29 setembro 2006

Corrida para o Planalto - minha análise tosca

Falo pouco de política, e agora, com eleição, dá vontade de falar. Vou tentar ser breve.

Não tô acompanhando muito o que está acontecendo, mas a minha sensação é que esse papo do dossiê contra os tucanos foi feito para tentar atrapalhar o Serra, unicamente. Na boa, para que o PT vai querer minar o Alckmin, se o próprio partido dele minou a campanha? Se bem que tem muita gente burra dentro do PT. Quanto ao Lula não saber de nada, nessa aí eu acho que ele escapa. Mas não falo quanto aos outros, não sei bem se ele não sabia realmente de nada. Ou então, o que é mais provável, ele viver na Ilha da Fantasia.

Aliás, acho que essa eleição vai provar a tese que o Lula é maior do que o PT. Do pouco que acompanho, O PT lidera na corrida presidencial... E só. Em vários estados, o candidato petista não dá nem para a saída. Reflexo dos mensalões e sanguessugas? Acho que é um pouco mais fundo, é descrédito para com eles. O PT sempre se arvorou como o partido da ética, e com um discurso arrogante, apontou com o dedo em riste os pecados dos outros partidos, e agora... Foi "rebaixado" à categoria de partidinho como outro qualquer. Tarso Genro resmungou certa vez que "nós somos mais cobrados do que os outros", e é justamente por ouvir essa postura arrogante, de quase 25 anos, que agora todos cobram mais do PT. Na boa, o PT já era, aqueles tolos iludidos com o partido, colocando-o como uma divindade inatingível... Perderam.

Na esteira, vem os partidos de extrema-esquerda: PSOL, PSTU, PCB, PCO, entre outros. Notou que todos eles sempre lançam candidatos a todos os cargos políticos, mesmo sem chance nenhuma de ganhar? O Rui Costa Pimenta, do PCO, que o diga, que passou boa parte do horário político eleitoral reclamando da candidatura impugnada dele. Em contrapartida, o PMDB, o maior partido do Brasil ("a noiva feia e cheia de dinheiro", segundo alguns comentaristas políticos) não tem candidato próprio a presidente. Ainda são pessoas que agem com ingenuidade. Eu acredito que esse povo, da extrema-esquerda, quer fazer algo pelo país, mas acreditam que só eles irão mudar tudo. Certa vez ouvi alguém do PSTU sendo entrevistado, e perguntaram a ele: "Se vocês ganharem a eleição, como vocês irão lidar com a questão da saúde?". Resposta: "Quando implantarmos a revolução comunista no Brasil...". Parece piada, mas não é. Revolução não vem de cima, vem de baixo, e eles querem implantar na marra. Assim é piada de mau gosto, e das sem graça.

Notaram a polarização dos candidatos? No debate de ontem, isso ficou claro: Heloísa Helena, de calça jeans e blusinha branca (minha mãe perguntou: "Como ela vai ser presidente, assim?"), se afirmando como a candidata da ética. Cristovam Buarque, como o candidato da educação (no MEc, foi decepcionante), e o Alckmin, só atirando contra ao atual governo. Sim, o Lula não ter ido, foi uma perda para a minha diversão à noite, comendo um rodízio de petiscos com minha namorada. Pois, se ele tivesse ido, era diversão garantida! Iria voar farpas, labaredas e troças para todos os lados, aí seria um telecatch verbal daqueles dignos de ver e rever, e rever, e rever... Eu adoraria. Mas ele não foi.

O PSDB está plantando agora para colher depois. O 2o governo do Lula será mais difícil. Ele não terá tanto apoio no Congresso, menos governadores do lado dele, e todo mundo olhando, para ver a próxima escorregada dele. Vai ser que nem o Bush, que foi reeleito, pela menor vantagem da história.

Em quem voto? Bem, no Lula. Mas não tenho grandes expectativas não. É uma situação péssima: Ou a gente fecha os olhos e faz vista grossa para os erros e bobeadas do PT e do Lula nos últimos 4 anos, ou a gente fecha os olhos e faz vista grossa para os erros e bobeadas do FHC e do PSDB nos 8 anos anteriores. Prefiro ainda a esquerda, para manter a direita fora do governo por mais 4 anos.

No próximo post falo da eleição aqui no Rio.

A comicidade das eleições

É sabido de longa data que o horário político é um circo dos horrores, e tem cada um com um nome pior do que o outro. Minha mãe disse que, esse ano, ela vai votar nos candidatos gastronômicos: Logo, ela está em dúvida entre os seguintes candidatos: Camarão, Manteiga (PSDB), Pipoca (PRONA ou PRT, escolham!) ou Pandeló (PT). De sobremesa, teremos o Pudim (PMDB). Mas aí ela se lembrou: Ué, e o Tatá de Realengo, fica de fora?

Agora eu já decidi, meu voto vai ser animal: Voto no Gambá, número 7034, PT do B.



Tirando a palhaçada, fica claro que é preciso colocar alguma norma para mudar essa zorra. Parece que, com as novas normas, dos 29 partidos, teremos apenas 7. Já ajuda muito.

Depois eu falo de política, no próximo post.

Bicho pega no trabalho - como sempre

Além dos relatos que você talvez tenha lido, aí em cima ou aí embaixo, tem mais coisas a contar... No trabalho, estou com 6 tempos a mais em sala de aula, visto que o professor de Redes está de licença médica, e eu tive que assumir 3 turmas dele. Aliás, Redes, em 2006, lá na escola, está sendo uma grande barra. Dois professores dividiam as turmas, em A e B. Em maio, um deles teve uma chance de cair fora e ir para UEZO, para administrar a rede de lá. Largou o amigo (ao menos ele sempre disse que era amigo) com as turmas cheias. Quem ficou não aguentou, vítima de uma hérnia de disco, e teve que pedir licença médica. Foi feito em agosto um paliativo, um trabalho de pesquisa, que os alunos tiveram que apresentar, e os estagiários orientaram-os. Assim tivemos a nota do 2o bimestre. Mas como a licença continua, o jeito é arrumar quem possa cobrir a falta. E lá fui eu, pegar 3 turmas... Duas turmas já são minhas (Montagem e Manutenção), e tive que entrar agora. Mas o pior é que eu nem tenho o diário de classe! Estou tendo que me virar do jeito que dá, pois dessa forma, está bem difícil. Resolvi mandar eles lerem a apostila, passada anteriormente, e vou colocando a matéria em tópicos, pontuando mais e escrevendo menos. Como eu estou experimentando na faculdade hoje em dia.

A rede da escola está bem, sem maiores percalços. Parece q o meu relacionamento com o meu congênere melhorou. Assim espero, eu e ele somos pessoas difíceis. Estou pretendendo migrar para o Dansguardian, para ele fazer o controle de acesso dos alunos, e desafogar o Squid, que sozinho come 50% da memória RAM do gateway. Embora o meu congênere ache prudente suspender a conta root, eu acho desnecessário e tedioso, ter que usar sudo direto. Vamos migrar nosso console de trabalho para o beta do próximo Ubuntu, o Edgy Eft (onde eles arrumam esses nomes doidos?), já tratei de queimar um RW com ele. A idéia agora é estender a árvore do LDAP para o outro servidor, e aí vem o trabalho hercúleo: Cadastramento de alunos. Temos que ver como vamos fazer isso, eu acho que devemos fazer uma experiência apenas, não sair fazendo tudo... Acho que teremos muitos problemas, mais problemas que soluções.

Na Paraíso, estou com um problema sério, que não é culpa minha: Um viaduto em obras, no meio do percurso, está aumentando a viagem em 50% do tempo, e eu tenho chegado atrasado. Alunos não perdoam, e não querem entender que a culpa não é minha, mesmo que eu saia antecipadamente, e que eu trabalhe em outro local. O coordenador está desesperado, e tem medo dos patrões (que são portugueses, e como dizia meu finado avô, são péssimos patrões, no geral) apertarem ele na parede por conta disso. Só que eu não pretendo beneficiar meus alunos da faculdade em detrimento dos alunos do 2o grau. Só porque "é público", não quer dizer que tenha que ser bagunçado. Pelo contrário, tem que ser organizado. E lá eu ganho pouco mais de 3 vezes o que a Paraíso me paga. É claro, irei fazer o possível para resolver: antecipar a minha saída, tentar chegar lá na hora. Mas não vou deixar de dar aula na escola por causa de outro local. Nem morto.

