20 novembro 2008

E o CONISLI, como foi?

Pois é, o CONISLI... Eu fui a um evento nacional de software livre, mas o evento, por si só, não foi. No contexto vocês entenderão.

Bem, tracei ainda no Rio, uma rota via Google Maps para chegar na FIAP (onde seria o CONISLI) a pé. 2,3 km, não é uma distância lá muito grande, daria para cobrir em 20 minutos, meia-hora. Bem, vou caminhando, já que a faculdade não é realmente longe... Pois é, fiz o percurso, e o Google Maps acertou direitinho. Só teve um detalhe: esqueceram de avisar via ele que quase todo o percurso é feito subindo e descendo. Eu estou acostumado, morei quase 30 anos numa. Mas foi um sobe-e-desce quase inacreditável, ao subir a última, eu já estava olhando para baixo, e torcendo para que faltasse pouco. Mas cheguei. Não é à toa que o Spy disse que o nome do bairro não deveria ser Aclimação, mas sim Inclinação... Olha a rota aí abaixo:



Não sou rato de encontros de SL. Aliás, participei de muito poucos, e dos maiores que eu estive, eu era um dos organizadores. Logo, não sou bom para avaliar público. Mas achei que havia muito pouca gente. Para um evento que já foi o 2o maior do Brasil (só perdendo, óbvio, para o FISL), achei bem mirrado. Também, houveram contratempos e erros de organização que ajudaram nisso: A grade de palestras, por exemplo, só saiu uma versão definitiva no sábado do evento. Eu sabia a que horas eu iria falar (domingo, 9 da manhã), mas o Punk me preveniu: "Jurczyk, deixa mais uma ou duas palestras à mão, porque podem precisar. Ano passado eu vim para falar uma palestra e falei três".

E o curioso é que o CONISLI era quase um evento de PHP com palestras de Linux espalhadas. Muita palestra sobre essa linguagem de script que está conquistando o mundo, e meus colegas de trabalho, na sua maioria, insistem em ignorar. É, PHP atrai público hoje em dia. Outra coisa que houve, é que houveram pouquíssimos palestrantes internacionais. Aliás, acho que teve dois, e um deles era um desenvolvedor PHP, se não me engano. Fraco mesmo.

Uma coisa que gostei foi a rede wi-fi da FIAP, fechada com uma chave WEP ASCII de 64 bits. Conseguida a devida chave com outro usuário de Linux em notes próximo, conectei, e resolvi atualizar o notebook... 250 Kb/s de taxa! U-hu, nunca vi uma wi-fi tão rápida! Beleza, atualizei o note todo, e aproveitei para instalar os pacotes que gosto da lista de dicas do Ubuntu Paradise. Quase foi ver um vídeo on-line, via streaming, mas achei que era abuso.

Das palestras MESMO, só assisti uma, a do Piter Punk, célebre MSXzeiro e Slack-fã (ele não é xiita, logo não é Slack-maníaco), chamada "Fazendo as coisas funcionarem". Basicamente, a luta dele para fazer o notebook dele (um CCE) funcionar com Linux a contento. Explicações de como são feitos os drivers, da falta de interesse/vontade/desconhecimento/whatever dos fabricantes de fazerem o driver para que seu dispositivo funcione com algo diferente do sistema conhecido como "Janelas". E toda a pesquisa, os gatilhos e alterações que ele fez (inclusive em drivers do kernel) para que as coisas dessem certo. Algumas curiosidades comentadas por ele:
  • Wireless foi uma novela, parece que na árvore nova do kernel, a 2.6.27, ele funciona. Mas não entrava nem a sopapo, é um rádio da Marvell que não tem suporte, acho que nem via NDISwrapper. Ele resolveu comprar um adaptador wireless-USB... Mas só no terceiro deu certo. O primeiro tinha o mesmo chip do note. O segundo, com um chip completamente desconhecido. No terceiro, ele conseguiu.
  • A placa de vídeo é uma SIS (bem-feito), e o driver aberto, do Xorg, não tem suporte a aceleração 3D. Contactada, a SIS diz que não libera informações por causa dos seus "segredos industriais". O Punk comentou isso... E riu: "Alguém iria quer roubar algum segredo da SIS?" Respondi em voz alta, no meio de uma sala cheia: "SIS não é placa de vídeo, é gerador de caracteres!" E todo mundo riu, com razão.
  • O som funciona... Mas não tenho certeza.
  • A controladora SATA funcionava até o 2.6.24, depois parou, e acho que agora voltou.
  • Só sobrou a rede cabeada, que funcionou muito bem.
Ou seja... Socorro! E eu achando chato ter que carregar módulo de wi-fi à parte...

