31 dezembro 2008

A melhor compra de 2008

Conforme eu disse já aqui no blog antes, estava há tempos querendo trocar de notebook. O meu Compaq Presario 2100 já estava virando um "elefante branco", com sua bateria problemática, sua idade (comprei ele usado, há quase 3 anos) e principalmente... O seu peso. 3 quilogramas, o que é muita coisa se eu queria um notebook para me acompanhar.

Também não é segredo que eu estava interessado em um mini-notebook. Um netbook, como chamam hoje em dia. E fiquei fascinado pelo eeePC, mas a sua tela diminuta, de 7 polegadas, me desanimou, além do teclado, que é muito pequeno (e eu, com duas raquetes no lugar das mãos). Logo, teria que ser um com tela maior.

Achei o HP 2133 lindo: Carcaça em alumínio, tela brilhante, teclado maior e resistente (em testes que li por aí, à prova até de água). Mas, como disse-me o Cesar, numa das suas vindas ao Rio de Janeiro: "Bonito é, tio, mas você vai pagar quase R$ 2 mil num VIA C7?" E logo o VIA C7, que é um processador de baixos consumos: de energia e de insumos financeiros. Ou seja, um processador barato. Desanimei. Sem contar que instalar o Ubuntu nele é uma luta.

Procurei outro, e vi alguns outros que estavam surgindo no mercado. Afinal, este é um mercado em ebulição, e opções não faltariam em breve. Dito e feito: Hoje todos os fabricantes de notebooks tem o seu pequenino: ECS, HP, Asus, Dell, Acer, MSI, Lenovo, Samsung, Toshiba... O Acer Aspire One é lindo, talvez o mais bonito de todos. Mas a tela de 8,9" ainda não empolgou. Por que não fazem porta-retratos digitais maiores, hein? (*) E as opções no Brasil sempre demoram um pouco mais para chegar. Tám já foi bem pior, eu sei. Mas demoram, não tem jeito.

Daí eu vi e finalmente me encantei com o MSI Wind: Tela de 10 polegadas, 1 Gb de RAM, pelo menos 80 Gb de HD... O que é bom, tem espaço razoável para aprontar nas sessões de backup dos amigos do Esteban, além de ter espaço para instalar outros SOs. Além disso, 3 portas USB, leitor de cartões, wifi, rede cabeada, pouco mais de 1 kg de peso (viva!)... E a opção de bateria de 3 ou 6 células, ou seja: 4 horas de autonomia, sem esforço. Outra coisa que eu era traumatizado com o Compaq era a baixa autonomia da bateria, que quando funcionava, era de pouco menos de 2 horas.

Existiriam alguns revezes, como não ter um drive de CD/DVD, teclado menor do que o normal, sem saída para a TV (mas tinha uma VGA-Out), não ter modem e ser um Intel. Se bem que:
  • Posso viver sem o CD-ROM. Se quiser muito , é só comprar um que pode ser ligado na USB.
  • O teclado não deve ser muito maior do que o do eeePC, afinal, a tela tem 10 polegadas. O jeito é me acostumar.
  • A saída para a TV foi usada pouquíssimas vezes no outro. Logo, não é fundamental.
  • Modem... Nunca usei no outro notebook.
  • O problema de ser Intel não é exatamente um problema. Só seria que eu iria quebrar uma das minhas tradições, e pela primeira vez em 10 anos do PC próprio, eu teria um Intel. O que é, sinceramente, uma coisa besta da minha parte.
Então decidi que seria um MSI Wind, se eu o achasse por aqui. Mas a falta de dinheiro continuava, e a coisa realmente melhorou quando uma das instituições em que eu trabalha(va) me retirou da licença e me colocou de volta à sala de aula. Já dava para sonhar. E com a disparada do dólar, no final de setembro, minha decisão tinha que ser antecipada.

Logo, no início de outubro adquiri por custosos R$ 1650 um MSI Wind preto, com bateria de 6 células, numa loja em Copacabana. Não tinham muitas opções de cores, além do rosa, em algumas lojas em que procurei. Dispenso comentários sarcásticos quanto à cor... E vai preto mesmo, suja menos. Preferi comprar numa loja a encomendar pelo MercadoLivre por simplesmente questões de desconfiança. Já devo ter dito por aqui da minha inabilidade em adquirir produtos caros via Internet. Simplesmente não gosto.

Veio com Suse Linux Enterprise Desktop (SLED), o que é um bom sinal: O custo por licença é bem menor do que o do Windows (vindo da Suse, tem licença sim), e funciona tudo em um Linux. Logo, a expectativa é que tudo funcione em qualquer outro Linux. Tirei algumas fotos dele, como vocês podem notar. No final tem um comparativo de ambos, o antigo e o novo.

Logo que pude (tempo falta quase sempre), fiz uma imagem do SLED instalado (mania adquirida na escola), e instalei o Ubuntu 8.04. Instalei via pendrive, seguindo indicações de alguns sites. O que deu trabalho é que a instalação não fechava, capotava no final. O macete é deixar que o instalador do Ubuntu faça sozinho o particionamento do disco. Foi o que fiz, depois de várias tentativas, infelizmente frustradas. Funcionou redondo quase tudo: Tive que fazer uma gambiarra para o wifi, visto que o kernel dessa versão não tinha suporte nativo à Realtek RTL8189 dele. Algumas dicas apontavam para trocar a plaqueta wireless... Mas quando atualizei para o Ubuntu 8.10, tudo funcionou sem gambiarras. Ao menos, no kernel antigo da distro, tive problemas no kernel mais novo do 8.10. Nada complicado, só colocar esse que funciona como primeira opção no grub.