Aliás, vai aí uma listinha de broncas com a Paraíso. Antes de tudo, meu relacionamento com o coordenador, Alexandre, é ótimo. O cara é 10, gosto muito dele, tornou-se um amigo. A diretora acadêmica (Daniela) é quase uma irmã para mim, tivemos o mesmo orientador de mestrado, e quando eu casar, ela será uma das madrinhas (aliás, preciso conversar com ela sobre isso). Mas os portugueses que assumiram a faculdade, estão fazendo algumas coisas que eu estou detestando. Lá vai a lista:


  1. O estacionamento, que fica atrás da faculdade, era aberto a todos. Logo, algumas vezes por conta do trânsito, cheguei atrasado, ou "em cima da hora". Fui estacionar, não tinha vagas. Tive que estacionar na rua, perdendo tempo, e inclusive levando atraso na ficha por conta de perder tempo procurando onde colocar o carro.
  2. Hoje em dia o estacionamento melhorou, agora é fechado, apenas para professores. Mas em compensação, está parecendo um campo minado: o terreno está todo esburacado, cheio de entulho e material de construção, logo para estacionar por lá, está difícil. E já demitiram 3 funcionários diferentes, que cuidavam do
    estacionamento. Acho melhor o senhor que está agora colocar o bigode de molho, pois é possível que ele seja o próximo a ser... Pénabundeado
  3. O horário de entrada é das 18:55 às 19:05, sendo que a aula começa às 19 hs. Segundo a legislação, a tolerância é de 15 minutos, se lembro bem. Lá é 5 minutos. Se eu não bater o ponto na hora, o sistema me recusa. E o pior: Eu sou obrigado a preencher uma ficha, justificando o meu atraso, por extenso. E sou obrigado a fazê-lo, já que o sistema de ponto não deixa eu marcar a minha saída. Só para exemplificar, na UniverCidade, eu tenho 10 minutos de tolerância (19:10 e 19:20), mas posso bater o ponto de entrada na hora que eu quiser, mesmo atrasado. E se eu quiser, preencho uma ficha, para evitar ser descontado. Não sou obrigado a fazê-lo, e algumas vezes não o fiz, por ser eu o culpado disso. Não havia o que justificar.
  4. Recebemos salário em cheque, conta do Bradesco. Eu sempre depositei numa caderneta de poupança todos os salários que recebi de lá, sem pestanejar. No ano passado, decidiram migrar tudo para o HSBC. E isso significava que todos os professores teriam que abrir conta no HSBC. Inclusive eu, que aí teria 4 contas bancárias: BB, Itaú, Bradesco e HSBC. Reclamei, chiei, pedi para continuarem me pagando em cheque... Nada feito. Todo mundo reclamou, inclusive os funcionários. A conta foi aberta, queriam que eu fosse em horário comercial no centro de São Gonçalo para resolver isso (nem pintado de dourado)... Resumo da prosopopéia: Nunca usaram a conta. Continuei sendo pago em cheque do Bradesco. Eu tenho o cartão do HSBC, e a conta deve ter sido encerrada por não ter nada depositada nela. Assim espero, mas ainda terei que falar com o DP, p/ ver como isso vai ficar.

Ou seja, são tudo pequenas coisas, que incomodam e chateiam. Um dia estoura. Também tem que ser levado em conta que o salário é menor, por conta do piso salarial, que é reduzido em comparação ao Rio, e a distância (mais pedágio), que encarece o meu translado até lá (melhorou com o gás).

Agora, por que eu estou lá? Lá vai:


  • A instituição é pequena. Em comparação à Cidade (que está com o pires na mão), é pequena: Só um campus, 2 prédios, 10 cursos de graduação... O que é bom, pois dá para participar mais do projeto da instituição. Já fiz alterações no conteúdo de algumas disciplinas, e creio eu, para melhor. Trocar livros, propor mudanças, reclamar, falar, mexer... Fica mais fácil. Não que eu não tenha espaço na Cidade - e até tenho um bom espaço - mas na Paraíso a gente tem mais autonomia.
  • Por ser uma instituição pequena, a coisa é mais resolvida na camaradagem. A maioria se conhece, e há amizade entre os professores, coordenações, etc. Não é só uma questão de vínculo trabalhista apenas. O coordenador, que veio falar comigo isso aí em cima, reiterou algumas vezes que tem muita consideração por mim, e que me tem como amigo. Isso também facilita para negociar horários: No início do ano, o Alexandre salvou a minha pele, quando conseguiu trocar meu horário sem conflitos, com outro professor, e com isso não tive problemas com a licenciatura em matemática (que um dia eu termino, espero que no ano que vem).
  • Com essa questão da camaradagem, e da instituição ser pequena, fica mais fácil eu lecionar outras disciplinas, mais interessantes... Já lecionei Cálculo I (matemática, viva!), Sistemas Operacionais I e II, Redes I, Sistemas Distribuídos, Computação Básica... Quase peguei uma turma de PHP, mas não havia tempo hábil para eu estudar e aprender. Enquanto isso, na Cidade, Arquitetura de Computadores o tempo todo, apenas. Por um tempo, Algoritmos e programação. Isso, nos últimos 5 anos. Chega um ponto que cansa.
  • Não sei se conta, mas a diretora acadêmica é uma grande amiga minha. Aliás, disse a ela uma vez que eu fico por lá enquanto ela for diretora. Quando ela cair fora, eu caio fora junto.

Conclusão a que chego: Continuemos em frente, mas eu preciso retornar à Cidade o mais rápido possível, ou então ir montar servidores por aí, como autônomo. Só ter a Paraíso como "bico" não dá, é muito trabalho para pouco dinheiro.

Enterro do seu Alfredo

Antes, eu acho que não falei a doideira que foi semana passada. Na segunda, meu pai internou para fazer uma pequena cirurgia: A próstata dele cresceu um pouquinho demais, para dentro, e obstruiu a uretra. O serviço do médico foi colocar uma lima e abrir espaço. Logo, 2 dias de hospital, e até agora, nada de direção, pegar peso, evitar subir escada, etc. Meu irmão teve um problema com o carro dele (princípio de incêndio - mas não foi semana passada), e embarcou para a plataforma na terça última. Minha mãe não dirige, e começou a ter dores no rim direito. Parece que a "areia" no rim dela (oxalato de cálcio, que não vira cálculo renal) resolveu incomodar. E na 6a, meu avô baixa o hospital.

É triste, mas é necessário, e precisamos colocar o meu avô no seu destino final. "Pedra, cal e cimento!", ele dizia há tempos, batendo no peito. É, pelo visto a pedra estragou, o cimento foi-se, e caiu tudo... Ainda bem que minha avó convenceu a ele a pagar por um jazigo no Jardim da Saudade, e eles resolveram tudo. Semana que vem eu vou na casa da minha avó, para que ela assine duas autorizações, para que possamos pegar a certidão de óbito.

Pois é, falando de enterro... 6 da manhã, a gente de pé, vamos para o cemitério, que é perto, cerca de 5 km daqui. Chegamos, abre-se a capela, e contemplo a... "Visão". Meu avô ficou um velho feio, no fim da vida. Sem dentadura, e sem o costumeiro bigode, ficou esquisito... Bem, vamos lá. Minha avó chega, acompanhada da sobrinha (Clélia), e do filho dela (Ulisses), quase às 8. Depois chegam duas tias minhas (irmãs da minha mãe - Nina e Olga), e um tio meu. Caramba, tio Lino descambou de ônibus, lá de Botafogo, para Jardim Sulacap! Nossa, que bacana. Também vem um amigo do meu pai (Aluísio), dos tempos de Furnas. O Juca acabou chegando no final de tudo, por conta de engarrafamento. O casal de pastores da minha igreja também veio, em consideração a nós. Foram muito simpáticos com todos. Um vizinho deles (seu Raul), um senhor que foi colega de infância do meu pai (José Carlos)... E acho que não tivemos mais ninguém.