Outra coisa que notei é que pouquíssimas comunidades estavam presentes. Só contei quatro: Os Perl mongers (YAPC), o Ubuntu-SP, o Grupo de Usuários do BrOffice.org, e o Moz/BR. Disse-me o Spy que o CONISLI em 2007 fechou-se para as comunidades, e isso queimou muito feio a imagem do evento. Por isso o esvaziamento. O grupo de usuários Slackware, por exemplo, não veio. Engraçado que eu fui beber com o Spy e a cambada amiga dele, e a turma do Slack estava lá. Aliás, a respeito deles, ouvi uma engraçada: "Se eles tivessem vindo, já teriam sniffado a rede".

Fiquei mais com o povo do Ubuntu-SP, com o Christiano e o Thiago Avelino. Papeamos muito, tentamos instalar Ubuntu num HP Mini 2133 (se conseguíssemos, iríamos faturar uma grana), mas sem sucesso. Ainda bem que não comprei um cara desses, eu andei pensando mas desisti, pagar R$ 1650 num Via C7, 512 Mb de RAM... Não compensa. Bom papo, e depois voltei, de ônibus e metrô.

No domingo, como iria palestrar, resolvi sair mais cedo, e paguei o metrô, fui até a estação Vila Mariana, e de lá resolvi pegar um ônibus. Bem, iria andando até aparecer um ônibus, e assim chegaria mais rápido. Resultado: Caminhei até a FIAP, sem ver um bendito buzão. Cheguei atrasado, mas as pessoas também se atrasaram. Afinal, era início do horário de verão 2008, e a palestra começou 15 minutos atrasado.

Estava preocupado em pegar uma assistência muito envolvida no assunto, e ouvir perguntas escabrosas e não saber responder. Só que o novo público do CONISLI, que é uma turma mais nova e menos envolvida com software livre e open-source, acabou colaborando, e as poucas perguntas eu soube responder bem. 45 minutos de palestra, fiquei devendo os vídeos... Mas para quem quiser ver, a palestra (versão 1.0, heheh), está aí abaixo, cortesia do Slideshare:

Linux e sistemas embarcados
View SlideShare presentation or Upload your own. (tags: embedded linux)

Ainda assisti às palestras do Ubuntu-SP e a do Ubuntu Games, que foram legais, mas carecem de polimento na apresentação. O pessoal do Ubuntu-RJ está melhor representado nesse quesito, pelo KurtKraut (que nem usa Ubuntu mais), e o Turicas. Depois, fim de congresso, mais uma longa caminhada até o metrô (mesmo problema da ida), e ainda fiquei devendo uma entrevista para o povo do Moz/BR, procurei eles mas não os achei para conceder-lhes a "exclusiva".

Saldo do congresso: 1 correia para pendurar crachá, 2 bottons, alguns guias rápidos do Firefox, algumas amizades e palestras legais. Como evento, o CONISLI foi fraco, na minha concepção. Espero que melhore.

Depois eu posto sobre o resto da viagem, fica para depois.

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11 março 2008

Firefox 3 beta numa análise besta e superficial


Estou experimentando o beta 4 (antes, o beta 3) do Firefox 3. Agora temos favoritos inteligentes (não entendi bem como funciona), algumas mudanças estéticas (nada de muito sofisticado), a opção de pausar o download (boa), entre outras. Nas preferências, quase tudo a mesma coisa. Ele me parece um pouco mais rápido, mas não muito. Quase nenhuma das minhas extensões entraram (de 21, só 3 funcionaram), mas pelo menos os vazamentos de memória sossegaram (finalmente). Era um saco abrir o Firefox e depois notar que ele estava comendo 30, 40% da memória livre da máquina. Pelo menos isso arrumaram, o que já justifica o meu uso mais intenso (como agora). Agora é aguardar o RC1 e o definitivo.

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03 março 2008

Mais uma prova irrefutável da porcaria que é o Uíndous

Configurei direitinho o novo DNS da escola (maraDNS), comentei inclusive no blog, num post passado. Tudo beleza, tinindo. Todos os testes funcionando, o nosso DNS resolve nomes localmente, e repassa ao OpenDNS o pedido para endereços externos.

