31 julho 2005

Resenha minha: Kung-Fusão

Fui ver o filme novo do Stephen Chow na última 4a-feira, com meu irmão. Para quem não lembra dele, ele é o diretor de outro "crássico", Shaolin Soccer. O nome original é Gong Fu. Em inglês virou Kung Fu Hustle. No Brasil... Kung-Fusão.

O filme é divertidíssimo, aliás como todo filme do Chow. Nesse, a história é a de dois manés, ops, sujeitos que querem entrar para a Gangue do Machado. A história localiza-se em Hong Kong, nos anos 40. Essa gangue manda na cidade, e os dois que querem entrar (o Sing é o próprio Chow, o outro é um amigo dele, um gordo que aparece em tudo que é filme dele) resolvem provar que são bons, e vão tentar tirar farofa dos moradores de um bairro pobre, o Beco do Chiqueiro, e provar para quem manda na gangue que eles merecem um lugar. A polícia então, nem mexe um dedo, aterrorizada com as gangues. Cada um por si e Deus por todos.

O Beco é "liderado" por um sujeito meio abobado, metido a mulherengo, e sua esposa, a impagável dona do pedaço, gorda, com bobs no cabelo e sempre com um cigarro no canto da boca. Os outros personagens secundários, como o padeiro, o alfaiate afetado, o barbeiro, o peão carregador de sacos, etc., também são ótimos. A briga começa quando a Gangue resolve invadir o beco, e ele é defendido... Por mestres do kung-fu que moram lá. Aí a coisa vai crescendo, crescendo, crescendo... A linguagem em vários momentos é de um desenho animado. Os efeitos especiais são na sua maioria surpreendentes. Ah, vejam o filme, vale a pena.

Acho que o Chow é o novo Jackie Chan. O Jackie anda meio desgastado, o último filme dele que eu vi foi O Terno de Dois Bilhões de Dólares, e não foi lá grande coisa. Aliás, segundo o IMDb, o Chan fez vários outros filmes, a maioria em Hong Kong, produção local. Inclusive querem fazer A Hora do Rush 3! Nossa, acho que aí é forçar demais a barra. 1 é pouco, 2 tá bom. 3 é exagero.

Engraçado foi que meu irmão saiu meio frustrado, disse que esperava mais... Eu, ao contrário, desliguei o cérebro e resolvi curtir ao máximo. E assisti uma comédia bem acima da média, nem precisava desligar os meus 2 neurônios. Stephen Chow muito rox.

Recesso? Nada...

Semana de recesso, trabalhei em casa feito um doido. Não fui nadar, por causa do curativo e dos 5 pontos nas costas (contei do incidente nesse post aqui), logo fui arrumando as coisas em casa. Hoje, por exemplo, saí de 2,2 Gb para 41 Gb livres. Gravei DVDs com tralha, apaguei arquivos, tive o drive de DVD-ROM que quis me dar dor-de-cabeça... Ih, monte de coisa. Mas não fiz nem a metade, pffff...

Ainda há tempo de fazer umas coisas até 2a, com a volta ao expediente na escola. E as faculdades só recomeçam mais tarde, logo ainda tenho algumas noites livres, o que vai dar para adiantar umas coisas e resolver outras...

30 julho 2005

É, resolvi comentar futebol! Quem diria...

Embora eu não seja muito fã de futebol, resolvi comentar esse fato. O fato é que minha mãe e meu irmão são torcedores do Vasco da Gama, que na última quarta-feira tomou uma enfiada de 7 a 2 do Atlético Paranaense. O chato de fazer piadas com o time da sua mãe é a ameaça de perder o jantar por tempo indeterminado. Mas vale a pena contar umas piadas:


  • A Força Jovem do Vasco (torcida organizada e conhecida no Rio por sua violência) está cogitando trocar sua mascote. Atualmente eles usam o Eddie (o esqueleto usado pelo Iron Maiden nas suas apresentações), mas devem trocar pelo UltraSeven!
  • O Botafogo, que está 4 pontos na frente do próximo colocado na tabela, pensa em oferecer ao Vasco os possíveis 3 pontos que pode arrematar no domingo, caso vença o Flamengo. Afinal, 4 + 3 = 7!

Agora, alguns fatos:


  • O Vasco não toma uma enfiada dessas desde 1916 (goleada com 90 anos de atraso?);
  • O Vasco nunca tomou uma goleada dessas estando na primeira divisão, onde está desde 1925 (sempre há uma primeira vez);
  • O Vasco é um dos cinco únicos times do Brasil que nunca caíram para a segunda divisão. Os outros são Flamengo, São Paulo, Santos e Cruzeiro (vamos ver no ano que vem).
  • O Fluminense e o Flamengo andaram bem mal das pernas quando o Romário era jogador desses times, e agora repete-se no Vasco... Seria o Romário um pé-frio?
  • O Fluminense tomou uma goleada de 7 a 1 quando estava no comando do mesmo técnico que está hoje no Vasco, Renato Gaúcho. Seria então o Renato o pé-frio?

O que sei é que os vascaínos não merecem o time que tem. Nessa onda, a barca dos desesperados partiu com 15 incompetentes dentro. O ditador que governa o feudo de São Januário fechou a inscrição para novos sócios, assim no ano que vem (2006), na eleição, ele ainda consegue manter a posição de todo poderoso, destruindo, fraudando, armando, aprontando... Tudo no feudo de 'seu' Odorico, ops, time de futebol que ele governa... Já viram um clube onde os sócios não podem assistir os treinos do time de futebol? Onde não pode-se dar entrevistas? Ridículo. Removam esse câncer do futebol carioca, senão o que sobrou vai junto. Ele já foi removido da Câmara dos Deputados (uma grande prova da estupidez humana foi ele ter chegado lá), agora falta do "time do coração" dele.



Meu time está na 4a posição do campeonato brasileiro, mas não adianta, futebol não me empolga. Pelo menos me faz ler e sorrir. O resto... Bem, não curto futebol mesmo. Mas eu mantenho-me razoavelmente informado. Só não peçam para assistir o jogo, pois não tenho muita paciência de ver (é que nem Fórmula-1, cansa ver os carros dando sei lá quantas voltas).