Não tínhamos muitas pessoas a chamar para o enterro. Da turma do meu avô, todo mundo já faleceu. Ele foi o último da fila. A irmã mais velha dele já morreu também, e acho que o irmão mais novo também. Uma sobrinha não foi avisada, por esquecimento da minha avó. Outra sobrinha (que é médica) estava presa em Macaé, dando curso na Petrobrás, não dava. Meu irmão está ilhado, no meio do mar, numa plataforma, trabalhando, não podia sair. Meu pai correu atrás de várias pessoas, avisou a vizinhança, que sempre perguntava por ele. Eu fiz o que pude, que foi mandar um email para muita gente, comunicando do fato. Tive 15 emails de consolo, e um telefonema. Muito obrigado, gente! Quase não mandei o email, pois
achava que não havia necessidade. Mas minha mãe aconselhou a enviar, pois era a primeira vez que eu passava por algo assim tão "de perto"... Tá, minha avó materna faleceu e eu fui ao enterro, lá no Jardim da Saudade mesmo... Mas eu tinha 9 anos! Eu não lembro muita coisa, mas lembro de tocado, no pistom, o Toque de Despedida, junto com outras pessoas. Ou foi aquele cântico que dna. Ana gostava? Não lembro mais.

Meu pai deixou algumas palavras. Meu avô não professava nenhuma fé, minha avó é adepta de uma seita oriental. Mas meu pai, como cristão e filho, resolveu dirigir algumas palavras de consolo. Citou um versículo da Bíblia (João 14:6), e falou muito bem. Depois, o capitão Salvador (o nome dele é Salvador, e na minha igreja, pastor é capitão... Longa história) fez uma oração. Mesmo que minha avó não tenha gostado, era direito dele, como filho. E mandou muito bem.

O curioso é que, num momento desses, a gente vê pessoas que não vemos faz tempo: "Ih, como ela envelheceu..." "Nossa, ele mudou..." "Puxa, continua o mesmo!". Sentimentos positivos e negativos. Acabei também descobrindo que um dos amigos do meu pai virou gourmet, está fazendo cursos de culinária, e que plantação de amoras e framboesas dá dinheiro, mas é muito trabalhoso. Atravessadores ganham muito dinheiro com a agricultura dos outros, e que as memórias de computador estão oscilando demais nos preços.

E foi isso. No final deixei meus pais em casa (já que meu pai não está podendo dirigir), e rumei para seguir o meu dia, de trabalho. Aqui tá todo mundo calmo, e muito tranqüilo. Agora, é acertar tudo (INSS, banco, etc), a divisão do espólio (as ferramentas dele, as raquetes de badminton, a maquete de ferreomodelismo, as roupas, etc), e tocar em frente.

PS: Como disse, ficam as boas lembranças. E meu avô é 50% responsável por eu ter tido contato com o MSX! Ele e meu pai compraram, em 1986, uma TV, um Expert 1.0 e um gravador K7, mais dois joysticks, e deram a mim e ao Fabio de presente. Logo, vale um agradecimento, pela parcela de culpa dele no início do "vício" do neto. Ehê!

PS 2: E, embora ele não conhecia, vale dedicar essa música aqui, para ele: "Lie In Our Graves", do Dave Matthews Band. Acho que encaixa bem com o velho Alfredo.

27 setembro 2006

Desabafação

Meu avô morreu hoje. Seu Alfredo, o pai do meu pai, partiu hoje de manhã, aos 89 anos, 2 meses e 6 dias de vida. Vítima de câncer, que se agravou nos últimos meses e tornou o fim dele abreviado e dolorido.

Mas, acredito eu, e minha família, que a a principal causa mortis foi negligência. Negligência que começou há uns 10 anos atrás, quando eles (ele e minha avó, Dna. Alice, agora viúva, com 85 anos) saíram do plano de saúde onde estavam. Meu pai conseguiu negociar com a fundação de funcionários onde ele era filiado, como funcionário (hoje, como aposentado), sendo de Furnas, e colocar os dois como dependentes no plano dele. Plano caro, mas um dos melhores da praça (*). O geriatra que os atendeu, na época, verificou a hipertensão da minha avó, alta de colesterol, etc... Mas mesmo assim, eles resolveram sair do plano de saúde. A alegação foi: Pagar por quê, a gente não fica doente mesmo...

Aliás, meus avós são uma coleção de decepções. O que me tranquiliza, é saber que os meus pais serão avós muito melhores do que meus avós foram para mim, e o melhor: sem propaganda enganosa. Ouvir que eu vivo para vocês, e você saber que não é assim... É dose. Tá, não foram avós omissos, totalmente falhos, etc. Foram avós "normais". Não fizeram nada de extraordinário, nada o que um casal de avós normais não faria pelos netos. Nos encheram de brinquedos, mesmo quando a gente precisava de roupa.

Um médico me disse que um câncer leva em torno de 5 anos para se instalar. E eles saíram do plano cerca de 10 anos atrás... Daí pode-se pensar muitas coisas. Tirando as cirurgias para operar a catarata, nada de sério. Até que, no final de 2004, ele teve um AVC. O popular "derrame". Estranho, porque o velho Alfredo tinha um coração que era um relógio suíço, um colesterol bom, tudo bem. Acreditamos que havia depósito de placas na aorta carótida, e algo ocorreu, a placa se desprendeu... Pronto, mais um acidente vascular cerebral para as estatísticas médicas brasileiras. O AVC dele foi médio, mas ele se saiu bem: fisioterapia, fonoaudiologia, tratamento feito... E ele estava pronto para outra. Foi comprado cadeira de rodas, andador, foi acompanhado por médicos... Tudo ocorreu bem, e ele se recuperou quase que 100%. Foi uma surpresa para nós e para ele, pois ele agia como se fosse viver para sempre: "Nunca pensei que isso iria ocorrer comigo", ele confessou para a nora (minha mãe), recentemente.

Minha avó é uma barata tonta, metida a resolver tudo, mas não resolve nada. Logo, quem tomou as decisões a respeito do meu avô, nesse momento, foi meu pai (filho único, por mais que ele odeie essa situação - era sonho dele ter um irmão ou uma irmã) e a prima dele, que é médica e madrinha do meu irmão. Foi internado onde ele não tinha direito (Hospital dos Servidores do Estado), e lá ficou perto de um mês. Graças à sobrinha, médica. Mas depois, Dna. Alice narra tudo que foi feito, como se ela tivesse feito. Tsc tsc tsc... Alguns podem pensar: "Ah, mas ela é velha, dá um desconto...". Acontece que ela age desse jeito desde quando meus pais eram namorados, e já se vão mais de 35 anos. Naquela época, ela era uma recém-cinquentona. Minha mãe é mais velha hoje, do que ela era naquele tempo. Ou seja, o gênio difícil dela vem desde o princípio. E agora, com 85 anos, vocês podem imaginar.

Em meados de 2005, ele internou, para tirar um tumor da bexiga. Era do tamanho de uma azeitona. Nada foi feito, e a gente só soube que foi feito... Depois. Ela fez o favor de perder o resultado da biópsia, e nada foi feito. Em 2006, nova internação, para tirar um novo tumor, logo depois da Copa do Mundo. Mais um tumor, e a biópsia apontou: Câncer. Minha avó nem falava no nome, apenas se referia como "aquela doença". Ou seja, como se fosse sumir se não citasse a "podridão do corpo", não falasse o nome... O velho começou a urinar sangue, mas não se pode falar nem no nome do hospital que trata "daquela doença" (INCA), mesmo que um dos 4 hospitais da rede fica a 500m da casa deles... Viram, e o médico falou que pelo visto, não daria para fazer muita coisa: 89 anos, debilitado, não aguentaria a radioterapia, muito menos uma quimioterapia. O procedimento, no primeiro tumor, seria remover a bexiga e fazer uma nova com um pedaço do intestino grosso. Talvez, num plano de saúde, o médico tivesse feito isso, não apenas um paliativo.

Sexta passada foi internado no HSE, e estive lá no sábado, com meu pai. Tristeza... Saí de lá achando que aquela era a última vez que o veria. Meu irmão esteve na segunda, e escondeu o rosto para não chorar na frente dele. Meu irmão, o neto que eles simplesmente apagaram da memória... É triste, mas por causa da intolerância da minha avó, e da omissão completa do meu avô, 5 anos de convivência gostosa conosco foram perdidos.