Chego numa máquina Windows (que recebe o IP via DHCP, como todas as outras), abro o Firefox, coloco http://webserv, e entro na intranet da escola. Perfeito. Abro o Internet Explorer, coloco o mesmo endereço... E ele vai falar com o site da MSN? Não parei para investigar mais a fundo, mas mandei ping para máquinas só colocando o nome, e o Windows não consultou o DNS. Só o Firefox fez a consulta corretamente. Bem, pode haver algum problema aí, na configuração de rede do Windows... Mas como, se o endereço é dado via DHCP, e o DNS não mudou? O que fiz foi substituir um caching nameserver por um DNS na acepção da palavra, na mesma máquina onde estava antes. Nem o IP foi trocado. Logo, é coisa do Windows.

Mais uma para eu descobrir o que está acontecendo...

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14 março 2007

Rants trabalhistas novamente

Postar no meu blog ultimamente tem sido difícil. Por ultimamente entenda nos últimos anos, hehehehe... Sempre muita coisa para fazer. Logo, vou tentar escrever um post em 8 minutos, para depois voltar ao trabalho. No cardápio de hoje são "rants" trabalhistas.


  • O que fazer com um imbecil colega de trabalho que experimentou uma distro obscura de Linux há uns 5 anos atrás, teve problemas, e até hoje fica fazendo campanha contra o pinguim? A última que ouvi é: "Linux é uma m.... mesmo, tinha que ser feito por um bando de malucos..." Isso sem mais nem menos. Aliás, é o mesmo que disse que o problema do ASP era com o Firefox (alguém explica a ele que a arquitetura em que ele programa é cliente-servidor)? O mesmo sujeito que quer um servidor Web em cada máquina da escola. Tinha que ser torcedor do Flamengo...
  • Aliás, estou ficando farto de MSCEs e MCPs que arrotam grandeza e não são de nada. Agora um desses resolveu arrumar encrenca: Todos que lecionam determinada matéria querem trabalhar com uma versão de um software (não ia dizer, mas dane-se, é o Visual Studio 2005 Professional). Ele quer trabalhar com o Visual Studio .Net 2003. Por quê? Porque ele não quer refazer o material dele. Logo, os outros que se danem. Acontece que, para termos as 2 versões do mesmo programa na máquina acarreta:

    1. 2,5 Gb a mais de espaço ocupado no drive C, o que engorda a imagem de instalação em 50%.
    2. Mais lentidão nas máquinas, fato comprovado por todos que mexeram.
    3. Problemas de incompatibilidade, por causa das duas versões, o que é uma possibilidade teórica.

    Logo, isso rende longa discussão, a equipe é contra. O sujeito insiste, bate pé, diz que não, age como criança birrenta (não é à toa que é chamado por muitos de menininho). E o mesmo arrasta a discussão para a direção da escola, e diz que a coordenadora não tem competência para discutir tal assunto. Ah, disse também que a equipe da rede é incompetente. Se tudo isso fosse dentro de uma nave espacial, eu já tinha ejetado ele pelo airlock. Se cedermos à vontade dele, abriremos um precedente. Aí é que todo mundo vai sentir-se no direito de querer instalar o que bem quiser, ao contrário de uma decisão em equipe, e nos fazer de palhaços, coisa que muitos tentam, e até agora nenhum conseguiu. Nessas horas é que eu me pergunto: Por quê eu fui logo perder aquela BFG 9000?

  • O projeto segue, meio trôpego, mas caminhando, e vários querem se meter... Até exigiram relatórios. Engraçado, pensei que eu tinha que prestar contas somente à FAPERJ... Aliás, se eu lembro bem, só à FAPERJ, e mais ninguém.
  • Direção interina vai sair, edital para eleição vai surgir... E ninguém quer mais segurar o ferro de solda ligado pela ponta. Logo, ninguém quer comprar brigas. Todos cheios de dedos. Saco.
  • Enquanto isso, mal começou e já estou pensando na possibilidade de explodir o meu outro blog, o FAPERJ na ETER, por pura falta de tempo para atualizar.
  • Em compensação, bem que eu avisei: Eu só me atrasava na Paraíso por conta da obra na Niterói-Manilha. Dito e feito, desde o início do ano meu índice de atrasos foi zero. Amanhã há uma possibilidade, visto que o pretinho está no conserto (rolamentos da suspensão), e pode ser não esteja pronto a tempo.
  • Amostras de situações escleróticas que eu tenho que aguentar:

    - "Ricardo, qual a possibilidade de termos micros novos num laboratório na semana que vem, por conta do projeto da FAPERJ?"

    - "A mesma chance que há em você tentar me seduzir e eu ceder. Nenhuma".