26 julho 2005

Resenha minha: Trigun

No momento que escrevo isso, acabei de assistir o anime chamado Trigun, e uma palavra para definí-lo é: surpreendente. Ele é surpreendente pois ele começa com um tom de comédia, de história bobinha, e vai tornando-se mais sério, denso, complexo...

O personagem principal é um homem chamado Vash, the Stampede. 'Stampede', segundo o dicionário Oxford que eu consultei, é "uma explosão súbita de animais". Aliás, existiu uma distribuição de Linux chamada Stampede Linux, cujo símbolo era um cavalo. Esse homem, segundo as lendas que o acompanham, é mortífero. Ele, sozinho, destruiu uma cidade. Por isso a cabeça dele vale 60 bilhões de dólares.

Atrás dele são enviadas duas mulheres, Meryl Strife e Milly Thompson. Elas trabalham numa companhia de seguros (Bertinelli, acho), e seu chefe mandam-nas acompanhar esse que é conhecido como o Furacão Humano, justamente para evitar que ele cause tantos prejuízos. Há um clichê aí, bem a lá Asterix e Obelix: No caso, Meryl corresponde ao Asterix, e Milly ao Obelix. Vejam que vocês irão entender (elas assemelham-se inclusive na personalidade). Elas conhecem o Vash, mas a fama é tamanha que elas custam a acreditar que aquele louro magrelo meio abobalhado, enfiado num sobretudo vermelho e com um penteado de vassoura, é o causador de tanta ruína. Nem nós acreditamos, a princípio.

Como disse, a história começa bobinha... Ninguém acaba de ver o primeiro episódio acreditando que aquele sujeito consiga fazer tanto estrago, ser tão temido. Ainda mais que, ao longo dos primeiros episódios, vemos que ele tem é um medo danado de ferir alguém, e não há indícios da sua notória habilidade com uma arma. Ele praticamente não usa a sua arma, uma pistola de 6 tiros (com tambor) de tamanho incomum. Só que...

A partir do episódio 5, ele mostra a sua habilidade pela primeira vez, dando um tiro que seria impossível, mostrando uma rapidez de raciocínio incomum e principalmente salvando a vida de algumas pessoas. E quem assiste, começa a respeitar o personagem: "É, ele atira bem mesmo!". Após, surge um novo personagem... Um padre. Mas um padre que fuma, bebe, carrega uma cruz sempre encapada, e que acaba sendo um contraponto nessa loucura que é a vida do Vash. Nicholas Wolfwood, o nome dele. O padre que é 'profano', mas torna-se um companheiro de aventuras do Vash, e da Meryl e Milly também.

Mas, muitas dúvidas surgem na cabeça: Por que sempre esse ambiente de Velho Oeste, com muita areia, sempre seco, poucas árvores? Por que as cidades tem esses nomes esquisitos? O que são essas ruínas próximas às cidades? E o que aconteceu? A virada ocorre a partir do episódio 12, quando um assassino é enviado para matar o Vash, e no fim do episódio, vemos que ele não é tão... Humano assim. Mas não vem ao caso. E, quando ele aparece sem camisa, começamos a ver porque ele é Vash, the Stampede.

As dúvidas começam a desaparecer a partir do episódio 14, e aí começamos a entender muitas coisas, desde a destruição da cidade de July (pelo qual Vash tem sido acusado), até o motivo pelo qual o sobretudo dele é vermelho, ou o cabelo ester sempre em pé. Tudo tem uma explicação. O anime vai tornando-se mais denso, sério, pesado... Até o final, com o fechamento. Em paralelo, no final, o lençol de água encontrado num vilarejo (onde Milly e Meryl estão), trazendo esperança... Para o próprio Vash também. Dispensável dizer que a repulsa de Meryl muda para pena, carinho, afeição... Não vira romance porque a série não dá muito espaço para isso, e também japonês não é lá muito bom para essas coisas: Ou faz da série uma interminável noveleta mexicana (vide Macross), ou avacalha tudo de uma vez (vide Love Hina).

Em resumo, o anime é ótimo, do tipo que vai melhorando ao longo da série. Sim, é cheio de clichês, além das mulheres que já citei: irmão bom, irmão mau, o sujeito que finge ser bom mas é do mal e se arrepende, a idéia do "Paraíso Perdido", misericórdia, piedade, etc, etc, etc... Mas vejam! É um bom divertimento, as cenas de ação são boas, e ao contrário do que parece, a palhaçada fica para trás, ao longo da série, tornando-a mais séria e adulta. Eu gostei.

Instrumento bizarro - e outras coisas

Não resisti e dei um pulinho no EnGadget, e achei esse "instrumento" aqui:


O link para a notícia estáaqui. Segundo o fabricante (a Yamaha), isso é um instrumento musical, composto de um painel de 256 LEDs (16x16), sensível ao toque. Dependendo como toque, o som sai diferente. O dispositivo pode ser ligado em rede, montando uma... "Orquestra".

A primeira impressão que tive é: "Nossa, isso saiu de que seriado da série clássica de Jornada nas Estrelas?". Não sei se funciona como dizem, nem sei se vai ser comercializado, mas... Que é engraçado, é.



Ah, também achei algumas coisas interessantes, como:


  1. Um fogão com tampa retrátil (bom para cozinhas diminutas);
  2. Um celular tri-band com Linux da Motorola (cheio de frescuras);
  3. A Sony estima que o Playstation 3 dure durar 10 anos no mercado;
  4. Um mass storage de UM PETABYTE (ou seja, 1024 Terabytes);
  5. Óculos com Bluetooth;
  6. E por último, um prato de espaguete com um cabo USB!. Isso é tão bizarro que eu resolvi colocar aí embaixo a foto.


Pronto, agora chega, deixa eu ir corrigir prova.

25 julho 2005

Mais um teste de personalidade

Peguei esse no journal do Spy no Multiply, e saiu o mesmo resultado que o dele:

Robert Heinlein
Robert Heinlein wrote you - your stranger in a
strange land, you.


Which Author's Fiction are You?
brought to you by Quizilla


Curioso, não? Em tempo, Robert Heinlein escreveu Tropas Estelares, entre outros contos e livros.

