31 março 2005

Filosofações: O fantasma do ex

Aqui continuo a minha série de filosofações relacionais, escavando textos perdidos no HD, dando um polimento e soltando aqui. Espero não chocar muito.



Um dia desses, sem muita coisa para ocupar a mente (eu devia estar nadando, não lembro), pensei sobre o que era pior levar pela cara, quando eu estava "cercando" uma senhorita. Descobri que existe algo ainda pior do que o "Vamos Ser Amigos?". É o "voltei para o meu ex-namorado". Substitua o voltei por um verbo mais dramático, algo "retornei", "reatei", sei lá, para aumentar a dor.

De qualquer forma, essa frase tem a sutileza de um rinoceronte e o impacto de uma bomba de hidrogênio no coração de cada um. Ai, como dói ouvir isso. Ainda lembro de uma vez, que quase quebrei as mãos dando socos na parede - de pedra, da sala da minha casa. Depois de 1 ano e pouco batalhando, cantando, investindo, ligando, chegando junto... Aí vem a famosa frase. Acho que essa foi a primeira vez que ouvi essa desculpa. A vontade que tive foi de morrer. Ou de torcer o pescoço da infeliz, tanto faz.

E o pior é que a gente não está imune a isso. Em outra ocasião, bem mais recente, ouvi essa frase duas vezes seguidas, com uma diferença de 3 meses entre uma e outra. Cheguei a cunhar a frase: "enforquem o último ex-namorado nas tripas do último advogado", para expressar a minha indignação com o fato. Aliás, indignação muito justa, visto que um dos sentimentos que compõem o turbilhão é o de indignação: ("fui feito de bobo").

Raiva, muita raiva. Darth Vader diria que essa raiva pode nos levar para O Lado Negro da Força. Eu acho que pode nos levar à completa desilusão, antes de um surto psicótico: "Quanto mais eu conheço as mulheres, mais eu penso em ter um cachorro". Claro que estou exagerando, mas... Melhor ir procurar um site de algum canil.

A questão é: O que isso quer dizer?


  1. Ela não quer te dar um "toco" (não está a fim de você), e te derruba uma árvore na cabeça (volta pro ex, aquele sujeito que ela tratou de xingar milhares de vezes enquanto você pagava uma pizza para ela): Em alguns casos, ela realmente não voltou para o ex. Ela só não sabe como dizer a você: não quero nada contigo, desculpa, você não é o meu tipo, não rola, etc. Well, para mim, essa frase diz-se com a boca. Eu prefiro que tal sentença seja jogada na cara logo, do que ser cozinhado em banho-maria durante um longo tempo. Uma coisa que muitas garotas não entendem, é que nós, homens, estamos mais bem preparados para ouvir um Não do que elas. Mas isso eu volto num outro post.
  2. Ela ainda não esqueceu o cidadão, mesmo depois dela dedicar 80% da conversa entre você e ela a falar mal do ex. Ihhhhh... Se fala muito, ainda pensa muito nele. E o curioso é que muitas fazem isso, tagarelam um bocado. Sim, falar é bom porque ajuda certas coisas a fazer sentido na nossa cabeça. Parece piada, mas gosto de falar do que passa comigo. E você que está lendo isso, está presenciando um desses momentos, pois depois aquilo passa a fazer (algum) sentido dentro da cabeça. Mas voltando às mulheres... Elas falam muito, isso é mau sinal. Tá, mulher fala muito, isso é normal. Mas se fala muito no cidadão, é bom tirar a limpo se realmente ela esqueceu o cara. Cuidado com as frases: "Não, sim, esqueci mesmo...", que vem muito enfáticas. Na maioria das vezes, ela está tentando acreditar no fato, para que ela acredite que o sujeito saiu da vida dela. Conclusão: Prepare-se para tudo, inclusive toco.
  3. Ela não sabe o que quer. Ih, mulher confusa. Boa parte dos problemas começam com "estou em dúvida no que faço". Gosta de você mas não consegue largar o ex. Melhor você largar primeiro, senão forma-se um triângulo amoroso, um quadrilátero, qualquer figura geométrica. Sério, melhor tirar o time de campo e perder por WO, do que ser atropelado. Sabe aquela história da cavalaria polonesa contra os tanques alemães (coloquei no final desse post anterior)? É bonito mas sua cara não combina com a de Tiradentes ou de algum outro mártir. E nem adianta achar que isso vai comover as outras, e que você arruma outra menina por causa da sua cara de cachorro pidão. Fala sério, seja homem e saia por cima.
  4. Ela quer curtir com a sua cara. Não, não faça isso que você está pensando, lembre-se que existe Delegacia da Mulher, e mulher é considerada minoria, etc e tal... Se você fala um "Ai!" mais forte, você pode ser preso. Antes de ficar enfurecido, solte uns desaforos e caia fora, suma, não entre em contato, etc. Guarde o número dela num canto da agenda (pode ser útil um dia), passe a mão no rosto, admita que perdeu e não chore: Continue em frente.

Como sair por cima? Não sei. Algumas merecem uma bronca. Outras merecem um tapa na cara (no sentido figurado ou literal, depende da figura). Não sei, diz que ela não era mesmo o seu tipo, fale que você não tinha interesses "escusos" a respeito dela, que você vai viajar para uma viagem solitária ao redor do mundo e queria companhia... Inventa algo. E o mais importante, tenha agilidade para sair por cima da situação.

Depois vou pensar na raça do cão... Aliás, pensei também em comprar um ferret. Um furão, sabe? Mais simpático, solta menos pelo, melhor para ficar em apartamento. Que tal esse aí do lado? Bonitinho, não? O nome seria Joe. Seria uma corruptela para "de outro mundo", mas aí eu perco meu título de matemático letrado.


Os cães ladram, e a caravana passa.

Antigo ditado árabe, popularizado no Brasil por Ibrahim Sued




PS 1: Reiterando... Nada contra advogadAs.

PS 2: Outro dia eu narro a história do soco na parede com um pouco mais de detalhes. Em resumo: Eu me vinguei, um ano depois.