Meu irmão casou-se em 2002, no mês de fevereiro, num sábado, dia 2. Todo mundo esteve presente... Menos eles. Por quê? Porque era longe, foi a desculpa que eles deram. Conseguimos carona para eles (um taxista, amigo nosso, pessoa ótima, motorista como poucos), tinha uma médica de prontidão (a prima do meu pai, sobrinha deles, que é especializada em pronto-socorro), corremos atrás de tudo, para que eles estivessem presentes no casamento de um dos únicos dois netos que eles tem. Preferiram ficar em casa, vendo novela e Zorra Total. Dispensável dizer que isso enfureceu a todos nós. Simplesmente não foram porque não quiseram. Isso esfriou a nossa afetividade por eles. O egoísmo deles, somado a frases como "Ah, vocês vão ter que engolir, eu sou assim mesmo e pronto!", vindo da minha avó, distanciaram eles da gente. E de lá para cá, esqueceram da existência do Fabio. Conto nos dedos de uma das mãos quando eles perguntaram por ele, queriam notícias dele. Nos dedos das duas mãos, conto quando perguntaram por mim. A gente era apenas "o pessoal" (minha mãe, meu irmão e eu), e mandava um abraço genérico. A convivência poderia ser bem melhor. Quantas vezes quis dar uma passadinha na casa deles, para tomar um lanche rápido e ver como eles estavam. Mas, isso demandava mover uma operação de guerra, e avisar com 48 horas de antecedência. Para tomar um copo de leite ("sem açúcar, vó..."), e recusar a eterna oferta de café ("vó, eu nunca bebi, eu nunca gostei!"), e para ter mais dores de cabeça do que alegria, eu declinei a visita, na maior parte das vezes. Aí, depois disso tudo, ouvir ela dizer que vive para a gente, e que ele era o melhor avô do mundo... Vai mentir no raio que a parta.

Meu avô era um velho bem-humorado. Meio surdo, teimoso... Não usava aparelho auditivo porque incomodava. Um bom piadista, adorava contar piadas de português. Logo ele, filho dos patrícios... Muito habilidoso com madeira, a mesa onde estão os meus MSX são obra dele. Viveu bem. Comeu muito bacalhau do Porto, bebeu muito vinho de qualidade, ganhou duas vezes na loteria... Mas não deixou patrimônio, além de um apartamento que ele ganhou do sogro, e a mobília. Eu quase diria que ele foi um bon-vivant, mas não tinha dinheiro para tal. Ainda guardo com carinho uma das últimas conversas que tive com ele, com o aparelho, e o papo foi tão divertido... Que eu não queria que acabasse. Eu ri muito, com as tiradas irônicas do seu Alfredo, e seu gosto por cinema. Não compartilhava dele o gosto por futebol. Eu, Botafogo, e ele, Vasco "saudável", já que segundo ele, doente é rubro-negro. E para piorar, no fundo, ele apoiava o Eurico Miranda.

Não adianta dizer que virou santo depois de morto. Os erros, os pecados, as falhas... Continuam as mesmas. Ele começou a morrer quando se fechou no mundo dele: Parou de caminhar com medo de ser assaltado (então não vai caminhar tão cedo, ora), parou de ir votar quando foi dispensado, ficou vendo TV, acompanhando tudo que é novela (argh), e colocou, ao longo da vida, a responsabilidade de pensar e decidir para a minha avó. Um morto-vivo, eu diria. E esse câncer veio encerrar uma existência de uma forma feia. Como se saísse da vida pela janela, meio que fugido... E não pela porta da frente, como deveria sê-lo.

Pena que o coração duro dele não deixou que Jesus entrasse. Segundo a fé da família (somos protestantes, como todos sabem), ele não morreu salvo, por mais que tivesse tido oportunidade de querer saber quem é esse Jesus Cristo, que o filho dele, a esposa e os netos tanto amam. Nunca quis saber, sempre se colocou como a maioria dos católicos brasileiros: Crê em Deus, mas vive como se ele não existisse.

Vá em paz, seu Alfredo. Vamos guardar na memória as brincadeiras, as partidas de badminton na quadra no quintal da casa dele, o primeiro contato com a informática (um Atari 2600, em 1983), os primeiros passeios de metrô (e eu deslumbrado, naquele trem que andava por baixo da terra), entre outras tantas coisas. E a perda da convivência no final da vida dele, a gente guarda com tristeza, pois foi uma opção dele, não nossa. Fazer o què, né? E como diz minha avó, achando que consola... É a vida.




(*) Semana passada, meu pai fez uma cirurgia razoavelmente simples, num bom hospital da Barra da Tijuca. Dois dias de internação, minha mãe como acompanhante... Infelizmente ele não pode dirigir, está impossibilidado por ordens médicas, pelo menos por enquanto. Soubemos recentemente que tudo o que ele passou custa em torno de R$ 9 mil. E o plano de saúde dele cobriu tudo.

PS: Eu estou bem. Um pouco triste, é claro, mas estou bem. Meu pai, que é o mais afetado, está tranqüilo. Chorou um pouco hoje, mas está conformado. Minha avó está bem nervosa (afinal, 64 anos de casamento), mas já sabia que o velho dela não iria sair dessa. O chato é ficar parado, em casa, esperando resolver essa situação. Pelo menos, vou escrevendo, e vou fazendo o que posso, da minha lista de coisas a fazer. É o jeito.

23 setembro 2006

Google Mars

Estou eu observando o Google Labs, e entre muitas coisas, achei isso aqui. Bem, deve ser interessante, para conhecer onde fica o Utopia Planitia Fleet Yards, onde fizeram a Enterprise-D...

22 setembro 2006

Mahna Mahna

The question is: What is Mahna Mahna?

The question is: Who cares?




Mahna Mahna na Wikipedia e no Youtube.

15 setembro 2006

Swiftfox, o Firefox envenenado.

Como usuário e ardoroso fã do Firefox, uso-o em todas as máquinas as quais tenho acesso. Mas nesse meu Duron 850, com 384 Mb de RAM, ele estava mordendo muita memória, e tornando tudo aqui muito lento. O meu cliente de Torrent, o Rufus, é escrito em Python (linguagem interpretada), o que significa lentidão. E aí... Arrasta-se tudo por aqui.

Com base numa dica do Dicas-L, resolvi procurar o Swiftfox, uma versão otimizada do Firefox. Coloquei aqui a versão para Duron (núcleo Spitfire), e estou experimentando... Bem, é um Firefox como outro qualquer, instalei, acertei os links para os plugins, e ele pegou toda a configuração, tudo certinho.

Alguns desenhos são trocados, mas as extensões todas entraram redondo. O logoripo é mais bonito (a raposa parece uma cobra de fogo), e principalmente... Gasta menos menória e menos processador. Agora, por exemplo, oscilando entre 20 e 30% de UCP, e 19,4% da memória. O Firefox, mesmo, bate os 50% em ambos os quesitos.

Mas é uma pena, parece que só tem para Linux... E eu já pensando em instalá-lo num Pentium 133 com 32 Mb de RAM... Pena. Mas aqui já valeu a troca, está bem mais confortável navegar enquanto meus downloads continuam. Fica aí a dica.

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14 setembro 2006

Filosofações: Sobre pirataria

Embora seja visitante habitual da Uruguaiana (vide o meu blog paralelo), não sou consumidor de CDs e DVDs piratas. O camelô onde compro CDs, todos são originais. A maioria do que ele vende é tudo usado, mas são todos originais. E tem uma variedade impressionante. DVDs... Eu procuro comprar em promoções de grandes lojas, compre 2 DVDs por R$ 30 cada e leve o 3o de graça, coisas assim.

Confesso que comprei só 2 DVDs em camelô. Um, na verdade, foi um DVD da Patrulha Estelar, um dos longas que não saiu no Brasil. E foi na Banca Shinokai, na entrada do metrô Liberdade, em São Paulo. O filme não tem no Brasil. O outro, foi um DVD do Pink Floyd (P.U.L.S.E.), que na época não tinha no Brasil, e para baixar da Internet, foi uma novela (3 meses na fila do Torrent e não desceu quase nada). Comprei num camelô perto da Praça da República, em São Paulo. Aliás, penso em comprar o original, para ter o DVD duplo. Um dia, quem sabe...

Meus alunos falam que as promoções das lojas só tem DVD velho, coisa e tal. Ora, então compre o lançamento. Não, eles dizem, é caro demais! Então roa a unha do dedão do pé. Acho que a Internet tornou as coisas muito fáceis. Há pouco tempo atrás, tudo era mais complicado de conseguir, de ter, e a gente valorizava mais. Ainda lembro da cópia de um amigo, que montou uma fita K7 para mim, e eu ali conheci o U2, The Police e outros. E isso tem uns 15 anos. Hoje em dia eu tenho um CD-ROM com todos os álbuns do The Police, que baixei via Torrent. E olha que nem ouço tanto...