Notícia bizarra do dia

Realmente, não dá para negar. A notícia mais bizarra de hoje é a ex-secretária do publicitário Marcos Valério, Fernanda Karina Sommagio, dizer que vai posar para a Playboy, por um cachê de R$ 2 milhões, e esse dinheiro vai financiar a candidatura dela à deputada federal! Ouvi no rádio, gente comentando, Internet...

Achei um link, no Último Segundo. Sim, tem cheiro de trote. Mas que é bizarro, é.

24 julho 2005

Benvindo

Meus kudos (é assim?) ao Alexandre Souza, cujo link para o seu respectivo blog eu coloquei aí do lado, na lista de blogs dos amigos. Salve, Tabajara! Ah, Cesar, coloca ele no Planet Fudebagem também. Afinal, é um fudeba!

23 julho 2005

Chega dessa vida de 32 bits...

A segunda novidade do dia foi que finalmente montei minha máquina nova, uma legítima 64 bits. O curioso é que o gabinete continua o mesmo, o meu velhão, desde 2001... Como comentei em alguns posts atrás (sendo mais preciso, esse aqui), meu irmão está montando uma máquina nova para ele (aliás, eu e meu pai estamos montando), e ele topou um rolo comigo: Eu vendo para ele partes do meu computador, ele me paga e eu compro coisas novas para mim. Logo, abaixo vai a lista:


  1. Sai um Athlon XP 2600+ (núcleo Barton), entra um Athlon 64 2800+.
  2. Sai uma placa-mãe Abit KV7, entra uma placa-mãe Abit KV8-Pro.
  3. Sai uma memória Kingston 256 Mb DDR 400, entra uma memória Kingston 512 Mb DDR 400.
  4. Sai uma fonte genérica de 450 W, entra uma fonte Seventeam de 350 W reais.

Fui comprando aos poucos a tralha. A fonte, por exemplo, comentei com vocês que comprei nesse post aqui, foi R$ 150. A placa-mãe eu achei a R$ 320 (sem a caixa), com nota fiscal, garantia de 6 meses numa lojinha no Riachuelo. O processador (box, claro) custou R$ 410 numa loja na 13 de Maio (centro do Rio). A memória foi no Infocentro (R$ 219). A fonte (R$ 150), em outra loja no mesmo lugar, no Edifício Avenida Central.

Ontem, depois da cirurgia, resolvi trocar tudo de uma vez. Seria uma trabalheira grande, mas era necessário mais do que tudo estar inspirado, já que teria também que trocar um cooler de chipset (para um, da Zalman, que comprei junto com a fonte), e remontar tudo no outro gabinete (um todo preto, bem bacana). Tomei coragem e lá fui eu fazer o que tinha que ser feito.

Tudo trocado, remontado pouco tempo depois. Vale a pena ressaltar algumas coisas, como o silêncio em que a fonte Seventeam funciona (com uma ventoinha de 12 cm de diâmetro dentro dela!), e o sistema engenhoso e simples que a AMD inventou para prender o cooler agora. O engenheiro que o fez merecia um prêmio, ficou muuuuuito mais simples de encaixar o cooler agora. Ah, o 64 é menor que o XP, mas curiosamente, é mais pesado. Deve ser por causa dos mais de 100 milhões de transistores dentro dele. Well, agora vamos para os testes.

Pego o meu Linux (Fedora Core 3), para plataforma x86, zero o kernel e resolvo recompilá-lo. No XP levava 11 minutos para recompilar tudo. Mando ver no 64... 9 minutos. Uh, nada mal. Coloco o novo kernel para bootar, reinicio a máquina. Repito o processo. 8 minutos e um pouco. Legal! Quando o compilador e as bibliotecas forem nativas, deverei ganhar mais um tempinho. Como eu já tinha baixado um Fedora Core 4 em DVD, nativo para x86_64... É esse que eu vou instalar.

Resolvo atualizar, tenho que dar boot com o Smart BootManager, para poder fazer ele iniciar do gravador de DVD (o meu leitor de DVD é uma b****, não lê DVD-R direito), e mando ver. 1 hora, o sistema avisa que pode não funcionar... Não boota. O jeito é instalar a frio. Formato, reinstalo por cima. Coloco o apt... Não funciona direito, um monte de pacotes repetidos. Credo.

Depois de pesquisar na Internet, descubro que o apt-get para x86_64 não se entende bem, pois o sistema instala vários pacotes em versão x86 e x86_64, para garantir a ompatibilidade. Depois de quebrar a cuca, resolvi sapecar o yum, e me virar com ele. E estou gostando do dito, ele me parece eficiente, embora encrenque com pacotes RPM que não tem chaves públicas.

O dito cujo está funcionando corretamente, e estou atualizando o sistema, fazendo a já tradicional "limpeza de pacotes" (ganhei uns 200 Mb), e dando uma reorganizada no ambiente. Tive que bloquear o fstab para manter criado os pontos de montagem do segundo HD (ainda não descobri como funciona o !@#$%*() do UDI, do HAL, para criar no formato pedido. Por enquanto, somente leitura ligada para ele). Ainda faltam algumas coisas para serem feitas, como arrumar o sistema de email que eu uso (configurar o Postfix), sensores da placa-mãe, som (falta um mixer no console), dar um polimento no sistema em geral, instalar alguns pacotes que faltam... Mas está andando.



Ah, o kernel compilou em 7:30m agora. O ganho foi pequeno, mas significativo (mais de 30%). E ainda não fiz overclock, o que é bem possível com uma placa Abit. Enquanto a Mico$oft não solta oficialmente o Windows XP 64 bits, eu vou aproveitando o Linux, já portado. Fazer o quê, né?

Drivel

Estou fazendo um teste, de postar usando outra ferramenta, o Drivel. É bacaninha, mas tive que mudar o meu nome para entrada, retirar 2 letras porque ele não aceitava o antigo (não gostei). Outra coisa que me enrolei foi que ele me jogou no blog de um amigo, que eu escrevo lá também (na verdade escrevi lá 1x ou 2), e tive que procurar onde ele me colocou, na verdade. Mas tá funcionando. Outra coisa que não gostei é que, para variar, todos os programas que postam em blogs não sabem se virar com os títulos. Mas vamos levando, vamos ver onde isso vai dar.