Round 2 da luta Modernidade x rodas-presas

Infelizmente, muitos dos meus "colegas" de trabalho continuam a encher o saco por conta do Firefox, e a última foi exigir à coordenação q a gente remova o Firefox, em detrimento daquele negócio melequento que insistem que é um navegador. Temos duas coordenadoras: Uma é bem calma e conciliadora (mas soa como frouxa para muitos), a outra é impetuosa e lutadora (o que para muitos sai como mandona). Não sei qual das duas irá conversar comigo a respeito (acho que a segunda, já que me dou melhor com ela). Mas não aceito e vou brigar pelo Firefox até o fim. Não removo, mas coloco o treco como opção. Não, ícone na área de trabalho não. Nem como navegador padrão. Usem-no via Executar. Pronto.

Não aceito como justificativa questões ideológicas ("Ah, eu não gosto"), mas questões técnicas. Além do mais, aquela coisa repugnante está instalada, basta executar do jeito que eu comentei num post anterior. Ambos funcionam agora. Descobri que o Intermerd Exploder dá encrenca com o Protect, mas resolvi o problema (o Firefox não chia com nada) em todos os laboratórios onde tem aula de Programação para a Web (quem precisa dele, tá lá), e um monte de outras coisinhas (MySQL que não roda direito, teclado ABNT-2 no DOS, IP fixo para todas as máquinas, etc). Ah, aquele problema do DNS... Graças àquele que chamamos de O Um Fudeba, descobri o hosts.sam, que é quase igual ao do Linux, e na próxima imagem de instalação, levará isso corrigido.

E quando chegar as máquinas novas, já tem gente querendo que a gente instale Windows 2000, o que significa refazer a imagem de instalação do zero, além de arrumar uma cópia do Protect XP com crack e refazer toda a proteção de novo. Sem o Protect, volta o NET SEND, os jogos, tudo o que sumiu do ano passado para cá na rede... Reaparece. Ah, e o Windows 2000 é problemático para instalar via imagem, ele é cheio de coisas esquisitas a serem ajustadas. Achei uma receita de bolo para resolver o problema, mas não é nada simples de ser feito. Ou seja, quando vierem as máquinas novas (reza-se a lenda que em final de abril), teremos uma loooonga reunião com os colegas que querem trabalhar com sistemas do arco da velha, e para ontem. Muitos agem como se fôssemos empregados deles... Saco.

Tem horas que uma BFG 9000 é um bom apetrecho para levar para uma reunião de coordenação...

Dou um boi para não entrar numa briga. Mas para sair, nem uma boiada me tira.

Ricardo Jurczyk Pinheiro (sim, eu mesmo!)

Livros

Estava atrás de um livro sobre Samba, para ajudar na configuração do Linux lá da escola. Procurei... Achei um excelente, o Using Samba, da O'Reilly. TODOS os livros da O'Reilly são bons. Logo, esse deve ser bom (depois descobri que o Samba team recomenda ele. Nossa). No link aí de cima que coloquei, o livro está todo online. Bom, né? Mas livro é livro, e eu gosto dele impresso (sim, derrubem uma árvore a mais por minha causa).

Resolvi procurar para comprar... Na editora o livro custava US$ 34,95 (segundo o Universal Currency Converter, apenas R$ 93,67). Ou seja... Bem caro. Resolvi procurar uma edição usada, já que nos EUA é comum livros usados serem vendidos por um preço bem mais em conta.

Depois de procurar em várias livrarias (umas oito!), achei o site Pricetag, que revende livros usados. Achei o livro de Samba por US$ 3. Sim, só três dólares. Entrei em contato com quem vendia, e o Bob Paget entrou em contato comigo.

Conversamos, aproveitei e pedi para ver se ele conseguia os dois últimos livros da tirinha UserFriendly (Root of All Evil e Even Grues Get Full), mesmo usados. Ele descolou, conseguiu catar os livros e depois de uma negociaçãozinha (forma de envio, etc), paguei-o via PayPal e ele despachou os livros (total de US$ 18 pelos três livros, mais frete).

Os livros chegaram hoje, e vou dizer a vocês, eles estão ótimos. Nem parece que eram livros usados: Folheei os três, e nem orelha achei neles. Para não dizer que estavam perfeitos, num dos livros de tirinhas tinha um rasgo numa das páginas (coisa pequena), e uma pequenina mancha na capa do livro de Samba. Mas nem nome no livro tem, parece novo mesmo. Estou muito satisfeito com os livros, é possível que eu compre algum outro com o Bob depois, o serviço foi ótimo. Recomendo.

28 março 2005

Da série Azar computacional

Recentemente tive alguns momentos de azar com meus computadores (os PCs) e nada como compartilhá-lo para ver se não se repete. Inicialmente, vocês que leram esse post aqui sabem da incrível história do cooler que caiu. Aqui vão mais duas historinhas:

O boromir (meu Athlon 1300) estava lá funcionando, feliz e contente, quando a ventoinha da fonte começa a fazer um ruído esquisito... Penso que o eixo se rompeu. Vou lá, desligo tudo, desmonto a fonte (levo um choque no caminho), examino... A ventoinha gira normalmente. Qual era o problema? Não sei, recoloquei os parafusos e remontei a fonte, parou o problema. Ontem começou a fazer barulho de novo, afrouxei um pouco os parafusos, problema terminado - por enquanto. Vai entender.

Domingo de manhã, o aragorn está ligando e desligando sozinho, ou então não liga, pressionando o botão. Fico assustado com o problema. Como estava de saída para igreja (e domingo de Páscoa!), peço a Deus para que me ajudes a identificar o problema em, no máximo 10 minutos, porque depois eu resolveria. Troco o cabo de força, nada. Abro a máquina, pego uma chave de fenda, fecho o contato do power na placa-mãe... Liga normalmente. Ahá, botão de ligar bichado. Vou embora, sabendo o que fazer.

Na volta, abro o gabinete auxiliar do frodo (o meu MSX Turbo-R), onde coloquei o HD e o CD-ROM (é um desktop slim), arranco o botão de reset (não tem uso), desmonto o painel frontal do aragorn, troco o botão... Feito. O LED de power não está acendendo no momento, mas eu não estou muito preocupado com isso.

Em resumo... Pequenos azares que ocorrem com todo mundo. Como diria Vicente Matheus, "quem está na chuva é para se queimar".