Aproveitei a empolgação, e instalei também o Mac OS X. Baixei uma ISO de um custom do OSX que roda bem nesse carinha aqui, desmontei minha gaveta de HD, espetei um drive de DVD nela... E mandei ver. Instalou sem percalços. Não mexi muito, mas já rende algumas piadas, como que "eles copiaram o Ubuntu" na interface (**). O wireless não esta(va) funcionando, o vídeo precisou de um programinha para se acertar com a resolução de 1024x600, entre outras (poucas) coisas. Depois que eu usar mais, comento. Mas o apelido de "Macbook Mini" vale: Roda muito bem o sistema "queridinho" dos descolados.

Fiz outras coisas: Atualizei a BIOS (ganhei a opção de overclock de até 24% quando ligado na tomada), pesquisei alguns hacks para ele (telas touchscreen, bluetooth interno, etc), e estou pensando em futuros upgrades (+ RAM, HD maior). Algumas considerações que faço agora, mais de 2 meses depois de tê-lo adquirido:
  • Me acostumei até mais rápido ao teclado do que eu achava que iria. O teclado é sensivelmente menor, mas a sensação de digitar é boa, e tive que me educar, apertando as teclas pelo meio e não da forma atabalhoada que sempre digitei. Feito isso, está bom.
  • A posição da / e do ? no teclado não é boa. Trocaria o Shift direito por essas teclas no ato. Aliás, preciso futucar no mapa de teclado para ver se não posso reprogramar o Control direito, o Shift direito ou outra tecla para obter essas duas que me fazem falta.
  • Segundo o gerenciador de energia aqui, 4 horas de autonomia na bateria de 6 células. Acho que só fui até o final da carga uma vez, em que deixei ele na suspensão por mais tempo do que deveria. Ou seja... Acho que a autonomia é apropriada, pelo menos para mim.
  • Meu ombro agradece pelo alívio de peso, e o tamanho permite-me levá-lo na pasta que uso (ganhei no Fórum de SL do Rio de Janeiro). Ou seja, ele vai comigo todo o dia, nos três empregos e quatro lugares onde trabalho. A mochila do notebook antigo está inclusive aliviada pelo "vazio" que gerei nela.
  • O processador Atom é um pouco mais rápido do que o antigo Athlon XP-M. Não o bastante para empolgar, mas também, eu não estou querendo fazer overclock nele. Ao menos, não toda hora.
  • A tampa é protegida com um plástico adesivo, que eu (não muito) cuidadosamente levantei e coloquei alguns adesivos, como o clássico "Fudeba Inside". Tenho agora que selecionar melhor o que colocar, já que não tenho muito espaço.
E concluio dizendo que esse é a minha melhor compra de 2008. Estou muito satisfeito com o novo Legolas. O wifi funciona que é uma beleza, o peso e o tamanho não incomodam, e tudo que eu testei dos recursos (até a webcam) estão funcionando lindamente no Ubuntu novo. O que preciso funciona bem, e só tenho a elogiar e recomendar.

O notebook antigo? Como não renderia mais do que duas patacas furadas, nesse mercado onde os notes caíram muito de preço, acabei doando-o para a ABU. Eu já estava com algumas ofertas em atraso, e essa era uma maneira de acertar minha dívida, com um item que seria muito útil para o movimento. Doei ele junto com a maleta no qual ele veio, e foi com o HD de 20 Gb original no lugar do de 120 Gb que tinha adquirido. Nesse HD restaurei a imagem do Windows XP que veio com ele, fiz as atualizações (inclusive Service Packs 2 e 3), e instalei uma coleção de programas livres e gratuitos para Windows. Logo, BrOffice 3.0, Kompozer, Scribus, Gimp, 7-Zip e mais um monte de programas que julguei útil. Fiz uma imagem, mas não tive tempo de masterizar um DVD de recuperação com o System Rescue CD, logo a imagem está lá dentro. Mas como fiquei sabendo que ele foi cedido à obreira que trabalha no Rio de Janeiro, significa que o efeito bumerangue está valendo: eu ainda vou por as mãos nele, em breve.

O HD de 120 Gb agora é o meu "pendrive grandão", está num case de HD, daqueles pequenos com duas portas USB. Se faltar espaço para a cópia nossa de cada dia, sem problemas.

E finalizo recomendando fortemente o Wind: É um excelente netbook, estou muito satisfeito.

(*) As telas dos mini-notes são as mesmas dos porta-retratos digitais, que começam a chegar no Brasil. Nada mais lógico para o fabricante, eles não tem que mandar fazer uma tela especial para o mini-note dela.

(**) sim, eu sei que é o contrário, mas e daí?

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20 novembro 2008

E o CONISLI, como foi?

Pois é, o CONISLI... Eu fui a um evento nacional de software livre, mas o evento, por si só, não foi. No contexto vocês entenderão.

