28 junho 2009

O Rei está morto. Viva o Rei!



Homenageie Michael Jackson da maneira nerd: pegue um Mega-Drive e jogue Moonwalker! Ah, se você não tem o videogame, pegue o emulador de Genesis mais perto, ora.

Ele era um bom cantor, um compositor dos melhores, um dançarino incomparável, e alguém que merecia o título de Rei do Pop, por saber como ninguém fazer um show. Pena que a sua vida pessoal, absurdamente atribulada, fez o que fez. Vai fazer falta.


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02 maio 2009

Passados 15 anos...

E ontem, 1 de maio, lembramos da morte do Ayrton Senna. Já fazem 15 anos... Ele nos deixou uma saudade imensa. Meu pai, fanático por automobilismo, recusou-se a ver o acidente. Acho que até hoje ele não viu. Ele sempre virava o rosto quando aparecia a batida violenta na curva Tamburello, em Ímola, naquele 1o de maio de 1994. Ele parou de assistir Fórmula-1, e só voltou a ver depois do fim da carreira do Schumacher, em 2007, acho. Minha mãe, que nunca foi fã de corridas, chorou com a morte do Ayrton. Meu avô ficou mudo. Meu irmão murchou. Um amigo de faculdade embargou a voz ao falar do fatídico dia. E logo ele, que eu nunca imaginei que daria bola para Fórmula-1?

Naquela semana, uma edição especial da Veja dizia: "A tragédia dobrou o Brasil". Eu ainda tenho essa revista, guardada em algum canto aqui em casa. Um bobo colega de faculdade buscou procurar palavras para expressar, e como sempre, não conseguiu, usou alguma expressão mal-colocada para enfatizar o que tinha acontecido - e como em muitas vezes, foi ridículo. E eu? Confesso que nem dei atenção para o que aquele tonto dizia. Foram 2 semanas de tristeza, nada me tirava daquele sentimento de fossa. Uma faixa preta amarrada ao meu braço esquerdo, o qual eu mais dependo. Afinal, sou canhoto, assim como o Ayrton o era.

Curioso que, esses dias, recebi uma entrega de madeira aqui em casa, e travei o seguinte diálogo com um dos entregadores:
"- Nossa, o senhor é canhoto?!"
"- Pois é... Eu gosto, sabe?"
"- Puxa, eu acho um barato, ser canhoto."
"- Mas incomoda um pouco às vezes. Abridor de latas, tesouras... Melhorou para nós."
"- Eu acho muito bonito."
"- Tem suas vantagens também. A mão forte está sempre no volante, a gente passa a marcha com a direita. Como o Ayrton Senna."
"- O Ayrton?"
"- Sim, ele era canhoto."
"- Puxa, e eu sou fanático por F-1 e não sabia disso... Obrigado!"

Mas o Ayrton não era só um piloto de F-1. Ele foi o nosso maior ídolo esportivo individual. Numa época em que não tínhamos muito o que comemorar, ele trazia ao povão alegria, ao passar os bichos papões e mostrar que brasileiro não é só barbeiro, é bom piloto também. Pergunte a várias pessoas que viveram o ano de 1988 sobre o que eles lembram de mais relevante daquele ano. Poucos apontarão a Constituição nova. A maioria irá lembrar do primeiro título mundial do Ayrton na McLaren. Ainda tentaram ascender o Guga ao posto de novo herói nacional, principalmente depois dele ter feito-nos pular na frente da TV com voleios e smashes espetaculares em Roland Garros. Felizmente o Guga não tornou-se outro Ayrton.

O Ayrton era aquele sujeito que qualquer brasileiro o aceitaria de bom grado em casa para tomar um café, filar um almoço... E ninguém aceitaria um não dele para um lanchinho lá em casa! Ah não, afinal, ele já era íntimo de todos nós: Em várias manhãs de domingo do ano, ele entrava na nossa casa, e travava belíssimos duelos contra grandes pilotos como Prost, Mansell, ou o nosso conterrâneo e não menos fera, Nelson Piquet (o pai).

E como xingamos Jean-Marie Ballestre, então presidente da FIA, com aquela desclassificação que tirou-lhe o título de 1989... Tudo por que ele saiu da pista! Mas nós mesmos que xingamos, aplaudimos ele deixar a sua McLaren bater e levar o carro do Prost para fora da pista, naquela largada. Jogou sujo? É, não foi lá muito leal. Michael Schumacher fez as dele também, e muitos o criticam até hoje (meu pai, inclusive). Mas o Ayrton pode ter sido o nosso "santo". Mas os pés eram de barro.