25 março 2005

Modernidade x "rodas-presas computacionais"

Como já contei para vocês, fizemos uma mexida boa na rede da escola. Uma das coisas que colocamos foi o Firefox como navegador padrão.

O Internet Explorer continua instalado, mas sumimos com os ícones da Área de Trabalho e do Menu Iniciar. Fizemos todos os testes, e o Firefox funciona perfeitamente com tudo. Tivemos que manter o IE por que o HomeSite usa ele para renderizar a página HTML que está montando. Além disso, sabe como é o Windows, sempre encrenca com algo, e manter o IE era uma boa opção.

Nossa maior preocupação eram os professores de Webdesign, mas com uma conversa prévia, eles usaram, mexeram... E gostaram do dito. Só pediram para ver se era possível fazer com que ao clicar com o botão direito, tivesse uma opção para abrir o código HTML no Bloco de Notas do Windows. Saí à caça de uma extensão para o Firefox, e achei uma (Launchy), que abre no Wordpad, e ainda tem um monte de recursos. Instalamos, e quase tudo está bem. Quase.

Os professores de Programação para a Web resolveram criar sebo e encrencar com o uso da raposinha de fogo. Um mandou email solicitando que fosse removido o Firefox e recolocado o IE como navegador padrão. Respondi o email repassando uns 5 ou 6 links falando a respeito. Links esses que reproduzo abaixo:


Anexei também os 2 relatórios de segurança do Secunia, que apontam 79 falhas para o Internet Explorer, e 12 falhas para o Mozilla Firefox. Ah, e expliquei: Precisam rodar o IE? Iniciar -> Executar -> IEXPLORE.EXE. Só isso, tá resolvido.

Adiantou porcaria nenhuma. Os bundões continuam chiando, jogando toda a culpa da incompetência deles no Firefox. Como vi, não leram o email, onde expliquei o insondável mistério de como executar tal navegador medíocre, e continuam reclamando.

Deixa eu contar uma historinha: Na 6a passada, às 19 horas, acabou a luz na escola. Breu total, vai todo mundo embora, tateando... E ninguém lembra de ir até a sala da rede e desligar os servidores, que estão pendurados no no-break. Acaba a carga, o no-break desliga, e vai todo mundo pro chão.

Corta para sábado: Aula de programação para Web, com Windows 98 e Personal Web Server (PWS), não funciona no Firefox. Professor microservo me liga enfurecido, falando cobras e lagartos dessa raposinha simpática, jogando a culpa nele. Eu calmamente oriento ele pelo telefone a fazer o mesmo teste pelo Internet Explorer. Mesmo problema. Ele sossega e vê que o erro não é do navegador.

Explico o problema: Quando cadastramos um DNS nos clientes, o Windows (esse sistema operacional cretino que a maioria usa), ao procurar um nome de máquina na rede, vai primeiro consultar no DNS. Só que, naquele dia, o DNS estava desligado. Por isso não havia como retornar o endereço, MESMO QUE O ENDEREÇO FOSSE O ENDEREÇO LOCAL. Ou seja, o Windows pergunta ao DNS quem ele é. No caso do Linux, tem um arquivo no /etc, chamado resolv.conf, em que você define a ordem de procura. Sempre mantemos começar pelo arquivo /etc/hosts, para depois o DNS. Assim, mesmo que o DNS esteja desligado, teríamos como acessar.

Explico a ele como abrir a sala, e ligar o servidor, para colocar o DNS no ar. Ele não consegue, e na 2a-feira joga a culpa no Firefox de novo. Caraca, que raiva! Eu calmamente explico tuuuuudo de novo. Não sei se ficou satisfeito, mas fiz o teste depois: Carreguei pelo Firefox no Windows, no Linux, no IE no Windows, no links no Linux, em tudo que é browser, uma página de uma máquina qualquer no laboratório, em que estivesse usando o PWS. Funcionou perfeitamente.

Conclusão: A culpa é do sistema operacional, e semana que vem teremos que aturar os toupeiras reclamando. O que mais me dói é que estamos numa escola, e na escola devemos pesquisar e inovar. Mas não, os "tranca-ruas cibernéticos" estão engessados em torno de algo que eles adotam como padrão, e não querem saber de mais nada.

PS: Teve um que disse que "se a gente seguisse à risca os relatórios de segurança, nem usaríamos Windows hoje em dia". Eu respondi: "Olha, se eu pudesse, eu migraria tudo para Linux, mas teríamos um problema, que seria acostumar o pessoal a jogar xbill ao invés de Paciência". Me poupem, please...

E enquanto isso, vamos levando. Ah, um último comentário: Deus abençoe o santo que criou o VNC, tem sido um achado para nós administrarmos os laboratórios.

24 março 2005

Outra citação

Para mim, a fé prevalece sobre a razão, mas não a contraria. O homem só é um ser racional porque tem fé, mesmo quando pensa que não tem: neste caso, o que ele não tem é razão"

Fernando Sabino, escritor (e um herói literário para mim)

"Vamos ser amigos?"

Esse é mais um dos meus textos, escritos há tempos imemoriais e decidi compartilhar com os meus 21 leitores diários. Claro, essa é uma versão Revista, Atualizada, Segundo Os Melhores Textos. Lá vai:



Música incidental para esse post: Te Ver, do Skank. Ah, peguem a letra, se quiserem ler. Recomendo.

Há não muito tempo passei por uma experiência perturbadora para qualquer homem: A gente está se aproximando de uma mulher, que é atraente, bom papo, cabeça jóia, cheia de predicados. Tipo da pessoa realmente bacana, inteligente, muito diálogo. Você se encanta pelo jeito, pelos gostos, pelo cheiro dela. Você é cavalheiro, simpático, bem-humorado, e decide batalhar por aquele coração. Daí, depois de uma bela conversa, onde você está "crente que está abafando..." Ela deixa claro (seja em palavras diretas ou indiretas) que quer você apenas como amigo (com direito à piscadas para garantir a ênfase).


E seu mundo vai ao chão, como o último castelo de areia feito na linha da maré da praia.