22 julho 2005

Dia cheio de altos e baixos

Hoje o dia foi tumultuado, por conta de várias coisas. A primeira conto agora, as outras conto depois. A primeira é que fui cortado, remendado e suturado hoje. Calma. Algumas pessoas já tinham notado que eu tinha um cisto sebáceo nas costas, bem em cima da omoplata direita. Outros chamam de quisto, lipoma, lipossoma, bolinha de sebo, essas coisas. Então, 2a passada fui na consulta, 4a fiz o exame de sangue (hemograma e coagulograma), e hoje a pequena cirurgia, nas mãos de um jovem médico bem-humorado, que ameaçou tirar a anestesia local quando soube que eu não era torcedor do Flamengo.

Sinceramente, nem fiquei "com medo", pois acho que me movia mais por curiosidade... Afinal, nunca tinha passado por tal situação. Já a coleta de sangue foi mais complicada... É que eu tenho um problema sério com agulhas. Eu odeio elas. Pronto. Fácil, não? Pois é.

Basicamente foi cortar, puxar, tirar e costurar. Meia hora de cirurgia, com anestesia local. Os pontos serão tirados em duas semanas (5 de agosto). Ganhei uma cicatriz nas costas, um curativo grandão e uns 10 dias longe da natação. A bolinha tirada era dura, branca e parecia uma bola de gude. Mas logo a graça acabou, quando o médico passou o bisturi nela.

E, ao contrário que os meus colegas do trabalho comentaram, a bola certa foi cortada, a de cima (não as de baixo), heheheh. Depois conto o resto.

A loucura, explicada.

Alguns posts abaixo (para ser exato, nesse aqui, eu falei que cometi uma loucura. Agora vou contar qual foi.

No domingo, dia 26/6, um amigo MSXzeiro residente nos EUA conversa comigo no ICQ, sobre "chás de fita K7" no JB e ele arremata dizendo que vem para o Brasil na semana seguinte, e se eu quisesse que ele trouxesse alguma coisa, era só pedir (ele viria ao Rio no dia 8 ou 9).

Saio correndo para sites como o PriceWatch e PriceGrabber (os Buscapé e Bondfaro deles). Também visitei o Froogle, como bom Googlelista que sou.

Surpreendentemente, a diferença de preços para os itens que eu queria, não estava tão boa assim. Fui ver câmera digital, a DSC-W5, da Sony, e com tudo, eram R$ 200 de diferença para o MercadoLivre. Sendo que aqui tinha garantia de 6 meses da loja, e com um pouco de papo, ainda parcelar s/ juros. Os cartões de memória estão realmente mais baratos, mas não tanto quanto eu imaginava. Pen-drives, etc...

Aí tive uma luminosa idéia: um notebook. Resolvo perambular por sites vendendo notebooks usados (mas em bom estado), e acabo num de uma loja no Texas, a E-Topco. Fico encantado com um dos notebooks deles, cuja configuração reproduzo abaixo (o link está aqui):

Dell Latitude C600/c610


  • Pentium III-M 1 Ghz (Uau, meu primeiro Intel)
  • 256 Mb RAM (mais do que bom)
  • Tela de 14,1 " TFT (tela booooa)
  • 20 Gb HD (dá para por muita tralha)
  • CD-ROM 24X (interno - beleza)
  • Drive de 3,5" (interno - eu preciso de drive - ainda)
  • Rede 10/100 (Ethernet/Fast Ethernet)
  • Vídeo: ATI Radeon Mobility com 16 Mb (Deve dar para jogar TuxRacer nele)
  • Som: onboard (com caixas embutidas)
  • 2 PCMCIA
  • 1 USB, 1 serial, 1 paralela, 1 IR, 1 porta PS/2, 1 SVGA externa, 1 S-Video.
  • 2,8 Kg.
  • Sem sistema operacional (viva, não vou pagar pelo que não vou usar)

Em resumo, (quase) tudo que eu sempre quis num portátil. E o preço estava muito bom, US$ 399. Além de ser um notebook da Dell, coisa boa. Começo a correria para fazer a compra. Faço o pedido, pago no cartão de crédito internacional (Mastercard), e solicito o envio mais rápido, mas o mais caro (US$ 100 de frete, quase - eu sou louco). Dessa forma o notebook chegaria às mãos dele rapidamente.

Nesse rolo todo, descubro que ficou faltando o Zip Code (CEP) da casa desse meu amigo, e descubro via Internet o número, além de achar o barraco dele no condado de Folsom, Califórnia, via Google Maps. Estou roendo as unhas de ansiedade, mas nada. Mandei email para a empresa (que fica no Texas), perguntando, falando... Mandei uma meia dúzia deles. Nenhuma resposta. SAC fedorento, o desses caras. Resumo: Vamos cancelar a compra. Afinal, não daria tempo para o notebook chegar a tempo na casa do Bruno. Eu mando um email pedindo o cancelamento, Bruno liga para eles, que prontamente resolvem cancelar.

Aí eles explicam do lado deles: Eles tiveram medo de que era uma fraude, aí resolveram telefonar para a minha casa, para confirmar o pedido! Aí é que eu entendi quando minha mãe perguntou se algum amigo meu estrangeiro estava no Brasil, pois ela recebeu um telefonema muito esquisito, onde a pessoa do outro lado gritava o meu nome, e ela tentou falar sem saber o que era do outro lado. Imagine, ela não fala inglês, e do outro lado, um texano falando (com sotaque horroroso).

Só que tem um detalhe: O Mastercard bloqueou a minha compra, também com medo de ser fraude. Mas diacho, por que eles não ligaram para mim perguntando, ora?! Não, bloquearam sem me avisar. Depois é que eu recebi uma carta explicando o que aconteceu. Ora, essa é boa, quer dizer que se eu fizer uma compra, tenho que pedir à minha operadora de cartão de crédito para fazê-la?

Fiquei sem o "brinquedinho" novo, pelo menos por enquanto. Ele disse que vem ao Brasil para o Natal, e pediu para que eu fizesse a compra calmamente, e mandasse entregar na casa dele, pelo frete mais lento e mais barato. Aí ele traz com calma, e se apertar o botão e der vermelho, depois eu reembolso ele pelo imposto devido. Já procurei e achei preços bem interessantes no eBay, e pagando via Paypal. Melhor.