Todo mundo quer tudo fácil, de graça, e se não é assim, reclama! A lei do menor esforço impera com a maioria da população, e com isso o produto final é desvalorizado. Eu me esforço para não agir assim. Por exemplo, eu gosto de comprar CDs. Dave Matthews Band foi uma banda que eu descobri via Internet. Comprei alguns CDs deles, e gosto ainda mais. Baixei o que eu não tinha deles, inclusive o "Lillywhite Sessions", que eles disponibilizaram via Internet (ia ser disco, mas acabou vazando para a rede, e eles deixaram). E pretendo comprar o que não tenho. Por quê? Porque eu quero ter os CDs deles, vale a pena, é um meio de valorizar o trabalho dos músicos. E eu não quero os MP3, eu já os tenho, quero o CD mesmo, com capa, caixa, etc. Embora R$ 92 no triplo do show no Central Park eu ache extorsivo. Mesmo sendo esse importado.

Não concordo com pirataria. São produtos de péssima qualidade, que virão a danificar o aparelho de CD ou DVD. Além disso, é o estímulo a uma rede que vai desembocar no tráfico de drogas e em outras ramificações criminosas. Alguns acham "inocente", para entreter o filho, que não pára quieto. Tenho uma colega de trabalho que alegou isso para mim. Eu sempre disse que o problema do filho dela é falta de disciplina, umas palmadas no moleque. Mas os adeptos ainda justificam dizendo que está tudo muito caro. Olha, eu também acho caro. CD a R$ 30, DVD a R$ 50... Ué, então espere. Eu comprei o DVD do Batman Begins a R$ 30. Tinha baixado da Internet, mas comprei o DVD. Porquê? Qualidade ótima, um DVD só de extras, todo o material... E esperei passar o lançamento, para cair o preço.

Não dá para querer ter tudo agora, e aí eu acho que a Internet é prejudicial. Todo mundo quer tudo ao mesmo tempo agora (como dizia a música dos Titãs), e se não tem, fica ofendido. E recorre à pirataria e outros estratagemas para satisfazer o seu consumismo. Tem uma capa da Christianity Today, cujo título é "Why the devil uses VISA", ou algo parecido. Consumismo desenfreado é algo diabólico, sem sombra de dúvida. As pessoas perdem a noção, e passam por conceitos de moral e ética apenas com o objetivo de ter. Como se ter fosse mais importante do que ser...

Acha tudo caro? Então compre CDs e DVDs na promoção (eu compro quase todos os meus lá), procure pelo mais barato, ou faça valer o seu direito de consumidor e reclame com o fabricante. As Lojas Americanas, certa vez, colocaram vários CDs naquela xepa dela, só que tinha material de qualidade exposto. Eu até noticiei aqui, falando que tinha Paralamas do Sucesso e Legião Urbana por R$ 10. CDs que até a pouco tempo custavam o dobro, no mínimo.

Eu, por exemplo, ainda não esqueci do Windows XP Home que veio no legolas (meu notebook), e pretendo reclamar, pedir o reembolso, já que eu paguei indiretamente por algo que eu não quero. Falando nisso, me perguntaram ontem se o Windows era pago. Eu disse que sim, que era BEM pago: R$ 400 a cópia do Windows XP Home Edition. Isso, porque o Professional (que é menos pior) custa R$ 700. E a Microsoft já deixou vazar a informação: O Windows Vista, que substituirá o XP, custará, nas suas 7 (!) versões, preços que variarão entre US$ 200 a US$ 400. Isso, nos EUA. Calcule quando ele custará por aqui em terra brasilis. Se for atualização, a partir de outro Windows, o preço cai pela metade. Mesmo assim... É caro demais.

Não é uma discussão fácil, não é algo simples. Tem problemas dos dois lados. Mas eu não acho que "se vingar", desse jeito tolo, incentivando uma indústria criminosa, justifique. Esse papo de os fins justificam os meios não cola.



Conclusão a que chego: Ir a São Paulo ajuda a quebrar os meus paradigmas sobre pirataria...

11 setembro 2006

Doctor Who

Nem bem me acostumei a assistir Doctor Who, no canal People & Arts, e fico sabendo que o ator principal mudou! Nossa.

Quem tiver a oportunidade de ver, veja, a série é muito boa. Não tem efeitos especiais maravilhosos, como muitos seriados estadunidenses (os Daleks são toscos, como você vê aí do lado), mas a história é muito bem trabalhada.

A série começou em 1963, e seguiu sem interrupções até 1989. 26 anos no ar! Parou em 1989, teve um filme para a TV, em 1996, e depois voltou, agora em 2005. Logo, estamos no 10 (décimo) Doutor. E está em terceiro lugar na lista dos maiores programas de TV da Inglaterra (país de origem da série), entre muitos outros prêmios. É uma série de sci-fi das mais influentes dos últimos anos, e na Wikipedia (em inglês) tem muito material. Recomendo a todos que gostem de sci-fi, que vejam.



A coisa chegou a tal ponto que a palavra Dalek encontra-se já nos dicionários de lingua inglesa, como o Oxford e o Collins.

O Doutor saindo do TARDIS, sua... Nave disfarçada de cabine da polícia.

08 setembro 2006

Filosofação rápida: Papel

Vivemos uma era de informação, onde dizem, o papel será extinto... Então, por quê eu recebo tanta correspondência?Nos últimos 2 meses, foram 25 (!) cartas, entre contas (celular, telefone fixo), ofertas de cartão de crédito, extratos de banco e de cartão de crédito, propaganda, etc. Saco.

07 setembro 2006

Enrolado pela lula!

Maldito Squid que me pregou uma peça hoje... Há algum tempo eu venho topando com uma mensagem dizendo que não dá para resolver o nome de um site (problema de DNS). Espero 1 minuto, ou por aí, recarrego e tudo ok. Hoje resolvi descobrir o que está acontecendo.

Depois de mexer muito, em firewall, navegador, testar daqui e dali... O problema é que o Squid, que está no meu servidor de casa, não está resolvendo o nome, e está gerando encrenca. Nisso, eu já tinha virado meia rede do avesso. A solução foi desligar o squid, e ver o que eu posso fazer, talvez mexer na configuração ou mandar ele falar com o DNS, não tentar ele mesmo resolver o nome.




Quanto ao outro molusco... Bem, estamos sendo enrolados há anos, e pelo visto irá continuar assim.

06 setembro 2006

O que fiz no sumiço - 5 - meus colegas de trabalho...

Bem, não me tira do sério tanto assim, mas alguns colegas poderiam ser mais... "Pró-ativos" (argh, odeio esse termo!), e outros, menos intrometidos.



Na semana passada, deixamos um laboratório descendo a imagem, e no dia seguinte, cheguei na escola perto da hora do almoço, e o laboratório continuava com a placa de manutenção. Entro lá para ver o que deu de errado, e... Nada. Nada deu errado. Só que quem fica de manhã, não fez nada. Conclusão: Coloquei o laboratório de novo no ar, muito fulo da vida, pois foi uma manhã inteira em que o lab ficou parado, somente porque o responsável não se deu ao trabalho de me telefonar e perguntar se estava tudo ok. Acho que era economia...

Aliás, tem a história do banheiro. O banheiro dos professores (masculino) agora tem chave. Motivo: evitar que alunos o usem. Só que a chave fica na sala dos professores, e não nas coordenações. Longe pacas. Dispensável dizer que alguns professores já fizeram cópia da chave. Inclusive nós, da rede. A chave está inclusive com um chaveiro. Todos nós usamos... Menos essa pessoa que citei acima. É medo de ouvir reclamação. Antes que falem, ele também tem medo de logar com a conta dele do Google lá na escola... Não sei por quê, um amigo em comum pediu para consultar o Google Books, ele fingiu que não entendeu e pronto.



Eu já falei dela, mas essa última tem que ser citada. Eu comentei por aqui de uma amiga do trabalho, meio doidinha... Falei dela por último nesse post aqui. Pois é, novamente ela pisa no meu pé e passa por cima da minha autoridade em sala de aula... A primeira vez eu citei nesse post aqui. Agora foi mais uma dela... Quinta passada, 31 de agosto, estou eu me encaminhando para o laboratório, para aplicar prova (recuperação paralela), quando vejo-a saindo irada do meu laboratório (eu estava no 10, e ela no 8). Entre algo praguejado e outro, ela explica a situação: Os alunos estavam "se matando" em sala. Na verdade, conhecendo a turma, eu sei que estavam brincando um com o outro, e um deles teve a infelicidade de levantar uma cadeira na direção de outro aluno. Só que eram quase 3 metros de distância, não iria atingir o outro nunca. E ela foi lá, deu uma bronca neles (atitude acertada, 100% de acordo) e saiu dizendo que eu tinha que mandar todos os 4 envolvidos para a supervisão pedagógica (atitude precipitada, na minha opinião).