Você acha dramático? É, quando acontecer com você, irás dar-me razão. Eu já ouvi isso na minha vida um número de vezes o bastante para odiar essa expressão. Hoje em dia, odeio mais do que ser chamado de frouxo. A sensação que gera é que "eu até que sirvo mas nunca serei bom o bastante", como que "para amigo ele serve, e só". E os sentimentos que isso geram?

Eu, pelo menos, em alguns casos, já oscilei da tristeza ("Ela não me quer"), para a dúvida ("o que foi que eu fiz de errado", "por que não eu", "Qual é o meu problema?"), depois para a raiva ("ah, que se dane"), e a resignação ("levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima..."). Claro que, se você não está num dia de alta auto-estima, ainda some à mistura conclusões pejorativas relacionadas ao seu próprio respeito e manifestações iradas àquela que, sem saber, jogou seu coração na lixeira da esquina. Dureza.

Antes de continuar, queria dizer que acredito piamente na amizade entre homens e mulheres. Tenho amigas que, para mim, tem tanto valor como os meus amigos, a diferença é que nasceram mulheres. Continuam amigas, trato-as com respeito e carinho, e não me aproximo delas com um interesse "escuso". O que difere é que nunca me aproximei delas com esse interesse "secundário". Tenho amigas que já ficaram horas comigo no telefone resmungando dos homens, e especialmente de namorados canalhas. Eu também já chorei no ombro delas, dizendo "pombas, por que vocês, mulheres, são tão complicadas?".

É claro que, muitas vezes nos iludimos. Criamos imagens que não são reais, chegamos a devanear, até (falei bonito, não?). E as falsas expectativas que criamos, são muitas vezes reflexo de uma ansiedade nossa, de não continuar sozinho. Deus disse que "não é bom que o homem viva só", e fez essa que é a nossa maior fonte de dores de cabeça, cabelos brancos e músicas brega: A mulher. Mas sejamos francos, precisamos delas mais do que elas de nós. Se bem que já pensei em ensinar um cachorro a pegar refrigerante na geladeira... (brincadeira)

Continuando meu momento de reflexão (já sou matemático, daqui a pouco viro filósofo), penso nos bilhões de justificativas: Não há química, não há atração, você é feio, ela é chata, você confundiu as coisas... E depois, manter a amizade é uma coisa complicada. Você entrou com expectativas diferentes dela, interessado em ser não só amigo, mas namorado (que engloba a questão da amizade também).

E como fica essa situação? Sei lá. Não sei se é possível ser amigo numa situação dessas. Olhar para ela e tentar ver como amiga... Acaba doendo e não deixa a ferida fechar. Conheci um rapaz que tinha um caso de amor platônico por uma amiga dele, colega de turma, na faculdade. E no curso dele, as turmas seguem juntas. Logo, ele nunca se curava da dor, pois todo santo dia ele a via em sala de aula. No caso do lado dela, a amizade vai ser sempre com desconfiança: "O que ele quer de mim"? "Será que ele quer ser somente amigo MESMO"? Eu acho que, num caso desses, é, se tiver a oportunidade, empregar a tática do Leão da Montanha: Saída discreta pela direita. E ficamos amigos sim, ela lá e eu aqui. Não vai dar certo, se você entra com outras expectativas. Vai dar conflito.

E é possível isso mudar? Não sei. Será que um dia vai haver atração? Depende. Já aconteceu comigo uma vez. Uma das minhas namoradas era minha amiga há mais de 5 anos, e viramos namorados por 4 meses. Tirando isso, o término foi traumático, as consequências foram péssimas, a amizade voltou depois de um longo tempo mas não é mais a mesma. Mas sim, deixamos de ser somente amigos para sermos namorados, durante um breve período. Baseado nisso, acredito até que sim, sou um otimista em várias situações. Já me chamaram de paladino lawful good, em termos RPGianos (alguém sabe o que isso quer dizer? Me expliquem em algum comentário, sou um nerd que nunca jogou RPG). Mas, para isso acontecer, demanda tempo e muita vontade. E é algo completamente aleatório, imprevisível. Pode mudar em dias ou não mudar depois de anos. Lembre-se sempre que o tempo é implacável, ele sempre passa, com a frieza do tique-taque do relógio, seguindo em frente. Será que vale a pena? Não sei. Você, que passou pela situação, ou que vai passar, avalie e pense se vale. Se sim, boa sorte. Se não, melhor sorte na próxima vez.

Nota: É como o exército polonês na Segunda Guerra Mundial, que atacou a blitzkrieg alemã com uma carga de cavalaria montada... Pode até vencer, mas as chances são mínimas. O jeito é seguir em frente.



Escrevi esse texto (depois converti para HTML, etc e tal) para ajudar-me a colocar algumas impressões para fora, e partir rapidamente para o estado da resignação, levantando da pancada e seguindo: "Próxima, por favor?"

23 março 2005

Não pensamos no que falamos

Outro dia estava lembrando de um diálogo ocorrido na sala da rede, na escola (onde, por acaso, estou no momento):


  • Opa, beleza?
  • Tudo tranquilo.
  • Como estão as coisas?
  • Nossa cara, passei uma dificuldade ontem, blah blah blah...
  • (sorriso e riso baixo)
  • Ué, tá rindo do q?
  • É que você acabou de dizer que está tudo tranquilo, mas pelo visto, não está.

É engraçado como não pensamos no que falamos. Nesse caso, esse amigo meu tinha acabado de dizer que estava tudo bem... Mas não estava! E eu estava filosofando sobre isso... Aliás, eu já pensei nisso algumas vezes, e resolvi tomar uma postura mais correta nesses casos, como desejar realmente aquilo que eu digo, como por exemplo, um bom dia. Outros passos foram vencer a timidez, tomando um pouco mais de cuidado com o que digo, ser um pouco mais expressivo, beijar as pessoas nas faces (e não só oferecer o rosto), olhar mais nos olhos (eta dificuldade brava!)...

Acho que isso ajuda à minha convivência com as pessoas. Claro, se as coisas não estão bem, isso surge na minha cara, todo mundo nota (a coordenadora veio falar comigo porque eu estava com um ar melancólico). Mas, ler e pensar mais no que falo, é melhor que seja assim. Momentos de redescoberta e reavaliações, sabe? E continuamos em frente.