PS: Curiosidade, o Bruno me disse que o limite do cartão de crédito dele é de US$ 8000. Isso mesmo, 8 mil dólares. Em reais, segundo o Universal Currency Converter, pela moeda de hoje, corresponde a R$ 18,852.00. Como ele mesmo disse, dá para comprar um carro popular no Brasil. Ou o meu carro, um Peugeot 306 usado (que não vale mais do que R$ 15 mil). É mole? Como diz ele: "É como se eu levasse um frasco de nitroglicerina no bolso". Para quem não é controlado, é dinamite na certa.

19 julho 2005

"Eu adoro quando um plano dá certo"

A frase não é minha, mas do grande George Peppard, imortalizado na memória da minha geração como "Hannibal" Smith, membro do Esquadrão Classe A. Alguém aí também lembrou do B.A., Cara-de-Pau, Murdoch, etc? Pois é. Mas não vou falar do Esquadrão hoje.

Aqui no meu trabalho, chegaram as máquinas novas. 80 computadores. A configuração está aí embaixo:


  • Sempron 2400
  • 256 Mb RAM
  • Placa-mãe PC Chips M865G
  • HD Western Digital de 40 Gb
  • CD-ROM de 52x
  • Gabinete torre média
  • Monitor LG 15"
  • E os badulaques de sempre, como drive, mouse, teclados, portas USB na frente, etc e tal.

Configuração boa, né? Máquinas lacradas, com cadeado. Hmmm. Vieram com Windows 2000 e Office 2000 Premium instalados, mais o AVG. Tudo original, registrado. Como instalar tudo o que precisamos? A lista é de mais de 30 programas. Isso fora as configurações de rede, navegador, nome da máquina, domínio de rede, proteções mil (não deixar trocar o papel de parede, não deixar trocar o protetor de tela), etc, etc, etc, etc e etc.?

Depois de muito discutir com o meu contraparte na rede, convenci a ele a instalarmos tudo via imagem: Pegamos uma máquina, instalamos tudo, configuramos tudo, testamos tudo... Fazemos uma imagem desse HD e depois replicamos para todas as outras máquinas, pela rede. Ele topou.

O esquema que bolei foi simplesmente bacana. Seria genial se eu fosse um gênio, coisa que eu não sou mesmo. Foi o seguinte: Peguei o Kurumin, desci ele todo para um HD, resolvi remasterizá-lo. Arranquei tudo que eu achava que não seria útil (inclusive todo o KDE), fiz um script (com direito a dialog) para escolher: Remasterizar do HD, baixar pela rede ou a partir de CD-ROM.

A imagem tem 1,8 Gb compactada (3,5 Gb), o que daria 2 CDs e meio. O script então grava o setor de boot do HD, a tabela de partições, cria uma partição em ext2 (o Windows nem sabe o que é isso), baixa via wget as imagens para essa partição e instala, via PartImage, no HD. Por fim, desliga a máquina. A vantagem é que a imagem está dentro do HD, e qualquer coisa podemos remasterizar o drive C a partir dessa cópia.

Levamos 2 semanas para fechar a imagem. Foram horas de instalação e principalmente, configuração e testes. Usamos de tudo, do WinPolicy (maravilhoso, diga-se de passagem) até ferramentas para ver quais arquivos estão abertos (com destaque para o Process Explorer), e finalmente encerramos o trabalho da imagem na 6a passada.

Agora, essa semana, instalação. Comprei 10 CD-RWs, gravei 20 cópias desse nosso "Kurumin Remastered" e saímos dando boot nas máquinas, com o CD. Rodamos o script e deixamos baixar. Como nossa rede é 10 Mbps (argh!), a imagem desce a, no máximo 750 Kb/s. Mas como estamos baixando de uma máquina só, com 20 máquinas pedindo arquivo, a taxa caiu para 40 Kb/s. 11 horas de download. Well, pesado, né? É. Mas deixa as máquinas baixando de noite, ora. Não precisamos olhar para elas.

Fizemos isso. Hoje de manhã foi chegar, configurar o novo IP, acertar o nome da máquina, colocá-la no domínio, colocar senha na BIOS, boot pelo HD... Pronto, serviço feito. Já temos 30 máquinas prontas, desde ontem. Amanhã fechamos as outras 20, e daí, até quinta, montamos as últimas 30. Em 4 dias úteis, 80 máquinas prontas.

É claro, o trabalho mal começou. Depois de fecharmos os laboratórios, teremos que:


  1. Fazer uma imagem de instalação das máquinas dos setores administrativos da escola (com bem menos aplicativos e recursos instalados), e fazer essa instalação pela rede.
  2. Refazer o mapeamento dos endereços IP da rede da escola toda, e isso também quer dizer configurar o gateway e firewall para isso. Agora, por exemplo, iremos poder abrir a Internet em qualquer laboratório, mas sempre com, no máximo 4 liberados.
  3. Instalação de Linux via rede: Fazer uma imagem de instalação do Fedora Core 4, para colocarmos em alguns laboratórios, visto que teremos aula de Linux para os alunos do 1o. ano.
  4. Rever os pontos de rede. Tem alguns (ou vários) quebrados, com defeito, ou cabos cujos conectores foram arrancados. Teremos que refazer esses pontos nos laboratórios, para todos terem acesso à rede, e podermos, caso seja necessário, tomar o controle (e viva VNC).
  5. Teremos, numa licitação separada, máquinas novas para 2 laboratórios (foram trocados 8 laboratórios, não os 10), máquinas essas com monitores de 17", Pentium 4, essas coisas. Instalá-las por imagem também.
  6. Teremos computadores novos para a rede, isso significa transferir o Linux instalado neles para os novos servidores. Espero que eles estejam abertos, pois quero transferir, e não reinstalar tudo. E nessa onda, é segurar os ímpetos do meu contraparte na rede, que quer já passar todo mundo para o Fedora 4. Calma.

Ou seja, ainda temos muuuuuito trabalho a fazer. Mas tudo está andando, e bem rápido. Por isso a citação do "Hannibal" no título, bem justificada: Eu adoro quando um plano dá certo.



PS: Chegou um caminhão com os computadores novos... Quando é que chegam os caminhões com os alunos novos?