Bem, tracei ainda no Rio, uma rota via Google Maps para chegar na FIAP (onde seria o CONISLI) a pé. 2,3 km, não é uma distância lá muito grande, daria para cobrir em 20 minutos, meia-hora. Bem, vou caminhando, já que a faculdade não é realmente longe... Pois é, fiz o percurso, e o Google Maps acertou direitinho. Só teve um detalhe: esqueceram de avisar via ele que quase todo o percurso é feito subindo e descendo. Eu estou acostumado, morei quase 30 anos numa. Mas foi um sobe-e-desce quase inacreditável, ao subir a última, eu já estava olhando para baixo, e torcendo para que faltasse pouco. Mas cheguei. Não é à toa que o Spy disse que o nome do bairro não deveria ser Aclimação, mas sim Inclinação... Olha a rota aí abaixo:



Não sou rato de encontros de SL. Aliás, participei de muito poucos, e dos maiores que eu estive, eu era um dos organizadores. Logo, não sou bom para avaliar público. Mas achei que havia muito pouca gente. Para um evento que já foi o 2o maior do Brasil (só perdendo, óbvio, para o FISL), achei bem mirrado. Também, houveram contratempos e erros de organização que ajudaram nisso: A grade de palestras, por exemplo, só saiu uma versão definitiva no sábado do evento. Eu sabia a que horas eu iria falar (domingo, 9 da manhã), mas o Punk me preveniu: "Jurczyk, deixa mais uma ou duas palestras à mão, porque podem precisar. Ano passado eu vim para falar uma palestra e falei três".

E o curioso é que o CONISLI era quase um evento de PHP com palestras de Linux espalhadas. Muita palestra sobre essa linguagem de script que está conquistando o mundo, e meus colegas de trabalho, na sua maioria, insistem em ignorar. É, PHP atrai público hoje em dia. Outra coisa que houve, é que houveram pouquíssimos palestrantes internacionais. Aliás, acho que teve dois, e um deles era um desenvolvedor PHP, se não me engano. Fraco mesmo.

Uma coisa que gostei foi a rede wi-fi da FIAP, fechada com uma chave WEP ASCII de 64 bits. Conseguida a devida chave com outro usuário de Linux em notes próximo, conectei, e resolvi atualizar o notebook... 250 Kb/s de taxa! U-hu, nunca vi uma wi-fi tão rápida! Beleza, atualizei o note todo, e aproveitei para instalar os pacotes que gosto da lista de dicas do Ubuntu Paradise. Quase foi ver um vídeo on-line, via streaming, mas achei que era abuso.

Das palestras MESMO, só assisti uma, a do Piter Punk, célebre MSXzeiro e Slack-fã (ele não é xiita, logo não é Slack-maníaco), chamada "Fazendo as coisas funcionarem". Basicamente, a luta dele para fazer o notebook dele (um CCE) funcionar com Linux a contento. Explicações de como são feitos os drivers, da falta de interesse/vontade/desconhecimento/whatever dos fabricantes de fazerem o driver para que seu dispositivo funcione com algo diferente do sistema conhecido como "Janelas". E toda a pesquisa, os gatilhos e alterações que ele fez (inclusive em drivers do kernel) para que as coisas dessem certo. Algumas curiosidades comentadas por ele:
  • Wireless foi uma novela, parece que na árvore nova do kernel, a 2.6.27, ele funciona. Mas não entrava nem a sopapo, é um rádio da Marvell que não tem suporte, acho que nem via NDISwrapper. Ele resolveu comprar um adaptador wireless-USB... Mas só no terceiro deu certo. O primeiro tinha o mesmo chip do note. O segundo, com um chip completamente desconhecido. No terceiro, ele conseguiu.
  • A placa de vídeo é uma SIS (bem-feito), e o driver aberto, do Xorg, não tem suporte a aceleração 3D. Contactada, a SIS diz que não libera informações por causa dos seus "segredos industriais". O Punk comentou isso... E riu: "Alguém iria quer roubar algum segredo da SIS?" Respondi em voz alta, no meio de uma sala cheia: "SIS não é placa de vídeo, é gerador de caracteres!" E todo mundo riu, com razão.
  • O som funciona... Mas não tenho certeza.
  • A controladora SATA funcionava até o 2.6.24, depois parou, e acho que agora voltou.
  • Só sobrou a rede cabeada, que funcionou muito bem.
Ou seja... Socorro! E eu achando chato ter que carregar módulo de wi-fi à parte...

Outra coisa que notei é que pouquíssimas comunidades estavam presentes. Só contei quatro: Os Perl mongers (YAPC), o Ubuntu-SP, o Grupo de Usuários do BrOffice.org, e o Moz/BR. Disse-me o Spy que o CONISLI em 2007 fechou-se para as comunidades, e isso queimou muito feio a imagem do evento. Por isso o esvaziamento. O grupo de usuários Slackware, por exemplo, não veio. Engraçado que eu fui beber com o Spy e a cambada amiga dele, e a turma do Slack estava lá. Aliás, a respeito deles, ouvi uma engraçada: "Se eles tivessem vindo, já teriam sniffado a rede".

Fiquei mais com o povo do Ubuntu-SP, com o Christiano e o Thiago Avelino. Papeamos muito, tentamos instalar Ubuntu num HP Mini 2133 (se conseguíssemos, iríamos faturar uma grana), mas sem sucesso. Ainda bem que não comprei um cara desses, eu andei pensando mas desisti, pagar R$ 1650 num Via C7, 512 Mb de RAM... Não compensa. Bom papo, e depois voltei, de ônibus e metrô.