PS: Sim, o sujeito que sorriu fui eu.

20 março 2005

Mais uma citação

O homem que conhece a Deus, mas não conhece a sua própria miséria, torna-se orgulhoso; o homem que conhece a sua própria miséria, mas não conhece a Deus, termina em desespero"

Blaise Pascal (matemático cristão do século XVII)

Solidão e comunhão

Estava pensando em um texto, falando de comunhão e solidão, outro dia, e lembrei-me da citação do Pr. Ricardo Barbosa, no seu livro Janelas para a Vida. A citação é do livro Vida em Comunhão, do pastor alemão Dietrich Bonhoeffer. Como o livro estava emprestado, e voltou ontem, aqui vai o texto, q copiei dele:

"Muitos procuram a comunhão por terem medos de ficar sozinhos. Por não suportarem a solidão são impelidos a procurar a companhia de outras pessoas. Também cristãos que não conseguem resolver seus próprios problemas, que fizeram más experiências consigo mesmos, esperam encontrar ajudana comunhão de seus semelhantes... Quem não suporta a solidão, que tome cuidado com a comunhão, pois só causará dano, tanto a si próprio como à comunhão.Sozinho te encontravas diante de Deus quando ele te chamou; sozinho tiveste que seguir-lhe o chamado; sozinho tiveste que tomar sobre ti a cruz, lutar e orar; sozinho morrerás e darás conta a Deus. Não podes fugir de ti mesmo pois o próprio Deus te separou. Se não queres ficar sozinho, rejeitas o chamado que Cristo te fez e não terás parte na comunhão dos eleitos. 'Todos somos chamados à morte, e ninguém moerrerá em lugar do outro; cada qual lutará pessoalmente com a morte... e eu não estarei a teu lado, nem tu do meu' (Lutero).

Mas também a recíproca é verdadeira: quem não se encontra na comunhão, que tome cuidado com a solidão. É na comunidade que foste chamado, e o chamado não se dirigiu a ti somente; levas a tua cruz na comunhão dos eleitos, nela lutas e oras. Jamais estarás sozinho, e inclusive na morte e no dia derradeiro serás apenas um memnbro da grande comunidade de Jesus Cristo. Se desprezares a comunhão dos irmãos, rejeitas o chamado de Jesus Cristo, e tua vida solitária apenas te acarretará desgraça. Quando morrer, não estou sozinho na morte; se sofrer, eles sofrerão comigo. Concluímos, pois: sozinhos podemos ficar somente se estivermos na comunhão. Só na comunhão aprendemos a estar sozinhos no sentido correto; e somente na solidão aprendemos a viver de modo correto na comunhão. Uma coisa não precede a outra; ambas começam ao mesmo tempo, a saber, com o chamado de Jesus Cristo".

Adoro esse texto, não podia deixá-lo de citar aqui. É um dos movimentos da vida cristã, da solidão para a comunhão. Os outros são, da celebração para a confissão, da oração para a missão e da Palavra par o mundo - e vice-versa, em todos.

Aqui vai um link para um outro texto, que fala desse livro também (clica aqui)

18 março 2005

Amigos vistos hoje

Hoje foi um dia atípico, pois vim à UFRJ para resolver a minha situação da inscrição em disciplinas: Reabri a matrícula, mas a inscrição não tinha sido efetivada, e eu estava temeroso de perder a vaga nas 3 disciplinas em q me inscrevi. Papo com a seção de ensino, digita-se o processo... Problema resolvido.

Vim primeiro à UFRJ (onde estou novamente) por causa da necessidade urgente de resolver esse problema. Depois iria ao centro do Rio, resolver umas coisas, e depois voltaria para cá, para a aula de Psicologia ][ (saudosistas do Apple II, ops, Apple ][, rebjubilem-se!). Encontrei um grande amigo por aqui, que está trabalhando na tese dele em uma sexta-feira a cada 15 dias. Já falei do Nehemias por aqui, se quiser saber um pouco do que eu falei dele, clica aqui e olha os posts de janeiro de 2005, onde falo dele e da acolhida dele a mim em SP. Aproveitamos para conversar, faz um bom tempo que não papeamos. Falamos de vida, de ABU, de relacionamentos, de amigos... Papo bom. Sinto falta disso de vez em quando.

Foi ao centro depois, resolvi quase tudo que tinha (a última coisa fica para o meu pai na terça-feira), e quando entro no banco Itaú, para tirar um extrato... Dou de cara com um outro amigo, que não via há tempos, o Márcio Bolton. O Márcio é professor de matemática, formado pela UFRJ também, e corredor, do tipo meio-fundista (10 km p/ cima). Nos conhecemos no início do curso (em 1991), dali ele sumiu, a gemte se reemcontrou 10 anos depois, na licenciatura. Aproveitamos para conversar e saber as novidades, como o casamento dele (no civil), a aprovação dele no TRE (ele era inspetor da FAETEC, no Adolpho Bloch), falamos mal do governo (federal e estadual), essas coisas. Papo bom, é bom revê-lo, e saber das vitórias do amigo.

Acabei saindo bem tarde do centro, 18:20 e a aula começava às 18:30. Peguei um tremendo trânsito, cortei por dentro de São Cristóvão, Benfica, engarrafamentos mil... E cheguei 1 h depois na UFRJ, para descobrir que... Não tem aula, a professora faltou. Well, pelo menos não serei cobrado de não ter lido o texto introdutório, agora posso ler tranquilamente, mesmo atrasado.

Agora estou aqui, no LIG, enrolando um pouco para que a chuva melhore e o trânsito também, e assistindo o Josho dar uma aulinha de trigonometria... Numa 6a à noite. Eu devo ser maluco.

Relato final da rede: A trabalheira

Acabei não contando aqui as novas histórias da rede da escola, para os meus poucos leitores. Sei que a maioria nem sabe direito o que é uma rede, mas mesmo assim, fica como um "relato histórico".

No total, trabalhamos 3 semanas com muita intensidade. Nosso parque instalado é perto de 70 máquinas, fora computadores das coordenações e os próprios servidores da rede. Ou seja, muita coisa para ser feita. São 3 perfis de laboratórios: 1 com Pentium 133 (os carinhosamente conhecidos como "cachacinhas"), 2 com K6-2 450 (as mais usadas e onde tivemos mais problemas de hardware), e 4 com Celeron 950, onde as máquinas tinham que ter uma miríade imensa de software instalado.