Entrei no laboratório, reclamei com eles, passei uma bronca nos guris. O pessoal sossegou, conversei com a "vítima"... Nenhum problema. Por mim, o assunto morria ali. Não havia motivos para tornar isso ainda maior e mais desagradável. Uma bronca bem dada bastava. Para ela, não, que voltou ao meu laboratório, me questionando se eu não ia tomar nenhuma atitude. Eu disse que não era preciso, que não haviam problemas ali, eu já os tinha resolvido. Aos berros, ela saiu e disse que iria tomar as providências. Ainda gritei pela porta, dizendo que os meus problemas eu resolvia, para ela não se meter. Adiantou nada a minha fala, ela falou com uma das supervisoras pedagógicas e com a coordenadora. Algum tempo depois, com os alunos já fazendo prova, os quatro envolvidos foram tirados de sala (contra a minha vontade), para irem para a... Acareação (não há nada melhor para explicar). Eu fiquei irado, mas disfarcei. Menos disfarce foi usado pela turma remanescente, que reclamou um bocado da atitude dessa professora, que não tem nada a ver com o que ocorre aqui, etc e tal.

Fim da prova, vou conversar com a supervisora pedagógica, que me ouve atentamente, e no final pergunta se eu acho que os alunos devem encerrar a prova. Eu digo que sim, e ela diz para que eu esperasse, pois ela iria resgatar os alunos. Assim feito, recoloco os garotos no laboratório de MMM, com suas provas interrompidas, que fazem o que falta e as finalizam. Saio atrasado para dar aula na Paraíso, mas graças ao bom Deus, não cheguei atrasado. Tudo, por causa dessa "quebra da cadeia de comando", que precisa ser cortada antes que se torne comum. Ora, quem manda na minha sala sou eu. E como disse um dos envolvidos: Francamente, professor, se eu quisesse mesmo bater nele, o senhor acha que eu brigaria dentro da escola? Que nada, eu iria brigar com ele lá fora, onde eu não pudesse ser pego... Mas o senhor sabe que foi tudo uma brincadeira, né? E eu, conhecendo a turma, sei que era brincadeira.

Passados 5 dias do ocorrido, nem olhar para mim ela está olhando. Ou seja, eu ainda estou errado, por não gostar dela passar por cima de mim? Lamentável, muito lamentável. Ainda mais que um amigo, também professor, agora ganhou a antipatia dela. Sabe-se lá por quê, talvez seja porque trabalha comigo. Ou seja só de graça mesmo. Ou seja algo mais profundo, enraizado nela... Mas desistam, quem quiser fazer contas de chegada. Com ela, nem que fosse para salvar a humanidade da extinção.

04 setembro 2006

O que fiz no sumiço - 4 - Carro dando gasto.

Nesse último mês, o meu carro é que foi uma fonte de gastos... Tudo o que economizei com ele, ultimamente, esvaiu-se. Uma facada atrás da outra. Mas boa parte foi necessária. Lá vai a lista:


  1. O estofamento do banco do motorista estava rasgando. fui no capoteiro, que cobrava R$ 40 por um lado do assento, mas R$ 70 pelos dois lados. Como notei, iria rasgar o outro lado em breve. Troca tudo, é o jeito.
  2. Enquanto o carro estava lá, fui andar por alguns ferro-velhos, para ver se encontrava o miolo da fechadura da porta. Eu já tive o miolo da fechadura detonado por um "amigo do alheio". Foi uma grana para refazer, e... Nova tentativa de furto, 2 meses depois. Só que dessa vez a chave funcionava ainda. E o mais engraçado é que, depois que eu terminei um certo namoro, nunca mais tentaram roubar o meu carro. E ela dizia que a vizinhança dela era segura... Só o cilindro, novo, na concessionária, custava mais de R$ 100. Achei, no 10o ferro-velho que entrei: R$ 50. Apanha na segunda-feira. Passei lá na 2a de manhã e peguei. O chaveiro me pediu R$ 25 para passar o segredo para esse miolo, e mais R$ 25 na loja para desmontar a porta e trocar o miolo. Ou seja, pelo preço de um miolo novo, eu tenho o problema da porta do passageiro resolvido. Bom.
  3. De repente, a trava geral pára de funcionar. Esquisito, vou ver... A trava pára de funcionar na porta do motorista. Fio partido, é o que penso. Vou na mesma loja que fez a troca da fechadura. Depois de 2 horas de trabalho do funcionário, o problema foi resolvido: A tomada com os contatos está com um pino quebrado, e não dá para passar um fio ali por dentro. O jeito foi apelar, passar um fio por dentro da porta, subir rente à dobradiça, e ligar direto dentro do conjunto que faz o contato com a central eletrônica. Preço do trabalho: R$ 40.
  4. E vamos finalmente ver a suspensão traseira. O DETRAN quase encrencou com a suspensão muito baixa na traseira, por conta do cilindro. Na última vez que levantei o carro, notei que a capa protetora, por dentro do pára-lamas, estava sendo gasta pelo pneu. Melhor levantar a suspensão. Liguei para um telefone que me deram, acertei com o sujeito (mecânico de concessionária) para fazermos o serviço num final de semana. Sábado de manhã, lá fui eu para Urucânia, depois de Paciência... Uns 40 km de distância daqui de casa. Roda para cá e para lá, encontra com o sujeito (não conheço bem o centro de Campo Grande), vamos nessa. Recebo dois avisos: O serviço vai ser longo, demorado e caro: R$ 400. É que mexer na suspensão dos Peugeots dá muito trabalho, descer a suspensão toda e regulá-la... São 2 pessoas mexendo na suspensão, ele e um amigo, que também é mecânico (já trabalhou em concessionárias Peugeot também). Largo o carro no distrito industrial de Campo Grande, e volto de ônibus para casa. 1h30m de viagem, conheço (finalmente) a Estrada da Grota Funda (que liga Recreio a Campo Grande)...

    Converso com Maria Cláudia, e ela topa ir comigo buscar o meu carro. Encontro com ela no Shopping Nova América e vamos até Realengo, buscar meu carro (metade do percurso). Nisso, eles já tinham me ligado, e informado que tudo estava ok. Nos encontramos na Praça do Canhão, e ficamos lá, aguardando... Começo a ficar com medo, será que aconteceu algo com eles? Mas graças a Deus, tudo bem. Pago a eles pelo serviço e olho o meu carro, agora com a bunda arrebitada.

  5. Ainda não acabou: Dou uma carona aos rapazes até Campo Grande (mais uns 15 km!), e Maria Cláudia me seguindo. Vamos até o West Shopping, comemos numa loja da Subway (delicioso, mas caro), vamos embora. Está tarde, melhor seguir nosso rumo. Ela pede para que eu a siga em toda a Avenida Brasil. 50 km. Toda a via. Ela diz que tem medo de dar algum problema, sei lá... Ai ai ai ai ai... Bem, vamos lá. Sigo até a subida da ponte. Volto pela Avenida Brasil. Tempo chuvoso, garoa fina, asfalto escorregadio. Subo o acesso para a Linha Amarela. Um ônibus parado na faixa da esquerda, óleo (camuflado) na pista, abro a curva, puxo o volante... Que não volta. Derrapo. POU. Batida da roda no meio-fio. Saio, olho... Resolvo seguir em frente. Roda recuada, começa a raspar e fazer um barulho horrível. Paro num posto para ver, e sou solenemente ignorado por todos os frentistas e policiais que estão lá. Depois de uma meia-hora tentando resolver... O jeito é ir para casa, chegando tarde e deixando todo mundo preocupado. Não dá para tirar o carro da garagem no domingo, nada de ver a namorada naquele dia.

    Levo o carro na oficina... O resultado é: Coifa estourada, amortecedor empenado, balança torta. Troquemos o par de amortecedores dianteiros, a balança, coifa, e mão-de-obra... R$ 800. Ui. Sem nem um papinho para quebrar o gelo. Aproveito e peço para verificar a água do radiador, que eu estou colocando 1 litro de água por semana (está demais), e também fazer o rodízio dos pneus.