No domingo, como iria palestrar, resolvi sair mais cedo, e paguei o metrô, fui até a estação Vila Mariana, e de lá resolvi pegar um ônibus. Bem, iria andando até aparecer um ônibus, e assim chegaria mais rápido. Resultado: Caminhei até a FIAP, sem ver um bendito buzão. Cheguei atrasado, mas as pessoas também se atrasaram. Afinal, era início do horário de verão 2008, e a palestra começou 15 minutos atrasado.

Estava preocupado em pegar uma assistência muito envolvida no assunto, e ouvir perguntas escabrosas e não saber responder. Só que o novo público do CONISLI, que é uma turma mais nova e menos envolvida com software livre e open-source, acabou colaborando, e as poucas perguntas eu soube responder bem. 45 minutos de palestra, fiquei devendo os vídeos... Mas para quem quiser ver, a palestra (versão 1.0, heheh), está aí abaixo, cortesia do Slideshare:

Linux e sistemas embarcados
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Ainda assisti às palestras do Ubuntu-SP e a do Ubuntu Games, que foram legais, mas carecem de polimento na apresentação. O pessoal do Ubuntu-RJ está melhor representado nesse quesito, pelo KurtKraut (que nem usa Ubuntu mais), e o Turicas. Depois, fim de congresso, mais uma longa caminhada até o metrô (mesmo problema da ida), e ainda fiquei devendo uma entrevista para o povo do Moz/BR, procurei eles mas não os achei para conceder-lhes a "exclusiva".

Saldo do congresso: 1 correia para pendurar crachá, 2 bottons, alguns guias rápidos do Firefox, algumas amizades e palestras legais. Como evento, o CONISLI foi fraco, na minha concepção. Espero que melhore.

Depois eu posto sobre o resto da viagem, fica para depois.

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14 outubro 2007

Você moraria em...

Trombudo Central? Sim, existe essa localidade, Procurei no Google Maps e realmente existe, está aqui. E como eu descobri? Ajudando um amigo a catar um bug no evince, na próxima versão do Ubuntu. É mole?

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08 julho 2007

Ainda sobre o post anterior

O Tabajara mandou um comentário no post anterior, e eu o respondi por lá. Gostei do que ele disse, mas também gostei do que eu escrevi. Logo, como o blog é meu, resolvi recolocar aqui.

Antes de tudo, queria lembrar que eu não sou Linux-evangelista, xiita ou coisa do tipo. O Tabajara acha um absurdo montar e desmontar dispositivos móveis. Well, vale lembrar que o Macintosh monta e desmonta disquetes e CD-ROMs desde o início, e ninguém lá se ofendeu com isso... Hoje em dia, pendrive a gente monta e desmonta nos Windows da vida, sempre precisamos "desconectar" eles para removê-los. Quanto ao CD, é só colocar lá dentro que já monta. Para tirar, só dar um toque e mandar ejetar o disco. Quanto ao disquete, podemos marcar para o acesso a ele ser síncrono. Assim (acho) podemos removê-lo assim que acabar a operação. Mas... Alguém ainda usa disquete no dia-a-dia?

No frigir dos ovos, o problema não é do Linux. O problema que me fez colocar um IE rodando lá, a culpa é do iBest. Se o iBest tivesse feito um site minimamente razoável, iria funcionar corretamente no Firefox, no Safari, no Konqueror... E no IE. Site tem que ser acessível por TODOS os usuários, não importa se ele usa um Palm ou celular, se usa esse ou aquele navegador. Não estou querendo que os sites abram somente no Firefox, porque eu também não uso só o Firefox. Quero que abram em todos os navegadores.

Quanto à questão que me levou ao Crossover Office, foi a questão do formato de arquivo do Word. Se a Micro$oft explicasse como o formato dela funciona, não teríamos problemas. Seria bom para todos (até para ela). Alguém faça a experiência de abrir um arquivo em branco no Word, não escrever nada e salvar. O tamanho é de 11 Kb. O que tem dentro? não sei. Mas para ter tantos bytes, deve ter muita coisa lá dentro. O resto é questão de adequação, apenas. Apesar dessas dificuldades, ela está gostando, já disse que vai migrar os documentos para o BrOffice (salvando em DOC), para diminuir os problemas.

A questão é que eu não sou palhaço. Eu falei com ela, disse das diferenças que haveriam, das dificuldades, expliquei tudo isso. Fiz a pergunta pelo menos CINCO vezes, para ela ter certeza absoluta do que ela estava se metendo. Ela confirmou em todas as vezes. Fiz teste com pendrive, com disquete, com tudo... Coloco a máquina, e 3 dias depois ela quer o Windows de volta? Ah, faça-me o favor, eu (nem ninguém da equipe) é palhaço, de ficar fazendo as vontades dos outros. Levei 2 semanas montando a máquina, afinando e refinando tudo, e agora simplesmente tchau?

Vale lembrar que eu não sou um evangelista do Linux. Eu mal prego o Cristo crucificado, quanto mais um pinguim... O que me horroriza é que trabalho com professores, em teoria aqueles que tem sede de saber e gostam de ensinar. Mas descobri ao longo dos anos que eles são a raça mais retrógrada e avessa a mudanças que existe. Ninguém quer aprender! Salvo exceções, todos querem ficar parados, no mesmo lugar de sempre, e tá muito bom. O velho discurso do "mercado" é completamente vazio. Exemplo: quem usa o Firefox das máquinas são os alunos. Poucos professores o usam. Quando falo que a gente não tem que ensinar a ferramenta, temos que ensinar o conceito por trás da ferramenta, quase sou vaiado. Se o aluno entender o que é processador de texto, vai usar Word, BrOffice Writer, Word Perfect, Abiword ou qualquer outro. Se entender o conceito de interface gráfica, vai saber se virar com Windows, Mac OS X, Linux (e qualquer ambiente), com um mínimo de dificuldades. Vai ratear no início, mas vai conseguir.