Foram vários dias em que entramos na escola às 9, 10 da manhã e saímos às 9, 10 da noite. Algumas imagens foram refeitas 2 ou 3 vezes, adicionando correções: Ora era o Borland Pascal que não compilava código, ora era o Protect que tinha que bloquear o acesso ao programa NET.EXE (capaz de irritar até o mais calmo dos professores, com mensagens pop-up aparecendo nas caras de todos), ora era adicionar uma extensão ao Firefox. A trabalheira foi imensa.

Inicialmente a imagem seria com o Windows 2000, mas devido a muitas dores-de-cabeça com a imagem do disco rígido gerada, voltamos no final da 1a. semana para o Windows 98, como uma solução real. Acabou sendo uma excelente opção: O Windows 98 roda bem em hardware mais antigo, e é um pouco Plug-and-Play, o que facilita a instalação em hardware heterogêneo (sai detectando tudo e vamos ver onde dá). Logo, hoje em dia ele roda mais rápido e pesa bem menos que o Windows 2000.

As listas de correções se avolumavam sobre nossas cabeças, cheios de detalhes que não colocamos justamente por sermos "marinheiros de primeira viagem". Não sabíamos que essas coisas teriam que ser resolvidas de outra maneira. E aí apelamos para recursos, como o VNC (muito prático para administração remota), servidores Linux com Samba (ótimos para puxar aquele arquivo que falta), ou o G4U/Ghost/Partimage, que usamos para baixar as imagens via rede (no caso do G4U), copiar os HDs que arrancamos de uma máquina para clonar nas outras (como foi o caso do Ghost inicialmente, e depois do Partimage). E tome correria.

A geração das imagens foi um capítulo à parte. Desde cuidados como particionar os HDs apropriadamente (Programas, dados e backup da instalação do Windows 98), passando por desfragmentar e "lavar os discos" (rodar um programa que enche todos os setores não-ocupados com zeros), e usar o G4U para gerar imagem na rede... Foi uma luta. E usamos cabo crossover, forçamos placas de rede a funcionar em 100 Mbits/s para ganhar tempo, e deixamos 4 laboratórios num final de semana descendo a imagem pela rede, para configurarmos depois. Como dizem por aí... Loucura loucura loucura.

Cobranças e vontade de torcer o pescoço de alguns colegas nós tivemos. Como aquele que, depois de tudo instalado, vem pedir para ter impressora configurada p/ uso do banco de dados. Rosnei, depois de um dia cansativo, e perguntei por que ele não falou antes. E engoli a resposta: "Ah, pensei q vcs soubessem...". E lá vamos nós fazer isso em cada uma das 70 máquinas. E coloca papel de parede, bloqueia arquivo tal, libera pasta tal, compartilha o drive A (para caso um drive esteja ruim, eles possam salvar no drive de outra máquina), tira o compartilhamento do drive D (para abortar tentativas de executar jogos via rede), mexe aqui e ali...

Graças ao bom Deus, tivemos mais acertos que erros, e tivemos muito apoio da maioria do corpo docente. Fizemos algumas apostas arriscadas, como sumir com o Internet Explorer (arranquei até os ícones do Menu Iniciar) e sapecar Mozilla Firefox em todas as máquinas. Fomos criticados, por "ferir a liberdade de escolha" (como se usar produtos Microsoft não fosse imposição), e brigamos com o Protect, quando ele chiou na questão do registro (perdemos algumas máquinas no meio do caminho, mas reinstalamos-as).

Em resumo, estamos prontos, depois de um período onde saíamos pegando a identidade para relembrar os próprios nomes. Mas orgulhosos do trabalho que fizemos, pois estamos aos poucos disponibilizando recursos para todos usarem. Como um banco de apostilas e livros (162 Mb p/ download), proposta de migração da base de dados para OpenLDAP, servidor NTP interno na rede e um Jabber daemon para comunicação interna, no melhor estilo ICQ. Ainda tem muita coisa para ser feita, como relatórios, documentos, papelada a ser escrita...

Muitas idéias povoam nossas cabeças. Mas, e a possibilidade, quase palpável, de virem 100 novos computadores para serem usados na escola, substituindo os velhos alugados? Lá vamos nós, refazer tuuuuuudo de novo. Trabalho não pára. E backup? E salvar as imagens de instalação do HD? Sistema de quotas, compartilhar impressora, levantar computador do mundo dos mortos... Nossa.

Trabalho c/ a melhor equipe q eu poderia ter. Nós somos "os 4 Cavaleiros Malucos do Apocalipse". O Paulo, por exemplo, operou o estômago e com certeza pode fazer o papel da Fome. Somos muito amigos, e isso nos aproximou ainda mais. E todos tem boas idéias e vontade de fazer. Mas creio q estejamos sendo bem-sucedidos porque Deus tem nos abençoado, pela Sua misericórdia. Não é porque 3 dos 4 são cristãos protestantes. Se fosse assim, a Coréia do Sul deveria ganhar tudo que é Copa do Mundo (metade do time é crente). Mas entendemos que Deus tem honrado o nosso esforço e tem dado uma força daquelas, quando precisamos de iluminação para entender porque aquele maldito programa encrencou c/ o Protect. E só assim temos sido bem-sucedidos.

E que não venha mais, porque senão estamos ferrados.

FIlosofações: O flerte

Hoje estava pensando sobre relacionamentos, e o flerte, a corte, o período que antecede o início de um namoro (ou o "toco" que vai te deixar por baixo). Estava eu pensando sobre isso, sobre como é complicado esse "jogo". Esse tempo que vem antes pode ser caracterizado como uma guerra.

Talvez guerra publicitária, quando os rapazes tentam provar para as moças que são os melhores pretendentes aos seus corações, e que elas não podem viver sem eles (parece até propaganda de amaciante de roupa, "você não vai querer saber de outro"). E aí, como numa prateleira de supermercado, ela escolhe aquele que lhe pareceu mais interessante... Ou aquele que ela pegou a prova, naquela banquinha do lado da balança onde pesam-se os legumes.