Santo ninguém é dentro de um carro de F-1. Ninguém está ali de graça, ninguém tira uma superlicença simplesmente porque quer. E ninguém está ali para perder. Muito menos o Ayrton, que dizia que "o segundo lugar é o primeiro perdedor".

Já éramos campeões mundiais. 2 títulos com o Emerson Fittipaldi, e 3 com o Nélson Piquet, que apesar de ganhar várias vezes o Troféu Limão dos jornalistas que cobriam a F-1, era o meu piloto favorito. Mas o coração era grande, e sempre houve espaço para mais pilotos. E o Ayrton, que a gente nem chama de Senna, mas pelo primeiro nome, dada a intimidade... Conquistou todo o Brasil.

Adriane Galisteu surgiu nesse momento, como a última namorada. Viviane Senna abriu um instituto com o nome do irmão morto. E o Rubens? O Barrichello acabou levando o peso de toda uma torcida acostumada a vencer nas costas. E, embora seja um piloto excepcional, vice-campeão mundial duas vezes, e o piloto com mais corridas na F-1 (o único ainda em atividade que correu com o Ayrton)... Injustamente é ridicularizado por um bando de idiotas que não entendem nada de F-1 e ainda repetem a piadinha boba: "Rubinho Pé-de-Chinelo...".

O Senninha, personagem infantil, ainda faz sucesso até hoje. Leonardo, o irmão, foi sócio da Cibertron Informática, "produtora" de software para MSX e hoje revende carros da marca Audi, a Senna Imports. Bruno, o sobrinho, quase vai para a F-1, 15 anos depois da morte do tio, e 25 anos depois da estréia do mesmo. Agora, vai correr na DTM, em algumas provas da Le Mans Series, enquanto espera para ver se pinta uma vaga em 2010. Seria ele um gênio como o tio? Não acho. Bruno é um ótimo piloto, mas ainda não é genial como o Ayrton. Talvez se tivesse tido a assessoria do tio... Mas não houve tempo.

O que teria sido do Ayrton se não houvesse aquele rompimento da barra de direção da Williams, naquele 1/5/94? Bem, ele hoje teria seus 49 anos (21/3/1960). É possível que estivesse casado, com filhos, e fosse meio calvo. Talvez tivesse ganho mais um ou dois mundiais (no lugar do insosso Damon Hill), e protagonizado duelos homéricos com uma estrela em ascensão, que era o Schumacher. Quem sabe estaria empresariando o sobrinho, que teria se desenvolvido ao longo de todo esse tempo, e não apenas a partir dos 18 anos, como ele fez. Traumas de família, todos nós sabemos.

Ayrton teria saído da F-1, talvez tivesse corrido nas 500 Milhas de Indianápolis, 24 Horas de Le Mans... E pudesse falar de cátedra a famosa frase de Nelson Piquet: "O melhor momento na vida de um piloto não é ganhar um mundial, ou uma corrida só. É quando ele dá uma porrada, destrói o carro, mas sai de lá vivo e inteiro". Teria levado e dado umas boas cacetadas, e se divertido um bocado.

Hoje ele talvez estivesse à frente da sua fundação, apoiando tratamentos de crianças com câncer, coisa que ele fazia e não pedia reconhecimento algum. Quantos equipamentos ele doou para o INCA, sem que ninguém soubesse! Talvez ele tivesse estendido aquelas idéias que ele teorizou, sobre o carro de F-1 do futuro, que parecia um avião caça, todo computadorizado. Talvez ele tivesse escrito aquele livro, contando histórias escabrosas que só quem esteve por trás dos paddocks saberia... Mas corríamos o risco de ouvirmos ele sendo comentarista de corridas ao lado do seu grande amigo Galvão Bueno. Bem, se fosse assim o Luciano Burti teria perdido o emprego.

A Williams não teria entrado nessa espiral descendente de fracassos, e não estaria hoje devendo até os pneus da cadeira de rodas do seu chefe, Frank Williams, o último "garagista" da F-1. A Honda não teria desaprendido a fazer um carro, e Schumacher não teria ganho 7 títulos, mas talvez uns 4 ou 5... E teria sido melhor para nós, brasileiros. Esse buraco, na cabeça do povão, entre 1994 (morte do Ayrton) e 2007 (Felipe
Massa na Ferrari) não teria ocorrido.