    - "Ricardo, dá para a imagem ficar pronta para descer nas máquinas amanhã?"

    - "Só se você alargar o dia em mais umas 36 horas..."



    Esses são diálogos breves protagonizados por mim e pela coordenadora maluquinha que temos (eu fiz bem em não votar nela). Para variar, ela quer que façamos milagres de uma hora para outra. Mas ela não lembrou que "milagre demora um pouco mais". E por quê? Porque mandam a solicitação de turma por parte de outro curso UM DIA ANTES DO INÍCIO DAS AULAS. E ela, que é avoada (já perdeu o celular 3x esse ano), estressada (e tem motivo) e problemática (procurem algum post antigo meu), pira na batatinha e viaja na maionese.


Esse é o rebu em que trabalho. E projetos como esse, vocês podem ter certeza: o próximo que assumirei deverá ser em 30 de fevereiro de 3141, só porque aí teremos um ano PI...



Pelo visto, cumpriram a promessa de matar um personagem importante em Galactica. Quem quiser saber, que veja a 3a temporada até o fim. Aliás, isto é... Se é que mataram. Nunca se sabe.

Torchwood está interessante, embora a série seja pesada. Quase todos os personagens principais já tiveram algum envolvimento homossexual... Na série. Não sei qual é a graça que o Russell Davies vê nisso. Deve ser tara.

Odeio Bradesco, e não é de hoje. Agora estão encrencando com a versão do plug-in Java que meu pai usa... De novo. O jeito é espinafrar alguém por lá. O maldito Internet Banking deles encrenca com o plug-in Java da Sun e com o Firefox. Juntos. No Windows XP. Nem com reza ou vaselina passa. E no momento, o site desse banquinho de m.... fica recarregando no meu Firefox.



Devido à minha escrevinhação, levei bem mais do que 8 minutos. Foram mais de 60, também por causa do Bradesco. Agora eles tem um navegador próprio, o tal do NetExpress (deve ser um custom do IE), o plug-in Java 1.4.9 versão 7 (e a versão mais atual é a 1.5.0 U11!)... Acho que funcionou, pelo menos meu pai não quis enforcar ninguém.

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13 dezembro 2006

É... E ainda tem gente que critica

Segundo alguns sites por , essa imagem abaixo apareceu na página principal do Google hoje:


Ou seja, agora eles foram descarados: USEM O FIREFOX 2! E tem gente que fala que programa feito por amador é tudo porcaria... Acho que vou imprimir e colar na sala dos professores.

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08 dezembro 2006

del.icio.us - pedi truco

Rendi-me ao del.icio.us, para catalogar os meus bookmarks. Coloquei uma extensão nos Firefoxes que eu uso, para sincronizar os marcadores que eu fiz, e aí acaba com a zorra que isso tudo fica.

Mas como os meus bookmarks ainda são uma confusão daquelas, resultado de uns 10 anos de navegação, via Netscape e depois Mozilla, já viu. Aos poucos eu vou organizando. E resolvi adotar o del.icio.us , com seus recursos de etiquetas (tags), que o Cesar tanto adora, para fazer uma versão 2.0 dos meus apontamentos, Internet afora. Já tem um monte delas, 46 segundo o site. A tag cloud está bem grandinha, tô inclusive pensando em por essa extensão desse site no Firefox da escola. Já pensou, se os alunos pegam o gosto? Quero ver no que dá...


Enquanto isso, sou obrigado a ouvir na escola que "programa feito por amador é tudo porcaria". Sim, é o mesmo professor de sempre, falando mal do Firefox, porque a renderização que ele quer com o site em PHP sai de um jeito no Internet Explorer, e de outro jeito no Firefox. Bem, é preciso explicar a ele (que na maioria das vezes não quer ouvir) que eu coloquei a extensão IE Tab, e que isso ajuda imensamente ele, que quer abrir o site no IE, e o navegador padrão é o Firefox. Só clicar lá e pronto. Ah, esqueci de mencionar a ele o acordo da Microsoft com a Zend, para suportar o PHP no Windows.

Não vai adiantar dizer a ele que o site do UOL, o IDG Now!, a INFO, a ZDNet e tantos outros falam há tempos: O Firefox continua superior ao Internet Explorer, mesmo nas versões mais novas. Mas meus colegas de trabalho são os seres mais retrógrados que conheço, ninguém quer aprender nada de novo... O Linux que temos lá, nos clientes, quase não é usado. É... Continuamos em frente.

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