Talvez seja uma guerra psicológica, onde aquele que ataca (segundo a cultura da sociedade vigente, o homem) acaba sendo colocado na situação de vítima dos anseios e das emoções (nem sempre muito coerentes) daquela que é a nossa maior adversária, mas que a gente não vive sem: A mulher. E como aparecem dúvidas nas mentes masculinas: "Será que faço bem em ligar hoje? Será que ela aceita o convite? Será que... 'rola algo'?" O homem que nunca teve dúvidas, que atire a primeira agenda de telefones. Mando de volta com um bilhete dizendo: "Mentiroso!".

Talvez seja uma guerra de inteligência, onde o sujeito trama passo após passo, planeja e traça estratégias, envolvendo até outras pessoas: "No primeiro encontro, tracei linhas gerais para operação e atuação, avaliei os passos, vi onde posso pisar, e onde desviar o passo. Hoje eu seguro na mão dela e sorrio. Se a reação for boa, no próximo encontro, abraço despretensiosamente. Se tudo parecer que vai bem... Quem sabe eu não roubo um beijo no terceiro ou quarto?" Mas aí vem a dúvida, e o medo do rosto avermelhado por um tapa, como preço cobrado por tamanha ousadia. Dureza.

E como seria bom, se as coisas fossem mais às claras!


  • "Você tem interesse em mim?"
  • "Claro, você não notou até agora? Ah, homens..."
  • "Então, por que não nos beijamos e sacramentamos o que estamos enrolando há meses para iniciar?"
  • "É, boa idéia".

SMACK!. Claro, lá se vai a "emoção da conquista". Afinal, "só um homem sabe o que é... O gosto de acertar na caçapa" (citação de um texto antigo que vaga na Internet há muitos anos). Há aí também o sonho romântico, de ser conquistada, valorizada, procurada, ansiada, desejada... Isso eu creio que é inerente a toda mulher (não posso afirmar com certeza porque não sou uma mulher). O modelo do príncipe encantado num cavalo branco? Algumas. outras, uma companhia, amizade, amor, sexo... Essas coisas, algumas presentes e outras não. Mulher gosta de ser vista, de ser observada, de ser notada. Alguém disse que a mulher não se veste para o homem, mas para as outras mulheres. Faz sentido em alguns casos.

Mas, será que para todos, esse é um momento "emocionante"? Particularizando a situação, confesso que para mim foi muitas vezes torturante. Queiram ou não, sou tímido. Acreditem, sou professor, tagarela, falo na frente de um bando de adolescentes (ou jovens adultos), ganho a vida ensinando (ou enrolando-os às vezes), levando aluno briguento na conversa... E tremo os joelhos vez por outra, na frente de uma moça realmente interessante, uma daquelas que vale a pena. Logo... E nós, tímidos? Aqueles que tremem feito vara verde no vento forte, que gaguejam e perdem a fala, que se enrolam e não sabem o que falar, que lembram todo dia da música "Timidez", do Biquíni Cavadão (uma ex dizia que essa era a minha música-tema) e que contam com a boa vontade e a simpatia (mas muitas vezes, não o amor) dessas lindas, inteligentes e atraentes torturadoras?

Logo, creio que vou lançar uma campanha, em prol dos tímidos: "Meninas, roube um beijo daquele rapaz que você acha interessante, e faça o coitado feliz!". Que tal? Pode ser um bom slogan. Roubar beijos é ótimo, mas ter um beijo roubado deve ser melhor ainda. Não lembro se já roubaram um beijo meu, mas que deve ser bom, deve sim.

E por que estou pensando nisso tudo? Também estou advogando em causa própria (confesso). Estou naquele momento ansioso, do telefonema na hora certa, e saber se rola a conversa ou não... Marmanjo, barbado (e barbudo), 30 anos de idade na cara, alguns namoros no currículo... E lá vem a timidez assaltando novamente. De que adiantou pensar tanto, bolar, tramar mentalmente, pensar respostas... Se na hora eu fujo e fico escrevendo esse texto?

Bah. Deixa eu ir ligar logo antes que ela desista. Depois filosofo um pouco mais.

17 março 2005

A incrível história do cooler que caiu

A minha intenção, a partir desse primeiro post, era cantarolar a música da Rita Lee, "Um belo dia resolvi mudar, e fazer tudo que eu queria fazer...", e começar uma fase mais filosófica desse meu blog. Muita coisa que gostaria de compartilhar, falar... Voltei hoje para casa pensando nisso. Mas os últimos fatos me fizeram atrasar (por um ou mais posts) essa nova "fase" do meu blog.

Aí vai a história: O Aragorn (meu Athlon 2600 XP) vez por outra estava ligando, mas o danado fazia um barulho esquisito, uma sequência de bips que depois terminava. Reiniciava... Parava. Resolvi procurar me informar sobre o que era, e descobri que o cooler (um original AMD) estava entrando atrasado, e o problema era o processador estar esquentando sem ventilação, coisas assim desse tipo. Eu reiniciava e problema resolvido.

Até que anteontem (15/3), resolvi ligar para copiar um arquivo, e a máquina não ligava. Parei, abri a máquina, olhei, observei, pensei que o processador tinha fritado, por causa do maldito cooler (original, da AMD - vale a pena relembrar). Já estava procurando o telefone do vendedor, grande amigo do meu pai, quando resolvo colocar um cooler da Cooler Master que eu tinha aqui sobrando (R$ 35 numa lojinha micha), nunca foi usado. Troquei o cooler, e a máquina reiniciou normalmente. Fiz testes com o cpuburn, de 5 minutos: Um sossegado, 3 minutos torrando a UCP e um para resfriar. A temperatura ficou em 52 graus. Claro que, nessa brincadeira, perdi um bom tempo, e cheguei atrasado no trabalho.