Minha defesa não é e nunca foi pelo Linux, é pela alternativa, pela opção, e pelo ensino. Eu nunca aconselhei a um aluno arrancar o Windows das suas máquinas de casa. Mas incentivo-os a conhecer o Linux e as alternativas, já que o mundo não gira em torno de uma plataforma só. Existem alternativas. Mas não adianta, meus colegas ensinam ASP e Delphi, enquanto o mercado (que eles tanto idolatram) adotam PHP e Java, simplesmente por terem medo da mudança.

Agora, dizem que a FAETEC vai baixar uma norma, e tudo deverá ser migrado para Linux, na marra. Eu vou esperar para ver, e vejo os problemas que terei, já que não tem raça com mais má-vontade do que professor contrariado. Sim, é um saco.



Update: Criei uma conta para a coordenadora no GMail, e configurei para importar todos os emails da caixa dela, do iBest, para essa nova conta. Ocupou 3% da caixa nova. Tratei de configurar o que era preciso, fiz alguns ajustes e mostrei a ela como funciona: "Dá para anexar arquivo?" "Experimenta para ver...". E ela viu que funciona. Pronto, já sumi com o ícone do Intermerd Exploder do desktop dela, depois preciso arrancar fora o diretório .ies4linux de lá.

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06 julho 2007

Problemas e soluções

Tempestades... Lembram que a coordenadora queria Linux na máquina dela? Pois é, coloquei, mas não sem antes alertar a ela das diversas dificuldades que ela teria, visto que ela é uma típica usuária de Windows (e diz que ama o Bill Gates, só para me provocar). Ela concordou, disse que queria em todas as vezes em que perguntei: "Tem certeza?". Levei 2 semanas preparando a máquina, para 3 dias depois ela querer o Windows de volta, que nada funciona, que o Linux é um lixo, etc. Engulo a raiva, mando ela pedir o dinheiro de volta que ela pagou pelo Linux, e falo que eu não sou palhaço de ficar instalando e reinstalando tudo. Sento e vou resolver os problemas dela, e lá vem as minhas soluções:


  1. Vários usuários logam na máquina dela. O console tranca com a inatividade (10 minutos), ninguém lá sabe fazer logoff. Aí um clica no botão "Trocar Usuário" e pronto, loga, não faz logoff, novo "Trocar Usuário"... Não é incomum eu pegar 4 consoles X abertos na máquina, todos trancados. E eu vou lá, e disparo um show de kill -9. Solução: coloquei no arquivo de configuração do gnome-screensaver de TODOS os usuários a opção do console não estar mais trancado. Logo, o tonto que saiu sem fazer logoff, pode ter a conta bagunçada por um usuário malvado. Problema dele, não meu.
  2. Ninguém sabe (além dela) que o disquete deve ser desmontado antes de tirar. E vez por outra tinha isso acontecendo lá. Solução: Coloquei três comandos num arquivo da configuração do GDM, mandando desmontar o disquete, o pendrive e o CD-ROM no ato do logoff. É o jeito. E deve ter gente já ferrando o conteúdo do seu disquete justamente por não desmontar...
  3. A impressora não imprime na conta de outro usuário. Solução: Ué, não foi o que ela pediu, que só ela tivesse acesso à impressora? Doh!
  4. Problemas com o BrOffice. Na verdade o arquivo salvo como DOC, no Word, e aberto no BrOffice, dá uns problemas com tabelas, no caso não dá para copiar o conteúdo de várias células entre tabelas, além dela ter problemas com vinculações feitas com o Excel. Ainda tenho que experimentar se eu salvar o arquivo no Word em RTF e abrir no BrOffice resolve. Solução depois de ter tentado muitas coisas: Pegar uma cópia pirata (sim, pirata) do CrossOver Office, e instalar o Word e o Excel 2000, enquanto ela faz a migração dos arquivos. Isso deu trabalho para chegar a essa conclusão, mas funcionou, inclusive fiquei bem impressionado com o programa, vale os US$ 40 que são pagos nele.
  5. Problema com o Firefox. Na verdade, o galho é do iBest, cujo site não anexa arquivos quando acessado via Firefox. Já mandei vários emails para o iBest reclamando, mas o jeito foi instalar o IES4Linux, para ela usar o IE para isso, e convencer ela a abrir um email no GMail. Um dia eu abro a conta para ela.
  6. Disquete de lançamento de notas: Tem muitos professores querendo usar a máquina dela para fazer o lançamento das notas, que é feito num disquete. O programa é feito em Clipper, e funciona direitinho. A solução proposta é usar o DOSEMU para executar o disquete, mas ainda não a empreguei, mesmo porque o negócio é tirar isso do pessoal ficar usando a máquina da coordenação para situações pessoais. Para isso tem uma máquina separada, só que ainda falta alguns ajustes (e um cabo de rede para ela).

O duro é fazer isso e ouvir de alguns pretensos brincalhões (mas que não aguentam quando estão por baixo) chamarem o Linux de "carrinho de pipoca", de que não presta mesmo, que é coisa feita por amador... E não adianta falar que tem IBM, HP e um monte de empresas do lado do Linux. Para esses, vale apenas o seu mundinho como verdade absoluta e intangível. Nesseas horas é que eu me lembro da famosa frase do Giovanni: "Como querem ensinar, se não querem aprender?". É lamentável. E vamos andando...