Mas quis Deus que Ayrton fosse estar com Ele. No seu túmulo, a paráfrase do lindo versículo escrito pelo apóstolo Paulo aos Romanos, capítulo 8, verso 39: "Nada pode me separar do amor de Deus". Quis Deus que o Ayrton fosse estar com Ele. Pelo menos, a infame coletânea de piadas de humor negro que atravessaram a iniciante Internet ao longo de 1994 teria sido abreviada.



Ainda carrego um cacoete que tem origem no Senna. Sempre saio de um túnel com um olho fechado e outro aberto. E depois de um tempo abro o outro olho. Na entrada do túnel, fecho um e abro outro. Na saída, é o contrário. O Ayrton fazia isso, para não ser ofuscado na saída do Túnel do GP de Mônaco. É... Não é à toa que ele levou Mônaco cinco vezes, merecendo o título de Mister Mônaco. É... A tragédia dobrou o Brasil, e passados 15 anos, ainda traz saudade. Meu aplauso ao maior piloto brasileiro de todos os tempos, e um dos maiores da história, o nosso amigo Ayrton Senna da Silva. Que, como todo Silva, é comum. Mas que foi cantado pela Tina Turner como "You are simply the best". É, o simplesmente o melhor.

PS: Viúva é a @#$%"&*(+)!

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22 maio 2008

Virei o taxímetro

Hoje esse hnal aqui completa mais uma volta em torno do Arbol, conforme eu falei há algumas voltas atrás. Pelo menos, 2 vezes, e com essa, a 3a. Agora, é a 34a. Se eu tinha que morrer crucificado, já perderam a hora. Agora, foi-se. Mas ainda não peguei a fase dos "enta", levará ainda uns 6 anos (em 2014, pode ser).

Além de agradecer pelas lembranças via telefone, email e Iogurte (que eu irei olhar daqui a alguns meses, quando eu resolver voltar àquela josta), queria falar um pouquinho sobre minha família, amigos, e algumas pessoas que me marcaram ao longo da vida, e participaram do processo que foi tornar-me o que eu sou. Serei breve.

Primeiro, meus pais, Sergio e Madalena, que amo e me ensinaram (quase) tudo que eu precisava saber sobre a vida, o universo e tudo o mais. Se eles não sabiam, me davam um livro, e eu li muito na infância, criei o hábito da leltura (exemplificada em 2 estantes cheias de livros e papéis e quadrinhos e tanta coisa...).

Meu pai, hoje aposentado, compete nadando, e está vinculado à Federação Aquática do Rio de Janeiro, e está toda hora beliscando uma medalha de ouro aqui e outra ali. Como ele repete, rindo, o que eu falei a ele: "Eu sou um velho maluco". E o homem tem ouro não por participação, mas por merecimento. Eu nado, ele treina, sempre falo isso. Se quiser conferir, tá ele lá, em 10o lugar na categoria dos 60+ masculino para provas curtas, e em 9o lugar na mesma categoria para provas longas. Tirar ouro nos 200 medley, na categoria dele... Não é para qualquer um. Ele já acumulou mais medalhas de ouro agora do que quando ele era adolescente e nadava pelo Vasco. Hoje nada pelo Botafogo. Com ele aprendi a ser homem. E não homem por ter um órgão sexual masculino. Mas ser homem, como um homem deve ser, nas atitudes, nos atos, nas responsabilidades, na palavra. Ah, ele é o sujeito grisalho, sorridente e que encolheu a barriga, no alto do pódio.

Minha mãe, das mulheres, a mais cantada (Maria Madalena, imagina quantas brincadeiras já não fizemos com ela), e entre muitas, uma das mais bem-humoradas pessoas que já conheci. Mas com um pulso firme... Como já disseram a ela, só tendo uma personalidade forte para aguentar 3 homens na mesma casa! Como ela dizia: "Fala que duvida que eu faço isso?!" E a gente: "Eu não, você é maluca..." E dedica-se ao lar e a Deus, como um exemplo de cristã com o qual eu preciso ainda aprender muito...

Meu irmão, Fabio, que como já foi dito, "onde chega, enche o ambiente". Quem conhece a figura, sabe como ele é. Certa vez ele ficou ofendido, quando disse que ele era a parte mais louca da minha vida. Mas também, a mais querida. Inclusive estou no débito com ele, não tenho quase conversado com ele... Preciso telefonar-lhe. Ele é o meu irmão mais novo, e como todo irmão mais novo, sempre quer fazer as coisas primeiro: Casou, separou... Agora está casado de novo, e vai me dar a honra e a alegria de merecer o título de tio. Pois é, povo, eu e Maria Cláudia seremos titios, a Giulie (nome original, hein?) nasce até julho, filha dele e da Carla, sua esposa. Uma das coisas que aprendi com o Fabio é ser perdoador: Ele é capaz de rosnar, morder e brigar, mas pouco tempo depois está te dando uns tapas nas costas, e fazendo piada do fato. Tem um coração imenso, uma paixão pelo emprego (como petroleiro), e uma tara por motores, graxa e turbinas (não é à toa que tatuou um turbo Garrett no tornozelo esquerdo). Ah, e é usuário de Linux, experimentou o Ubuntu e está gostando. Como ele mesmo disse: "Olha, eu só tô usando Windows para jogar Counter-Strike, e mesmo assim porque ainda não descobri como rodar ele dentro do Linux. Se bem que eu sei que dá para fazê-lo".