  6. O carro fica puxando para um dos lados, depois do rodízio. Como não fiz anteriormente, aos 10.000 km, agora entortou tudo, os pneus fazem a direção puxar para um dos lados mesmo. Volto na 6a, para resolver o problema do radiador (durepóxi num furo perto do bocal do radiador) e desfazer o rodízio. Pelo menos, dessa vez foi de graça.

Ainda tenho que ver:


  • Mossa no pára-lama (culpa de um motoqueiro), passo na oficina... R$ 180 e 1 dia de trabalho. Bem, fica para a próxima. O trabalho deles é ótimo, mas não posso gastar isso agora.
  • A chave do meu carro tinha um botão, que travava à distância. Mas o mané aqui deixou ela quebrar, e nunca viu para resolver. Conclusão... Não funciona há tempos. Na concessionária, fui desaconselhado a fazer nova chave: Muito caro e muito trabalhoso, não compensa. Descubro um sujeito que faz chaves codificadas. Ligo, pedem R$ 270. Quase a metade da concessionária. Tá, mas eu vivo sem ter que trocar isso agora.
  • Estive olhando os pneus, é possível que em outubro eu os troque. Eles aguentam mais um tempo, mas é hora de conversar com o borracheiro, amigo da família, para saber como está o estado dos pneus, e ver preço, essas coisas. E principalmente, o parcelamento do pagamento.

Agora, se eu não tivesse realmente pensando em comprar uma casa (ou construir, essa hipótese parece-me mais interessante depois do que vi esses dias), eu venderia o "pretinho". Parece que ele levou cagada de urubu, ultimamente...

Quarto mês do gás


  • Gasolina:

    1. Quantidade: 1
    2. Total: R$ 110,50
    3. Média: R$ 110,50

  • Gás:

    1. Quantidade: 17
    2. Total: R$ 146,84
    3. Média: R$ 8,16 (aproxiamadamente)

  • Total gasto: R$ 257,34
  • Redução: 42,81%
  • Economia até agora: R$ 705,57

Conclusões:


  • Nesse mês não teve jeito, quase entrei na reserva da gasolina. O abastecimento foi um valor bem alto, e rodei menos, apenas 1983 km com esse tanque.
  • Rodei demais na gasolina esse mês, segurando as pontas para abastecer em postos com mais pressão. A média de gás aumentou, foram 7,83 m3 de GNV por abastecimento. Mas acabei gastando mais do que deveria. De qualquer forma, ultrapassei R$ 700 na economia, o que é bom.

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Discussão sobre carro

- Você vai a Campos esse feriado, né?
- Isso, vou na 5a mas volto na 6a mesmo. Na volta um amigo deve voltar comigo.
- Quem vai com você?
- Ah, eu e mais duas pessoas?
- Duas? Você vai botar todo esse peso no seu carro? Eles depois vão pagar pelo reforço da suspensão?


Vale aqui algumas notas explicativas:


  • A suspensão traseira já foi reforçada (conto depois) por conta do gás. Cedeu um pouquinho, agora está na altura ideal.
  • Eu viajei para Jaú, ano passado, com mais dois passageiros. Foram 1700 kms, somando ida e volta, fora o trecho em que nos perdemos. E um deles tem perto de 140 kg. Ah, a suspensão não tinha sido reforçada.
  • O carro é meu.

Ou seja, se depender disso, eu só posso ir sozinho dentro do carro, "para não forçar a suspensão"... Nossa, por que será que tem tanta gente neurótica com carro nesse mundo? E por que será que um dos mais chatos dorme no quarto vizinho ao meu?

Filosofações sobre política...

Reoslvi falar sobre política, e isso é algo que ocorre de tempos em tempos. Entenda-se por "tempos" algo como "intervalos longos". Sai de baixo.

Pelo visto, nos encaminhamos para uma reeleição do atual governo, visto que, segundo as últimas pesquisas, o percentual de votos aumentou. Basta olharem as revistas semanais, ditas "de opinião" (sabe-se lá opinião de quem). Uma analisou todas as promessas feitas há 4 anos atrás, e mostrou que muitas delas não foram cumpridas. Outra comentou que a intenção de voto do atual governo é quase de 50%. E por aí vai.

Parece que teremos "sempre mais do mesmo" até o fim de 2010, para desespero dos meus pais (anti-governo até o osso - acho que eles preferem o anarquismo ao atual governo), e um olhar reticente meu... Não sei bem o que dizer quanto a isso. Há 4 anos atrás, quando esse blog ainda era hospedado no IG, eu olhava com esperança, mas muito cauteloso. Agora... Não sei se devo ter esperança de mudanças.

Curiosamente, essa revista medíocre aqui, que só sabe bater no partido do governo (às vezes ela está certa, outras vezes não), declarou, na sua última edição (aliás, dedicada aos 5 anos do 11 de setembro): "O presidente é melhor do que o seu partido". Bem... Não sei o que dizer. Acho que se merecem, apenas.

Aqui no Rio, o Sérgio Cabral lidera as pesquisas, com o Marcelo Crivella correndo atrás. Depois (bem depois) estão amontoados Eduardo Paes, Denise Frossard, Vladimir Palmeira e outros menos cotados. Quanto a eles, posso opinar um pouquinho, o que faço abaixo (sem links, pois não quero dar publicidade a ninguém).

O Sérgio Cabral vem na esteira do atual governo, de Garotinho e Rosinha. Como eu não odeio eles (ao contrário de muitas pessoas que conheço), não sei se é tão ruim assim. Acho sim, que o governo deles foi fraco em vários pontos. Mas daí dizer que foi o pior, que eles afundaram o Rio de Janeiro (que já estava naufragado e ninguém lembra), que isso e aquilo... É injustiça. Aliás, o Garotinho perdeu muitos votos com aquela greve de fome que ele fez, em maio de 2006 (pelo menos, o voto da minha mãe ele perdeu). Mas sendo ele do Rio mesmo, corremos o risco do governador voltar a ser um prefeitão da cidade do Rio de Janeiro. E brigas com o atual prefeito do Rio serão recorrentes. Não pelo possível novo governador, mas sim por causa do prefeito. Maluquinho é o mínimo que podemos chamar ele... O Sérgio Cabral fez a sua base entre idosos e alguns segmentos da juventude (como o Albergue da Juventude, daonde até há algum tempo atrás ele participava da diretoria), talvez não seja lá muito ruim. Não sei.

O Crivella tem a sombra da Universal por trás dele, o que é prejudicial para qualquer político. A imagem da IURD só não está mais desgastada do que a do PT, que se desgastou rapidamente, nos últimos 4 anos (em comparação à Universal, que vem se desgastando aos poucos, nos últimos 15 anos...). O Crivella está trazendo uma nova imagem para a Universal, o que é bom... Para a igreja. Não sei se é bom para ele. Engenheiro, oficial da reserva do Exército, fala mansa... Não sei. Ouvi ele falando, no Canal Livre, da Bandeirantes, junto com 3 "raposas velhas" da imprensa, e acho que ele se saiu bem. Soube separar bem igreja e estado (quando jogaram o nome da IURD na jogada, ele soube se safar), falou as suas idéias (patrulha nas fronteiras do estado, para combater tráfico de armas e drogas), essas coisas. Não sei se seria bom para o estado, visto que provavelmente teríamos muitos pitacos de bispos da Universal no trabalho dele, além da cobrança, típica da sociedade, em cima dos evangélicos, ainda mais esses que aparecem mais como vergonha do que como orgulho.

Eduardo Paes foi subprefeito da Barra e Jacarepaguá no primeiro mandato do César Maia. Não fedeu nem cheirou. Passou incólume, não fez nada que marcasse de forma retumbante o nome dele nos bairros. Deputado federal... Não fez nada também. Mas é da direita, PFL... E PFL fede. Logo, um bom motivo para não votar nele.