Pensamento corrente entre os professores

16 julho 2005

Queria recomendar a todos que dessem uma olhada nesse blog aqui, ó. Parece-me uma visão bem centrada e balizada sobre a igreja evangélica brasileira, fenômeno social e expressão cultural de muitos, mas acima de tudo, a Noiva de Cristo.

E pelo visto o "Jeremias" não poupa comentários severos, o que é bom. É preciso isso no meio evangélico, uma crítica forte ao monte de absurdos que vemos.

Mal. Muito mal. Triste. Muito triste.

Minha vida está toda virada. Está toda de pernas pro ar, está tudo uma grande droga. Somam-se frustrações, compromissos, coisas que tem sido impostas a mim, tristezas, decepções... Está tudo uma grande droga.

Por isso, o sux-o-meter continua do mesmo jeito. Sinto-me abandonado. Que o Todo-Poderoso me ajude a passar por isso tudo... Porque tá difícil. Sei que vou sair, mas... Tá difícil.

15 julho 2005

Testes de personalidade pela Net afora

Boiando pelos blogs e journals de alguns amigos, achei alguns testes a serem feitos. Como eu tenho um monte de coisas para fazer, mas nem um pouco vontade de fazê-los, resolvi perder um pouco de tempo aqui, heheheh... Lá vai:


  1. Qual personagem de fantasia e ficção científica que eu sou: Eu acho que já tinha feito esse teste, mas resolvi refazê-lo... Acho que deu a mesma resposta de antes, e gostei da resposta:

    Which Fantasy/SciFi Character Are You?


  2. Que algarismo é você: Mesmo antes de ser matemático, eu sempre gostei muito do número dois (2): O único número primo par, dualidade, ser número par, eu sou do 'signo' de Gêmeos (2 - embora não acredite muito nesse treco), o número 2 divide metade dos números que existem (infinito dividido por 2 continua sendo infinito!).E ironicamente, olha só o que deu:




    You Are the Helper



    2




    You always put on a happy face and try to help those around you. You're incredibly empathetic and care about everyone you know. Able to see the good in others, you're thoughtful, warm, and sincere. You connect with people who are charming and charismatic.




  3. Qual sistema operacional sou eu: Essa é boa. Todos sabem que sou usuário do GNU/Linux (deixa eu bancar o purista de vez em quando), e o defendo com prazer. Resolvi fazer o teste, mas o site não passa para a página 2... Logo, sem resultados.

  4. E o nerd test ataca! Vamos ver... Não lembro quanto deu no outro, mas podemos depois comparar para ver se eu sou um caso irrecuperável ou não.

    I am nerdier than 87% of all people. Are you nerdier? Click here to find out!



  5. Que extensão de arquivo você é: Essa é ridícula, mas sei que já fiz e obtive resultado como MP3. Agora, eu não sei no que vai dar... Pelo visto mantive o que tinha sido falado antes.


    You are .mp3 The kids love you.  You get along with just about everybody exc<div style=

14 julho 2005

Saudades...

... do tempo que era feliz, e sabia.

13 julho 2005

Dia Mundial do Rock

Mesmo para alguém que está sentindo-se mais por baixo do que um trilho de trem como eu, hoje é dia de comemorar uma data importante mas pouco conhecida.

Antes que você me pergunte qual é essa data, hoje é o Dia Mundial do Rock. Não sei porque determinaram que seria hoje, dia 13 de julho. Mas já se vão 50 anos, e o bom e velho rock n' roll nunca saiu de moda. A primeira música considerada rock n' roll foi Rock Around the Clock, do Bill Halley and his Comets. E Elvis popularizou, os Beatles empurraram morro acima, o Moody Blues iniciou o progressivo, os Ramones começaram com o punk, o NIrvana catapultou o grunge, e tantos outros marcaram esse estilo que eu particularmente adoro.

Teria muita coisa a falar, mas não seria completo. A imagem aí do lado é para homenagear aquela que tem sido o símbolo do rock ao longo dos anos: A guitarra. Eu nunca vi uma banda de rock sem guitarra. Já vi sem baixo - o The Doors tinha um piano no lugar, por exemplo; já vi bandas com instrumentos "esquisitos" além da tradicional guitarra - o Focus tem um cravista (que toca cravo, aquele piano medieval!), o Camel tem um flautista, tem de tudo. Mas nunca vi uma sem guitarra. Então, minha homenagem a essa nossa "amiga".

E como diriam os Rolling Stones:

I know,

it's only

rock n' roll

but I like it

Gabba-gabba-hey para todos vocês. Vida longa ao rock.

12 julho 2005

Eu não entendi...

O Asa Dotzler disse que é sensacional. O Cesar disse que isso impressionaria as garotas com JavaScript. Eu fui olhar (clica aqui), observei... Alguém explique para esse iletrado aqui, o que isso tem de tão especial? Alguém me explica, por favor.

10 julho 2005

Quer saber como eu estou? Olha o sux-o-meter aí do lado

Lembram quando eu escrevi o que está nesse post aqui? Então, hoje me sinto bem pior. Abaixo vai uma foto de um personagem que mostra como eu me sinto:




Joguem o mundo todo na minha cabeça, eu mereço isso.



Espero ficar r0x em breve. Mas no momento, estou sux, e é melhor curtir esse momento de fossa, mesmo porque sei, eu saio rápido. Mas tive a tentação de ir rolar no asfalto com os cachorros da rua... Afinal, sinto-me pior que um vira-lata agora.

Nota final: É bem possível que saia algum texto como um desses aqui, eu escrevo melhor sobre a desgraça dos relacionamentos humanos depois de momentos sux como esse. Como alguém disse:

Meu conselho é que se case; se você arrumar uma boa esposa, será feliz; se arrumar uma esposa ruim, se tornará um filósofo.

Sócrates

Gentoo no Boromir

Achei esse post aqui, onde eu falo no final que quando eu tivesse coragem, eu colocaria o Gentoo, em stage 1 no meu servidor web de casa. Pois é, coloquei em maio. Não foi um trabalho imediato, eu comecei instalando-o no 2o. HD da máquina, e fui configurando... Eu rodava ele graças a um chroot, com o Fedora em primeiro plano e ele compilando...