Hoje, estou editando um texto, um email informativo aos colegas do trabalho, e ouço uma vibração metálica, seguida de um ruído estrondoso, o travamento da máquina... E eu já estava desligando-o, assustado. O cooler desprendeu-se e CAIU, dentro do gabinete. Se eu tivesse mais sangue-frio, teria fotografado a cena. Reinicia-se o meu susto. Removo o cooler, examino, vejo que não houve quebra em nenhuma presilha do soquete. Bom. Recoloco o cooler, com o gabinete deitado, fazendo força dessa vez. Ligo. Máquina não liga. O susto aumenta. Desligo o Boromir (meu servidor, um Athlon 1300), desligo o estabilizador, religo, limpo a CMOS (2a vez em 36 horas), ligo... E volta tudo a funcionar. Suspiro aliviado.

Daí, é acertar relógio (graças aos servidores NTP), reconfigurar a BIOS, e voltar a usar. Está tudo aqui funcionando... Nada de assustador.

Conclusão: Atraso na filosofação, quase toda ela tramada na volta para casa, vindo da UFRJ, depois de um dia morno, de greve de ônibus... E ainda falta um monte de coisas a serem resolvidas com respeito ao trabalho. O jeito é empurrar mais um pouco. Os meus 20 leitores (o que aumenta com os Planets) vão ter que esperar mais um pouco para ler o besteirol que pensei escrever. É o jeito. Ou, como diz um amigo soturno: "É a vida".

16 março 2005

Algumas coisas legais antes de ir dormir...


Cortesia do HackADay e do EnGadget. Lá tem mais.

Olha só mãe, sem as letras!

Antes de tudo, só fazer a referência... Eu vi no blog do meu amigo AcidX. Eu já ouvi falar dele e vi o Stallman usando um desses, um Happy Hacking Keyboard. Esse é um teclado para hackers: Você consegue ligá-lo em PCs, Macs, workstations Sun, etc. Depois, saiu um adaptador para ligá-lo num Palm, onde você colocava uma bateria e usava.

Agora, a nova versão, a Professional: Sem nada escrito! Não apaga as letras, se você trocar de layout não precisa trocar as letras de lugar... Um típico teclado hacker, afinal, um bom hacker digita sem olhar p/ o teclado, né? Funciona com QWERTY, QWERTZ, QZERTY, DVORAK, qualquer formato. E o melhor, não tem o teclado numérico, que eu noto, não serve para muita coisa (a não ser no lançamento de notas, ele é prático para sacramentar os zeros).

Pena que é muito caro.

15 março 2005

Finalmente, Big O!

Acabei finalmente de assistir Big O. Parece até que esse anime é chato, por isso levei tanto tempo para assistí-lo. Na verdade não.

A 1a. temporada peguei em OGM, o que me forçava a assistir no computador. Para mim isso é tremendamente chato, visto que assistia e parava, pois sempre tinha alguma coisa para fazer. Levei um tempo danado.

A 2a. eu peguei em DivX, mas dublada em inglês. Como meu DVD toca DivX, ficava mais fácil me concentrar. A série foi interrompida pela Sunrise, mas o Cartoon Network norte-americano bancou a segunda temporada. Daí, tudo dublado em inglês. E o meu ouvido não anda muito afiado para um inglês mais formal, logo... Assistir foi demorado, visto que eu voltava muito para ouvir as falas novamente, tentar pegar tudo. Não consegui muito, os diálogos são longos e complexos.

Mas, para quem ficou curioso (alguém ficou!), vai um resumo da história: Quarenta anos antes, um incidente de proporções mundiais zerou a memória de todos os habitantes da terra, humanos e robôs. Não sabemos qual foi o incidente ("o Evento"), nem isso fica claro na história.

Tudo passa-se em Paradigm City, "a cidade da amnésia". É uma cidade coberta por domos de vidro realmente grandes, onde os mais ricos moram nos domos, e as pessoas em geral vivem uma vida sem esperança. Eles perderam o seu referencial histórico, lembranças, tudo o que fazia deles ter uma história pessoal. Todos os personagens principais perseguem incessantemente suas memórias. Alguns episódios (ou a maioria) são dedicados à busca delas.

A última ligação com o passado perdido são os Megadeuses, robôs imensos, construídos no período anti-evento, e que são pilotados por humanos. Os robôs tem consciência própria, embora não se manifestem muito (só fica mais claro no final da série), e são realmente devastadores, com um poder de fogo descomunal (destruir quarteirões inteiros ocorre várias vezes). O principal Megadeus da série é o que batiza a mesma: Big O, esse cidadão aí do lado. Mas existem outros Megadeuses, como o Big Fau, Big Duo, inclusive um criado por japoneses! Não dura muito...

O personagem principal é um clone de Bruce Wayne: Roger Smith, um ex-membro da Polícia Militar e atualmente negociador free-lancer. Roger tem o seu próprio conjunto de regras: Sempre vestido de preto, aversão à armas de fogo, etc. Faz uma pose de cavalheiro, gentleman. Nessa foto aí do lado ele está ao lado da R. Dorothy Wayneright, uma andróide que ele salva no 1o. episódio (diziam que era a filha do Dr. Timothy Wayneright, mas era uma robô feita à imagem e semelhança da filha dele), e depois acaba morando no prédio dele (é, o Roger tem um prédio), trabalhando como doméstica.

Aliás, a Dorothy é interessante, pelos questionamentos sobre os seres humanos, e seu aprendizado. É claro, fãs de Jornada nas Estrelas a vêem e lembram do Data. Com a diferença que ela é mais fria que o andtóide de "A Nova Geração".

O mordomo, Norman, usa um tapa-olho na vista esquerda, sabe consertar o Big O, que é o Megadeus pilotado por Roger Smith. Existem outros muitos personagens, com destaque para uma das mulheres mais bonitas dos animes que eu já vi: Angel (está aí do lado). E por aí vai...

As influências vem desde o desenho animado do Batman (ambientação, roupas, estilo futurista-retrô - todos os monitores são preto-e-branco) até elementos cristãos (igrejas católicas, a comemoração do dia de Natal, embora o povo não saiba o que seja), misturando mechas, intrigas, ação e, hum... Mulheres bonitas.

Existem vários sites sobre esse anime muito bacana, recomendo principalmente o Paradigm City, que traz inclusive a transcrição dos episódios da 2a temporada. Vale a pena ver.

09 março 2005

Mais um teste

Quebrando a falta de notícias dos últimos dias, lá vai o resultado de um teste q fiz, por influência do blog do Parn:



Acho q vou encarar isso como um elogio...