Denise Frossard vive até hoje no eco do seu trabalho como juíza, quando mandou um bando de bicheiros para a cadeia. Não vi o que ela fez como deputada federal, e tentou, depois de ter se aposentado, concorrer a vários cargos políticos. Neca. Ficou queimada com a história de que "não subiria em favela", tanto que no primeiro dia de campanha, subiu o Morro da Providência (palco de brigas entre Exército e traficantes, por causa de um punhado de armas). Minha mãe diz que ela perdeu votos com ela por ser membra da Igreja Messiânica Mundial, uma seita oriental. Hmmm... Eu acho que o problema dela é que juíza <> governadora. Ou seja... Não rola. Bem, melhor fez o (Antônio Carlos) Biscaia, que era o procurador que trabalhou com ela, e tem mantido um trabalho razoável como deputado federal. Lamentavelmente pelo PT, e logo o PT do Rio...

Falando em PT do Rio, lembro-me do Vladimir Palmeira, que não se elege nem para síndico de prédio, por conta do próprio partido. Se ele é bom, eu não sei. Só sei que ele já perdeu várias eleições, e essa será mais uma. Os outros são toscos demais, não vale a pena perder tempo comentando. E chega por enquanto.

03 setembro 2006

O que fiz no sumiço - 3 - Som novo

Outra coisa boa foi que finalmente comprei um aparelho de som novo. Fiz uma pesquisa, via esses sites aqui, e achei esse aparelho aí do lado, o Toshiba MC-752MP, por no mínimo... R$ 540. O melhor preço, acreditem, era na FNAC, o templo do consumo moderno, vindo da Europa.

Sexta passada resolvi ir na FNAC, já que tinha visto, mas o produto estava indisponível. Estava lá por aquele bairro que eu abomino mesmo (Barra da Tijuca), e fui na loja do Barra Shopping, aliás, a única do Rio. Cheguei lá, só tinha um em exposição. R$ 500. Parcelado em até 12x. Olhei o aparelho, funcionando, ligado, tudo blz. Conversei com o vendedor... Só tem esse. "Ótimo, eu levo ele". Melhor ainda, sem a caixa original! Assim meu pai não vai querer guardar mais uma. Desmonta-se o exposto, ensaca, empacota, coloca-se em 2 sacolas grandes... Enquanto eu parcelo em 5x no cartão. Ótimo, comprei o aparelho que eu queria (já está instalado, funciona muito bem), pequeno, prático, toca CD-ROM com MP3 (com direito às tags ID3 também), som bom... E por um preço ainda mais em conta!

Detalhe, ele estava R$ 540, mas os R$ 500 valiam até o dia anterior à minha compra. Acho que ele manteve a promoção por causa da falta da caixa.

O que fiz no sumiço - 2 - matemática (coisas boas)

Primeiro, as coisas boas. Uma delas é que, depois de muita burrocracia da fundação que me emprega, consegui resolver minha questão como estagiário de licenciatura. Tive que apelar para escalões mais altos, driblar horários e prazos de entrega (somente 3as e 5as de 13 às 17 hs), para finalmente o meu estágio ser reconhecido. Estágio que não tem muito sentido, visto que já exerço a profissão. Mas tive um desconto de 30% nas horas em que terei que assistir aula, menos pior... Mas serão 21 semanas com documentos assinados, e mais uma etapa para a conclusão da minha licenciatura será dado.

Aliás, as aulas de Didática Especial da Matemática estão realmente interessantes. Confesso que no semestre anterior levei na flauta, mas nesse eu estou levando mais a sério. Depois de algumas conversas com o professor, meu respeito pelo sujeito aumentou, e muito. Trabalhos publicados, anos lecionando, um matemático talvez mais desenferrujado do que eu... E ele tem idade de ser meu pai. Pôxa, gostei mais ainda do cara. E as aulas estão bem interessantes também.

"And it makes me wonder" (Stairway to Heaven, dá-lhe!), sobre os profissionais que são formados nas instituições de ensino, e que irão lecionar posteriormente... Pelo menos, em Matemática, há sempre muitas coisas interessantes para se usar. A Revista do Professor de Matemática, por exemplo, é um achado de preciosidades. Há desde gente usando tangram para ensinar geometria, até loteria para explicar probabilidades. E por aí vai, mesmo os logaritmos, que os alunos odeiam (acredito que seja a parte mais detestada da Álgebra), há muitas aplicações, inclusive um artigo mostrando como construir uma tábua de logs. Muito interessante, muito mesmo! O tangram eu coloquei aí ao lado, para quem não conhece, ver.

Mesmo assim, os profissionais não aproveitam bem... Bem, a culpa não é só dos profissionais de ensino. Os alunos são muito fracos. Muitos tem até bons professores, e eu não duvido da qualidade de alguns dos docentes. Mas muitos não querem nada. Nada mesmo.

Para citar um exemplo, olhe a figura ao lado. Vi um problema de matemática, onde a professora não marcou as medidas de cada lado, mas usou um triângulo semelhante a esse, e disse que as medidas do triângulo ABC são 3, 4 e 5 cm. Baseado nisso, ela pediu seno e cosseno de B e C. Numa olhada rápida, e tendo 2 neurônios que funcionem, a gente diz que a=5, b=4 e c=3, calcula os senos (cateto oposto dividido pela hipotenusa) e cossenos (cateto adjacente dividido pela hipotenusa), fechado, certo? Errado. Houveram vários alunos que trocaram deliberadamente as medidas. Logo, tinha um cateto com medida 4, e a hipotenusa, 3! Daí vocês imaginam os valores de seno e cosseno encontrados. Péra aí, nem no espaço riemmaniano isso rola. Muito menos no euclidiano. E aí teve gente achando o seno igual a 1,5... Ninguém me disse, eu vi isso, em provas de matemática. Dá desespero.

Mas, em compensação, um dos meus estagiários foi muito bem colocado numa Olimpíada Estadual de Matemática. Vai entender!

O que fiz no sumiço - 1 - Campinas

Tive em Campinas na semana passada para a reunião da Diretoria Nacional da ABU. Em 25 horas eu fui e voltei, logo não deu para ver ninguém, beber nada ou papear. Na verdade foi um bate-e-volta, fui de ônibus (Cometa), voltei de avião (TAM). Na ida, cheguei às 6 da manhã, comi algo na Rodoviária para enganar o estômago, e tomei um ônibus. Sò que o ônibus que me indicaram tinha trocado de número. Bem, acabei tomando o ônibus certo, depois de perguntar a algumas pessoas. Desci no Terminal em Barão Geraldo, tomei outro ônibus, que deveria me levar até o meu destino. Mas acabei voltando ao centro de Campinas, para o mesmo ponto daonde saí. Tomei outro ônibus, um que é circular. Atravessei a Unicamp, inclusive vi um Departamento de Eletrônica Quântica, seja lá o que for isso... Mas cheguei lá, às 8:30. Duas horas e meia de ônibus em Campinas. Legal, né?

Na volta, carona para São Paulo, só paguei um dos pedágios, R$ 5 até Congonhas. Valeu muito! Comprei uma passagem pela TAM, com pouco mais de um mês de antecedência. Logo, a passagem que me custou R$ 99,12, estava custando perto de R$ 600 no dia do vôo. Felizmente o vôo não seria num Fokker 100, ainda mais depois de ter lido o link anterior, fiquei grato da TAM não usar essa lata velha para a Ponte Aérea. O chato é que cheguei no aeroporto às 19:30, e foi tudo muito corrido: Chego num guichê para o check-in, me mandam para outro... Cuja menor fila tinha 15 pessoas. Fazem a última chamada, consigo furar a fila toda (com a ajuda de outra pessoa), e atravesso o aeroporto correndo, para pegar o avião. Corre, sobe, procura, desce... E pega o ônibus da TAM, que nos leva até a pista. Aquele esqueminha da TAM, comandante e chefe das comissárias de bordo recebendo no solo, tapete vermelho... E eu querendo voltar logo ao Rio, louco por um banho (não tive como trocar a roupa), comendo com voracidade o sanduíche de blanket de peru, queijo, etc., do serviço de bordo... Mas consegui voltar são e salvo. Mal-cheiroso, mas consegui chegar bem.

Quanto à reunião, muitas discussões, muita coisa... Não convém falar aqui. Mas foi uma reunião movimentada. A próxima, que serão 2 dias nessa cidade violenta e perigosa... Promete.

Reaparecendo...

Sumi por duas semanas... Nossa, fiquei fora tanto tempo assim? Caraca. Na verdade foi tudo junto, e falta de vontade de escrever. Por várias vezes, nesses últimos 15 dias pensei: "Ih, isso é legal para comentar no blog". Mas, quem disse que eu fiz isso? Bem, vou tentar comentar algumas coisas por aqui, irão em posts pingados.