Depois de muita compilação, testei o sistema, funcionou. Experimentei passar as configurações finais (adsl, firewall, etc) para o Gentoo, tudo funcionou bem. Acabei colocando mais coisas na variável USE, tive que fazer uns emerge --newuse world, pois assim eu conseguia fazer com que os aplicativos gráficos usassem as tecnologias MMX e 3DNow, fora o SSE.

Logo, finalizei com o Gentoo, troquei de HDs e estou direto com ele na máquina (formatei o outor HD com o Fedora). Estou gostando dele, como um sistema minimalista é ótimo. Só falta funcionar o distcc e ccache).

07 julho 2005

Resenha minha: A Vida, o Universo e Tudo Mais

Dos três livros que já li, da "trilogia de quatro livros" do Mochileiro das Galáxias, esse é o que eu achei mais coeso em termos de história. Ironicamente, esse é um dos livros mais amalucados da série.

O livro começa com Arthur Dent na Terra Pré-Histórica, depois de ter descoberto a origem da humanidade (da pior maneira possível), e encontrando um alienígena imortal, Wowbagger, que tem como propósito de vida insultar todos os habitantes do Universo. Bem, como o nome dele tem 'A', ele é um dos primeiros da fila. Dali, Ford aparece, com Slartibartfast junto, e partem para salvar o Universo. Original, não?

Robôs destruidores do planeta Krikkit (sim, é uma alusão descarada ao críquete)estão destruindo tudo que não é o planeta deles, já que eles descobriram que "eles não estão sozinhos no universo". Bem estadunidense, não?

E dali rola 1001 aventuras, com Trillian salvando o dia, e algumas piadas boas. Senti falta de mais do Marvin (ele aparece pouco), do Zaphod (o ego dele encheria boa parte do livro, também), e das narrativas do Guia, que são o ponto alto para mim. A história da fundação da editora que publica o Guia, mais as pausas pro almoço, são fenomenais. "A festa mais longa que já se teve notícia" também, é sensacional. Pena que houve pouco.

Senti esse livro mais coeso por não viajar muito na maionese galáctica, apesar de fazer vai-e-vem com viagens temporais (coisa que, mal feita, é horrivelmente chata de se aturar), e falar de críquete (eta jogo chato). Aliás, o taco, jogado nas nossas ruas, com 2 cabos-de-vassoura, bola e duas latinhas, é muito mais divertido e simples.

Ainda vale ressaltar o conceito complicado da Espaçonave Bistromática, do engenheiro civil planetário Slartibartfast (como ele se envolve com o problema de Krikkit querer destruir tudo que não é o universo? Não lembro), mas que é divertido, e o epílogo. Agora é esperar, talvez para 2006, o "Até mais, e obrigado pelos peixes!". Deixa passar o embriague por "O Código da Vinci", da Sextante, para vermos o que sai.

03 julho 2005

Um dos meus heróis

Não sei se já contei aqui, mas queria dizer que um dos meus heróis da infância foi o navegador Amyr Klink. Aliás, ele ainda é um dos meus heróis. Quando eu li Cem Dias Entre Céu e Mar, eu tinha 10 anos e o Amyr tinha acabado de atravessar o Atlântico Sul a remo, no Parati. A minha edição ainda é da José Olympio Editora, das antigas (hoje em dia está na Companhia das Letras), mas eu delirava lendo os preparativos dele, os mapas, os planos, as ondas "madrastas" (nunca esqueci daquela que, no início, quase fez ele desistir da travessia), e de tudo que ele enfrentou. Ficava imaginando como ele aguentava a solidão, e ele contava que cantava boa parte da viagem, comia comida desidratada, destilava água para beber... Muito doido. E eu, garoto, adorava ler o que esse sujeito fazia.

Depois veio a aventura entre dois pólos, com o Paratii (sim, dois iis), que infelizmente ainda não comprei o livro e não li. Mas vale a pena a leitura, pretendo comprar e ler também. Agora, recentemente, acompanhado por uma tripulação, o Amyr fez a última aventura dele, com o Paratii 2.

Estou falando nele porque ontem sentei para ver uma gravação que o meu pai fez no NatGeo (National Geographic Channel, canal da Net) sobre a última aventura dele, no Paratii 2, que foi a circunavegação da Antártida, ou seja, uma "pequena" volta ao mundo (foi mais rápido que o Phileas Fogg, em A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, de Júlio Verne), e ainda a ida - com a tripulação - até a Geórgia do Sul. E muita coisa bacana me veio à mente, muita coisa que li dele, e tudo que ele fez... E ele sempre finaliza a viagem, vindo até Parati, onde mora com a esposa e 3 filhas... A cena dele descendo do bote para abraçar filhas e esposa, sempre emociona.

O Amyr é o cara, na minha opinião um brasileiro que nos dá orgulho. Ao menos para mim.



E como não podia deixar de citar a referência, taí embaixo o pinguim que dá nome a uma das distribuições de Linux minhas favoritas:


Sim, esse é o Pinguim Gentoo. Legal, não? Só não sei porque esse nome para a raça de pinguins... Mas pelo menos sei a origem do nome do Gentoo Linux, heheh!

Animais cultos?

É sabido que as universidades federais brasileiras não estão bem das pernas: Falta verba, falta estrutura, falta de tudo. Agora, até que vai ter concurso para professor, o que é bom... Mas vi uma coisa inusitada na quarta passada:

Estava eu caminhando pela ligação ABC (um bloco que é transversal aos blocos A, B e C do CT), em direção à biblioteca do IM, quando vejo algo saindo do banheiro feminino. Note que não era alguém, era algo.

Esse algo tinha rabo, era baixo, peludo e caminhava sobre quatro patas. Sim, era um rato. E dos grandinhos, devia ter uns 20 cms de comprimento. Ratazana? Talvez. O sem-vergonha atravessa o corredor e entra pelo bloco B, caminhando rente à parede, passando em frente às salas da pós-graduação em Matemática, na direção da Engenharia Civil (pós também).

Juro que, se eu não tivesse com um par de tênis que merecia uma lixeira, e não estivesse preocupado com uma prova de Fundamentos III, eu teria chutado-o até o estacionamento, atravessado o bloco fazendo ratobol...