Se alguém tiver uma solução melhor para algum dos problemas que tive, sou todo ouvidos.

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23 junho 2007

Computadores e meu irmão

Não sei se já falei por aqui, ou quantos sabem, mas eu tenho um irmão, o Fabio (sim, sem acento). Ele é exatos 30 meses mais novo que eu (22 de novembro), petroleiro, operador de turbina, e borrachinha emergente (como dizem na plataforma), por ser morador do Recreio dos Bandeirantes. Está vendendo o almoço para comprar a janta, andando nu em casa para economizar roupa (frases dele), tudo isso para pagar o apartamento que ele está comprando.

Ele é divorciado. Não falei por aqui do processo de divórcio dele, que começou em março de 2005, primeiro por pedido dos meus pais. Eles morriam de vergonha de um dos filhos estar se separando. Depois, por querer economizar o blog do drama pessoal que vivíamos, e da apreensão em que estávamos. O divórcio foi litigioso, a ex-esposa dele queria R$ 25 mil e tudo que tinha dentro de casa (saiu com R$ 2500). Até ser perseguido na rua ele foi. A sogra que ele tinha era algo pior do que as jararacas de plantão... Foi muito complicado. E por último, não falei porque não calhou, esqueci, essas coisas.

O Fabio é a parte mais maluca da família. Ele é diferente de mim: Expansivo, falador, brincalhão, fala alto... Como diz minha mãe, "seu irmão chega e enche o ambiente". Ele é do tipo boa-praça, do tipo que quem não conhece, acha ele arrogante e metido (tá, vez por outra ele realmente é). Mas quem conhece, vê que ele é um sujeito dos mais bacanas. E é o meu único irmão, que não tem fissura por MSX, mas está querendo experimentar o Linux e é fascinado por motores, carros turbinados e coisas do tipo. Aliás, isso tem uma participação no nosso dia em que passamos juntos.

Conforme eu falei anteriormente (num post aí embaixo, vai lá procurar), fomos à caça de uma nova placa-mãe para o micro dele, e uma nova fonte para o meu micro. Consultei antes, via Internet, que haviam algumas lojas vendendo placas-mãe Asus A7V600-F. Essa é placa para soquetes 462 (o processador dele é um Athlon XP 2600+, núcleo Barton), 5 PCIs, 1 AGP, etc e tal. Preço bom (R$ 165), é placa para ficar por um bom tempo. E memória... Sugeri a ele para por logo 1 Gb de DDR 400, da Kingston, assim ele pode jogar Counter-Strike em paz. Fomos à caça. Chegamos nas lojas previamente listadas, ouvimos que a placa acabou, só depois das 5 da tarde. Droga. Achei uma rede wifi aberta, conectamos... O Fabio, que nunca tinha visto isso, se divertiu à beça: leu email, viu cotação do dólar e da bolsa, consultou o BoaDica, etc.

Tinha uma outra loja, com placas-mãe da ECS, mais caras (R$ 180). "Mas eu prefiro Asus", disse a ele. Fomos resolver umas questões que meu pai tinha nos pedido para resolver e fomos ao escritório do advogado que cuidou do divórcio dele. De lá fomos a cartório, xerox, documentos, volta ao advogado... Voltemos à placa. Sugiro ir numa assistência técnica que eu conheço, para pedir para que eles vejam qual é o problema da placa-mãe dele, e se tem conserto. Bem, R$ 20 para confirmar um defeito, ele preferiu não perder esse dinheiro.

Comprei uma fonte nova para mim (uma CoolerMaster de 380W), e fizemos nova procura na rede wifi aberta. Só uma loja tinha disponível a placa, num shopping de informática novo, longe daonde estávamos. Tentamos o telefone para confirmar a existência da placa no estoque... E o telefone não atende. Reiterei que não iria meter a mão e trocar aquele processador. Com 2 (ou 3) processadores AMD quebrados no currículo, não vou me arriscar a fraturar um quarto. Conversamos... E ele diz: "Ah, vamos lá mesmo, se não conseguir, paciência". E fomos até a Presidente Vargas.

Entramos no shopping, e pouquíssimos boxes abertos. Chegamos no último, pergunto pela placa e preço, tudo confirmado. Ótimo. Enquanto isso, o Fabio encara o dono do box, que também o encara, como que tentando lembrar de algo...

"-Escuta, você não tinha um Gol 1.0 turbinado com 1,2 bar de pressão?"

"-E você não tinha uma Saveiro branca, turbinada?"

"-Você é o Pasquale?"

"-Você é o Fabio!"

Mundo pequeno e mal-freqüentado. O Pasquale teve certeza de que queria turbinar o carro dele depois de ter andado na Saveiro do meu irmão, e eles não se viam há uns bons anos. Conclusão: Compramos a placa, eles trocaram contatos, números de Nextel, papearam um bocado, e ele ainda trocou o processador, de graça. Legal, não?

Na volta, montamos o micro dele, que saiu já pronto, e remontei o meu. Fiquei devendo para ele o Linux, que ele queria instalar para experimentar, e passamos um dia todo juntos, como a gente não fazia faz um tempão. Foi muito divertido, espero poder repetir novamente com ele depois.



