento, em técnico, equipe, aparelhos... Assim temos chance.

É dedicação somado a talento, não tem jeito: Michael Phelps nada cerca de 75 km por semana, e teve 4 ou 5 dias de folga nos últimos 4 anos. Conta-se também de uma história curiosa: O Sinjin Smith, talvez até hoje o maior jogador de vôlei de todos os tempos, estava no time americano bicampeão olímpico, e numa escala num aeroporto, o avião ficou preso por causa do mau tempo. O time americano encontrou-se com o time feminino brasileiro de vôlei, e uma das jogadoras procurou o Smith. Ele estava virado para uma parede, com uma bola de vôlei, dando toques contra a parede. Até nesse momento o cara está lá, treinando.

4 bronzes, nenhum ouro ainda... Continuemos esperando, e torcendo. Enquanto isso, na Olimpíada da Burrice, meus alunos ganham mais medalhas, com as notas mais baixas do que eu esperava, na prova de MMM. Vamos ver SO, deve ser pior ainda.

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