02 julho 2005

Semana dos infernos

Essa semana foi insuportável... Pretendo amanhã ir nadar pela 1a vez em 2 semanas, já que não tenho conseguido fazer isso. Vale pelo menos uma explicação sobre a confusão da escola, narrando a novela desde o início.

No início de junho, os professores da informática estavam insatisfeitos com a situação caótica na qual trabalhamos: Quadros brancos (de laboratório) que estão impossíveis de serem usados, canetas Pilot compradas pelos professores, computadores dando (muito) problema, etc. Então, decidimos tomar a atitude correta: Vamos falar com os pais e os alunos sobre a situação, pois do jeito que está não dá para ficar.

Poucos dias antes, o Jaime, do DGI (departamento responsável por computadores na FAETEC) teve lá na escola, conversou com os professores, prometeu mundos e fundos: máquinas novas, servidores novos, muitas mudanças, inclusive a promessa de migração no futuro para software livre (os Window-maníacos tiveram que roer o dedão do pé). O próprio Jaime, um quarentão (eu ousaria dizer na casa dos 50) é entusiasta do Linux, e disse que a maioria dos estágios que estão sendo pedidos, pedem alunos que tenham noção do sistema do pinguim. Bom, né? É, mas promessa não enche barriga. Continuamos esperando.

No dia 8 de junho foi realizada uma reunião com os pais, que decidiram ir naquele mesmo dia reclamar. Ou seja, foram encher os ouvidos do departamento responsável, na pessoa do Jaime. Na confusão toda, turmas foram tiradas de sala para participar de um protesto, inclusive a minha turma. Tirada no meio de uma explicação, por uma colega professora. Ou seja, tirou a minha autoridade com a turma. Nem precisa dizer que eu fiquei irado com ela, o que rendeu uma discussão no meio do corredor, logo depois do incidente.

Mas voltando, o Jaime recebeu a turba furiosa e prometeu máquinas novas para breve. Depois prometeu que elas viriam até o dia 24 de junho.

No dia 24, nada das máquinas, e a equipe da rede se preparando para o pior: a chegada de máquinas novas, e a retirada imediata das velhas, sem nem um papinho para quebrar o gelo. E o pior, numa época ruim: Todos os quatro membros da equipe estão cursando uma 2a graduação em faculdades, e aí estaríamos em provas... E o bicho pega.

Veio dia 24, foi-se o dia 24... Nada de máquinas. Dia 27 estão lá as mães fazendo barulho nos ouvidos do Jaime. Ele repassa o problema à presidente da FAETEC, Teresinha Lameira, que ouve as mães e promete resolver isso logo.

Na 3a, dia 28 chega uma Comunicação Interna anunciando que os computadores chegariam no dia seguinte de manhã. Como estavam vindo máquinas alugadas novas, a nossa intenção seria ficar com o maior número possível de máquinas alugadas velhas.

Dia 29, eu e mais um chegamos na escola às 7 da manhã. Desmontamos o laboratório com máquinas da escola (patrimônio), trocamos mouses e teclados nossos por mouses e teclados alugados, mas pifados. As máquinas não chegam, e nós lá, como um bando de patetas. E eu com sono, visto que não funciono direito às 7 da manhã.

Dia 30, vou resolver coisas relativas à MSXRio, e nesse meio-tempo, chegam 80 monitores na escola. Todos LG, 15 polegadas, num total de 1300 kg de peso e ao custo de R$ 319 cada um (temos uma cópia da nota fiscal). Como serão alugados, com 2 a 3 meses o conjunto (micro+monitor+teclado+mouse) todo será pago, se fosse comprado. Sim, é revoltante saber que o dinheiro público é desperdiçado dessa forma. Mas isso não vem ao caso.

Aviso que não poderei ir naquele momento, mas instruo o pessoal da rede a não deixarem pegar nenhum dos servidores, ou mais nada. No dia anterior, eu já tinha conectado e executado o backup de tudo.

Ficamos sabendo que as máquinas virão com Windows 2000, Office 2000 e o AVG instalados, e que estarão licenciados. Um dos meus amigos da rede, o sujeito mais metódico que conheço (e por isso, muitas vezes alguém extremamente chato de se lidar) fala que não poderemos instalar nada por imagem.

Agora, imaginem instalar algo em torno de 20 a 30 programas em cada uma das 80 máquinas? Tarefa de corno. Não, não fiquei claro. Será uma tarefa de corno. Acho que agora a ênfase fez jus ao trabalho. E isso me deixando tenso com o fato.

Hoje de manhã, 1 de julho, sou arrancado da cama com um telefonema dele, dizendo que as máquinas novas chegaram, para eu ir correndo para lá. Logo hoje que:


  1. Era o meu dia de folga;
  2. Decidi dormir até mais tarde;
  3. Queria ir nadar;
  4. Ia ver se comprava placa-mãe e processador novos;
  5. Tinha um trabalho de Psicologia 2 para acabar.

Esquece tudo, vamos para lá. Tomo um copo de leite e saio correndo. Chego lá e vejo que não era preciso correr tanto assim (sujeito apavorado, ele), mas resolvo tomar à frente e ir conversar com os responsáveis sobre a questão da imagem.

As máquinas foram todas instaladas por imagem, via Norton Ghost. Logo, o número de série é o mesmo em todas elas. O que vamos fazer? Simples: Pegar uma máquina, instalar todos os programas, configurar tudo, testar tudo e depois fazer uma imagem, mandando para o servidor, via G4U, PartImage ou qualquer outra coisa. Depois é só baixar a nova imagem de volta nas máquinas.

Sem contar os desentendimentos dele comigo, que diz que consegue fazer na mão tudo que o Protect XP faz, essas coisas. Ora, se o administrador antigo não conseguia, mesmo sabendo de Windows 2000, ele vai conseguir? Duvido.

Ou seja, hoje saí de lá, vim para casa para poder fazer o trabalho, ir na UFRJ entregá-lo e voltar para casa. Na semana que vem, iremos fazer isso e reinstalar todas as máquinas, dessa forma. Redefinir o mapeamento dos endereços IP da rede também, e implementar muuuuitas mudanças, espero que para melhor. Mas a semana foi realmente horrível, o problema é que nem tudo está terminado. O trabalho está começando, apenas.