Update: Ele baixou o Linux (Ubuntu 7.04), instalou e tá usando. Claro, não sem antes ir algumas vezes ao Fórum do Ubuntu-BR, olhar o Guia e me dar alguns telefonemas. Mas está usando e se divertindo um bocado com o pinguim. Pois é, mais uma prova de conceito, que Linux pode ser usado por pessoas de fora da área de informática.

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30 abril 2007

Dia do trabalho...

... mas ontem era "dia enforcado", certo? Não há faculdades, escolas ou instituições de ensino abertas, pois todos os alunos faltam, certo? Errado. Eu tive que trabalhar, e não estava preparado, com canetas, material didático ou livro. Bem, furioso fui, e lá encontrei 30% da turma. Dei aula, com uma caneta emprestada e um apagador cedido. Somente 3 dos 7 períodos do curso de Informática tinham alunos. Dei aula, um pouco mais curta que o de costume, em consonância com os alunos: De que ter aula naquele dia era um absurdo. Mas a aula rendeu bem. Bem que meu pai sempre fala: "Português é um péssimo patrão...".

Aliás, despachei currículo para mais três faculdades aqui no Rio, vamos ver se sou chamado em alguma delas. Se for, diminuo a carga na faculdade mais distante, e ofereço 2 ou até 3 noites aqui. Além disso, estou querendo montar uns servidores e configurar por aí, alguém quer? Estou precisando de grana.

Estou finalmente capturando algumas fitas cassete para o micro, graças a um cabo P2-P2 (R$ 1,50 ali na padaria), e comecei copiando logo um musical feito pela minha igreja (ops, denominação), chamado Espirito. Acho que eu tenho a única cópia em fita daqui de casa, e estou fazendo um exercício com o Audacity, para remover o ruído da fita, além de cortar o "estouro" que a fita não pega (um filtro passa banda alta tá resolvendo). Já fiz 5 músicas, mas são umas 20. Está sendo interessante, irei usar esse aprendizado para capturar outro material que tenho em fita, e um dia eu disponibilizo a todos que quiserem.

Ontem encontrei com dois grandes amigos fudebas, o Cesar e o Giovanni. O segundo veio passar o aniversário no Rio, com a família, e o primeiro veio rever a família. É claro, encontramo-nos, fudebamos, futucamos na Uruguaiana, Avenida Central, e rendemos algum material para o Uruguaiana eh Punk!, pelo menos algumas fotos bizarras.

Cláudia está usando a Internet, e a irmã dela (junto com o cunhado) estão navegando com o Ubuntu. A história é simples: Na máquina da Cláudia tem o Xubuntu, que roda bem naquela lesma. Na máquina da irmã dela (Sempron 2400, etc), o Windows XP estava com uma colônia de vírus, uma coleção de spywares, tanto que quando conectavam a máquina na rede, o LED de atividade Ethernet no D-Link fica doido. Fiz o "feijão com arroz" e provei o que já sabia: O Windows XP era o culpado. Reparticionei o HD (com o GParted, copiei o que tinha de dados para o drive D. Como eles não tinham cópia do XP, foi a minha deixa: Coloquei o Ubuntu, instalei o Automatix, instalei tudo que era extra, além do NTFS-3g. Assim eles podem ler com o BrOffice.org direto no drive D. Configurei tudo, e pelo que soube, estão adorando o pinguim. É como eu sempre digo: "Vamos conquistar o mundo, um desktop de cada vez."

Mais alguma coisa? Sim, tem mais, mas falo outra hora. Ainda tenho uma lista descomunal para cobrir.

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06 abril 2007

*CRACK*

Essa foi a onomatopéia da minha cara se quebrando... Como fiz, desde a versão 6.06 (Dapper Drake), resolvi atualizar o Legolas para a próxima versão do Ubuntu, a 7.04 (Feisty Fawn). Acabei me dando mal. O sistema não está com o suporte ACPI calibrado corretamente. Logo, meu processador está a 128 graus, e o Ubuntu resolve desligar o notebook por precaução. Toda hora! Bem, se ele estivesse MESMO a 128 graus, eu estaria usando um extintor de incêndio sobre ele... Além disso, o suporte a saída de TV, no Xorg morreu. Logo, não dá para jogar a tela na TV, ao menos por enquanto.

Conclusão: Estou reinstalando o Edgy Eft (6.10) em cima do atual, agora. É o jeito. E tome tempo para que isso ocorra. Deixa, atualizo para o 7.04 (o veadinho saltitante) em maio, quando já teremos a versão oficial. Mas acho que antes vou fazer uma imagem da partição raiz, com o partimage, sò para prevenir.



E continua a campanha, "vendo o meu notebook". Se alguém tiver interesse, clica nesse link aqui, que lá está a configuração dele. Ah, minha câmera digital também, estou querendo vender... É uma DSC P-32, da Sony, maiores especificações aqui. Preços... Nos comentários.

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17 novembro 2006

Variações da imagem do Ubuntu

Estou eu procurando no Google Imagens um desenho do logo do Ubuntu, para colocar no post que está embaixo desse aí embaixo, e topo com essas três... variações da imagem que caracteriza a distro. Vejam e concluam por si mesmos (versões maiores se você clicar):


        




E como diria Bob, meu amigo E. T. e filósofo... "A falta do que fazer é o motor do universo.".