Da família, ainda cito Maria Cláudia, minha amada esposa, que vai morrer de vergonha quando souber que falei nela por aqui, mas que tem tornado o nosso casamento como a melhor decisão que tomei desde que vim parar nessa terceira rocha azulada contando a partir do sol. Como ela mesmo diz: "Não tinha ninguém melhor para casar não?". "Louca como você, não". E a vida de casado tem sido uma alegria tremenda, de descobertas e de ajuda mútua. Muito divertida a vida a dois, eu diria. Um exemplo de descoberta? A que eu casei com a filha mais louca do seu Eduardo e da dona Zélia. Talvez a maior prova tenha sido ela sair dos cafundós de São Gonçalo e vir morar aqui em Jacarepaguá, comigo. Mas também eu sou doido, visto que a casa foi erguida... Para ter onde morar com ela. Ela disse certa vez que moraria comigo "até debaixo da ponte", mas eu disse a ela que não tiraria ela de casa para pagar aluguel, mas que iria construir um canto só nosso. E assim foi feito.

E lá vou eu, lavar louça, estender roupa, arrumar cama e compras nos armários. Mas também carinho, chamego e cumplicidade. Meus pais ganharam uma "filha adotada", e estão felizes em saber que o filho deles está sendo bem-tratado e está feliz. Ao mesmo tempo, estou nerdizando a Cláudia, agora mesmo ela está assistindo Doctor Who, e se continuar assim, em breve me alcança, na 4a temporada (ela está fechando a 1a). Cláudia tem sido até aqui, a melhor coisa que me aconteceu na vida, e tem sido um prazer e uma alegria viver quase 5 meses ao lado dela. Se o resto da vida for parecido com isso, serei o hnau mais feliz desse lado de Tellus.

Ainda tem gente que participou da minha formação, e que eu lembro com carinho: Professores, gente da minha igreja (que ainda está lá ou que passou por lá), mestres na vida e de formação. Depois falo mais deles.

PS: Infelizmente não achei fotos ao meu alcance do meu irmão e da minha mãe. Estranho, o F-Spot não apontar... Bem, com mais de 5000 fotos a serem indexadas (e um monte de repetições), não é estranho perder-me nesse oceano de fotografias que ainda precisam de revisão na indexação.

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13 julho 2007

Hoje é dia de rock!

Como todo dia 13 de julho, venho aqui fazer a minha singela homenagem ao Rock and roll. Embora vez por outra aparece alguém dizendo que o rock morreu (embora os Replicantes lembrem sempre que o punk rock não morreu), continua por aí. Muito imitado, nunca superado. Inúmeras variações e vertentes, estilos e vozes, novos e velhos intérpretes, tocado por instrumentos comuns e não tão comuns... Esse é o good and old rock n' roll. Combatido por segmentos religiosos estúpidos (dentre os quais, alguns que professam a mesma fé que eu), acolhido por outros, membros dos mesmos segmentos. Mal-interpretado, distorcido, elevado ao status de clássico, ou acusado de cúmplice na rebeldia juvenil... Esse é o homenageado dessa data. Com um dia no calendário, dedicado a ele. Long life to rock and roll.



Trilha sonora para o dia: Qualquer disco do The Who, pois não lembro de uma banda que seja mais rock and roll do que essa. Sugiro que comece por Pinball Wizard. Depois viaje... No momento, Blue Oyster Cult nos meus ouvidos, antecedido por Captain Beyond e Grand Funk Railroad, num grande "ao acaso" de guitarras, baixo, bateria, rebeldia e diversão. E Dire Straits para fechar. Ainda faltou o nacional, o Pink Floyd, tanta coisa... Mas deixa, não vai dar mesmo para ouvir tudo.

PS: E o acaso me privilegia dessa que é uma das mais apropriadas para o dia: Rainbow - Long Live Rock and Roll Yay!

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