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07 outubro 2006

Pequenas alegrias computacionais

A semana tem sido bem movimentada, com muito trabalho. Semana que vem teremos feira de ciências na escola, palestras, muito trabalho. Mas mesmo assim, com uma lista composta de 125 itens, vez por outra me dou ao direito de resolver umas pendências pessoais. Aqui vão algumas dicas, então:


  • A primeira é que... Bem, não foi hoje, foi antes. Mas consegui, com a ajuda de umas comunidades no Orkut e uma dica ou outra, destrancar todo o meu Nokia 6265. Logo, roda jogo em Java direto do cartão, transfere via Bluetooth, funciona como pendrive, faz o escambau a quatro. Troquei o miniSD que comprei para ele (deu defeito, Jorge Carlos troca!), coloquei outro, de 512 Mb... E tudo roda liso. Achei um site cheio de programas para ele. E o mais curioso de tudo é saber que todos eles (inclusive os emuladores de Nintendo, Mega-Drive e outros) cabem todos no cartão. Só experimentei 3 jogos, que estão lá. Depois, quando eu conseguir me organizar melhor, vou gastar um tempo brincando com ele. Quanto ao outro celular, o 6012, troquei o cabo e preciso espetar no micro do meu pai para baixar todo, limpá-lo e dá-lo para a Maria Cláudia.
  • No Palm, tratei de mexer no dito cujo, e crackear alguns programas. Vale muito a pena para jogar, o Warfare Incorporated (RTS para o Palm, se você gosta de Starcraft, é um prato cheio), o My Little Tank, da Astraware (que tem para Symbian e PocketPC também) e estou testando o Village Sim, fora o crack do SkyForce, que coloquei há pouco.
  • Em termos de programas, descobri um meio de contornar os seriais vinculados a certos nomes no HotSync, e com isso estou experimentando uns programinhas novos, como o Quick News, para ler RSS, o Opera Mini, para navegar na Web, uma nova versão do Pocket Tunes, entre outros trecos. Ah, dei uma volta no Palm Revolt e no Card Export II também.
  • No notebook, finalmente o AiGLX voltou a funcionar. Na verdade, o macete é ignorar o empacotament do Compiz, que estava dando muito problema, e usar um fork dele, o Beryl. Funciona bem, sem problema algum. Só teve uma coisa que ficou estranha, mas foi tão irrelevante que eu esqueci.
  • Ah, reinstalei o Ubuntu 6.06, e migrei ele para o beta do 6.10, o Edgy Eft (onde eles arrumam nomes tão cretinos?). Para instalar o Beryl, usei esse tutorial aqui, que é simples demais, até. E tudo funciona bem. Quem sonha com o visual 3D do Windows (fora de) Vista, eu já tenho isso rodando no meu notebook, que tem de 2 a 3 anos de idade. E no modo de economia, na bateria. Ficou s-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l.
  • Descobri que um dos filmes que irei passar para os alunos na semana que vem (2a)... Eu não tenho. Aliás, eu tenho o 2o documentário, que é esse aqui, o Nerds 2.0.1 - A Brief History of the Internet. Mas o primeiro, chamado Triunfo dos Nerds, eu não tinha. Mas tinha a legenda dele, e não do segundo. Logo, o jeito é baixar. São 3 partes... A 1a já veio via Torrent, a 2a e a 3a devem estar aqui até amanhã de manhã. Em particular esses dois documentários são interessantes, pois justamente quem apresenta é o Robert X. Cringely. E quem é o Cringely? Ele é um jornalista de informática (foi da InfoWorld até 1995), que está aí desde os primórdios. Não tem o estilo "Paulo Francis + Diogo Mainardi + Arnaldo Jabor" do Dvorak, tem um pouco mais de... Coração. Gosto mais dele do que dos outros (com exceção do velhinho do Jerry Pournelle, que também é escritor de ficção científica, além de colunista da Byte).
  • Revolution OS, vídeos de montagem e manutenção, vídeos do ITI e comerciais da IBM sobre o Linux também estão na pauta.
  • O Pocket Tunes é todo cheio de recursos, e aceita plug-ins, fora as skins (tem uma que fica como um painel de controle de Jornada nas Estrelas). E ele tem um plug-in para tocar Ogg Vorbis. Olhei todos os MP3 que eu tinha dentro do cartão e pensei: Porquê não passar tudo para Ogg? Usa bitrate variável (economiza espaço), e como eu vou ouvir com os headphones, não há necessidade de manter qualidade alta. Logo, posso refazê-los. Refiz um script de conversão, instalei um programa para fixar as tags do Ogg, peguei tudo e botei o micro para converter tudo para Ogg. Resultado: O espaço ocupado caiu para quase a metade. Aí me espalhei, e coloquei um duplo do Pink Floyd (P.U.L.S.E.), dois discos ao vivo do Paralamas do Sucesso, e um duplo ao vivo do Joe Satriani, fora um monte de música sortida. Resultado? De 160 MP3, agora tenho 312 músicas no formato Ogg Vorbis, dentro do cartão. Tá certo que ele tem nem 70 Mb livres agora (ele é de 1 Gb), mas tem música para ouvir até cansar. E só as melhores das melhores.

Em compensação, recebi um telefonema hoje, avisando que por causa da chuva de ontem, é possível que a máquina que gerencia a Internet da escola tenha falecido. Como o nobreak que está nela não vale de nada, acho que foi tudo para o espaço. Espero que não, mas... Ah, na 2a eu vejo.

E enquanto eu escrevo, um pacote de provas me observa, falando: "Corrija-me ou te devoro..." E a vontade?

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